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São Luís 2019 ALBERVANIA PEREIRA DA COSTA QUALIFICAÇÃO DE MÃO DE OBRA ESPECIFICA PARA CONSTRUÇÃO CIVIL

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São Luís 2019

ALBERVANIA PEREIRA DA COSTA

QUALIFICAÇÃO DE MÃO DE OBRA ESPECIFICA PARA CONSTRUÇÃO CIVIL

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São Luís 2019

QUALIFICAÇÃO DE MÃO DE OBRA ESPECIFICA PARA CONSTRUÇÃO CIVIL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Pitágoras, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Engenharia Civil.

Orientador:

ALBERVANIA PEREIRA DA COSTA

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ALBERVANIA PEREIRA DA COSTA

QUALIFICAÇÃO DE MÃO DE OBRA ESPECIFICA PARA CONSTRUÇÃO CIVIL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Pitágoras, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Engenharia civil.

BANCA EXAMINADORA

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

São Luís, 28 de maio de 2019.

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Dedico este trabalho а Deus, por ser

essencial em minha vida, autor de mеυ

destino, mеυ guia socorro presente na

hora da angústia, e as pessoas em que

convivi durante esses anos, quem se

tornaram meus melhores amigos e foram

a melhor experiência da minha formação

acadêmica.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus em primeiro lugar, que com toda a sua infinita bondade deu-

me esta oportunidade de realizar não so meu sono como o de toda a minha família

que é esta aqui neste momento único numa graduação de nível superior. Agradeço

também a minha amiga Raiza que sem seu apoio e de toda a sua família, onde me

acolheram e tornou-me membro da família, amo demais a todos. Agradeço em

especial a minha família, mãe, irmão e sobrinhos, e principalmente ao meu grupo de

estudo que durante estes cinco anos me sustentaram e me carregaram junto em

todos so momentos e bons e principalmente aos momentos de dificuldade que não

foram poucos, família que levarei para sempre em meu coração. Agradeço também

à aqueles professores e as pessoas que tornaram nossos estudos possíveis quando

necessário se realizarem com seu proposito final, concluir o curso de Bacharel em

Engenharia Civil. Obrigada.

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Que todos os nossos esforços estejam sempre

focados no desafio à impossibilidade. Todas as

grandes conquistas humanas vieram daquilo que

parecia impossível. (Charles Chaplin).

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Costa, Albervania Pereira. Qualificação de mão de obra especifica para a construção civil. 2019. 33 paginas. Trabalho de Conclusão de Curso Graduação em Engenharia civil – Faculdade Pitágoras, São Luís, 2019.

RESUMO

A capacitação especifica da mão de obra para a construção civil tem se mostrado cada vez mais decisivo para o sucesso de uma edificação. Entendendo assim que a falta de uma melhor formação técnica desta mão de obra e tendo estudos mostrando que a maioria das patologias em edificações na construção civil do Brasil é adquirida durante a etapa de execução da obra, e tendo muitas vezes estes fracassos associados à baixa qualificação profissional, é que esta pesquisa bibliográfica teve como maior foco mostrar a importância desta qualificação profissional adequada, e trazendo uma discussão ainda crescente neste sentido tais como: entender qual é o perfil desta mão de obra na construção civil, assim como quais são os obstáculos que as construtoras encontram ao buscar esta mão de obra capacitada, mostrando também como vem sendo trabalhado o tema dentro dos canteiros de obras a questão da implantação de aperfeiçoamentos profissionais, revisando livros, outros trabalhos de conclusão de cursos e sites relacionados a engenharia civil, buscando um melhor entendimento do assunto. Concluindo de forma concisa a extrema importância da qualificação da mão de mão de obra no canteiro d obras e para o desenvolvimento do país como um todo, pois ficam comprovados os inúmeros benefícios com a capacitação da mão de obra na construção civil.

