Brazilian Wave Magazine 16

48
1

description

All Things Brazilian in Canada. Bilingual bi-monthly magazine targeting all people interested in the Brazilian culture. National distribution. Revista brasileira no Canadá, bilingue, bi-mensal, que tem como público todos com interesse na cultura brasileira no Canadá. Distribuição nacional.

Transcript of Brazilian Wave Magazine 16

Page 1: Brazilian Wave Magazine 16

1

Page 2: Brazilian Wave Magazine 16

2

Page 3: Brazilian Wave Magazine 16

3

Page 4: Brazilian Wave Magazine 16

4

Editores executivos / PublishersRegina Filippov e Teresa Botelho

Editora / EditorFátima Mesquita

Colaboradores / ContributorsAna Paula MoratoriArthur MaxCláudia PratesEliane da FonsecaLúcio MesquitaMelissa Pancini CorreiaRísia RodriguesRita EspeschitRoberta Wiseman

Tradução / TranslationVânida Dantas Pinto

Revisão / Copy EditorCláudia Pina (Português)Roberta Wiseman (English)

Direção de Arte / Art DirectorTeresa Botelho

Design Gráfico / Graphic DesignSoraia Prevides

Publicação e Distribuição: BRZ Group|828-C Bloor Street W.Toronto, ON M6G 1M2 Canadá

Brazilian Wave Magazineis published four times a year: Spring, Summer, Fall, Winter.

Endereço / Mailing AddressP.O. Box 451, Station ”E”Toronto, ON M6H 4E3 CanadáTel.: (416) 533-1376 |Fax: (416) 533-8658Toll Free: [email protected]

Print / Impressão13,000 cópias / copies

Circulação / Circulation Canadá / Brazil ISSN: 1708-2159

Copyrigth©2007 Brz Group Inc.

***Brazilian Wave Magazine is the new name of Sotaque Brasileiro Magazine starting from edition N°16 - Summer 2007.

We acknowledge the financial support of the Government of Canada through the Canada Magazine Fund toward our editorial cost.

VERÃO 2007 7 Entrevista: Louis Louro Jr.

12 Especial: Brasileiros inauguram programa inédito de trabalho.

16 Cheguei. E agora? 20 Esportes 41 Portfólio 43 Comunidade 46 Newsflash 52 Meio Ambiente 55 Turismo no Brasil 60 Playground 62 Receita

SUMMER 200710 Interview: Louis Louro Jr.

14 Special: Innovative foreign work project

18 Tips for newcomers 22 Sports 42 Portfolio45 Community49 Newsflash 54 Environment58 Tourism in Brazil60 Playground62 Recipe

16

Page 5: Brazilian Wave Magazine 16

5

Para nós, é hora de mudança, de renovação, de redefinição de caminhos, porque enten-demos que seja essencial abrir as nossas

páginas cada vez mais a mais leitores.E é assim que, depois de 15 edições, a So-

taque Brasileiro ganha nome novo e vem agora em uma versão totalmente bilíngüe, para que todos os nossos companheiros, filhos, amigos e parceiros de negócio possam ficar por dentro do que acontece com a comunidade brasileira que escolheu fincar suas esperanças em solo ca-nadense e aqui construir o futuro.

Nas páginas da nossa publicação trimestral você poderá consultar à vontade o guia mais completo e atualizado que existe sobre serviços e produtos brasileiros em várias províncias do país. Vai encontrar dicas para o dia-a-dia dos recém-chegados, receitas de sabor bem Brasil, artigos sobre o mundo dos negócios, sobre turis-mo, sobre gente em destaque e até uma seção es-pecial para pais e filhos se divertirem juntos com os encontros e desencontros das duas línguas.

Então, faça o favor de ficar à vontade! Leia, consulte, se emocione, colecione, empreste, dis-tribua para amigos, parentes e vizinhos, aprenda, discorde, fique bem informado, divirta-se e, so-bretudo, espalhe a notícia: a Sotaque virou a Bra-zilian Wave e já está aqui!

It’s time for a big change, the beginning of a new path. All because we believe that it’s essential to be always ready to open our pages to more and

more readers.This is why, after 15 issues, Sotaque magazine

has a new name and is ready to come into its fully bilingual version, so our spouses, kids, friends and business partners can share the same information about everything that matters to the Brazilian com-munity that has chosen to set up their hopes on Ca-nadian soil, to build their future up here.

In our quarterly pages, you will be able to check out the most complete and updated guide for Brazil-ian services and products through all the provinces. You will find tips to help newcomers meet their daily needs, recipes from the Brazilian kitchen, articles about business, tourism, people and their achieve-ments and even a very special section designed just for you to have some fun with your children while exercising both languages.

So, please, feel at home! Read it, consult it, be touched by it, collect it, lend it, distribute it to your friends, family, neighbours, learn with it, disagree with it, keep yourself well informed and, more im-portant, tell everybody about the news: Sotaque magazine is now Brazilian Wave and is right here for all of us to enjoy!

5

WAVEBrazilianBEM-VINDO / WELCOME

Por/By Fátima Mesquita, Editora/Editor

www.BrazilianWAVE.ca

16

Page 6: Brazilian Wave Magazine 16

6

Page 7: Brazilian Wave Magazine 16

7

COLHENDO OS LOUROS DO SUCESSOJoalheiro brasileiro com mais de 20 anos de sucesso no Canadá parte agora para a abertura de museu de jóias em Toronto

Por Ana Paula Moratori, de Ontário

ENTREVISTA

Arq

uivo

pes

soal

Joalheiro Louis Louro Jr.

Nascido no Rio de Janeiro, filho de portugueses, e criado no Canadá, Louis Louro Jr. é destaque em Toronto com

suas jóias de design premiado. Mas o talentoso profissional não pára por aí. Louis Louro está agora prestes a dar mais um importante passo na sua carreira de sucesso com a abertura de um museu de jóias, o Tenda do Louro Jewellery Museum.

Wave: Como surgiu seu interesse por jóias?Louis Louro: Meu interesse pela área é antigo. Fiz faculdade de Geologia na York University e mestrado no Canadian Jewellery Institute, além de vários outros cursos, todos voltados para a área de jóias e de designer de jóias.

Wave: A sua família tinha já tradição na área?Louis Louro: Na verdade, a trajetória de joa-lheiro começou com meu avó paterno, em Portu-gal. Meus avós eram uma mistura de joalheiros e ferreiros, que proviam inclusive ferramentas e armas para o governo português da época. Mas eu costumo dizer que o meu interesse pela área é algo de sangue, mas também coincidên-cia, porque quando soube da história dos meus avós, eu já estava ligado à área. Essa descoberta aconteceu quando a minha família foi a Portugal comemorar o aniversário de 50 anos do meu avô. Foi quando ele me mostrou todo o material que guardava, e a partir daí meu interesse ficou ainda mais aguçado.

Wave: Como foi a abertura da sua joalheria?Louis Louro: A joalheria foi aberta há mais ou menos 22 anos, quando eu tinha apenas 20 anos. Eu queria muito trabalhar como designer e foi a partir da joalheria que tudo começou. Hoje a

Louro Jewellery emprega 11 funcionários, entre vendedores, designers, engenheiros e polidores e 90% das jóias vendidas e expostas na loja são fabricadas e desenhadas por mim e pela minha equipe.

Wave: Que peça impulsionou o seu sucesso?Louis Louro: O ano de 1992 foi um ano muito forte em matéria de ser conhecido por profis-sionais da área porque participei de várias com-petições e ganhei quase todas. A primeira delas me levou a desenhar e produzir um anel inspi-rado na arquitetura greco-romana, da qual sou grande fã. Esse anel foi o vencedor do concurso Canadian Jewellers.

Wave: Que outros prêmios já conquistou?Louis Louro: Depois do Canadian Jewel-lers, participei do Buyers Choice of the World, People’s Choice e Best of the Best. E, naquela

7

Page 8: Brazilian Wave Magazine 16

88

Page 9: Brazilian Wave Magazine 16

9

altura, o julgamento destes concursos ainda era feito por membros da própria indústria, ou seja, por pessoas que sabiam exatamente o que es-tavam avaliando. Então, foi mesmo uma grande recompensa.

Wave: Como surgiu a idéia de abrir um museu?Louis Louro: Na verdade, eu já possuía um pequeno mostruário, que ocupava apenas uma sala da minha joalheria e que servia mais para entreter os meus clientes enquanto eles espe-ravam. Mas a idéia foi crescendo e a minha paixão pelo assunto me impulsionou a levar essa coleção mais a sério. Decidi transformar o meu mostruário num prédio inteiro com toda a história das jóias. A minha busca por material já vem de mais de 15 anos e com certeza houve uma grande influência por parte da história do meu avó. Inclusive o nome do Museu, Tenda do Louro, será em homenagem a ele.

Wave: De onde provém a verba para a cons-trução do museu?

Louis Louro: O museu está sendo criado com fundos próprios. Por enquanto não há nenhum apoio do governo. A idéia é criar uma entidade sem fins lucrativos, com os recursos para ma-nutenção provavelmente vindo de patrocinadores e da promoção de eventos, como mostras de ar-tistas canadenses e internacionais. E devemos inaugurar o museu ainda antes do outono.

Wave: O que será apresentado nesse espaço?Louis Louro: Estou tomando muito cuidado para não fazer desse espaço um lugar de auto-promoção. Meu principal objetivo será educar e também promover profissionais da área. Isso trará a credibilidade que qualquer entidade precisa. No museu, as pessoas poderão ver os diferentes conceitos de jóias através das civilizações. Te-remos uma seção permanente de minerais, uma área seguindo a ordem cronológica, divisões da história das jóias por continentes e países, além de uma biblioteca com mais de 1.500 livros so-bre o assunto.

9

Page 10: Brazilian Wave Magazine 16

10

HARVESTING THE JEWELS OF SUCCESSBrazilian jeweller, with more than 20 years of success in Canada, to open a jewel-lery museum in TorontoBy Ana Paula Moratori, from Ontario

Born in Rio de Janeiro, the son of a Portuguese family, and raised in Canada, Louis Louro Jr. is a prominent figure in Toronto with his award-win-

ning designer jewellery. But the talented professional wants more. Louis Louro is now preparing another im-portant step in his successful career with the opening of a jewellery museum, the Tenda do Louro Jewellery Museum.

Wave: How did you first get interested in jewellery?Louis Louro: I’ve always been interested in jewellery. I graduated from the Geology Faculty of York Univer-sity and I have a Masters from the Canadian Jewellery Institute, as well as taking many other courses, all of them in the jewellery design area.

