Aula 02 Manutencao Definicoes

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE ESCOLA DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA Manutenção – Definições Prof. Resivan 1

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Manutenção Definições

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Manutenção – Definições

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A Manutenção

A manutenção conforme a ABNT, corresponde a todas as ações necessárias para queum item seja conservado ou restaurado, de modo a permanecer de acordo com umacondição especificada.

Na prática, são as medidas necessárias para a conservação ou a permanência dealguma coisa ou de uma situação. Os cuidados técnicos indispensáveis aofuncionamento regular e permanente de motores e máquinas.

A Manutenção dos equipamentos de produção éum elemento chave tanto para a produtividadedas indústrias quanto para a qualidade dosprodutos. É um desafio industrial que implicarediscutir as estruturas atuais inertes e promovermétodos adaptados à nova natureza dosmateriais.

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Analogia entre a saúde humana com a saúde da máquina.

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Definições

• Item: Qualquer parte, componente, dispositivo, subsistema, unidade funcional,equipamento ou sistema que possa ser considerado individualmente. Item reparadoe não-reparado.

Nota: Um item pode eventualmente incluir pessoas.

• Durabilidade: Capacidade de um item desempenhar uma função requerida sobdadas condições de uso e manutenção, até que um estado limite seja alcançado.

Nota: O estado-limite de um item pode ser caracterizado pelo fim da vida útil,inadequação por razões econômicas ou técnicas e outros.

• Capabilidade: Capacidade de um item atender a uma demanda de serviço dedeterminadas características quantitativas, sob dadas condições internas.

Nota: As condições internas se referem, por exemplo, a qualquer combinação desubitens em pane ou não.

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• Mantenabilidade: Capacidade de um item ser mantido ou recolocado em condiçõesde executar suas funções requeridas, sob condições de uso especificadas, quando amanutenção é executada sob condições determinadas e mediante procedimentos emeios prescritos.

Nota: O termo “mantenabilidade” é usado como uma medida do desempenho demantenabilidade.

• Eficácia: Capacidade de um item atender a uma demanda de serviço de determinadascaracterísticas quantitativas.

Nota: Esta capacidade depende dos aspectos combinados da capabilidade e dadisponibilidade do item.

• Dependabilidade: Termo coletivo usado para descrever o desempenho dadisponibilidade e seus fatores de influência: confiabilidade, mantenabilidade esuporte logístico de manutenção.

Nota: A dependabilidade é usada para descrições genéricas, sem expressão quantitativa.

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• Disponibilidade: Capacidade de um item estar em condições de executar uma certafunção em um dado instante ou durante um intervalo de tempo determinado,levando-se em conta os aspectos combinados de sua confiabilidade, mantenabilidadee suporte de manutenção, supondo que os recursos externos requeridos estejamassegurados.

Nota: O termo “disponibilidade” é usado como uma medida do desempenho dedisponibilidade.

• Confiabilidade: Capacidade de um item desempenhar uma função requerida sobcondições especificadas, durante um dado intervalo de tempo.

Nota: O termo “confiabilidade” é usado como uma medida de desempenho deconfiabilidade.

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• Falha: Término da capacidade de um item desempenhar a função requerida.

Por uso incorreto, por manuseio, por fragilidade, de projeto, de fabricação, aleatória,por deterioração, repentina, gradual, catastrófica, relevante, não-relevante, primária,secundária, parcial, por degradação, completa.

Notas:a) Depois da falha, o item tem uma pane.b) A “falha” é um evento; diferente de “pane” que é um estado.c) Este conceito, como definido, não se aplica a itens compostos somente por software.

• Causa de falha: Circunstâncias relativas ao projeto, fabricação ou uso que conduzema uma falha.

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• Defeito: Qualquer desvio de uma característica de um item em relação aos seusrequisitos. Defeito crítico, não-crítico, maior, menor, de projeto, de fabricação.