Palavras-chave: Mão-de-obra; Qualificação da mão-de-obra; Construção civil;

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Costa, Albervania Pereira. Qualification of skilled labor specifies for civil

construction. 2019. 33 paginas. Trabalho de conclusão de curso Graduação em

Engenharia Civil - Faculdade Pitágoras, São Luís, 2019.

ABSTRACT

The training specifies the labor for civil construction has been shown to be more decisive for the success of a building. Understanding so that the lack of a better technical training of skilled labor and having studies showing that the majority of pathologies in buildings in civil construction in Brazil is gained during the execution step of the work, and many times these failures associated with low professional qualification, this bibliographic research had as greater focus show the importance of adequate professional qualification, and bringing a discussion still growing in this sense such as: Understand what is the profile of labor in civil construction, as well as what are the obstacles that the contractors are to seek this skilled labor, also showing as it is being worked on the theme within the jobsites the issue of deployment of professional enhancements, reviewing books, Other works of completion of courses and sites related to civil engineering, seeking a better understanding of the subject. In conclusion concisely the extreme importance of the qualification of the d labor on the jobsite d works and for the development of the country as a whole, they demonstrated the numerous benefits with the training of labor in civil construction.

Key-words: Labor; Qualification of the labor force; building, edifice.

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IBICT Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

NBR Norma Brasileira

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 14

2 CARACTERISTAS DA MÃO DE OBRA OPERARIA NA CONSTRUÇÃO CIVIL..........................................................................................................................16

3 OBSTACULOS ENCONTRADOS PELAS EMPRESAS DA CONTRUÇÃO CIVIL COM A FALTA DA MÃO DE OBRA QUALIFICADA ...................................... 21

4 OPORTUNIDADE PARA A COMPROVAÇÃO DE QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL NA CONSTRUÇÃO CIVIL .............................................................. 26

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 30

REFERÊNCIAS ............................................................................................................ 31

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1 INTRODUÇÃO

A mão de obra especializada é um fator decisivo para o setor da

construção civil, tendo em vista o avanço da mesma no campo tecnológico, inovando

na criação de equipamentos e materiais para a construção civil, racionalizando

processos e aperfeiçoando performances. Com relação direta sobre normas e

legislações vigentes e muitas vezes aos materiais componentes assim como o

processo construtivo, refletindo no desconhecimento às normas pelos profissionais

que lidam com o assunto e a falta de cuidado na execução, levando a inúmeros

problemas na construção de edificações em decorrência da baixa qualidade de mão

de obra.

Justifica-se, portanto, a extrema importância da qualificação dos

profissionais atuantes na construção civil, com isso pose-se afirmar que com a

valorização e investimentos proporcionados pelas empresas aos seus

colaboradores, além de assegurar seu lugar no mercado provavelmente crescerá em

consequência desta valorização. Outra justificativa importante é a real necessidade

dos cursos de aperfeiçoamento profissional fazendo toda a diferença no que se

refere à qualidade do processo construtivo.

Com isso o principal problema das construtoras constituiu-se no

recrutamento de mão de obra sem qualificação para a construção de edificações,

onde ao retomar o crescimento da economia do País, a grande massa de

trabalhadores precisaria de capacitação e cursos de qualificação profissional

adequada, para, consequentemente atenderem a demanda. Diante deste fato,

reforçou-se a importância e a necessidade de volta-se a total atenção para quem

executa o serviço dentro dos canteiros de obras, e a forma pela qual foram

executados os serviços. Sendo a mão de obra considerada a mais desqualificada

entre os setores da indústria. Qual a importância da capacitação da mão de obra na

construção civil?

Esta pesquisa bibliográfica teve como objetivo principal realizar uma

revisão literária a respeita da importância da qualificação da mão de obra especifica

na construção civil buscando novas formas de tratar o tema proposto.