Wave: Does your family already have a history in this field?Louis Louro: Actually, my family’s journey as jewellers started with my grandfather from my father’s side in Portugal. My grandparents worked as a mix of jew-ellers and blacksmiths. They would even supply the

Portuguese government at that time with tools and weapons. But I used to say that my interest in this field is something that’s in my blood, but it’s also a coinci-dence because when I heard about my grandparents’ history I was already involved in this area. This dis-covery happened when my family went to Portugal to celebrate my grandfather’s fiftieth birthday. This was when he showed me all his material and from that time on my interest in jewellery was greater than ever.

Wave: When did you open your first jewellery store.Louis Louro: The jewellery store was opened around 22 years ago when I was only 20 years old. I really wanted to work as a designer and it all started after I opened my own store. Today, we employ 11 profes-sionals - salespeople, designers, engineers and polish-ers. And 90% of the jewellery we sell in the store is produced and designed by my team and myself.

Wave: Which piece of jewellery gave you the greatest push forward in your career?

10

Wave: Qual é hoje o papel do Brasil como produtor e exportador de pedras?Louis Louro: O Brasil é sem dúvida um dos maiores quando o assunto é a produção de pedras e minerais dentro de suas fronteiras. A grande tragédia é que essas pedras são enviadas ainda brutas para outros países como a Índia, por ex-emplo. Esses países finalizam as pedras e depois as vendem a preços muito mais altos. Não sei se isso é falta de investimento nas relações do Bra-sil-Canadá nessa área. Mas com certeza há uma grande falha nesse contato. Você realmente não vê companhias brasileiras aqui.

Wave: Que conselhos daria para quem está começando a carreira de designer de jóias?Louis Louro: Quando você começa a traba-lhar como designer de jóias, quer logo abrir seu próprio negócio. Acontece que o esforço para se ter sucesso neste negócio é muito maior do que o empenhado quando se revende em massa. As pessoas que vêm à minha loja sabem o que que-rem, procuram o diferencial, o especial, o eterno. E para ganhar a credibilidade dessas pessoas é preciso tempo, prática e experiência, coisas que você só adquire trabalhando com outros profis-sionais. Persistência é fundamental.

Page 11: Brazilian Wave Magazine 16

11

Louis Louro: The year of 1992 was very powerful for me in terms of being recognized by my peers because I participated in several competitions and I won almost all of them. For the first competition, I designed and produced a ring inspired by Greek-Roman architec-ture, a style that I’m quite fond of. This ring won the Canadian Jewellers Award.

Wave: What other awards did you achieve?Louis Louro: After the Canadian Jewellers, I won the Buyer Choice of the World, the People’s Choice and the Best of the Best. At that time the judges of those competitions were still all members of the industry. In other words, they were people who really knew what they were evaluating, so it was a big reward for me.

Wave: You have plans to open a museum. How did you get this idea?Louis Louro: Actually I already had a little exhibition of some pieces occupying a room in my store, just to amuse my clientele while they waited. But the idea got bigger and bigger and my passion for the subject pushed me to take this collection more seriously. I de-cided to give the museum a full building to display jew-ellery history in full. My search for material started fif-teen years ago and for sure there was a great influence from my grandfather’s life. This is why the museum will be called The Tenda do Louro Jewellery Museum, as a homage to him.

Wave: How is the Museum going to be funded?Louis Louro: For now the Museum is funded by my own resources. So far there is no support from the government. The idea is to create a non-profit entity where the resources for maintenance will probably come from sponsors and events, with exhibitions from Canadian and international artists. We hope to open the Museum before this Fall.

Wave: What can the visitor expect to see in the Mu-seum?Louis Louro: I’m taking a lot of care not to make this Museum a place for self-promotion. The main goal is to educate the public and also to promote the profes-sionals in the field. This will give it the credibility that any museum needs. At the Museum people will be able to see the different concepts that jewellery has had through the history of civilization. We’ll have a permanent exhibition of stones, an area following the timeline of jewellery creation in human history, sectors divided by continents and countries, as well as a library with more than 1,500 books on the subject.

Wave: What is the role of Brazil as a producer and ex-porter of stones today?Louis Louro: Without a doubt, Brazil is one of the big-gest players when we talk about stone production. The great tragedy is that those stones are sent to places like India, for example. Those countries will finish the stones and resell them at a much higher price. I don’t know if there is a lack of investment in the Brazil-Cana-da relationship in this area, but there is a big failure in this contact. You really don’t see Brazilian companies here.

Wave: What kind of advice would you give a person that’s just starting a career as a jewellery designer?Louis Louro: When you start as a jewellery designer you often get quite anxious to open your own business. But the struggle to be successful in a business like this one is much bigger than if you simply open a store and sell mass-produced jewellery. People come to my store because they know what they want; they are looking for something different, special, eternal. To win the credibility of these clients takes time, knowledge and experience, things that you only get after working with other professionals. Not to mention persever-ance, which is absolutely fundamental.

11

INTERVIEW

Page 12: Brazilian Wave Magazine 16

12

Os brasileiros estão chegando, maçaricos em punho, para derreter o inverno de Alberta. Em outubro próximo, se Deus quiser e a

brasileirada passar nos testes, 200 soldadores das terras de Cabral deverão desembarcar no Canadá com destino a Fort McMurray, Alberta, onde ficarão por cerca de dois meses trabalhando na construção de refinarias e outras edificações para a indústria de petróleo local.

As vagas, parte do projeto Global Hiring Hall, foram amplamente divulgadas na impren-sa do Brasil e atraíram um total de nove mil candidatos. Com salários iguais aos fixados para os profissionais canadenses da mesma área (de CAD $30 a CAD $45 por hora, dependendo da qualificação), os soldadores brasileiros vão ganhar cerca de 16 vezes o que ganhariam pelo mesmo trabalho no Brasil. Em outras palavras, vão receber em dois meses o que levariam dois anos e oito meses para fazer na terrinha, além de terem as despesas de viagem, hospedagem e alimentação cobertas pelas empresas.

Comum, mas não simplesNeste momento em que empregadores de

Alberta suplicam de joelhos por almas carido-sas que queiram trabalhar para eles e que, no Brasil, (como sempre) os joelhos dobrados são os dos desempregados em busca de trabalho, o acordo é o típico exemplo de união da fome com a vontade de comer. Mas embora o traba-lho temporário de estrangeiros seja um remédio comum para fases de aquecimento econômico,

nem sempre as coisas são tão simples como pa-recem.

Grandes empresários, por exemplo, têm o péssimo hábito de reclamar de barriga cheia no que se refere à famosa “escassez de mão-de-obra”. Em geral, a proclamada “falta de tra-balhadores” é na verdade falta de um “excesso de trabalhadores”, excesso esse suficiente para empurrar levas de desempregados aflitos a sua-rem a camisa em troca de salários baixíssimos. São os casos em que, oferecendo um pagamento decente, os trabalhadores locais aparecem. Mas para que oferecer um pagamento decente, se você pode encher um caminhão de mexicanos (ou um avião de brasileiros) para trabalhar qua-se de graça?

Tipicamente, empregadores de países de-senvolvidos utilizam empresas especializadas em recrutar estrangeiros que aceitem salários baixos demais para atraírem candidatos locais. No processo, a empresa recrutadora enche os bolsos com gordas fatias do já minguado salário dos cucarachas. “É um problema mundial. Os trabalhadores são explorados por causa de seu status de imigrantes”, explica James O’Leary, diretor executivo da Aliança Internacional Sin-dical Empresarial (ILMA), entidade por trás do Global Hiring Hall.

Aí é que entra a grande novidade desse pro-jeto. Em vez de uma empresa de recrutamento privado, a ponte entre empregadores e empre-gados é feita por uma ONG sem fins lucrativos, a ILMA, entidade sediada nos Estados Unidos, que tem em seu corpo de diretores representan-tes de sindicatos de vários países. Segundo a

BRASILEIROS INAUGURAM PROGRAMA INÉDITO DE TRABALHO TEMPORÁRIOAlberta abre as portas a soldadores brasileiros para tentar contornar a falta crônica de mão-de-obra na provínciaPor Rita Espeschit, de Alberta

ESPECIAL

Dre

amst

ime.

com

Page 13: Brazilian Wave Magazine 16

13

“É um problema mun-dial. Os trabalhadores são explorados por causa de seu status de imigrantes.”

Dre

amst

ime.

com

Page 14: Brazilian Wave Magazine 16

14

proposta do Global Hiring Hall, todas as etapas do processo são mediadas pelos sindicatos que representam e defendem os interesses dos pro-fissionais, tanto nos países que fornecem quanto nos que recebem os trabalhadores, neste caso o Sticc, pelo Brasil, e o Boilermakers, pelo Ca-nadá.

O envolvimento dos sindicatos confirma, por exemplo, que a falta de profissionais é real. Se não fosse, o sindicato canadense seria bom-bardeado pelos filiados por solapar mercado de trabalho da categoria, e sua direção não sobre-viveria às próximas eleições sindicais. Também não seria de interesse do sindicato criar uma “segunda classe” de trabalhadores ganhando menos do que os locais, porque uma vez aberto o precedente a tendência seria desvalorizar os salários como um todo.

O respeito ao acordo coletivo de trabalho negociado pelo sindicato do “país recipiente”, previsto na carta de princípios do Global Hiring

Hall, é a peça-chave para garantir que o proje-to possa funcionar como uma barreira contra a exploração do trabalhador estrangeiro. No caso dos soldadores, por exemplo, os brasileiros se-rão literalmente acolhidos pelo Boilermakers: “No momento em que desembarcarem do avião, os soldadores brasileiros estarão automatica-mente sindicalizados no Boilermakers, com os mesmos direitos e benefícios dos soldadores ca-nadenses”, afirma O’Leary.

A turma de brasileiros será a primeira expe-riência prática do Global Hiring Hall, por sua vez uma iniciativa inédita no cenário mundial. Dando tudo certo, a idéia é fazer de novo, com outros contratos temporários de dois ou três me-ses, enquanto a demanda persistir.

Para aprender a profissão de soldador veja cursos para soldadores no site: www.cwa-acs.org/schools/index.html.

A heat wave of Brazilians is coming, blowtorches in hand, to melt the Canadian winter. In October, the gods willing and the brazukas passing the

required tests, 200 welders from Brazil will be landing in Canada and heading to Alberta, where they will spend two months building new plants for the booming oil industry in Fort McMurray.

Sticc, a trade union representing welders in Brazil, is in charge of recruiting the workers in the Brazilian state of Rio Grande do Sul. Widely publicized in the media, the job openings attracted nine thousand ap-plicants who crowded the streets around the union in long line-ups.