Notas:a) Os requisitos podem, ou não, ser expressos na forma de uma especificação.b) Um defeito pode, ou não, afetar a capacidade de um item em desempenhar uma

função requerida.

• Pane: Estado de um item caracterizado pela incapacidade de desempenhar umafunção requerida, excluindo a incapacidade durante a manutenção preventiva ououtras ações planejadas, ou pela falta de recursos externos.

Crítica, não-crítica, maior, menor, por uso incorreto, por manuseio, por, fragilidade ,deprojeto, de fabricação, por deterioração, evidenciada por, programa, evidenciada pordados, completa, parcial, permanente, temporária, intermitente, determinada,indeterminada, latente ,sistemática

Nota: Uma pane é geralmente o resultado de uma falha de um item, mas pode existirsem uma falha anterior.

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• Critério de falha: Conjunto de regras aplicáveis ao julgamento de tipos e gravidade defalhas, para determinação dos limites de aceitação de um item

• Falha sistemática: Falha relacionada de um modo determinístico a uma certa causa,que somente pode ser eliminada por uma modificação do projeto, do processo defabricação, dos procedimentos operacionais, da documentação ou de outros fatoresrelevantes.

Nota: A falha sistemática pode ser reproduzida, sempre que se queira, simulando-se acausa da falha.

• Mecanismo de falha: Conjunto de processos físicos, químicos ou outros queconduzem a uma falha.

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• Erro: Diferença entre um valor ou uma condição observada ou medida e acorrespondente condição ou valor verdadeiro especificado ou teórico.

Notas:a) Um erro pode ser causado por um item em pane; por exemplo, um erro de cálculo

feito por um computador em pane.b) O termo “erro” pode também designar um erro humano.

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Estado de operação: Estado de um item quando ele está

desempenhando a função requerida.

Estado de não-operação: Estado de um item quando ele não

está desempenhando a função requerida.

Estado de prontidão: Estado de um item que está disponível,

mas não em operação, durante o tempo requerido.

Estado livre: Estado de um item que está disponível, mas não

em operação, durante o tempo não-requerido.

Estado de ocupação: Estado de um item que está desempenhando uma função requerida

para um usuário e que, por esta razão, não pode ser utilizado por outros.

Estado de incapacidade: Estado de um item caracterizado

por sua incapacidade de desempenhar a função requerida, por

qualquer razão.

Estado de incapacidade por razões externas: Estado de um item disponível que se acha

em estado de incapacidade por falta de recursos externos ou por estarem sendo executadas

ações planejadas que não as de manutenção.

Estado de indisponibilidade: Estado de um item caracterizado por uma pane ou por uma

eventual incapacidade de desempenhar uma função requerida durante a manutenção

preventiva. Nota: Este estado relaciona-se com o desempenho de disponibilidade.

Estado de disponibilidade: Estado de um item caracterizado por ele poder desempenhar

uma função requerida, desde que os recursos externos necessários sejam providos. Nota:

Este estado relaciona-se com o desempenho de disponibilidade.

Estado crítico: Estado de um item que provavelmente resultará em condições perigosas e inseguras para pessoas, perdas materiais

significativas ou outras conseqüências danosas. Nota: Um estado crítico pode ser o resultado de uma pane crítica, mas não necessariamente.

Estados de um item

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Prioridades

A Prioridade corresponde à escolha da sequências das actividades de manutenção. Autilização dos recursos dentro de uma prioridade correta garante a eficácia damanutenção.

Para encontrar a prioridade para as atividades de manutenção podem ser utilizadasalgumas ferramentas simples como a “Curva ABC” ou o “Diagrama de Pareto”.

• O Diagrama de Pareto é utilizado na representação das falhas de um equipamento ouinstalação, sendo formado por um gráfico de barras combinado com um gráfico deuma curva que representa o valor acumulativo. Os dados são classificados conformeum critério definido previamente. As barras representam os dados lado a ladoconforme valor decrescente, e a curva apresenta o valor acumulado.

