Ascensão do fascismo europeu

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Ascensão dos Fascismos Europeus Nome do Autor: Leonardo Rosa Molina de Oliveira Ano: 2014 Mês: Junho Profissão: Graduando em História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro- UFRJ

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Ascensão dos Fascismos Europeus

Nome do Autor: Leonardo Rosa Molina de OliveiraAno: 2014Mês: Junho Profissão: Graduando em História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro- UFRJ

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Objetivo:

• O objetivo desse trabalho é apresentar de uma forma bem simples possível a história da Ascensão dos principais regimes fascistas europeus, apresentando primeiramente o que se define como “regime fascista” e apresentando em seguida o caso italiano, alemão, espanhol e português.

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Definição:

• Historiadores, cientistas políticos e outros estudiosos têm debatido por muito tempo a natureza exata do fascismo. Cada forma de fascismo é diferente, deixando muitas definições amplas ou restritas demais.

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• Roger Griffin descreve o fascismo como "um gênero de ideologia política cujo núcleo mítico em suas várias permutações é uma forma palingenética de ultranacionalismo populista". Griffin descreve a ideologia como tendo três componentes principais:. "(i) o mito do renascimento, (ii) populista ultra-nacionalismo e (iii) o mito da decadência". O fascismo é "uma forma verdadeiramente revolucionária, anti-liberal, multiclasse, e, em última análise, nacionalista anti-conservadora" construído sobre uma complexa gama de influências teóricas e culturais. Ele distingue um período entre-guerras quando se manifestou através de "partidos políticos armados" liderados por elites populistas se opondo ao socialismo e ao liberalismo e prometendo uma política radical para salvar o país da decadência.

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Costuma-se definir o Fascismo em três pontos:

• As negações fascistas de anti-liberalismo, anti-comunismo e anti-conservadorismo.

• Objetivos nacionalistas e autoritários para a criação de uma estrutura econômica regulada para transformar as relações sociais dentro de uma cultura moderna, auto-determinada.

• Uma estética política usando simbolismo romântico, mobilização em massa, visão positiva da violência, promoção da masculinidade e da juventude e liderança carismática.

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O fascismo é comumente descrito como "extrema-direita:

• O fascismo é considerado por alguns estudiosos como de extrema-direita por causa de seu conservadorismo social e meios autoritários de oposição ao igualitarismo.

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• Um elemento importante do fascismo, que tem sido considerado como claramente de extrema-direita é o seu objetivo de promover o direito das pessoas alegadamente superiores terem dominação enquanto removendo elementos ditos inferiores da sociedade.

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Fascismo Italiano:

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Origens:

• O fascismo italiano que surgiu no Reino de Itália em parte como reação à Revolução Bolchevique de 1917 e as fortes lutas dos sindicatos de trabalhadores e trabalhadores, culminando no biennio rosso, e em parte, como a controvérsia sobre a sociedade liberal-democrática que emergiu a partir da experiência da Primeira Guerra Mundial.

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Passado como exemplo:

• O nome deriva da palavra italiana fascio (em latim: fascis). A palavra, na Roma antiga, foi usada como símbolo da união dos combatentes. O símbolo fascista é o fasces romano, que significava poder do regime, especialmente o poder judicial.

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Sobre Mussolini:

• Mussolini viveu os seus primeiros anos de vida numa pequena vila na província, numa família humilde. Seu pai, Alessandro Mussolini, era um ferreiro e um fervoroso socialista, e sua mãe, Rosa Maltoni, uma humilde professora primária, era a principal provedora da família. Foi-lhe dado o nome de Benito em honra do revolucionário mexicano Benito Juárez. Tal como o seu pai, Benito tornou-se um socialista. As primeiras opiniões políticas foram fortemente influenciados por seu pai, um revolucionário socialista que idolatrava figuras de nacionalistas italianos com tendências humanistas do século XIX, como Carlo Pisacane, Giuseppe Mazzini e Giuseppe Garibaldi.