A finalidade principal deste trabalho foi alcançada através dos seguintes

objetivos específicos: entender as características da mão de obra no setor da

construção civil; compreender os obstáculos que as empresas da construção civil

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encontram com relação ao recrutamento de mão de obra operária qualificada;

apresentar oportunidades para comprovação de qualificação profissional da mão de

obra na construção civil.

A metodologia empregada na realização deste trabalho foi uma revisão

bibliográfica. A pesquisa literária representa grandes contribuições culturais ou

cientifica sobre determinados assuntos, temas ou problemas, desenvolvido pelo

pesquisador através de outros estudos, um novo trabalho. Tendo sido revisados

sites, trabalhos de conclusão de curso e livros lançados nos últimos 23 anos.

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2 CARACTERISTAS DA MÃO DE OBRA OPERARIA NA CONSTRUÇÃO CIVIL

A indústria da construção define-se por sua característica provisória e

migratória, dando aos operários que a executam dificuldade em garantir conforto,

tendo ainda grandes riscos de acidentes no trabalho. No setor da construção civil há

ainda uma alta variedade do produto final, enquanto a mecanização é mínima. Neste

contexto consequentemente há uma grande utilização de mão de obra.

(MESEGUER, 1991).

Mesmo com toda a modernização e mecanização de serviços No caso da

construção civil a mão de obra operaria ainda encontram-se características únicas,

pois, submetem-se a algumas condições e exigências distintas deste setor, como

por exemplo: mudanças de emprego, insalubridade, esforço físico extremo; alta

rotatividade; dificuldade para formação profissional; além de grandes riscos de

acidentes entre outros. (GOTO, 2009; SCHIMIDT, 2011).

A mão-de-obra na construção civil é formada quase em sua totalidade por

92,54% trabalhadores do sexo masculino, tendo assim a maior parte no setor. O

restante com 7,46% são mulheres. O percentual de mulheres vem aumentando nos

últimos anos, sendo oferecidas as funções administrativas e de maior qualificação.

As mulheres possuem níveis correspondentes de instrução mais elevados do que os

homens empregados no setor. (22,04%) tem faixa etária entre 40 e 49 anos, onde a

maior porcentagem esta entre 30 a 39 anos (30,21% do total). (CIOCCHI, 2003)

De acordo com a OIT (Organização Internacional do Trabalho), mais de

33% dos trabalhadores registrados na construção civil são analfabetos operacionais

e, ou seja, exercem funções auxiliares com mínima ou nenhuma capacitação. Foram

confirmados os dados brasileiros da RAIS 2001 (Relação Anual de Informações

Sociais) tendo sido elaborada pelo MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) nível

baixo, mesmo que tenha tido uma pequena melhora nos últimos anos. Em 2001,

38% haviam cursado somente a 4ª seria do primário, ou seja, a 4ª série incompleta

(16,87%) ou a 4ª série completa (20,91%). Porem esta porcentagem era de 64,18%

no ano de 1988. Foi reduzida também a metade do numero analfabetos no setor na

nas décadas de 80 e 90, passando de um percentual de 5,3% em 1988 para 2,44%

em 2001. (CIOCCHI, 2003).

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São varias as possíveis causas do complexo problema de baixa

qualificação. Desde a estrutura base da educação até a especifica repetição do setor

da construção, no qual mostra ser incapaz de segurar trabalhadores em períodos de

crise, como ocorreu na mais recente recessão. (WEG, 2018)

O baixo nível de escolaridade limita o processo de qualificação e

ascensão profissional. O processo de ambos geralmente acontece nos próprios

canteiros de obras, passando de operário para operário de maneira informal, ou

seja, os profissionais mais experientes transferem seus conhecimentos para os mais

novos. Dessa forma, a aprendizagem limita-se à experiência profissional e à vivência

do operário (SILVA, 2012).

A rotatividade é o número de trabalhadores que entram e saem de uma

organização do mesmo setor em um curto espaço de tempo devido à insatisfação

quanto a salários ou benefícios, fazendo com que o operário tenha um

descontentamento com o ambiente de trabalho, problemas de relacionamento com

outros funcionários, dentre outros, tornando a rotatividade um dos principais

impedimentos para que as empresas invistam em seus trabalhadores

(CHIAVENATO, 2006).