The Brazilian welders will be earning the same as Canadian members of Boilermakers, the North American trade union involved in the process. This translates into hourly wages ranging from CAD$30 to

INNOVATIVE FOREIGN WORK PROJECT Alberta welcomes Brazilian welders, in an attempt to minimize the lack of workers in the field

By Rita Espeschit, from Alberta

CAD$45 (depending on professional qualifications), or 16 times the average pay in Brazil for the same work. In other words, in two months of welding in Canada they will earn what would take them two years and eight months to make at home – besides having their travel, food and housing expenses covered by their Ca-nadian employers.

Common, but not simple“Help wanted” and “now hiring” signs have be-

come a permanent fixture at businesses everywhere in Alberta. While in Brazil, they’re a very rare sight, with scores of people on the hunt for non-existent jobs. In this context, initiatives like this – part of an interna-tional project dubbed Global Hiring Hall – seem like a no-brainer win-win situation. Except in real life things get a little more complicated.

14

Page 15: Brazilian Wave Magazine 16

15

Big-time employers, for example, are notoriously known to use the labour-shortage name in vain. Quite often, what they mean by “labour shortage” would be more appropriately described as a shortage of excess labour – i.e., having an abundance of unemployed people so as to force a number of them into low-paying jobs. Add decent wages to the “help wanted” signs, and local candidates pop up out of nowhere. Then again, why offer decent wages if you can always get a truckload of Mexicans (or an airplane-load of Brazil-ians) happy to work for almost nothing?

“There’s a worldwide problem where workers are exploited because of their immigration status,” says James O’Leary, executive director at the Ameri-can-based International Labor Management Alliance (ILMA), the organization behind the Global Hiring Hall project. Typically, he explains, companies use labour brokers to recruit their foreign workforce. The workers not only get lower wages, but also lose a fat percent-age of their salaries to a broker’s commission.

The idea guiding the Global Hiring Hall brings some-thing new to this familiar landscape. Instead of private labour brokers, a non-profit organization is in charge of matching potential employees with businesses of

different countries. The fact that labour unions are closely involved throughout the process gives the proj-ect a “worker-friendly” seal of approval. The workforce would only be imported when the labour shortage is real, as the project’s charter states that employers have to “honour collectively bargained agreements”.

Wages and benefits negotiated by labour unions for their members, also apply to the foreign temporary workers, who will be further protected by becoming members of the recipient country’s union during their stay. “As soon as they step off the plane, the Brazil-ian welders will automatically become members of the Boilermakers,” explains O’Leary.

The 200 Brazilians are set to be the first practical experience of the newborn Global Hiring Hall. As long as they do a good job on this international debut, they might come back to do a further two or three-month job term.

For professional welding courses visit www.cwa-acs.org/schools/index.html

15

SPECIAL

Page 16: Brazilian Wave Magazine 16

16

quei frustrado”, explica Silveira. Brasileiros que passaram pela experi-

ência contam que o desafio começa pela aquisição do primeiro cartão de crédito,

como relata o próprio Jonathan, que atu-almente é especialista no assunto. “Hoje a

maioria dos financiadores permite que você comece um cartão ou uma linha de crédito

utilizando como garantia um depósito do mes-mo valor a ser emprestado. Por exemplo, você deposita mil dólares e recebe um cartão com o mesmo limite. Passado um determinado perío-do, se você pagou sempre em dia, o banco de-volve o seu depósito inicial e pode até aumentar o limite do seu cartão”.

Construindo a história de créditoConseguido o crédito inicial, o passo se-

guinte é construir e manter um bom histórico. Os detalhes de tudo o que você compra e de como paga por essas compras vão todos constar na sua história de crédito. É que todo financia-mento feito no país é reportado a empresas que arquivam esses dados. E, cada vez que um novo financiamento é solicitado, esse material é che-cado pelo financiador.

A Equifax e a Transunion são as principais empresas a oferecerem esse serviço no Canadá e qualquer pessoa pode ter acesso a sua história de crédito gratuitamente pelo correio. As con-sultas também podem ser feitas online e custam em média CAD $23. Além disso, desde que o titular autorize por escrito, a consulta pode ser feita por terceiros.

O relatório dessas empresas traz detalhes va-riados, inclusive a lista de quem andou pesqui-sando os seus dados. Além disso, eles também podem fornecer uma classificação numérica de acordo com um sistema de pontuação que tenta

CRÉDITO NA PRAÇA UM DESAFIO PARA QUEM CHEGAPor Rísia Rodrigues, da Colúmbia Britânica

Mu i t o s b r a s i l e i r o s estranham no

Canadá a impossibilidade de se fazer tudo na base do cheque pré-datado ou mesmo das prestações. Costumam também levar um tempo até entender o sistema de “história de crédito”, que é uma verdadeira radiografia da vida financeira de cada um dos habitantes do país.

O consultor financeiro Jonathan Silveira, que atua em Van-couver, foi um dos recém-chegados que ficou sabendo do sistema de história de crédito de uma maneira não muito agradável. “Eu passei por uma situação delicada quando cheguei ao Canadá. Todo animado com os eletroeletrôni-cos mais baratos que no Brasil, tentei comprar um a prazo. Quando me cobraram a história de crédito, que eu nem sabia do que se tratava, fi-

CHEGUEI. E AGORA?

Page 17: Brazilian Wave Magazine 16

17

quantificar a forma como cada indivíduo paga as suas contas. Quanto mais pontos você conse-gue nesta classificação, melhor é a sua história de crédito.

O serviço canadense é também muito mais criterioso que os similares brasileiros. Mesmo pagando os valores atrasados e restabelecendo o crédito, o atraso fica registrado por prazos que podem variar de três a até dez anos no arquivo das empresas. E, se o financiador desejar, pode até solicitar que o registro seja mantido por mui-to mais tempo. Além disso, o restabelecimento de uma boa história de crédito demanda tempo e custos elevados.

Tudo que envolve compra a prazo e paga-mento de conta é registrado na história de cré-dito. Por isso é importante não só manter as contas em dia, mas sempre pagar pelo menos a amortização mínima da dívida do cartão. Outro ponto é nunca exceder, um dólar sequer, o seu limite de crédito. E vale lembrar que mesmo atrasos mínimos, de um ou dois dias, em contas de qualquer valor e tipo - inclusive contas de luz, telefone ou gás - são reportados às agências que registram a sua história de crédito.

Casa própriaA história de crédito é construída no dia-a-

dia e é peça fundamental para a realização do sonho da casa própria. Quem já passou por todo esse processo inicial garante que vale a pena. “Depois de seis anos no Canadá, comprei a mi-nha casa através de financiamento. Atualmente, com uma boa história de crédito, é bom frisar, o brasileiro pode dar uma entrada de 20%, em alguns casos até menos, e financiar o restante em até 40 anos com juros bem menores que no Brasil”, afirma Marco Castro, consultor de imi-gração baseado em Vancouver.

Juliana Mendes, representante de vendas também baseada em Vancouver, tem opinião semelhante. Há menos de quatro anos no Ca-nadá, ela acaba de mudar para um apartamento comprado através de financiamento. “Dificil-mente já teria conseguido isso no Brasil. Além da entrada e garantia de emprego, a minha his-tória de crédito pesou muito no fechamento do negócio”, garante Juliana.

Page 18: Brazilian Wave Magazine 16

18

It can be a great surprise for many Brazilians to dis-cover that they can’t pay for their purchases with post-dated cheques or the pay-by-installment sys-

tem in Canada. It takes some time before people get used to the notion of “credit history”, which works as a kind of X-ray, showing the financial life of every person in the country.

Financial consultant, Jonathan Silveira, based in Vancouver, was one of the newcomers who learned about the credit history system the hard way. “I went through an embarrassing situation when I arrived in Canada. Carried away by the electronics, which were much cheaper than in Brazil, I tried to buy in install-ments. When they asked me about my credit history, of which I had no idea at all, I was very frustrated,” explains Silveira.

Brazilians who went through the same experience say that the challenge starts with the acquiring of a first credit card, as reported by Jonathan himself, who is by now an expert: “Today, most banks and stores allow you to obtain a credit card, or a line of credit, by means of a deposit, corresponding to the same amount to be loaned, as a warranty. For example, you deposit one thousand dollars and receive a credit card with the same limit. After a while, if you have always paid by the due date, the bank returns your deposit and can even increase the limit of your card.”

Building your credit historyOnce you get your initial credit, the next step is

building and keeping a good history. Details of every-thing you buy and how you pay for these purchases go towards your credit history. This is because all financ-ing granted in the country is reported to companies that keep this data filed. And every time new financing is requested, this information can be checked by the financer. Equifax and Transunion are the main com-panies to offer this service and anybody can have free access to their credit history by mail. Consultation can also be made online and is charged at an average of CAD$23. In addition, with a written authorization, an-other person can make a consultation of your record.

These companies’ reports have a number of de-tails, including a list of those who have consulted your data. They can also supply a rank according to a scoring system that qualifies the way each individual pays their bills. The higher your scores, the better your credit history.

Companies that check credit backgrounds in Can-ada are also more cautious than similar companies in Brazil. If you delay paying the full amount and carry it over to the following month, even when you finally pay the full amount back, the delay is kept in the records for periods that can vary from three to ten years. And, if the financer wants it, they can even request that the register be kept for a longer time. Getting back a good credit history demands time and high costs.

CREDIT: A CHALLENGE FOR THE NEWCOMER By Rísia Rodrigues, from Vancouver

18

TIPS FOR NEWCOMERS

Page 19: Brazilian Wave Magazine 16

19

Everything related to buying in install-ments and bill payments is recorded in the credit history. That’s why it is so im-portant not only to keep debt payments up to date, but always to be sure to pay at least the minimum amount requested by the credit card. Another point is to never exceed, not even by one dollar, your credit limit, and it is important to remember that even the shortest of delays, of one or two days, no matter what the amount or kind of bill - including electricity, telephone and gas bills – are reported to the agencies that register your credit history.

Your own homeCredit history is built on a day-to-day

basis and is a fundamental part of fulfilling your home ownership dreams. Those who have been through this initial process con-firm it is worth the trouble. “After six years in Canada, I got a mortgage to buy my own house. It is good to note that today, by having a good credit history, a Brazilian can make a down payment of 20% or even less, and finance the rest up to 40 years with much lower interest rates than in Bra-zil,” states Marco Castro, an immigration consultant in Vancouver.

Juliana Mendes, a sales representa-tive also based in Vancouver, has a simi-lar opinion. Being in Canada for less than four years, she has just moved to an apart-ment she has bought with a mortgage. “I don’t think I would have had it this easy in Brazil. Apart from the down payment and a job guarantee, my credit history was of great value,” she says.