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A construção de um Diagrama de Pareto deve seguir os seguintes passos:

• Estabelecer o critério de classificação , e colectar os dados;• Agrupar os dados em ordem de tamanho;• Calcular o valor acumulado;• Escreva os dados do eixo horizontal e vertical;• Construa o gráfico de barras;• Desenhe a curva dos valores acumulados;• Estabeleça as unidades dos eixos.

O comprimento do eixo horizontal deve ser aproximadamente o mesmo do eixo vertical,de tal forma que o diagrama seja quadrado. Os parâmetros normalmente colocados noeixo vertical são: número de defeitos, duração da falha, número de falhas, quantidadede reclamações, tempo de trabalho, quantidade de perdas, tempo de reparo, etc...

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Finalmente entre com asinformações necessárias:título, período, número total dedados e nome da pessoa quepreparou o diagrama.

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Prioridades

Em Manutenções não planejadas, as prioridades podem seguir a classificação abaixo, paradeterminação da aplicação dos recursos da empresa.

Prioridade 1 ou Emergência

Prioridade 2 ou Urgência

Prioridade 3 ou Necessária

Prioridade 4 ou Desejável

Prioridade 5 ou Prorrogável

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• Prioridade 1 ou Emergência: realizada tão logo seja constatada a sua necessidade.

Ex.: falha em equipamento prioritário.

• Prioridade 2 ou Urgência: realizada o mais breve possível, não sendo passadas 24horas após a constatação da necessidade.

Ex.: defeito próximo a falha em equipamento prioritário ou falha em equipamentosecundário.

• Prioridade 3 ou Necessária: manutenção que pode aguardar alguns dias, nãoultrapassando uma semana.

Ex.: manutenção preventiva em equipamento prioritário devido a programaçãopreestabelecida ou reparos de defeitos em equipamentos secundários.

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• Prioridade 4 ou Desejável: manutenção que pode aguardar algumas semanas, masnão omitida.

Ex.: manutenção preventiva programada em equipamento secundário ou falha deequipamento que não interfira na produção.

• Prioridade 5 ou Prorrogável: manutenção que pode deixar de ser realizada.

Ex.: defeito em equipamento que não interfira na produção ou melhorias estéticas.

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Os estágios de vida de um equipamento.

Na fase de projeto, deve-se preocupar com a Confiabilidade que irá influenciar o custoinicial, desempenho e custo operacional.

Durante a fabricação a manutenibilidade deve ser analisada, pois neste ponto começama ser reveladas a natureza multidisciplinar da maioria dos problemas de manutenção.

A partida não é apenas um período de teste do equipamento, esta fase pode revelar asdeficiências de projeto e fabricação.

A fase de operação da máquina permite o conhecimento das suas verdadeirascaracterísticas, revelando importantes informações para o desenvolvimento doequipamento.

A análise de substituição da máquina deve considerar os diversos fatores queinfluenciam o custo operacional e a possibilidade de modernização da instalação comganhos de produtividade através de novos equipamentos.

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Análise de Risco:

A complexidade das tarefas das equipes de manutenção exige uma avaliação completado potencial de risco envolvido. A análise de risco envolve o conhecimento de todos osfactores que afetam a segurança das actividades de manutenção para um determinadoserviço e as medidas necessárias para evitar acidentes.

Melhoria Contínua do Meio Ambiente:

A degradação do meio ambiente é uma preocupação crescente no mundo atual. Asatividades de manutenção podem interferir direta ou indiretamente no processo decontaminação ambiental. A manutenção deve controlar o processo de descarte deprodutos contaminantes (óleos, graxas, baterias, resíduos químicos, etc) e garantir queo equipamento opere nos padrões recomendáveis de poluição (controle devazamentos, níveis de ruído, regulagem de filtros, etc).

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