Outro fator determinante para uma evasão e a baixa qualidade no

canteiro de obras seria a falta de comunicação no ambiente de trabalho entre as

empresas e seus trabalhadores, a realização do trabalho ao ar livre, os curtos prazos

para a execução das obras, a necessidade de inúmeras horas extras, baixos

salários, as precárias condições dos equipamentos de proteção individual e ou

coletivos, bem como ambientes sujos, torna-se o ambiente de trabalho precário na

construção civil (COSTA, 2011)

Dentre as condições existentes, pode-se destacar também a exposição

dos trabalhadores a riscos ligados às doenças laborais. Estas são diretamente

relacionadas à característica do setor que é o esforço físico extremo.

Comprometendo a estrutura óssea, muscular e as articulações, cujos sintomas são

dores e desconforto, sendo frequentes nos trabalhadores do setor da construção

civil. Outro sintoma comum é o musculoesquelético, porém ligado aos riscos

ocupacionais, tais como: trabalho em altura, manejo de máquinas e posturas ante

ergonômicas durante a elevação de objetos pesados. (HAUSER, 2012).

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Em 2017 o setor da construção civil, que por sua vez sempre foi

construído de forma braçal por mãos de operários sendo sua parte composta por

analfabetos e sem capacitação técnica, está pagando o preço de décadas sem

recursos investidos na formação de mão de obra qualificada. Pois assim que a

indústria da construção civil retornar o seu crescimento, depois das mais rigorosas

crises econômicas faltaram operários capacitados, mesmo com um perfil de milhões

de trabalhadores buscando uma nova colocação no mercado de trabalho. (WEG,

2017)

A construção civil enfrenta não só a falta da mão de obra capacitada

como um grande desafio, como precisa adotar processos para que a produtividade

tenha aumento significativo e contribua no desenvolvimento dos projetos. Para este

desenvolvimento, o caminho está no investimento de novas tecnologias, que façam

a tarefa cada vez mais rápido sem que haja perda na qualidade. Da mesma forma,

as empresa devem providenciar segurança aos trabalhadores no que refere ha

novos métodos e com equipamentos modernos se utilizam em canteiros de obra,

reduzindo consideravelmente impactos causados pelos trabalhos mais

modernizados. (WEG, 2017)

A indústria da construção civil possui suas próprias características que a

diferenciam de outros setores. Entre essas características: conta-se com a

colaboração de diversos setores com diferentes funções; a diversidade dos bens e

serviços que produz; o tradicionalismo significa que o processo não sofreu

mudanças na tecnologia no que se refere à produção e ocupação; a indiferença às

alterações por utilizar uma grande quantidade de mão de obra e pouco qualificada

com o mínimo acessa a um plano de carreira; ambiente de trabalho exposto às

ações da natureza. Assim, é composta a base da pirâmide sócio urbana da Indústria

da Construção Civil, dentre aos mais variados ramos de atividades, o setor destina

uma grande parte indeterminada de trabalhadores pobres. (RIVA, 1991).

Os trabalhadores, nem sempre, conseguem identificar os riscos de

acidentes aos quais estão expostos durante sua jornada de trabalho bem como as

doenças que esses riscos podem gerar. Logo, é de suma importância que estes

sujeitos saibam sobre a importância de ter uma fiscalização nestes setores a fim de

fazer com que as regras sejam cumpridas no local de trabalho, sobretudo no que diz

respeito à Norma Regulamentadora 06 e 18 (ANJOS; LEITE, 2013).

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Pois, o aprender-fazendo não tem as mesmas qualidades e credibilidade

comparada às realizadas através de simulações e sob a supervisão de um

professor. Fazendo com que a cultura popular do canteiro de obra, ao interagir com

a cultura dos técnicos, corre o risco de entrar em conflito, podendo não gerar os

resultados esperados. (CATTANI, 1994).