Dreamstime.com

Page 20: Brazilian Wave Magazine 16

20

Os imigrantes já acostumados a assistir ao bom futebol apenas pela TV a cabo poderão matar as saudades dos estádios

nesse verão. O Canadá será a sede do Mundial Sub-20, uma espécie de copa do mundo para jogadores de até 20 anos. De 30 de junho a 22 de julho, seis cidades servirão de palco para os jogos: Toronto, Montreal, Ottawa, Edmonton, Burnaby e Victoria. Brasil e Portugal estão entre as 24 seleções de todos os continentes que participarão do evento.

O Mundial Sub-20 é a segunda maior e mais importante competição realizada pela FIFA – atrás apenas, naturalmente, da Copa do Mundo. Aliás, o formato da competição é muito seme-lhante ao da Copa do Mundo. Na primeira fase, as equipes jogam divididas em seis grupos de quatro países, já definidos por sorteio. As que se classificarem seguem adiante, disputando jogos eliminatórios, até a grande final, em Toronto, no dia 22 de julho.

O Brasil disputa a primeira fase no grupo D, com Coréia do Sul, Polônia e Estados Unidos. Esse grupo joga em Montreal e em Ottawa. Bra-

sil e Polônia fazem o jogo de abertura do torneio, no dia 30 de junho, no Está-dio Olímpico de Montreal. Portugal caiu no grupo C, com Gâmbia, Nova Zelândia e Méxi-co. Nessa primeira fase, os jogos da seleção portuguesa serão em Toronto e em Montreal. Portugal estréia contra a Nova Zelândia, no dia 2 de julho, em Toronto.

A seleção brasileira chega ao Canadá embala-da pela conquista do Campeonato Sul-America-no Sub-20, disputado em janeiro, no Paraguai. O Brasil foi campeão invicto do torneio e garantiu não só a participação no Mundial, mas também a vaga para as Olimpíadas de Pequim, em 2008. Já Portugal obteve a classificação com campanha mais modesta. Após empatar seus três jogos no campeonato europeu da categoria Sub-20, dis-putado em junho do ano passado, terminou ape-nas na sexta colocação. O resultado foi suficiente para assegurar uma das seis vagas destinadas ao continente europeu. O destaque do time coman-dado por Carlos Dinis é o já experiente meia

BOLA NA ÁREAMundial Sub-20 traz a chance de ver os grandes nomes do futebol de amanhã bem aqui e agora, no Canadá Por Arthur Max, de Ontário

ESPORTES

Page 21: Brazilian Wave Magazine 16

21

Bruno Gama, do FC Porto.Apenas sete países já

venceram o Mundial Sub-20, que é disputado a cada dois anos desde 1977. A Argentina, atual detentora da taça, é o país que venceu mais vezes, com cinco títulos. Em seguida vêm o Brasil, com quatro tí-

tulos, e Portugal, com dois. União Soviética,

Iugoslávia, Alemanha e Espanha têm um título

cada.Para o torcedor, o Mun-

dial Sub-20 é uma chance de ver em ação pela primeira vez os futuros

ídolos do futebol. Em suas 16 edições anteri-ores, foram revelados jovens talentos até então desconhecidos como Maradona, Romário, Suk-er, Figo, Ronaldinho, Adriano, Kaká, Rui Costa,

Van Basten, Bebeto, Raúl e Messi, entre muitos outros.

BOM SABER: Os ingressos para os jogos estão à venda apenas pela internet (www.ticket-master.ca ) e pelo telefone (1-866-662-3452).

AS FERAS - Os goleiros convocados para a fase de preparação para o Sub-20 foram Cássio do Grêmio e Muriel do Internacional. Na zaga, temos David do Palmeiras, Luizão do Cruzeiro, Breno do São Paulo e Marcelo, do Santos Fute-bol Clube. Eduardo e Everton do Corinthians, Carlão do Coritiba e Amaral do Palmeiras foram os laterais convocados. O meio campo será formado por Roberto do Atlético PR, Marcelo Oliveira, do Paulista Futebol Clube, Nilton do Corinthians, Marcone do Bahia, Leandro Lima do São Caetano, Everton Silva do Paraná Clube, Pedro Ken do Coritiba e ainda Sérgio Mota do São Paulo. No ataque, o treinador Nelson Ro-drigues contará com Alexandre do Internacional, Marcelinho do São Caetano, Diogo da Portugue-sa e, por último, Guilherme do Cruzeiro.

Arquivo

Page 22: Brazilian Wave Magazine 16

22

This summer, fans who are used to watching high-quality soccer only on cable TV will have the chance of seeing live soccer at the stadium as

Canada hosts the Sub-20 World Championship - a ver-sion of the World Cup for players under the age of 20. From June 20 to July 22, six cities will stage the match-es: Toronto, Montreal, Ottawa, Edmonton, Burnaby and Victoria. Brazil and Portugal are among the 24 teams participating in the event that involves all continents.

The Sub-20 World Championship is one of the big-gest and most important competitions organized by FIFA – second only, of course, to the World Cup, whose format it resembles. During the first phase of the com-petition, teams are divided into six groups of four coun-tries, already defined by draft. Those who classify at this phase go on, disputing eliminatory matches, up to the grand finale, in Toronto, on July 22.

Brazil will enter phase one in group D, with South Korea, Poland and the United States. This group plays in Montreal and Ottawa, with the opening match for the whole championship held by Brazil and Poland, on June 30, in Montreal. Portugal is in group C, with Gambia, New Zealand and Mexico and will be playing in Toronto and Montreal, beginning the contest with a match against New Zealand, on July 2, in Toronto.

The Brazilian team will arrive in Canada propelled by their stellar performance in the South American

Sub-20 Championship, held in January, in Paraguay. This contest not only assured their participation in the World Championship, but also their qualification for the Beijing Olympics in 2008.

Portugal got their qualification after a more mod-est campaign. Following draw results in their three matches for the European Sub-20 Championship, held in June last year, they ended up at the sixth rank. This result was just enough to assure them one of the six posts destined to the European Continent. The distin-guished soccer player in the team coached by Carlos Dinis is already experienced, Bruno Gama, from Porto Football Club.

Only seven countries have won the Sub-20 World Championship, disputed every two years since 1977. Argentina, the current owner of the Cup, won five times. Following them comes Brazil, with four titles, and Por-tugal, with two. The Soviet Union, Yugoslavia, Germany and Spain have one victory each.

For the supporters, the Sub-20 World Champion-ship is a first-hand chance for watching future soccer stars. In its previous 16 tournaments, young talents were revealed, such as Maradona, Romário, Suker, Figo, Ronaldinho, Adriano, Kaká, Rui Costa, Van Bas-ten, Bebeto, Raúl and Messi, among many others.

GOOD TO KNOW: Tickets for the matches are avail-able at www.ticketmaster.ca or 1-866-662-3452.

KEEP YOUR EYE ON THE BALLSub-20 World Championship offers Canadian residents the chance to see tomorrow’s big names in soccer By Arthur Max, from Ontario

SPORTS

22

Page 23: Brazilian Wave Magazine 16

23

THE TEAM – The goalkeepers selected were Cás-sio from Grêmio and Muriel from Internacional. In the defense, we have David from Palmeiras, Luizão from Cruzeiro, Breno from São Paulo and Marcelo from San-tos. Eduardo and Everton from Corinthians, Carlão from Coritiba and Amaral from Palmeiras were the wingers selected. The mid-field players are Roberto from Atlé-tico PR, Marcelo Oliveira from Paulista Futebol Clube, Nilton from Corinthians, Marcone from Bahia, Leandro Lima from São Caetano, Everton Silva from Paraná Clube, Pedro Ken from Coritiba and Sérgio Mota from São Paulo. The coach Nelson Rodrigues will count on strikers Alexandre from Internacional, Marcelinho from São Caetano, Diogo from Portuguesa and Guilherme from Cruzeiro.

Game Schedule / Tabela dos Jogos

23

Page 24: Brazilian Wave Magazine 16

24

GUIABrazilian DirectoryProdutos e Serviços Brasileiros

Subscribe toBrazilian WAVEMagazineContact us:Tel.: (416) 533-1376Fax: (416) 533-8658Toll Free [email protected]

www.brazilianwave.ca

Page 25: Brazilian Wave Magazine 16

41

Quando Simonee Chichester recebeu um telefonema do consulado canadense informando-a de que o pai dela vivia

como mendigo nas ruas de São Paulo e que estava agora muito doente com tuberculose, ela sabia que aquela podia ser sua última chance de encontrar-se com o homem que havia abandonado a sua família quando ela era ainda criança. Era a sua última chance de conseguir respostas para questões que ela tinha sobre a sua identidade e, mais importante ainda, sobre as razões que levaram aquele homem a desaparecer da noite para o dia.

Hoje aquela menina é uma artista multimí-dia, atriz e filmmaker que mora em Toronto. A mãe, Neusa, é brasileira e o pai, Edgar, nasceu na Guiana. O casal se conheceu em São Paulo, mas poucos anos depois, eles resolveram mudar para o Canadá. Vieram, de fato, mas Edgar não ficou. Quando Simonee tinha apenas seis anos, ele voltou sozinho para o Brasil.

Simonee sempre sonhou em fazer um filme, mas nunca havia imaginado que seu primeiro trabalho seria assim tão pessoal. Depois daquele estranho telefonema, era preciso decidir se ela ia ao Brasil ou não. E nesse processo de decisão, a idéia de documentar o possível reencontro com o pai surgiu, assim, de modo instintivo e natural.

A diretora imaginou que o seu documentário, Chichester’s Choice, seria essencialmente sobre a vida de seu pai, em uma tentativa de entender o que teria feito um homem talentoso e carismático abandonar tudo para viver como mendigo. Mas o filme logo ganhou outros rumos, passando a retratar, na verdade, a catártica jornada de Simo-nee em sua tentativa de melhor entender as suas

origens e também a sua relação com seus pais.Foi assim que Simonee viajou para a Guiana,

para se encontrar com amigos e parentes de Ed-gar. De lá ela partiu para São Paulo, onde passou dias vagando pelas ruas, perguntando às pessoas sobre um “mendigo que fala inglês” até final-mente encontrá-lo. E, então, 23 anos depois, pai e filha se encontravam frente a frente.

A decisão de documentar esta dramática tra-jetória se mostrou, afinal, acertada. Pelo menos aos olhos do público que elegeu Chichester’s Choice um dos dez melhores filmes da última edição do Hot Docs Festival, realizado em To-ronto em abril e que foi palco da estréia mundial do documentário.