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• Até os dias atuais, Mussolini é considerado um dos socialistas mais proeminentes da Itália. Em setembro de 1911, participou de uma manifestação, liderada pelos socialistas, contra a Guerra Ítalo-Turca na Líbia. Ele amargamente denunciou a estratégia, que classificou como "guerra imperialista", da Itália de capturar a capital da Líbia, Tripoli, uma ação que lhe valeu um período de cinco meses na prisão. Após sua libertação, ajudou a expulsar do partido socialista dois 'revisionistas' que apoiaram a guerra, Ivanoe Bonomi, e Leonida Bissolati. Como resultado, foi promovido à editoria do jornal do Partido Socialista Avanti!. Sob sua liderança, a circulação do jornal passou rapidamente de 20 000 para 100 000.

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Virada para a Direita:

• No início da sua carreira de jornalista e político foi um tenaz propagandista do socialismo italiano, em defesa do qual escreveu vários artigos no jornal esquerdista Avanti, de que era redator-chefe. Em 1914, dirigiu o jornal Popolo d'Itália, onde defendeu a intervenção italiana em favor dos aliados e contra a Alemanha. Expulso do Partido Socialista Italiano, alistou-se no exército -quando a Itália entrou na Primeira Guerra Mundial, aliando-se à Grã-Bretanha e à França - e alcançou a patente de sargento, vindo a ser ferido em combate por uma granada.

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• Mussolini fundou o movimento fascista em 23 de março de 1919, numa reunião feita na cidade de Milão. Entre os membros fundadores estavam os líderes revolucionários sindicalistas Agostino Lanzillo e Michele Bianchi.

• Em 1921, os fascistas passaram a desenvolver um programa que exigia a república, a separação da Igreja do Estado, um exército nacional, umimposto progressivo para heranças e o desenvolvimento de cooperativas.

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Justificativas:

• O estado fascista de Mussolini foi estabelecido aproximadamente uma década antes da chegada de Adolf Hitler ao poder. Tanto um movimento como um fenômeno histórico, o fascismo italiano foi, em muitos aspectos, uma reação à falha aparente do laissez-faire e ao medo dos movimentos de esquerda, apesar de que as circunstâncias na história intelectual devem ser consideradas, como o abalo do positivismo e o fatalismo generalizado do pós-guerra na Europa.

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Laissez-faire:

• Laissez-faire é hoje expressão-símbolo do liberalismo econômico, na versão mais pura de capitalismo de que o mercado deve funcionar livremente, sem interferência, apenas com regulamentos suficientes para proteger os direitos de propriedade. Esta filosofia tornou-se dominante nos Estados Unidos e nos países ricos da Europa durante o final do século XIX até o início do século XX.

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Estratégias:

• Sob o estandarte desta ideologia autoritária e nacionalista, Mussolini foi capaz de explorar os medos perante o capitalismo numa era de depressão pós-guerra, o ascendente de uma esquerda mais militante, e um sentimento de vergonha nacional e de humilhação que resultaram da "vitória mutilada" da Itália nos tratados de paz pós Primeira Guerra Mundial.

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• À medida que essa mesma depressão do pós-guerra fez crescer a sedução pelo Marxismo entre o proletariado urbano, ainda mais desprovido de direitos do que os seus contrapartes no continente, o receio relativamente à força crescente do sindicalismo, o comunismo e o socialismo proliferaram entre a elite e a classe média. De certa forma, Benito Mussolini preenchia um vácuo político. O fascismo emergiu como uma "terceira via" — como a última esperança da Itália para evitar o colapso iminente do "fraco" liberalismo italiano, e a revolução comunista.

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Estado Fascista Italiano:

• Ao mesmo tempo que falhava em delinear um programa coerente, o fascismo evoluiu para um novo sistema político e econômico que combinava o corporativismo, o totalitarismo, nacionalismo, e anti-comunismo num estado desenhado por forma a unir todas as classes num sistema capitalista, mas um novo sistema capitalista no qual o estado detinha o controlo da organização de indústrias vitais. Sob a bandeira do nacionalismo e poder estatal, o fascismo parecia sintetizar o glorioso passado romano com uma utopia futurista.