Além disso, a falta de uma educação convencional exclui os operários de

aspectos desenvolvidos ou potencializados pela escola, tais como capacidade de se

relacionarem em grupo, ou seja, o mesmo que aprenderem a trabalharem em

equipes, assim como desenvolverem novas ideias inovadoras, assiduidade,

persistência, etc. Essas características têm repercussão em todas as atividades

desenvolvidas pelos operários, bem como na motivação, autonomia, na segurança

do trabalho, em uma palavra, na cidadania, (CATTANI, 1994).

Neste contexto, a qualificação profissional de operários acontece

principalmente no canteiro de obras (formação em serviço). Onde seus próprios

companheiros assim como seus responsáveis técnicos da obra faram a parte de

orienta-los de como será executada a tarefa a ser realizada, sempre de um maneira

simples e sem regras de ensino, sendo esta uma atividade que demorada que

depende de vários fatores, contrários e imprevisíveis a maior parte delas fazem com

não colaborem em nada para uma formação adequada e de qualidade.

(MASCARÓ, 1982).

Desta forma, o que verifica-se que muitas empresas da construção civil

desconhecem as percepções e intenções dos trabalhadores com relação às

atividades que desempenham e a própria profissão (DALCUL, 2001).

Para que haja recrutamento é preciso disponibilizar as informações

básicas da vaga, incluindo dois tópicos base: informação e persuasão. No caso da

construção civil, a intensidade da mão de obra, marcou o setor por anos, portanto

este tipo de pensamento sempre foi omitido. (SCARDOELLI, 1994)

Existe também o problema da mão-de-obra semiqualificada na construção

civil, esses trabalhadores semiqualificados levam pra se mesma essa importante

responsabilidade influenciando muito no desempenho de toda equipe de produção,

tendo em vista a importância da conquista de potencial humano habilitado e treinado

para que assim haja uma ampliação destes conhecimentos, (REMO 1987).

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A qualificação para o trabalho vai muito além da educação básica: “Todos

dependerão de conhecimento e de educação além do mínimo. A educação básica

será exigida com rigor e possivelmente habilidade em várias junções” (MOTTA,

2000).

Buscar a adequação dos ambientes e das condições de trabalho ao ser

humano é uma forma de garantir tanto a sustentabilidade econômica quanto a

qualidade de vida e o bem-estar (VALINOTE, 2011).

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3 OBSTACULOS ENCONTRADOS PELAS EMPRESAS DA CONTRUÇÃO CIVIL

COM A FALTA DA MÃO DE OBRA QUALIFICADA

A falta de qualificação lidera no que diz respeito as novas tecnologias

afetando diretamente o rol de produção. Para mudar esse aspecto, assim, é

necessário aperfeiçoar aqueles profissionais que trabalhavam há 15, 20 anos atrás

para este novo ambiente de trabalho e qualificar pessoas baseando-se nas

inovações tecnológicas, porem com as mesmas atividades tradicionais. (WEG, 2010)

A economia do país dá seus primeiros passos na recuperação e

crescimento através do setor da construção civil. No Brasil, antes de 2015, com a

econômica estável trouxe um alto crescimento para o setor. Porem, diante do

recesso ocorrido nos últimos dois anos, o crescimento foi minado, trazendo assim,

maiores desafios para a construção civil enfrentar. (WEG, 2017)

Possivelmente, a escassez de mão de obra qualificada seja o maior

obstáculo encontrado pelas construtoras. Tornando-se um dos principais problemas

ao falar em retomada do crescimento econômico do segmento. O setor da

construção civil, que é um dos maiores geradores de empregos no Brasil, precisando

assim de capacitação e de acesso a cursos de qualificação para a grande massa de

trabalhadores ao retomar a economia e o crescimento. (WEG, 2017)

A Indústria da Construção Civil é um setor que enfrenta dificuldades em

relação aos seus recursos humanos, tanto no que se refere a executivos

especialistas nessa área, como aos trabalhadores das obras, há carência de

habilitação específica, programas de cultura, de desenvolvimento da educação e de

formação profissional (BALARINE, 1990).