Agora é ficar de olho nos próximos trabalhos da diretora. Ela tem planos de fazer outro docu-mentário em breve e já começou a desenvolver o roteiro de um curta-metragem.

A BOA ESCOLHA DE SIMONEEFilme dirigido por uma representante da segunda geração de imigrante brasileira faz sucesso na edição deste ano do Hot Docs Film Festival

Por Roberta Wiseman, de OntárioGUIA

PORFÓLIO

Arq

uivo

pes

soal

Simonee Chichester

Brazilian DirectoryProdutos e Serviços Brasileiros

Page 26: Brazilian Wave Magazine 16

42

The story began when Simonee Chichester received a phone call from the Canadian Consulate in Brazil informing her that her father, an alcoholic

who had been living on the streets of São Paulo, was ill with tuberculosis. She knew that this would be her last chance to reconnect with the man who had abandoned her, and her mother, when she was a child and to find answers to questions about her identity and crucially, the reasons why he had left the family.

Simonee Chichester is a Toronto-based multidis-ciplinary artist, actress and filmmaker. A child of im-migrant parents, her mother, Neusa, is from Brazil and her father, Edgar, is from Guyana. The couple met in São Paulo, and then like many others, moved to Canada. But something went wrong and Simonee’s father ended up leaving for Brazil when she was only six years old.

Simonee says she always dreamed of one day making a film, but did not realize her first one would be quite so personal. When the decision came about whether to go to Brazil to track down her father, she found the choice to document the experience came naturally.

She initially envisioned the resulting documentary, Chichester’s Choice, as being about her father’s life – what would make a talented, charismatic man give up everything for a life on the streets? But the film soon developed into an exploration of her own cathartic

journey as she reached a deeper understanding of her background and her relationship with both parents.

The filmmaker went to her father’s hometown in Guyana to visit and talk with his family and friends. From there, she flew to São Paulo where she spent days walking the streets, asking about a “mendigo (va-grant) who speaks English” until finally she found him. Twenty-three years after he had disappeared, father and daughter were face to face.

Simonee’s good choice to document this incred-ible journey in detail has paid off – the film was picked as one of the top ten for the Audience Choice award during its world premier at Toronto’s Hot Docs Festival in April.

Watch out for Simonee’s work in the future as she plans to create another documentary and has also started work on a short film script.

SIMONEE’S GOOD CHOICEA film by a second generation Brazilian immigrant rocked audiences at the Hot Docs Film Festival this yearBy Roberta Wiseman, from Ontario

Arq

uivo

Pes

soal

Simonee and her father, Edgar, on her second birthday

42

PORTFOLIO

Page 27: Brazilian Wave Magazine 16

43

Uma história de amor, perseverança e dedicação transformou o paulistano Jô Matumoto no primeiro brasileiro a ser

convidado a jogar na Major League Baseball (MLB), que reúne os grandes times de beisebol dos Estados Unidos e Canadá.

O esporte no Brasil é praticado quase que apenas pela comunidade japonesa e, em espe-cial, no estado de São Paulo. E foi ali que Jô fez carreira até seguir para o Japão, onde jogou semiprofissionalmente por seis anos. Depois, de volta à terra natal, Jô foi jogar no Nippon Blue Jays, equipe brasileira fundada por José Pett, ex-jogador das ligas menores da franquia do Blue Jays na década de 90.

Os anos se passaram, Jô Matumoto se casou com Maria Fernanda de Lucca e recebeu novo convite para jogar no Japão. O atleta fez as ma-las e foi para lá sozinho, mas, desta vez, ele não resistiu à distância e à saudade da esposa e re-tornou ao Brasil debaixo de uma chuva de crí-ticas. Muita gente acusava Jô de estar fechando

as portas do esporte para os brasileiros no Japão e toda essa pressão levou o atleta a pensar em abandonar de vez a grande paixão da sua vida.

Quando Fernanda viu que o marido estava desistindo do seu sonho, ela enviou e-mail a to-dos os agentes da liga profissional norte-ameri-cana. E para a surpresa de muitos, ela recebeu uma resposta de Randall Hendricks, um dos agentes mais famosos dos EUA que, após muita insistência da brasileira, convidou o casal para um teste em Houston, Texas.

A transferência para o CanadáO jeitinho da brasileira colocou o marido

diante da oportunidade da vida dele. E Jô não desperdiçou a chance. O teste feito diante do agente foi um sucesso e Randal Hendricks tra-tou logo de convidar dezenas de olheiros para ver o rapaz em ação. E daí para a contratação pelo Blue Jays foi um pulo. “O Toronto Blue Jays se interessou por mim, e tive todos os mo-

JEITINHO BRASILEIRO INVADE O BEISEBOLCasal de brasileiros prova que a perseverança vale mesmo a pena

COMUNIDADE

Page 28: Brazilian Wave Magazine 16

44

tivos para dizer sim. Primeiro porque sou apai-xonado pelo Canadá. Segundo, porque minha esposa é ainda mais apaixonada pelo Canadá do que eu”, afirma Jô, lembrando que a esposa passou uma temporada estudando inglês na ci-dade de Cambridge, em Ontário, quando estava no segundo grau.

Jô conta ainda que o fato de ser um arremes-sador canhoto pesou na contratação. “Os canho-tos jogam de um jeito que é mais imprevisível. Não somos jogadores de velocidade, e sim de movimento”, diz Matumoto. Além disso, o atle-ta arremessa de lado, e não de cima. Isso faz dele uma arma a mais, bastante incomum para o time.

A estréia do atleta no Spring Training, no entanto, não foi das melhores, com o nervosis-mo tomando conta do paulistano. Por isso, ele passou a treinar nas ligas menores, para ter tem-po de se acostumar ao beisebol norte-americano e, quem sabe, retornar à MLB. A torcida para que ele volte à liga principal é grande, mas de todo modo Jô já fez história, com sua dedicação, perseverança, paixão pelo esporte e, sobretudo, pela força do amor do casal.

A insistência e convicção de Maria Fernanda não só levaram à contratação de Jô Matumoto como a dela mesma: a brasileira foi contratada pela Hendricks Sports Management, a agência de Randal que tem clientes como Roger Clemens, Jason Schmidt, Kip Wells e Andy Pettitte, entre outros jogadores da MLB. Mesmo assim, ela não descuida do marido. “No começo, ela até assistia aos treinos. Tinha medo de que algo acontecesse comigo sem que ela estivesse por perto. Agora que tudo normalizou e estou adaptado, ela vem aos jogos. A todos os jogos. Não perde um”, afirma o apaixonado Matu-moto.

Arq

uivo

Pes

soal

Maria Fernanda com o marido Jô Matumoto

Page 29: Brazilian Wave Magazine 16

45

It was love, perseverance and dedication that turned Jô Matumoto, from São Paulo, into the first Brazilian invited to play for Major League Baseball (MLB), the

official organization of baseball teams in the United States and Canada.

In Brazil the sport is usually only played by the Japanese community, particularly those residing in the state of São Paulo. And it was there that Jô began his career until moving to Japan, where he played semi-professionally for six years. Later, back home, Jô went to the Nippon Blue Jays, a Brazilian team founded by José Pett, a former player for the small leagues of the Blue Jays franchise in the 1990’s.

Time passed and Jô Matumoto met, fell in love with and married Maria Fernanda de Lucca. He was again invited to play in Japan. The athlete packed and went there by himself, but, this time, he could not stand the distance and missed his wife badly. He came back to Brazil under a shower of criticism. Many peo-ple accused Jô of closing the door to Brazilian baseball players in Japan, and all this pressure made the player think about leaving his life’s great passion for good.

When Fernanda noticed that her husband was giving up his dream, she sent e-mails to all the North American professional league agents. Much to every-one’s surprise, she got an answer from Randall Hen-dricks, one of the most famous agents in the USA who, after being pressed by the Brazilian lady, invited the couple to Houston, Texas, so that Jô could take a test.

Moving to CanadaIt was this “Brazilian way” that gave Fernanda’s

husband a great life opportunity, and Jô did not waste the chance. The test was a success and Randall Hen-drick quickly invited tens of scouts to watch the man in action. After that he was hired by the Blue Jays. “The Toronto Blue Jays got interested in me, and I had all the reasons to say yes. First of all, because I am real-ly fond of Canada. Secondly because my wife is even much fonder of Canada than me,” states Jô, recalling that his wife had spent some time studying English in Cambridge, Ontario, when in high school.

According to Jô the fact that he is a left-handed pitcher was a definite advantage. “Left-handed players play in a way that is more unpredictable. We are not speed players, but movement players,” says Matumoto. In addition, the athlete throws laterally, not from above. This turns him into a rare asset for the team.

His first appearance at Spring Training, however, was not one of his best. Nervousness overwhelmed the player from São Paulo. Because of this, he started train-ing at the smaller leagues, to be given some time to get used to the North American baseball system and, hope-fully, go back to the MLB. His fans strongly hope he will be back to the main league, but, anyway, Jô is already part of Brazilian baseball history, due to his dedication, perseverance, passion for the sport and, most of all, for the powerful love that ties the couple.

THE BRAZILIAN WAY INTO MAJOR LEAGUE BASEBALLBy Eliane da Fonseca, from São Paulo

Maria Fernanda’s determination and conviction not only has led to the hiring of Jô Matumoto, but hers, as well: she was hired by Hendricks Sports Manage-ment, Randall’s agency, that assists clients such as Roger Clemens, Jason Schmidt, Kip Wells and Andy Pettitte, among other MLB players. She still immers-es herself in Jô’s career, “In the beginning, she even attended the training. She was afraid something would happen to me without her being around. Now that everything is normal, and I’ve already adapted myself, she comes to the games. All games. She nev-er misses any,” says the loving Matumoto.

Jô Matumoto

45

COMMUNITY

Page 30: Brazilian Wave Magazine 16

DE VOLTA ÀS AULASAs mudanças ainda não têm

data definida para entrar em vigor, mas Brasil, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe já assinaram o Acordo Ortográfico da Língua Por-tuguesa que, assim, ganha status oficial, passando a ser adotado por todos os membros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, a CPLP, que conta ainda com An-gola, Guiné-Bissau Moçambique, Portugal e Timor-Leste.

O português é a terceira língua ocidental mais falada, atrás apenas do inglês e o espanhol. Mas conta com a desvantagem de ter duas ortografias. O acordo quer corrigir o problema, modificando cerca de 1,6% do vocabulário de Portugal e 0,45% das palavras brasileiras sem, no entanto, mudar a pronúncia típica de cada país.