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O inicio da Ascensão:

• Fundado como uma associação nacionalista de veteranos da Primeira Guerra Mundial em Milão a 23 de março de 1919, o movimento fascista de Mussolini converteu-se num partido nacional (o Partido Nacional Fascista) após ter ganho 35 assentos no eleições ao parlamento de maio de 1921. Inicialmente combinando elementos ideológicos da esquerda e da direita, ele alinhava pelas forças conservadoras pela sua oposição às ocupações a fábricas de setembro de 1920.

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Mussolini sobe ao Poder:

• Apesar dos temas da reforma social e econômica no manifesto fascista inicial de junho de 1919, o movimento foi apoiado por seções da classe média, receosos do socialismo e do comunismo, enquanto que industriais e donos de terra viram-no como uma defesa contra a militância trabalhista. Sob a ameaça de uma "Marcha sobre Roma fascista," Mussolini assumiu em outubro de 1922 a liderança de um governo de coligação de direita incluindo inicialmente membros do partido popular, pro-Igreja.

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Ações contra a Oposição:

• Em 1926 os movimentos de oposição tinham sido declarado ilegais, e em 1928 a eleição ao parlamento era restrita a candidatos aprovados pelos fascistas.

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Vaticano:

• O feito político mais duradouro deste regime foi talvez o Tratado de Latrão de fevereiro de 1929 entre o Estado italiano e a Santa Sé, pelo qual ao Papado foi concedida a soberania sobre a Cidade do Vaticano e recebeu a garantia do livre exercício do Catolicismo como a única religião do estado em toda a Itália em retorno da sua aceitação da soberania italiana sobre os anteriores domínios do Papa.

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Pós Crise Econômica:

• Nos anos 1930, a Itália recuperava da Grande Depressão, e obtinha o crescimento econômico em parte pela substituição de importações pela produção doméstica.

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• Mas o crescimento foi minado pelas sanções internacionais impostas à Itália no seguimento da invasão da Etiópia em outubro de 1935 (a Segunda Guerra Ítalo-Etíope), e pelo forte esforço financeiro que o governo fez para apoiar militarmente os nacionalistas de Franco na Guerra Civil Espanhola.

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Relação com outros países Fascistas:

• O isolamento internacional e o seu envolvimento comum na Espanha vão fazer ressaltar uma crescente colaboração diplomática entre a Itália e a Alemanha Nazi. Isto fez-se refletir também nas políticas domésticas do regime fascista italiano, as primeiras leis anti-semitas foram passadas em 1938.

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Nazismo:

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• Nazismo, conhecido oficialmente na Alemanha como Nacional-Socialismo (em alemão: Nationalsozialismus), é a ideologia praticada pelo Partido Nazista da Alemanha, formulada por Adolf Hitler e adotada pelo governo da Alemanha de 1933 a 1945. Esse período ficou conhecido como Alemanha Nazista ou Terceiro Reich.

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Características:

• Os ideais do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães (Partido Nazista) são expressos no seu "Programa de 25 Pontos", proclamado em 1920. Entre os elementos-chave do nazismo, há o antiparlamentarismo, o pangermanismo, o racismo, o coletivismo , a eugenia, o antissemitismo, o anticomunismo, o totalitarismo e a oposição ao liberalismo econômico e político.

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• Na década de 1930, o nazismo não era um movimento monolítico, mas sim uma combinação de várias ideologias e filosofias centradas principalmente no nacionalismo, no anticomunismo e no tradicionalismo.

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ANTI-COMUNISMO!

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Objetivos:

• Em resposta à instabilidade criada pela Grande Depressão, os nazistas procuraram um terceiro modo de gerenciar a economia do seu país, sem que este tivesse ideais comunistas ou capitalistas.

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Motivos da ascensão do nacional-socialismo:

• a devastação econômica em toda a Europa, depois da Primeira Guerra Mundial;

• a falta de orientação em muitas pessoas depois da queda da monarquia em muitos países europeus;

• a fama de envolvimento judaico em aproveitamentos ilegítimos com a Primeira Guerra Mundial;

• a rejeição do comunismo;

• a influência das comunidades de língua alemã;

• a dificuldades das classes trabalhadores e a crise econômica.