Os profissionais sem qualificação para a execução de determinadas

atividades podem ocasionar muitos prejuízos para as empresas, podendo até leva-

las à falência, em casos extremos. Por exemplo, na construção civil a mão de obra

responsável por instalações elétricas e hidráulicas é tão importante quanto a

qualidade dos materiais, pois, não sendo feitas estas instalações corretamente

conforme as normas técnicas, graves erros podem ser cometidos.(WEG, 2017).

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Tem-se também com a baixa qualificação do operário da construção civil,

uma grande influência na baixa produtividade, além de estar relacionada a outros

problemas, como a resistência deles às inovações tecnológicas, fazendo com que a

forma tradicional de construir permanece, sendo incorporado e difundido pelos

próprios trabalhadores assim como sua própria capacitação profissional. (LIMA,

1995).

Des da década de 90 vem se discutindo a importância de treinamento e

capacitação da mão-de-obra operária, e tem-se intensificado e ampliados os

programas de melhoramento da qualidade na construção. Um ponto positivo para se

chegar a este objetivo de qualificar profissionais da mão de obra operaria é a criação

de normas e sistemas que gerenciam esta qualidade e obrigam os empresários da

indústria da construção a buscarem esta qualificação profissional de seus operários.

Porem, ainda não existe esta procura pois as empresa do ramo alegam que os

gastos de treinamento são altos e há ainda a grande rotatividade do empregas.

Portanto não valeria a pena este investimento. (SALGADO e DE PAIVA, 2003).

A procura e a permanência dessa mão de obra qualificada, no entanto,

tem sido um obstáculo para os empresários. No setor primário, onde quase não ha

planejamentos estratégicos desenvolvidos e organizados, a discursão deste tema

tem ainda mais ênfase. Isso acontece pelo fato de empreendimentos para

capacitação serem escassas e o apoio à ampliação ao conhecimento do funcionário

mais ainda. Algumas vezes, por mais que o empreendedor queira dar mais atenção

a este assunto tão importante, ele não encontra tempo e/ou recursos financeiros

suficientes. (WEG, 2017)

As construtoras que entendem o real objetivo de implantar um sistema de

gestão observam o sucesso do empreendimento através de capacitação e

treinamentos mão-de-obra. Visto que esta qualificação tem como objetivo principal a

melhoria da edificação. Tendo em vista a questão é fundamentada com relação as

dificuldade em que os operários encontram para realizarem simples tarefas

construtivas. (SALGADO e DE PAIVA, 2003).

Uma questão muito importante para destacar seria que por conta da

produção na construção de edificações serem divididas por etapas, e divididas por

funções especificas, muitos trabalhadores empregados não completam um ano no

emprego, explicando assim um dos fatores dessa grande rotatividade, logo, ao

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termino de cada ciclo, operário que atua em uma determinada função não será mais

necessário na próxima. (LIMA, 2011)

A grande rotatividade dos trabalhadores, a educação básica de baixa

qualidade e receio de perder operários são uns dos principais problemas apontados.

feito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pela Câmara Brasileira da

Indústria da Construção (Cbic) um levantamento apontando que 89% das 385

empresas do setor construção civil que foram pesquisadas sofrem com a falta de

mão de obra qualificada e 94% das empresas têm problemas em contratar

profissionais com pelo menos o básico de capacitação, como por exemplo pedreiros

e serventes. (WEG, 2011).