PRINCIPAIS MUDANÇAS:• O alfabeto passará a ter 26 letras, incorporando o “k”, o “w” e o “y”.• Os portugueses abrirão mão

BRASILMOSTRA ASUA CARA

O Centro de Informação Co-munitária Brasil-Angola teve uma iniciativa de tirar o chapéu: criou uma pesquisa simples, rápida e bem planejada para tentar traçar a “cara” da comunidade brasileira de Ontário. Você só precisar achar 25 minutos na sua agenda para entrar no http://www.surveymonkey.com/s.asp?u=716672896212 e responder às questões. A pesquisa é confidencial e qualquer um pode participar, mesmo quem for ilegal, sem risco algum. Com os resulta-dos na mão, vai ser possível propor novas política públicas ao governo e o CCBA poderá oferecer novos serviços. Qualquer brasileiro que saiba português, tenha mais de 16 anos e esteja em Toronto há mais de seis meses pode – e deve! – participar. O link estará a sua espera até o dia 2 de julho.

Por Fátima Mesquita, de Ontário

do “c” e do “p” mudo que surge em palavras como “contacto”e “óptimo”.• O “o” duplo acentuado sumirá da gramática brasileira em termos como “enjôo” ou “vôo” assim como o acento circunflexo do “e” duplo de certos verbos, como em “lêem” e “vêem”. • O trema desaparecerá por completo do mesmo modo que some o acento agudo nos ditongos abertos “ei” e “oi” de palavras como “assembléia” e “idéia”.

BATENDO UM BOLÃO

Uma dobradinha entre a Manchester United Soccer Schools (MUSS) e a Nike quer colocar as crianças para bater bola neste mês de julho. O programa inten-sivo dura uma semana, com ativi-dades diárias das 9 às 16 horas em dois endereços em Ontário, no Oakville College em Oakville e no Hershey Centre em Mississauga. As vagas estão abertas a meninos

46

NEWSFLASHNEWS

Page 31: Brazilian Wave Magazine 16

e meninas dos seis aos 18 anos, sejam eles iniciantes ou grandes craques. Cada atleta inscrito rece-berá uma camiseta, uma sacola com lembrancinhas e ainda um certificado ao final do curso. Além disso, a garotada tem a chance de ir representar o Canadá no “World Skills Finals”, na Inglaterra, com tudo pago. Para saber mais, visite o www.muss.ca.

MAIS FUTEBOL

O Toronto Lynx Soccer Club é futebol amador levado a sério e

este ano entra na disputa da Unit-ed Soccer Leagues Premier Devel-opment League, mais conhecida por todo mundo como (PDL) e que reúne clubes dos Estados Unidos e do Canadá. Nesta liga, 63 times são separados em diferentes di-visões que disputam campeonatos separados durante o verão. Uma dessas divisões é a Great Lakes, que tem seis equipes e é onde o Lynx joga esta temporada. Cada

time disputa 16 partidas, sempre revezando encontros em casa e no estádio do adversário. No ano passado, o campeão foi o Chicago Fire Premier. Mas esse ano você pode dar uma força para o futebol canadense e ver de perto como o esporte cresce aqui, apesar da pouca tradição. Para saber sobre ingressos, datas e locais de jogos, é só dar um pulo no www.lynxsoc-cer.com, onde você pode também ver os detalhes do que acontece com o time feminino, o Lady Lynx.

BRAZILFEST 2007

No dia 29 de julho a Toronto Centre Island (Olympic Island) mais uma vez se veste de verde e amarelo para receber o Festival de Verão BrazilFest, que começa ao meio dia e só termina dez horas depois. Quem der o ar da graça vai se divertir ouvindo boa música brasileira dos mais variados estilos. E tudo isso sem precisar colocar a mão no bolso, já que o evento é todo gratuito. Esse ano, o BrazilFest vai para sua quarta edição, dando mostras de que tem tudo para virar uma tradição do verão em Ontário.

QUER EXPORTAR PARA O CANADÁ?

O Brasil exportou para o Canadá US$ 2,2 bilhões em 2006, enquanto as exportações canadenses para o mercado brasileiro somaram US$ 1,2 bi-lhão. Esses números representam aumento de 15% no comércio en-tre os dois países em comparação com o ano anterior. Além disso, em 2006 o Brasil foi o quarto maior investidor direto no Canadá, com estoque de quase US$ 21 bi-lhões. Já os investimentos diretos do Canadá no Brasil totalizaram cerca de US$ 7 bilhões. Mas, ape-sar desse crescimento, o Canadá ainda não está sequer entre os 12 principais destinos de exportações brasileiras. E se você quiser fazer parte da mudança desse quadro pode consultar as 78 páginas do guia preparado pelo Setor Comer-cial do Consulado do Brasil em Toronto e que está disponível no formato PDF no seguinte endereço http://www.braziltradenet.gov.br/ARQUIVOS/Publicacoes/ ComoExportar/CEXCanada.pdf

47

NEWSFLASHNEWSNEWS FLASH

Page 32: Brazilian Wave Magazine 16

DE CASA NOVAA BCA -- Brazil-

ian Community Association -- da Colúmbia Britânica está acabando de reformar seu novo espaço e em breve vai mudar para o primeiro andar do número 3.110 da Boundary Rd, em Burnaby para poder melhor servir a comunidade brasileira que vive e trabalha na província. A associação, que foi criada em 1996, oferece aulas de inglês, aulas de português para adultos e crianças, um programa “after school” de suporte para a molecada e também aulas de dança, yoga, pilates e capoeira. Além disso, a organização tem um calendário agitado de festas e eventos e está sempre pronta a ajudar os recém-chegados a se integrar. Por isso, vale mesmo a pena conferir o www.braziliansinbc.ca e se associar o quanto antes.

COSTA OESTE GANHA CONSULADO BRASILEIRO

Os brasileiros que já estão por lá ou que estão se programando

para ir morar ou passear na British Columbia ou outras áreas da Costa Oeste vão poder contar, em breve, com um Consulado-Geral em Van-couver. O presidente Luís Inácio Lula da Silva assinou o decreto -- que entra em vigor imediatamente -- no dia 15 de maio. Ainda não há uma data definitiva para o início da prestação de serviços, mas agora é só aguardar as providên-cias práticas para que o consulado abra suas portas e passe, então, a atender uma comunidade que antes precisava recorrer aos serviços do Consulado-Geral de Toronto para qualquer providência. A novidade vem também facilitar a vida não só de turistas como de empresas canadenses interessa-das no Brasil.

O Consulado-Geral em Vancou-ver vem somar-se às unidades que hoje existem em Montreal (com jurisdição que abrange Quebec, New Brunswick, Nova Scotia, Prince Edward, Newfoundland. e Labrador), Ottawa (que atende apenas o pessoal da capital) e To-ronto (que atualmente zela pelas províncias de Ontário, Manitoba, Saskatchewan, Alberta, BC, Yukon e ainda os Territórios Nunavut e Northwest, mas que passará a dividir sua atuação com a nova unidade de Vancouver).

48

Page 33: Brazilian Wave Magazine 16

SHOW YOUR TRUE COLOURS

The Centro de Informação Co-munitária Brasil-Angola is launch-ing a great initiative: a simple, quick and well-designed poll to reveal the true colours of the Brazilian com-munity in Ontario. All you need to do is to take 25 minutes and go to http://www.surveymonkey.com/s.asp?u=716672896212 and an-swer the questions. Your contribu-tion will be completely confidential and anybody can participate, even if you are in Canada illegally, risk-free. The results will enable the community to propose new public policies to the government, and will help the CCBA to develop new services. Any Portuguese-speaking Brazilian resident in Ontario who is over 16 years old can take part. The link will be active until July 2nd, waiting for your contribution.

NEWSFLASHNEWSBACK TO SCHOOL

There is no date yet for the changes to be introduced, but Bra-zil, Cape Verde and São Tomé and Príncipe have already signed the Portuguese Orthographic Agree-ment. With three signatures, the Agreement now gets an official status and will be instigated by all members of the Community of Por-tuguese-speaking Countries (CPLP), which also encompasses Angola, Guinea-Bissau, Mozambique, Por-tugal and East Timor.

Portuguese is the third most spoken Western language only behind English and Spanish. But it has the disadvantage of two dif-ferent spelling systems. The agree-ment seeks to solve this problem, changing around 1.6% of Portu-gal’s vocabulary and 0.45% of Bra-zilian words, without affecting the pronunciation characterizing each country.

THE MAIN CHANGES:• The alphabet will have 26 letters, including “k”, “w” and “y”.

• Portugal will discard the silent “c” and silent “p” used in words such as “contacto” and “óptimo”.• The stressed double “o” will dis-appear from Brazilian grammar in words like “enjôo” or “vôo” as well as the accented double “e” of some verbs like “lêem” and “vêem”. • The “ü” will disappear completely as well as the accent on “ei” and “oi”, as in words like “assembléia” and “idéia”.

A PERFECT GAMEA partnership between the

Manchester United Soccer Schools (MUSS) and Nike wants to raise the level of soccer skills among children and young people this July. The one week long intensive program has daily activities from 9 am to 4 pm in two different loca-tions in Ontario - Oakville College in Oakville and the Hershey Centre in Mississauga. Enrollment has al-ready begun for boys and girls from 6 to 18 years, of all skill levels from beginner to elite. Each participant will receive a t-shirt, a goodie bag

By Fátima Mesquita, from Ontario

49

NEWS FLASH

Page 34: Brazilian Wave Magazine 16

and a certificate of completion, not to mention the chance of repre-senting Canada at the “World Skills Finals” in Old Trafford, England, all expenses paid. For more informa-tion, go to www.muss.ca.

BRAZILFEST 2007 On July 29, once more, the To-

ronto Centre Island (Olympic Is-land) will be covered with yellow and green to receive the summer festival, BrazilFest. There will be loads of fun, from noon until 10 pm, and the opportunity to hear many styles of good Brazilian mu-sic. All for free. This is the fourth year of the BrazilFest and the event is getting stronger, showing poten-tial to turn into an Ontario summer tradition.

MORE SOCCERThe Toronto Lynx Soccer Club

is amateur soccer taken seriously and this year the club will be includ-ed in the United Soccer Leagues Premier Development League, better known as PDL. The PDL is the umbrella organization for clubs from the United States and Cana-da. This league has 63 teams, sep-arated into different divisions with championships going on during the summer. The Great Lakes is one of these divisions and has six squads, including this season the Toronto Lynx. Each team plays 16 match-es, both home and away. In 2006, the Chicago Fire Premier won the

championship. But this year, you can support Canadian soccer and see for yourself how the sport is growing in this country. For details about tickets, dates and locations of matches, go to www.lynxsoccer.com, where you can also check out everything about the women’s squad, Lady Lynx.

