3º Workshop Biota/FAPESP-AraçáSão Paulo, Novembro, 16 a 18 de 2016

SISTEMA MANGUEZAL

THE MANGROVES OF ARAÇÁ BAY IN A TIME-SCALE: THE NEED FOR THE CONSERVATION OF SPATIAL DIVERSITY

YARA SCHAEFFER-NOVELLI(1,2,3); ARMANDO S. REIS-NETO(3); GUILHERME M. O. ABUCHAHLA(2); LUIZA CALLADO PINTO-NETA(4); CATARINA F. LIRA-MEDEIROS(4)

(1) Instituto Oceanográfico, Universidade de São Paulo, Brasil ; (2) Instituto BiomaBrasil; (3) Programa de Pós-Graduação em Ciência Ambiental, Instituto de Energia e Ambiente, Universidade

de São Paulo, Brasil; (4) Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Brasil.

OBJETIVO DO PROJETO TEMÁTICO

• Considerar a Baía do Araçá como modelo de estudo a ser transposto

para outras regiões costeiras tropicais/subtropicais.

• Obtenção e análise dos dados de forma simultânea, por tipo de habitat,

permitindo investigar essa região sob uma ótica integrada: estado atual

da área e suas importâncias ecológica, social, econômica e política,

levando a um diálogo entre ciência e tomadores de decisão.

PROJETO TEMÁTICO BIOTA/FAPESP - ARAÇÁ

BAÍA DO ARAÇÁ: LABORATÓRIO A CÉU ABERTO

Jana Dias Hoilustradora

PLÂNCTON

NECTON

BENTOS

MANGUEZAL

PESCA

GESTÃO

Eduardo Siegle (2015) – Módulo Hidrodinâmica

ECOSSISTEMA MANGUEZAL

• Constituem ecossistemas vitais para a saúde dos ambientes costeiros

tropicais e subtropicais e para a qualidade de vida das comunidades

humanas;

• Sua produtividade contribui para a formação de teias alimentares

marinho-costeiras, conectando diversos ecossistemas;

• Sustentam rica diversidade biológica, ademais de abrigar formas jovens

e adultas de vários taxa de invertebrados (anelídeos, crustáceos,

moluscos) e de vertebrados (peixes, aves, mamíferos terrestres e

aquáticos).

MANGUEZAL

OBJETIVO PRINCIPAL DO SISTEMA MANGUEZAL

Compreender e caracterizar o grau de importância do ecossistema manguezal para a Baía do Araçá e áreas adjacentes

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Caracterizar os núcleos de manguezal quanto à estrutura e função;

• Analisar a genética das populações das 3 espécies vegetais de mangue;

• Reconstruir a história recente da baía com foco no manguezal; e

• Propor medidas para conservação e recuperação do ecossistema manguezal da Baía do Araçá, considerando os serviços ecossistêmicos e as mudanças climáticas.

OBJETIVOS

ECOSSISTEMA MANGUEZAL:

- ENERGIA SOLAR

- CLIMA

- ONDAS

- MARÉS

- ÁGUA DOCE

- NUTRIENTES

- IMPACTOS NATURAIS E

INDUZIDOS PELO HOMEM

“ASSINATURA ENERGÉTICA”

(Odum, 1967).

NÚCLEOS DE MANGUEZAL

BAÍA DO ARAÇÁ

ÁGUA DOCE

CHUVA

AFLORAMENTO LENÇOL FREÁTICO

DRENAGEM SUPERFICIAL

Mapa de velocidade média da coluna d'água para um momento de maré enchente (Figura 19, relatório 3 (2015), módulo Hidrodinâmica.

280o

Nova colonização por mangue-branco em direção praial, acompanhando o sentido das águas nas marés enchentes.

ONDAS E MARÉS

A partir de 1939, dragagens e aterros realizados próximos à baía passaram a movimentar grandes volumes de sedimento, por várias vezes redefinindo a linha de costa, assoreando ou erodindo o substrato das áreas de manguezal, comprometendo a saúde das árvores.

Mapa do canal de São Sebastião (SVOP, 1919). Adaptado a partir da Figura 6 do relatório 3 (2015), do Módulo: Hidrodinâmica.