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Racismo:

• anti-semitismo, que culminou no Holocausto;

• nacionalismo étnico, incluindo a noção dos alemães como o Herrenvolk ("raça-mestra") e o Übermensch ("super-homem");

• Uma crença na necessidade de purificar a "raça alemã" através da eugenia, que culminou na eutanásia não voluntária de pessoas deficientes.

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Adolf Hitler:

• Adolf Hitler morava numa pequena localidade perto de Linz, na província da Alta-Áustria, próximo da fronteira alemã, e que à época era parte do Império Austro-Húngaro. O seu pai,Alois Hitler (1837-1903), que nascera como filho ilegítimo, era funcionário da alfândega. Até aos seus quarenta anos, o pai de Hitler, Alois, usou o sobrenome da sua mãe, Schicklgruber.

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Juventude:

• Adolf era um rapaz inteligente, porém, mal-humorado. Por ser desde cedo boêmio, foi reprovado por duas vezes no exame de admissão à escola secundária de Linz. Ali, começou a acalentar ideias pangermânicas, fortalecidas pelas leituras que o seu professor, Leopold Poetsch, um antissemita bastante admirado pelo jovem Hitler, lhe recomendou vivamente.

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Artista:

• Com dezenove anos de idade Hitler era órfão e em breve partiu para Viena, onde tinha uma vaga esperança de se tornar um artista. Tinha, então, direito a um subsídio para órfãos, que acabaria por perder aos 21 anos, em 1910.

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Consequências da Primeira Guerra:

• Para Hitler, que tinha vivido os horrores da guerra, a questão da culpa era essencial. Já influenciado pela ideologia anti-semita, acreditava avidamente na responsabilidade dos judeus, tornando-se em breve num divulgador eficiente da propaganda concebida por Mayr e seus superiores. Em julho de 1919, Hitler, devido à sua inteligência e dotes oratórios, foi nomeado líder e elemento de ligação (V-Mann) do "comando de esclarecimento" com o objetivo de influenciar outros soldados com as mesmas ideias

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• Foi, então, designado pelo quartel-general para se infiltrar num pequeno partido nacionalista, o Partido dos Trabalhadores Alemães (DAP).

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• Hitler não seria liberado do exército antes de 1920. A partir dessa data, começou a participar plenamente nas atividades do partido. Em breve se tornaria líder do partido e mudou o seu nome para Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei - NSDAP (Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães), normalmente conhecido como partido Nazi, ou Nazista, que vem das palavras "NationalSozialistische", em contraste com os Sozi, um termo usado para descrever os sociais democratas. O partido adoptou a suástica (supostamente um símbolo do "Arianismo") e a saudação romana, também usada pelos fascistas italianos.

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Ativismo Político:

• Serviu-se, depois, do apoio da Sturmabteilung (SA), uma milícia paramilitar de homens identificados com camisas castanhas, que vagueavam pelas ruas atacando esquerdistas e minorias religiosas e gritando slogans de propaganda, que criou em 1921, para aparentar um ambiente de apoio popular. Por volta de 1923 conheceu Julius Streicher, o editor de um jornal violentamente anti-semita chamado Der Stürmer, que apoiaria a sua propaganda de promoção pessoal e de ódio anti-semita.

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Hitler Preso:

• O Putsch da Cervejaria foi uma malfadada tentativa de golpe de Adolf Hitler e seu Partido Nazista contra o governo da região alemã da Baviera, ocorrida em 9 de novembro de 1923. O objetivo do partido era tomar as rédeas do governo bávaro para, em seguida, tentar abocanhar o poder em todo o país. Mas a tresloucada ação foi rapidamente controlada pela polícia bávara, sendo que Hitler e vários correligionários – entre eles Rudolf Hess –acabaram presos.

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Liberdade:

• Após sua prisão devido ao comando do Putsch da Cervejaria, Hitler foi considerado relativamente inofensivo e anistiado, sendo libertado da prisão em dezembro de 1924. Por este tempo, o partido nazista mal existia e Hitler necessitaria de um grande esforço para o reconstruir.