DO YOU WANT TO EXPORT TO CANADA?

Brazil exported US$ 2.2 billion to Canada in 2006, while Canada exported US$ 1.2 billion to the Bra-zilian market, showing a 15% in-crease in the trade between the two countries, in comparison with the previous year. Brazil was also the fourth biggest investor in Canada in 2006, with stock of almost US$ 21 billion. The direct Canadian invest-ment in Brazil almost reached US$ 7 billion. But despite this increase, Canada is not even among the 12 main destinations of Brazilian prod-ucts. If you want to change this you can check out the 78 page guide on how to export to Canada pre-pared by the commercial depart-ment of the Brazilian Consulate in Toronto. The document is available in Portuguese and in a PDF format at http://www.braziltradenet.gov.br/ARQUIVOS/Publicacoes/Como-Exportar/CEXCanada.pdf

OPEN HOUSEThe Brazilian Community As-

sociation of British Columbia (BCA) is just giving the finishing touches to their new premises on the first floor of number 3110, Boundary Rd, in Burnaby. With the new place, the ten year old Association wants to better serve the Brazilian com-

munity of BC. BCA offers English classes, Portuguese classes for adults and children, after-school activities as well as dance, yoga, pilates and capoeira classes (the Brazilian martial art). They also have a busy calendar of celebra-tions and events, and are always ready to help newcomers feel at home in their new country. It’s worth a look at their website which is in both Portuguese and English www.braziliansinbc.ca .

WEST COAST TO GET A BRAZILIAN CONSULATE

Brazilians who are living or plan to move to the region, or even just visiting British Columbia or other Western areas will soon be able to count on a Brazilian Consulate General in Vancouver. President Luís Inácio Lula da Silva signed the decree on May 15th authorizing the new office. There is no definite date yet, but it’s just a question of time before it opens its doors to a community that previously needed to use the services of the Consulate General in Toronto for everything. The news will also benefit Cana-dian tourists and companies that have interests in Brazil.

The Consulate General in Van-couver will add to the offices in Montreal (for people living/visit-ing Quebec, New Brunswick, Nova Scotia, Prince Edward Island, New-foundland and Labrador), in Ottawa (for those in the capital area) and in Toronto (that presently services the provinces of Ontario, Manitoba, Saskatchewan, Alberta, BC, Yukon and the Nunavut and Northwest Territories, but will divide its re-sponsibilities with the new Vancou-ver Consulate).

50

Page 35: Brazilian Wave Magazine 16
Page 36: Brazilian Wave Magazine 16

52

M ais do que nunca, o aquecimento global é o assunto do dia no Canadá. E a redução do consumo de energia é o

ponto central de qualquer programa de redução dos gases causadores de efeito estufa. Por isso, vale a pena saber mais sobre o uso do ar condicionado agora que o verão já está aqui.

Os equipamentos de ar-condicionado mais usados em residências no Canadá são de três tipos: o de janela ou parede, o split (central) e o mini-split, que é um tipo que não usa dutos. Se você pensa em comprar um aparelho des-ses, precisa saber que a eficiência média de

um ar- condicionado é medida através da SEER (Seasonal Energy Efficiency Ratio) ou da EER (Energy Efficiency Ratio). As duas medições relacionam a quantidade de calor que é retirada do ambiente pelo equipamento (em BTU/h ou BTUH) com a potência elétrica usada (em Wat-ts, ou W). Ou, em outras palavras, a quantidade de frio produzida a partir de uma determinada quantidade de energia elétrica.

Desde novembro de 2006, o governo cana-dense estabeleceu que a SEER para sistemas split com capacidade de até 65000 BTU/h deve ser no mínimo igual a 13. Já no caso dos equi-pamentos de janela, a EER mínima varia de 8 a 9.8. E tudo isso quer dizer, na prática, que o me-lhor negócio é procurar um equipamento com maior SEER ou EER. Esse aparelho será mais caro, mas vai lhe garantir uma conta de luz mais baixa e, na ponta do lápis, a economia pagará pelo investimento.

Quem já possui ar-condicionado também pode economizar e ajudar o meio-ambiente sem perder o conforto. Antes de mais nada, evite usar o aparelho sempre que for possível. Abra as janelas e deixe o ar circular. Ou use venti-ladores, em especial os de teto, que são mais

CONFORTO CONSCIENTEVeja como unir conforto e economia quando o assunto é ar condicionado

Por Lúcio Mesquita, de Ontário*

Page 37: Brazilian Wave Magazine 16

53

*Lucio Mesquita é engenheiro especializado em sis-temas térmicos, e doutorando em Engenharia Mecâ-nica na Queen’s University.

eficientes. Ao chegar em casa, não programe o termostato do seu ar condicionado para uma temperatura muito baixa, achando que assim o ambiente ficará confortável em dois minuti-nhos. O aparelho não funciona dessa maneira e o único resultado real será um maior consumo de energia.

Quando o ar-condicionado estiver em uso, não se esqueça de manter as janelas e portas ex-ternas fechadas. E se você tem lareira em casa, feche também a saída da chaminé. Evite deixar lâmpadas ou TVs perto do termostato do seu ar condicionado. O calor emitido por estes itens faz o ar condicionado trabalhar mais do que o necessário. A manutenção do seu ar condiciona-do também faz diferença no consumo de ener-gia e no meio ambiente.

E aqui vai ainda uma dica para quem tem (e até mesmo para quem não tem) ar-condicio-nado: feche as cortinas e persianas das janelas que estão recebendo a luz do sol diretamente. Isso diminuirá o calor do ambiente e deixará seu verão muito mais agradável.

Pouco mais de 40% das residências no Canadá têm ar-condicionado, 61% des-sas casas estão na província de Ontário. No Brasil, menos de 10% das residên-cias têm esse conforto, com mais da metade dos aparelhos instalados na região metropolitana do Rio de Janeiro.

BRASIL X CANADÁ

MEIO AMBIENTE

Page 38: Brazilian Wave Magazine 16

54

Never has the issue of global warming been so much discussed in Canada than today. And lowering energy consumption is the core of

any program aiming to reduce the greenhouse effect. That’s why it’s worth knowing more about the use of air conditioning equipment, particularly now that sum-mer is here.

The most common household air conditioning equipment is available in three types: the window or wall-mounted ; the “split” (central), and the “mini-split” unit, which doesn’t need any air ducts. If you are plan-ning to buy one of these, you should check out the av-erage efficiency ratio of the AC, looking for the SEER (Seasonal Energy Efficiency Ratio) or EER (Energy Ef-ficiency Ratio) number. Both relate the amount of heat removed by the equipment from the building (in BTU/h or BTUH) to the electrical power used (in watts, or W). In other words, it reveals the amount of cold air pro-duced using a certain amount of electricity.

Since November 2006, the Canadian government has determined that the SEER for split systems, with a capacity of up to 65000 BTU/h, shall be at least equal to 13. For the window/wall set, the minimum EER var-ies from 8 to 9.8. This means that the best deal is to look for the unit with a higher SEER or EER. It will be more expensive, but it will result in a lower energy bill, and ultimately, the saving will pay your investment off.

KEEPING YOUR BILL COOLThose who already have an air conditioner can

also save money and help the environment without missing the comfort. Start by avoiding the use of the equipment whenever it is possible. Open the windows and let the air circulate, or use fans instead – espe-cially the ceiling ones, which are more efficient. When you get back home, do not turn the thermostat of your AC to the lowest temperature assuming that the room will get more comfortable quicker. That’s not how the equipment works. The only thing you will get with this is a higher hydro bill. Rather, allow the air conditioner to steadily build up the cool air in your home.

When using the AC, do remember to keep external windows and doors closed. And if you have a fireplace, shut the chimney, too. Avoid having lamps or TV’s next to the thermostat of your equipment, since the heat produced by those items will make the air conditioner work more than what is really needed.

Finally, don’t forget to close the curtains and blinds on windows receiving direct sunlight. This will lower the heat inside the house and make your summer much more comfortable and pleasant, whether you have an AC or not.

*Lucio Mesquita is a PhD Candidate at the Dept. of Mechanical and Materials Engineering, Queen’s University.

54

CONSCIOUS COMFORTHow to be comfortable and save mon-ey with air conditioning this summer

BRAZIL X CANADAA little more than 40% of Canadian households have air conditioning, of which 61% are in the province of Ontario. In Brazil, less than 10% of households have this comfort, with more than half of the installed equipment located in Rio de Janeiro metropolitan area.

By Lucio Mesquita, from Ontario*

ENVIRONMENT

Page 39: Brazilian Wave Magazine 16

55

Já imaginou ver de perto provas de como o “brasileiro” vivia há 50 mil anos? Pois o Parque Nacional da Serra da Capivara,

no interior do estado do Piauí, traz algumas indicações da rotina do homem das cavernas brasileiro e tem até indícios de que o primeiro ser humano das Américas pode ter vivido bem ali, no Nordeste do Brasil.

O Parque foi fundado em 1979 após uma dura batalha liderada pela arqueóloga brasi-leira Niéde Guidon, doutorada em pré-história pela Universidade de Paris I, que desde o co-meço dos anos 60 vinha estudando as pinturas, esqueletos e objetos encontrados na região. A criação do Parque foi uma medida para proteger esses sítios arqueológicos e pinturas, preservar uma fatia da vegetação típica local, a caatinga, e também dar chance aos visitantes de aprender e se encantar com esse verdadeiro museu a céu aberto.

Hoje a gestão do Parque está a cargo da Fundação Museu do Homem Americano, a FUMDHAM, formada em 1986 por pesquisa-dores de uma cooperação científica bi-nacional França-Brasil. A FUMDHAM também opera o Museu do Homem Americano, situado a cerca de 20 quilômetros do Parque, na cidade de São Raimundo Nonato.

No museu, uma exposição permanente reve-la achados de 30 anos de escavações e pesquisas na região. São ferramentas, cerâmicas, ossadas humanas e urnas funerárias, além de reprodu-ções de inscrições e gravuras rupestres ao dis-por do visitante de terça a domingo, das 9h às 17h. “É uma belíssima exposição, renovada há dois anos com recursos do IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), e que mostra a evolução das técnicas pré-histó-ricas desde as primeiras pedras lascadas até a pedra polida, a invenção da cerâmica e sua evo-lução, alguns enfeites feitos de pedra, madeira e sementes”, afirma Niéde.

