Boletim pet história ufcg agosto de 2013 pdf.

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HISTORIANDO NO CAMPUS

Boletim Informativo do Programa de Educação Tutorial

de História da Universidade Federal de Campina Grande

Ano I—Nº 8— Agosto 2013

EXPEDIENTE

Tutora:

Regina Coelli G. Nascimento

Petianos/as

Ana Carolina Monteiro Paiva

Elson da Silva P. Brasil

Janaína dos Santos Maia

Janaína Leandro Ferreira

Jaqueline Leandro Ferreira

Jonathan Vilar dos S. Leite

José dos Santos C. Júnior

Maria Aline Souza Guedes

Paulo Montini de A. Souza Júnior

Paula Sonály N. Lima

Priscila Gusmão Andrade

Raquel Silva Maciel

Ronyone de A. Jeronimo

Silvanio de Souza Batista

Valber Nunes da Silva Mendes

Contato:

Av. Aprígio Veloso, 882 - Bo-

docongó - Edifício do Centro de

Humanidades – sala 503 - 58109-

970- Campina Grande – PB .

E-mail:

[email protected]

Facebook: Espaço PET História UFCG

PROF. CELSO GESTERMEIER, EM ENTREVISTA AO PET HISTÓRIA.

Em que sentido a aprovação do projeto de Lei que pre-

tende regulamentar a profissão “historiador”, que ain-

da se encontra em tramitação, pode contribuir para a

valorização do nosso trabalho e garantir o reconheci-

mento da nossa profissão, assegurando a formação e

atuação de docentes da área no ensino fundamental e

médio, além de valorizar a pós-graduação?

Creio que o reconhecimento de nossa profissão deve ser

entendido como um grande passo no sentido de uma mai-

or valorização de nosso trabalho que, em geral, ainda é

visto como alvo de diletantismo. No entanto, não podemos esquecer que historicamente

existe uma tradição na América latina do cidadão relegar tarefas ao Estado e, nesse senti-

do, não é apenas a legislação que irá garantir a seriedade de nosso trabalho, antes é preciso

que nós trabalhemos com afinco e seriedade para conquistarmos essa valorização, pois

acredito que as práticas cotidianas precisam ser um complemento das ações legislativas.

Recentemente você ministrou uma palestra no PET História onde tratou de História

do Tempo Presente. Nesse sentido, que tipo de posicionamento o historiador, enquan-

to profissional que lida com a categoria tempo, poderia adotar para pensar as recen-

tes manifestações da população brasileira, reivindicando direitos sociais e reformas

nas instituições políticas do nosso país?

Creio que o historiador não pode se furtar a tarefa de pensar o presente. O estudo do pas-

sado não tem sentido se não nos ajudar a propor alternativas aos problemas atuais e, com

isso, não podemos cair no senso comum de análises midiáticas que rapidamente se alimen-

tam de manifestações populares e conduzem a seu bel prazer os seus sentidos. O historia-

dor deve saber e ajudar a divulgar que os fatos recentemente acontecidos no Brasil não são

eventos isolados, produtos de “vândalos” e desocupados, mas que refletem historicamente

manifestações populares de resistência que sempre estiveram presentes dentro do sistema

capitalista, cada vez que ele exagera em sua “desumanidade” e exploração. Pensar a glo-

balidade de um processo de luta por direitos individuais e coletivos é sempre uma necessi-

dade numa sociedade cada vez mais consumista e vazia como a nossa, que parece esque-

cer que um ser humano tem mais importância que uma mercadoria, que temos direito a

uma vida decente e à busca da felicidade e que ela não se corporifica apenas na acumula-

ção de bens materiais.

O FILME “PARAHYBA MULHER MACHO” E A PARTICIPAÇÃO FEMININA NA REVOLUÇÃO DE 30

Por Janaína Leandro

Anayde Beiriz foi associada por vários tipos de discursos à chamada Revolução de 30, como a figura de re-

presentatividade feminina na construção da memória e história do estado da Paraíba. No filme Parahyba,

mulher macho (1983), dirigido e produzido por Tizuka Yamazaki, é retratada como o exemplo por excelência

de mulher contestadora dos padrões de comportamento, indo contra o que a conduta moral da época pregava,

defendendo seus interesses, e se expondo no espaço público. Podemos citar a militante Analice Caldas, uma

das fundadoras da Associação para o Progresso Feminino na Paraíba, como outro exemplo, dessas mulheres

que saíam às ruas em defesa da Aliança Liberal. Seus discursos exaltavam o ideário de autonomia e combati-

vidade do movimento de 30, fortalecendo a presença feminina no cenário político. Abrantes (2010) destaca como a imagem da

“Paraíba masculina, mulher-macho, sim senhor” reforçou a ideia da participação e do apoio feminino ao presidente João Pessoa,

antes e depois de sua morte. A formulação de discursos foram lançando símbolos sobre as mulheres paraibanas, como verdadeiras,

“mulheres-machos”, no sentido de fazerem valer seus direitos. O filme é uma boa indicação para quem deseja conhecer alguns

aspectos da Revolução de 30 e da participação feminina nesse movimento.

Referência bibliográfica: ABRANTES, Alômia da Silva. Paraíba, mulher-macho: Tessituras de gênero, (desa)fios da História (Paraíba,

século XX). Recife: Tese de doutorado. Universidade Federal de Pernambuco, (UFPE) 2008.