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Criações:

• Nestes anos, ele fundou um grupo que mais tarde se tornaria um dos seus instrumentos fundamentais na persecução dos seus objetivos. Ele estabeleceu uma guarda para sua defesa pessoal, a Schutzstaffel ("Unidade de Proteção" ou SS). Esta tropa de elite em uniforme preto seria comandada por Heinrich Himmler, que se tornaria o principal executor dos seus planos relativamente à "Questão Judia" durante a Segunda Guerra Mundial.

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• Criou também numerosas organizações de filiação (Juventudes Hitleristas, associações de mulheres, etc.). O Partido nazi teve em 1929 uma progressão semelhante à do partido fascista de Benito Mussolini, beneficiando-se do mal-estar econômico, político e social decorrente da derrota de 1918 e, depois, da crise de 1929.

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Métodos:

• Historiadores afirmam que uma propaganda demagógica, que explorava habilmente essas frustrações e o sentimento anti-semitageneralizado da sociedade alemã da época, apresentando os judeus como bode expiatório dos problemas sociais, permitiu aos nazistas implantarem-se na classe média e entre os operários, ao mesmo tempo em que o abandono do programa social inicial lhes trazia o apoio da classe dirigente e dos meios industriais.

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O Papel da Crise:

• O ponto de virada em benefício de Hitler veio com a Grande Depressão que atingiu a Alemanha em 1930. O regime democrático estabelecido na Alemanha em 1919, a chamada República de Weimar, nunca tinha sido genuinamente aceita pelos conservadores e tinha a oposição aberta dos fascistas.

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Eleições:

• Os sociais democratas e os partidos tradicionais de centro e direita eram incapazes de lidar com o choque da depressão e estavam envolvidos no sistema de Weimar. As eleições de Setembro de 1930 foram uma vitória para o partido Nazi, que de repente se levantou da obscuridade para ganhar mais de 18% dos votos e 107 lugares no "Reichstag" (parlamento alemão), tornando-se o segundo maior partido. A sua subida foi ajudada pelo império de mídia controlado por Alfred Hugenberg, de direita.

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• Mas Hitler ainda não tinha cativado definitivamente a nação. Ele foi feito Chanceler numa designação legal pelo presidente Hindenburg, o que foi uma ironia da história, uma vez que os partidos do centro tinham apoiado o presidente Hindenburg por ele ser a única alternativa viável a Hitler, não prevendo que seria Hindenburg que iria trazer o fim da República.

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• Mas nem o próprio Hitler nem o seu partido obtiveram alguma vez uma maioria absoluta. Nas últimas eleições livres, os nazis obtiveram 33% dos votos, obtendo 196 lugares num total de 584. Mesmo nas eleições de Março de 1933, que tiveram lugar após o terror e violência terem varrido o Estado, os nazis obtiveram 44% dos votos. No fim, os votos adicionais necessários para propugnar a lei de aprovação do governo - que deu a Hitler a autoridade ditatorial - foram assegurados pelos nazistas pela expulsão de deputados comunistas e da intimidação de ministros dos partidos do centro.

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• Em 2 de agosto de 1934, Hindenburg morreu. Hitler apoderou-se do seu lugar, fundindo as funções de Presidente e de Chanceler, passando a se auto-intitular de Líder (Führer) da Alemanha e requerendo um juramento de lealdade a cada membro das forças armadas. Esta fusão dos cargos, aprovada pelo parlamento poucas horas depois da morte de Hindenburg, foi mais tarde confirmada pela maioria de 89,9% do eleitorado no plebiscito de 19 de agosto de 1934.

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Franquismo:

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• O franquismo foi um regime político aplicado na Espanha entre 1939 e 1976, durante a ditadura do general Francisco Franco (que morreu em 1975).

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Guerra Civil Espanhola:

• A Guerra Civil Espanhola deixou mais ou menos 1 milhão de mortos. De certa forma, ela serviu de demonstração do poder bélico que a Itália e a Alemanha vinham armazenando para a Segunda Guerra Mundial.

• Terminada a Guerra Civil Espanhola com a vitória dos auto-denominados nacionalistas ou MovimientoNacional, Francisco Franco passou a ser o chefe de Estado.