Trilhas, aventuras e a história vivaNo parque da Serra da Capivara, 22 sítios

arqueológicos estão preparados para a visitação, com escadas de acesso e passarelas que facili-tam a observação das pinturas rupestres. E para chegar a cada um desses sítios existem trilhas de diferentes níveis de dificuldade, cada uma delas com paisagens mais interessantes que a outra, com morros de mármore cinza e negro, lagoas, ilhas de florestas e cerrado, além de la-gos e fontes naturais.

UMA VIAGEM À NOSSA ORIGEMUm destino turístico inusitado e pouco conhecido conta um pouco da história do nosso continente Por Eliane da Fonseca, de São Paulo

foto

s: F

UMDH

AM

Page 40: Brazilian Wave Magazine 16

56

O parque conta com um Centro de Visitan-tes equipado com lanchonete, auditório com vídeo, sala de exposição, loja de lembranças e sanitário público. Existem também pontos para piqueniques. E, apesar de o local ser muito bem sinalizado, é obrigatório contratar um guia cre-denciado para fazer as trilhas e visitar os sítios.

O cartão-postal da Serra é a Pedra Furada, uma abertura de 15 metros de diâmetro em um paredão com mais de 60 metros de altura onde existem mais de 1.100 pinturas, e que também pode ser visto à noite, iluminado, se você com-binar o passeio.

Para o visitante em boa forma, uma opção interessante é visitar o Caldeirão do Rodrigues e

Canoas. A subida até lá é íngreme, com a esca-lada levando duas horas até o reservatório onde os animais da região vão beber água. Mas in-dependente da sua capacidade física, ninguém deve deixar de visitar o desfiladeiro do Baixão das Andorinhas, que tem 90 m de profundidade. Ali, todo dia, ao cair da tarde, bandos de andori-nhas mergulham para as fendas em alta veloci-dade, dando um espetáculo à parte.

Por toda essa riqueza, a Serra da Capivara foi declarada pela UNESCO Patrimônio Cul-tural da Humanidade. Também pleiteia o título de Patrimônio Mundial Natural, o que faria o parque entrar para o seleto grupo de 23 locais do mundo considerados, ao mesmo tempo, pa-trimônios cultural e natural do planeta.

Arqueóloga em ação na Serra da Capivara/Archaeologist working at Serra da Capivara

Pedra Furada – “holed stone ”

TURISMO

Page 41: Brazilian Wave Magazine 16

57

A maneira mais rápida de chegar ao Parque Nacional da Serra da Capivara é através de Petrolina, Pernambuco, que fica a cerca de 300 quilômetros de dis-tância.

A temperatura anual na região é de 28ºC, mas as noites podem ser frias, che-gando até os 10ºC. Mesmo assim, não se engane: traga o protetor solar, um boné, seu lanche e cantil com bastante água. O parque funciona o ano inteiro, das 7 às 19 horas, mas a melhor época para visi-tar é entre dezembro e junho, quando o clima é mais ameno.

Os restaurantes e as acomodações na região são simples, mas em geral, decentes. Uma boa opção pode ser acampar na área do próprio Museu do Homem Americano, após obter a autor-ização da FUMDHAM para montar a sua barraca.

DICAS

Page 42: Brazilian Wave Magazine 16

58

Can you imagine seeing up close how Brazilians lived fifty thousand years ago? The National Park of Serra da Capivara, in the countryside

of Piauí state, has some tips on the daily routine of Paleolithic Brazilian hunter-gatherers and also offers evidence indicating that the first human being of all the Americas might well have lived exactly there, in Northeastern Brazil.

The Park was founded in 1979 after a hard strug-gle led by the Brazilian archeologist Niéde Guidon, a doctor of History from Paris I University, who since the early 1960’s has been studying the cave art, bones and artifacts found in the area. The focus of the Park is to protect those archeological sites and paintings, while preserving a chunk of the typical local vegeta-tion, the caatinga (scrub land), in addition to giving visi-tors the opportunity of learning about and being truly amazed at this open-air museum.

Today the Fundação Museu do Homem Ameri-cano (The American Man Museum Foundation) FUM-DHAM, which was established in 1986 by researchers from a bi-national France-Brazil coalition, is in charge of the management of the Park. FUNDHAM also runs the American Man Museum, located about 20 km from the Park, in a city called São Raimundo Nonato.

At the Museum (open from Tuesday to Sunday), a permanent exhibition reveals findings from 30 years of digging and research in the area. There are tools, pottery, human bones and funeral urns, as well as printings of inscriptions and cave engravings for the visitor to enjoy. “It’s a wonderful exhibition, renewed two years ago with the support of IPHAN (the National Institute of Historical and Artistic Heritage), showing artifacts from the evolution of human life since the Stone Age – chipped, and later polished stones, the invention of pottery and its development, some adorn-ments made of stone, wood and seeds,” says Niéde.

BACK TO OUR ORIGINSA little-known Brazilian tourist destination - the National Park of Serra da Capivara - reveals the fascinating history of the continent.

By Eliane da Fonseca, from São Paulo

58

Page 43: Brazilian Wave Magazine 16

59

Trails, adventure and live historyAt Serra da Capivara, 22 archeological sites are

prepared for visitors, with access stairways and bridg-es that make observation of paintings easier. To arrive at each of the sites, there are trails at different diffi-culty levels, each one displaying the most interesting landscapes, with gray and black marble hills, lagoons, “islands” of dense vegetation surrounded by cerrado (a type of savannah), lakes and natural wells.

A Visitor Centre offers a snack bar, an auditorium, an exhibition room, a souvenir shop and restrooms. There are also picnic areas. Although signage at the Park is excellent, visitors are required to be accompa-nied by an official guide for walking the trails and visit-ing the sites.

The real postcard of the Park is Pedra Furada (holed stone), a 15 m diameter opening in a wall more than 60 m high, where there are over 1,100 paintings. The place can also be visited at night, if you arrange this in advance, when it’s attractively lit up.

For visitors in good shape, an interesting option is to visit Caldeirão do Rodrigues and Canoas. The climb-ing is steep, taking on average two hours to reach the pond where animals from the surrounding natural environment come to drink water. But, regardless of your fitness level, no one should miss the 90 m deep Baixão das Andorinhas canyon. Here, every day at sun-set, flocks of swallows plunge at high speed, offering a unique show.

For all this wealth, Serra da Capivara was de-clared a World Cultural Heritage Site by UNESCO. The Natural Heritage Site title has also been applied for, which would take the Park into the selected group of 23 locations to be considered both cultural and natu-ral heritage sites on the planet.

• The fastest way to get to the Park is from Petrolina, Pernambuco, 300 km away.

• The average temperature there is 28ºC, but nights can be cooler, getting as low as 10º C. Don’t be fooled, however: bring your sunscreen, a cap, a snack and lots of water.

• The Park is open all year round, from 7 a.m. to 7 p.m., but the best time to visit is between December and June, when the weather is milder.

• Restaurants and lodgings in the area are very simple, but, in general, clean. A good option would be camp-ing in the area of the Museum, provided that you get permission from FUMDHAM to assemble your tent there.

HELPFUL TIPS

59

TOURISM

Page 44: Brazilian Wave Magazine 16

60

Por/By Claudia Prates

KIDS

Page 45: Brazilian Wave Magazine 16

61

KIDS

Page 46: Brazilian Wave Magazine 16

62

Ingredientes• 2 colheres (chá) de azeite• 500 g de bacalhau dessalgado • 1 cenoura cozida cortada em tiras finas• 1 pimentão vermelho cortado em tiras finas• 1 xícara (chá) de grão-de-bico cozido• 2 cebolas cortadas em rodelas• 2 dentes de alho picado• 1 colher (sopa) de cebolinha• 1 colher (sopa) de salsinha picada

Molho• 4 colheres (sopa) de iogurte desnatado• 1 colher (chá) de mostarda• 1 pitada de sal• cebolinha verde picada a gosto

Modo de PreparoDeixe o bacalhau de molho por 48 horas na geladeira, trocando a água várias vezes. Coloque água para ferver e cozinhe o bacalhau por 8 minutos. Desfie. Aqueça o azeite e refogue o alho com a cebola. Acrescente o bacalhau, o grão-de-bico, a cenoura e o pimentão. Refogue por mais três minutos e desligue o fogo. Deixe esfriar e junte a ce-bolinha com a salsinha. Regue com o molho.

Ingredients• 2 tsp of olive oil• 500g (1lb) de-salted cod• 1 chopped & cooked carrot• 1 red pepper (thin strips)• 1 cup of cooked chickpeas• 2 onions sliced• 2 cloves of garlic chopped• 1 tbsp chopped chives• 1 tbsp chopped parsley

Sauce• 4 tbsp skimmed yogurt• 1 tsp mustard• a pinch of salt• chopped chives to taste

RECEITA / RECIPE

SALADA DE GRÃO-DE-BICO COM BACALHAUPor Melissa Pancini Correia, de Ontário*

* Melissa Pancini Correia is a registered nutri-cionist (CNP/RNCP)

SALTED COD & CHICK PEA SALADIn this recipe, two nations who have highly influen-ced Brazilian culture -- the Portuguese and the Turkish – give us the taste of summer, putting on our tables salted cod hand in hand with the chickpea.

Dois povos de muita influência na cultura brasi-leira – portugueses e turcos – dão aqui o sabor do verão, colocando na nossa mesa o bacalhau de braços dados com o grão-de-bico

How to make itSoak the salted cod for 48 hours in a lidded bowl in the refrigerator, changing the water several times. Drain the cod and put it in boiling water for eight mi-nutes. Heat the oil and sof-

NUTRIÇÃO: O grão-de-bico é fonte de proteínas, carboidratos, minerais, vitaminas e fibras, além de ser fácil de digerir e muito rico em ferro. Abaixo, valor nutricional e calórico por porção ( 1 pote de sobremesa de 150g):Calorias = 295 kcalCarboidratos = 10.0 gProteínas = 53.7 gLipídios = 3.0 gNúmero de porções = 8

NUTRITION: Chick peas are a good source of protein, carbo-hydrates, minerals, vitamins and fi-bre, they are also easy to digest and very rich in iron. See below nutrition values and calories per serving (150 g /5.269 oz)Calories = 295 kcalCarbohydrates = 10g (0.351 oz)Proteins = 53.7 g (1.886 oz)Fat = 3.0 g (1.05 oz)1 serving = 8 portions

ten the onion and the garlic. Add the cod, chickpeas, carrot and peppers. Cook for three minutes and turn off the heat. Leave it to cool. For the sauce, mix the ingredients in a bowl and drizzle the salad with it at the time of serving.

Page 47: Brazilian Wave Magazine 16

63

Page 48: Brazilian Wave Magazine 16

64