DINÂMICA SEDIMENTAR LINHA DE COSTA EM 1919

IMPACTOS INDUZIDOS PELOS HUMANOS

Foto: Edmundo Ferraz Nonato, 1956 (crédito patrimonial: IO/USP, negativo número 2398).

Foto: Yara Schaeffer Novelli, 2013.

BAÍA DO ARAÇÁ – JULHO DE 1956

RESULTADOS: NÚCLEOS DE MANGUEZAL

Biomassasaérea e subterrânea

34 t

Estoques de carbonoaéreo e subterrâneo

14,3 t

Área total de manguezal na Baía do Araçá = 3.644 m2

Número total de árvores adultas vivas = 463

6 136 321

BOSQUES TIPO ILHOTE

Arte: Guilherme Abuchahla

(6% da baía)

RESULTADOS: SERVIÇOS ECOSSISTÊMICOS DO MANGUEZAL NO ARAÇÁ

Arte: Armando Reis-Neto

RESULTADOS: ECOLOGIA HISTÓRICA RECENTE (> 1919)

História global

As questões de escala e tempo são de fundamental importância para as análises históricas compatíveis com as diversas disciplinas, teorias e conceitos, de modo a evidenciar as interconexões entre os elementos do manguezal e as etapas da “história recente” na Baía do Araçá (Armando Reis-Neto).

POSTER 16

O manguezal da Baía do Araçá possui uma alta diversidade genética(Luiza Pinto-Neta e Catarina Lira-Medeiros).

RESULTADOS: DIVERSIDADE GENÉTICA DE ESPÉCIES TÍPICAS DE MANGUE

POSTER 15

RESULTADOS: TEIA TRÓFICA/DETRITOS

Patrícia Mancini

BAÍA DO ARAÇÁ E ÁREAS ADJACENTES

Soares et al. (2015).

RESULTADOS: 2015

LANÇAMENTO 2015

RESULTADOS: 2016

PASTA

RESULTADOS: MMM4 (2016)

POSTER 16

RESULTADOS: MMM4 (2016)

POSTER 17

RESULTADOS: Iberian Symposium on Marine Biology Studies (2016)

Small mangrove areas: managing for endurance

Gilberto Cintron-Molero(1); Yara Schaeffer-Novelli(1,2,3); Guilherme M. O. Abuchahla(1); Armando S. Reis-Neto(3)

1 Instituto BiomaBrazil, Brazil 2 University of São Paulo, Biological Oceanography, Brazil3 University of São Paulo, Environmental Sciences, BrazilThe characterization and functional studies on the mangroves of Araçá Bay are part of an interdisciplinary project which had as its fundamental goal increasing systemic understanding within a context of cooperation, collaboration and learning for developing an inclusive perspective about natural processes and land use to support feasible and practical sustainable management actions that more naturally integrates the social and ecological domains. This approach involved organizing the project in a modular framework in such a way that modules and matching research arenas would be able to pursue integration of contents while providing for cross-referencing to attain a more dynamic, rather than a static holistic understanding of the region as a whole. The mangrove stands within the bay were characterized based on structural and functional studies on typical plant coverage and species diversity within a total area which corresponds to 6% of the whole bay. Although spatially limited the mangrove subsystem exerts influence over a large area as a high performance (high energy fixation) and high throughput (flux) system. Particulate and dissolved organic matter exports from mangroves are known to stimulate and regulate autochthonous production in coastal waters. They also manifest high local resilience as demonstrated by their endurance over a millennial temporal scale (as documented by archeological and historical accounts) as well as successful long-term adaptation to changes in climate, sea level, hydrodynamics and sediment dynamics. This has included persistence in spite of radically different human use patterns; by indigenous populations and later by European colonizers. Although occupying a small space these mangroves are indicators of the health and functional integrity of a much larger organization that cannot be visibly appreciated or judged because it is constituted by a complex web of imperceptible ecological transaction. Additionally, a present-day view represents an extremely narrow “keyhole” temporal perspective, judging by size alone neglects key aspects of modern resource management; managing for resilience and sustainability in the context of persistent environmental change. We endeavor to extract lessons from this rich material and transform it into a narrative that can be useful to resource managers to introduce a post-modern perspective based on the dynamics of complex adaptive systems, panarchial organization, and cross interactions between scales and levels of organization. That perspective seeks operational and relational coherence between the natural and social domains. Proactive proposals towards conservation are stated in the context of an increasingly forceful human occupation and an unavoidable sea-level rise.AcknowledgementsBIOTA/FAPESP – ARAÇÁ project (Proc. No. 2011/50317-5) - São Paulo Research Foundation – FAPESP, Brazil; Technical Committee –COTEC Forestry Institute, São Paulo State Environmental Secretariat, Brazil).AcknowledgementsBIOTA/FAPESP – ARAÇÁ project (Proc. No. 2011/50317-5) - São Paulo Research Foundation – FAPESP, Brazil; Technical Committee –COTEC Forestry Institute, São Paulo State Environmental Secretariat, Brazil).