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#FICAaDICA

Foi lançado dia

04/09/2013 o livro

“Epistemologia,

Historiografia &

Linguagens” co-

letânea organizada

por Gervácio Ara-

nha e Elton John

da Silva Farias

com textos dos

integrantes do

Grupo de Estudos

em Teoria e História da Historiografia da

UFCG. O livro contém reflexões sobre

questões de historiografia, epistemologia

e/ metodologia histórica. O grupo ainda

está oferecendo um curso de extensão com

a participação dos autores envolvidos nas

pesquisas que desencadearam a publicação

do livro. Mais informações em: https://

www.facebook.com/

EpistemologiaHistoriografiaLinguagens?

fref=ts

PARA PENSAR...

HISTÓRIA COM HUMOR , HOMENA-

GEM DIA DO HISTORIADOR, 19 DE

AGOSTO

Fonte: Página do Facebook “Drama Universitário”

de Lucas Carvalho. Disponível em: https://

www.facebook.com/photo.php?

fbid=473704629353394&set=a.466785450045312.1

10748.466780640045793&type=1&theater , acessa-

do em 02 ago. 2013.

EVENTOS

Entre os dias 14 a 16 de agosto ocorreu, na Universidade

Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em Natal, o

“Seminário Internacional Desfazendo Gênero”, promovi-

do pelo núcleo Tirésias. O petiano Ronyone Araújo apre-

sentou o artigo “Revistando a educação feminina em

Campina Grande – na Paraíba na década de 1930” no

grupo de discussão “Na dobras do gênero: as mulheres

marginais na História”. O texto é resultado de uma pes-

quisa desenvolvida no PET História sob orientação da

Profa. Dra. Regina Coelli Gomes Nascimento, tutora do

programa.

Será realizando de 5 a 7 de Novembro

o XIII SEPE - Semana de Ensino, Pes-

quisa e Extensão da UFCG, com o

tema: “As Múltiplas Dimensões das

Humanidades: Sociedade, Natureza e

Cultura”. Os professores Dr. Roberval

da Silva Santiago e Dra. Eronildes Câmara de Araújo, estarão coordenando GTs no even-

to. Para os interessados em submissão de trabalhos e participação nas discussões acesse o

site: http://sepe-ch.webnode.com/ .

Realizaremos nos dias 19/09 e

26/09 o “Simpósio: História,

Cultura, Poder e Identidades”

onde serão discutidas as metodo-

logias, usos e o trato com as fontes para prática da pesquisa histórica. O evento contará

com a presença do Ms. Bruno Rafael de Albuquerque Gaudêncio e o mestrando Allan

Kardec Pereira na quinta-feira 19/09 com a mesa I Biografia e Cinema. No dia 26/09 con-

taremos com a presença do Ms. Fabiano Badu e a mestranda Allany Paula tratando na

mesa II sobre o uso de periódicos e propagandas na pesquisa histórica. Não será necessá-

rio inscrição prévia para participar, basta comparecer aos dias do evento.

OFICINA DE LEITURA EM TEORIA DA HISTÓRIA. Encerramos este mês a leitu-

ra e discussão da obra “A Invenção do cotidiano 2— Morar, cozinhar”, de Michel de

Certeau, Luce Giard e Pierre Mayol. Havíamos discutido antes o primeiro tomo, “A in-

venção do cotidiano - Artes de fazer”. As oficinas ajudaram a pensar questões teóricas e

metodológicas sobre o campo da História Cultural, auxiliando as pesquisas individuais.

PET PROMOVE MINICURSO

SOBRE ANÁLISE DO DIS-

CURSO

Nos dias 22 e 29 de agosto, promo-

vemos no auditório do Centro de

Humanidades da UFCG o minicur-

so “Os discursos e a Historia:

aproximações (in)tensas”, que

teve como palestrante a historiado-

ra Rozeane Lima (atualmente mes-

tranda em História na UFCG). Es-

se minicurso nos deu a oportunida-

de de identificarmos os possíveis

caminhos para as analises de dis-

curso, refletindo acerca das aproxi-

mações entre a Historia e a Lin-

guística e, apontando para os apor-

tes teóricos que devem ser utiliza-

dos por aqueles que desejam se

aprofundar na temática. O evento

contou com a participação de

membros universitários que emba-

sam suas pesquisas na utilização

dos discursos, e que puderam ter a

oportunidade de aprofundar seus

conhecimentos e horizontes para o

trabalho com as fontes da Historia

do Discurso.

VEM AÍ NO PET...

Oficina de leitura - PET começará

a discussão da obra “A História ou

a leitura do tempo”, de Roger

Chartier, no dia 17 de setembro.

Oficina ENEM 2013 - Será reali-

zada nos dias 23, 24 e 25 de outu-

bro na UFCG. O nosso convite é

para todos/as aqueles/as que irão

fazer a prova do ENEM.

Simpósio: História, cultura, po-

der e identidades, terá como tema

o uso da fotografia, propaganda e

periódicos, além da biografia na

pesquisa histórica. O simpósio será

nos dias 19 e 26 de setembro.

Mostra de vídeos sobre os bair-

ros de Campina Grande, será

realizada nos dias 25, 26 e 27 de

setembro. Os bairros José Pinheiro,

Malvinas e Bodocongó serão

abordados nos vídeos e palestras.