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Sobre Francisco Franco:

• Francisco Franco Bahamonde conhecido como “Generalísimo” ou simplesmente Franco, integrou o Golpe de Estado na Espanha em julho de 1936 contra o governo democrático da Segunda República, que desembocou na Guerra Civil Espanhola. Foi nomeado como chefe supremo da tropa sublevada em primeiro de outubro de 1936, exercendo como chefe de Estado da Espanha desde o final do conflito até seu falecimento em 1975, e como chefe de Governo entre 1938 e 1973.

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Características:

• Foi líder do partido único Falange Espanhola e das JONS (Juntas Ofensivas Nacional Sindicalistas), nos quais se apoiou para estabelecer um regime fascista no começo de seu governo, que mais tarde derivaria em uma ditadura, conhecida como franquismo, de tipo conservador, católico e anti comunista. A mudança de seu regime se deveu à derrota do fascismo na Segunda Guerra Mundial. Aglutinou em torno ao culto a sua imagem, diferentes tendências do conservadorismo, nacionalismo e catolicismo, opostas à esquerda política e ao desenvolvimento de formas democráticas de governo.

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“Crimes”:

• Durante seu mandato à frente do Exército e da Chefia do Estado, especialmente durante a Guerra Civil e os primeiros anos do regime, tiveram lugar múltiplas violações dos direitos humanos, segundo assinalam numerosas pesquisas históricas e denúncias de pessoas. A cifra total de vítimas mortais varia em torno de centenas de milhares de pessoas que morreram, na maioria em campos de concentração, execuções extrajudiciais ou em prisão

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Salazarismo:

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Definição:

• Como regime político, o Estado Novo foi também chamado salazarismo, em referência a António de Oliveira Salazar, o seu fundador e líder. Salazar assumiu o cargo de Ministro das Finanças em 1928 e tornou-se, nessa função, uma figura preponderante no governo da Ditadura Militar, o que lhe valeu o epíteto de "Ditador das Finanças". Obtendo enorme sucesso num curto espaço de tempo, ficou posteriormente conhecido como o "Mago das Finanças". Ascendeu a Presidente do Conselho de Ministros em Julho de 1932 e esteve em funções até ao seu afastamento por doença em 1968, nunca chegando a ter conhecimento de que já não era o Presidente do Conselho de Ministros. A designação salazarismo reflete a circunstância de o Estado Novo se ter centrado na figura do "Chefe" Salazar e ter sido muito marcado pelo seu estilo pessoal de governação.

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Rumo ao poder!

• No início do século XX, Portugal sofreu uma reforma política que instituiu um governo de caráter republicano. A nova forma de organização do cenário político não foi capaz de resistir a todos os problemas sofridos no continente europeu com a Primeira Guerra e a crise de 1929. A situação calamitosa da população trabalhadora acabou instaurando um cenário politicamente instável aproveitado pelos militares, que realizaram um golpe de Estado em 1926.

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Características do Processo:

• Inspirado em idéias de extrema direita, o governo ditatorial impunha suas ações e realizava franca oposição os movimentos socialista e comunista do país. Esse processo de cisão política alcançou seu auge quando o general Antonio Carmona assumiu o poder do governo lusitano. Fortemente influenciado pelo ideário nazi-fascista, elaborou a constituição de um Estado forte aclamado pelas elites nacionais.

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• Ao ocupar o cargo de primeiro-ministro em Portugal, Carmona convocou Antônio de Oliveira Salazar para que ocupasse a pasta do Ministério da Fazenda. Durante o tempo em que ocupou a função, Salazar promoveu um conjunto de ações econômicas que favorecia diretamente a grande burguesia lusitana. O apoio concedido a esse setor acabou por conduzi-lo ao governo português em 1932.

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Regime Ditatorial:

• Na condição de chefe de governo, Antonio Salazar impôs uma nova carta constitucional com traços explicitamente inspirados nos ditames do fascismo italiano. O novo documento estabeleceu a censura dos meios de comunicação, a proibição dos movimentos grevistas e a criação de um sistema político uni-partidário. A partir de então, se instalava uma das mais duradouras ditaduras criadas na Europa.