RESULTADOS: HYDROBIOLOGIA (submetido)

Influence of the mangrove vegetation on the structure of polychaete assemblages in an intertidal flat, southeastern Brazil

Helio Herminio Checon1*, Guilherme Nascimento Corte1, Camila Fernanda da Silva1, Yara Schaeffer-Novelli2 and Antonia Cecília Z. Amaral3

1Pós-Graduação em Ecologia. Departamento de Biologia Animal, Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), CEP 13083-862, Campinas, SP, Brazil.2Instituto Oceanográfico, Universidade de São Paulo (USP), CEP 05508-120 São Paulo, SP, Brazil.3 Departamento de Biologia Animal, Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), CEP 13083-862, Campinas, SP, Brazil.

Corresponding author e-mail: hchecon@yahoo.com.br

Embora espacialmente reduzida, a área de manguezal demonstra competência (resiliência) de se adaptar continuamente aos impactos humanos e à hidrodinâmica e a dinâmica sedimentar, evidenciando novas colonizações de mangue em direção à porção praial (elevação do NMRM);

Habilidade de sequestrar carbono atmosférico e de fixá-lo na estrutura arbórea e no sedimento;

A diversidade genética da população de mangue-branco na Baía do Araçá pode ser considerada singular, tornando-a de extrema importância para a conservação e a manutenção dos níveis de diversidade dos manguezais ao longo da costa da região Sudeste;

Oferta “graciosa” de serviços ecossistêmicos nas categorias de Provisão, Regulação; Suporte e Culturais;

HIGHLIGHTS

Ciclos naturais ocorrem lentamente, exigindo constante reestruturação dos subsistemas e recuperação natural das áreas alteradas;

Ciclos econômicos e ecológicos (naturais) promovem oscilações e exigem processos adaptativos, interferindo tanto na economia quanto no meio ambiente;

Os resultados obtidos atestam, inequivocamente, a importância do manguezal da Baía do Araçá, com oferta de serviços ecossistêmicos para a qualidade de vida e o bem-estar das populações humanas, proteção da diversidade biológica, garantias do processo de ocupação e da sustentabilidade do uso dos recursos naturais marinhos.

Em estudo: proposição para criação da Área de Relevante Interesse Ecológico – ARIE Baía do Araçá.

HIGHLIGHTS

BAÍA DO ARAÇÁ: IMENSO LABORATÓRIO A CÉU ABERTO

Jana Dias Hoilustradora

PLÂNCTON

NECTON

BENTOS

MANGUEZAL

PESCA

GESTÃO

THE MANGROVES OF ARAÇÁ BAY IN A TIME-SCALE: THE NEED FOR THE CONSERVATION OF SPATIAL DIVERSITY

Schaeffer-Novelli; Cintrón-Molero; Reis-Neto; Abuchahla; Pinto-Neta; Lira-Medeiros

RECOMENDAÇÕES PARA EVITAR CONFLITOS

Evitar comprometimentos e decisões de gestão irreversíveis para os recursos naturais;

Sistemas ecológicos complexos uma vez destruídos não regeneram, perdendo informações inerentes à história evolutiva do sistema;

Manter as condições necessárias à proteção vital dos subsistemas;

Aumentar o capital natural por meio de atividades preventivas e de restauração (“gestão regenerativa”);

Contribuir para a conservação “resiliente” em relação às alterações do clima;

Criar incentivos à participação da comunidade na conservação dos serviços ecossistêmicos;

Integrar cultura e ética aos valores adotados nos processos de gestão.

3º Workshop Biota/FAPESP-AraçáSão Paulo, Novembro, 16 a 18 de 2016

INTEGRAÇÃO