Ainda segundo esta pesquisa, os principais problemas são três. Tendo

como o primeiro a grande rotatividade, muitas das obras em execução são de curta

duração, o que se torna também um obstáculo para a diminuição da rotatividade e,

devido a esse fator, os trabalhadores estão constantemente tendo que se adaptar a

novos ambientes de trabalho, companheiros e condições de trabalho, fato relatado

por 56% das empresas pesquisadas. No ponto de vista de outras 53%, a péssima

qualidade da educação básica seria o segundo maior obstáculo na busca pela

qualificação, e em terceiro com 47% o maior contratempo na qualificação mostrado

foi medo de perder os operários. (WEG, 2011).

Tendo em vista que a rotatividade de pessoas nos canteiros de obras não

é uma causa, mas o efeito, provavelmente certos acontecimentos situados dentro ou

fora das empresas matem certas atitudes e o comportamento do trabalhador. É,

portanto, uma inconstante e especifica, sejam elas de pequeno ou grande porte

atribuídos à aqueles fenômenos internos e/ou externos à organização.

(CHIAVENATO, 1989).

Além disso, existem aqueles empresários e ou instituições de ensino que

não dão a devida atenção ao assunto, poupando gastos em curto prazo. Sendo que

em longo prazo, a perspectiva muda e é possível ver que houve um elevado custo

devido à baixa produtividade, pouca qualidade e alta rotatividade. Sendo assim, a

contratação de profissionais qualificados significa eliminar problemas futuros,

contando com uma equipe de execução superior, e como resultado gerando pontos

positivos para a empresa. (WEG, 2017).

Para aperfeiçoar a qualificação profissional 64% das empresas

patrocinam dentro de suas empresas seus próprios cursos de capacitação e 45%

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afirmam que a melhor maneira de estimular a relação do empregado com a

empresa, é por meios de salários e benefícios, assegurando assim uma maior

estada do funcionário nos canteiros de obras até o termino da construção. (WEG,

2011).

O principal efeito sofrido sem a devida qualificação de acordo com a

pesquisa é a dificuldade em aumentar a produtividade, ou seja, sem capacitação

adequada não há benefícios, item este apontado por 61% das empresas. Outro

ponto crucial é garantir ou melhorar a qualidade dos produtos bem como seus

prazos de entrega foram indicados como segundo e terceiro efeitos nesta ordem por

59% e 57% das empresas. (WEG, 2011)

Em suma, surge um conceito de que a qualificação vai além do simples

domínio de habilidades motoras e disposição para cumprir ordens devendo, seguir

acima de tudo, uma ampla formação geral e sólida base de conhecimentos

tecnológicos. Ou seja, não é o bastante trabalhador saber realizar somente

determinadas atividades; é preciso também que tenha perfis tais como as

capacidades de participação, iniciativa, raciocínio lógico e perspicácia. (FOGAÇA,

1993).

Inicialmente O primeiro, e provavelmente a questão mais importante, é o

fato de que o não saber das letras e dos números trás para si mesma uma forma de

insegurança. Com a falta da capacidade da escrita e da leitura, de fazer contas ou

se expressar indica que houve uma carência da educação fundamental sendo esta

de grande importância, pois através da educação as pessoas conseguem um bom

emprego ao mesmo tempo lucrativo. Portanto todo país que negligencie a educação

condena a população analfabeta a não acessar adequadamente às oportunidades

abertas pelo mercado de trabalho. Ou seja, o individua que não consegue ler ou

entender instruções exigidas para a função a ser desempenhada, não terá vantagem

no que se refere a procura de um emprego neste moderno mundo globalizado.

(SEN, 2002).

Há, portanto, dois desafios a serem melhorados primeiro é o que se refere

ao nível de qualificação do grupo de trabalhadores que tem suas atividades

direcionadas paras as obras civis, trazendo assim mais confiança aos seus

empregares a partir de uma certificação profissional, bem como estimular

desenvolvimentos econômicos e sociais, dessa grande massa da indústria brasileira.

Outro desafio é fazer uma aproximação deste trabalho com os empreendedores da

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Oferta de capacitação e certificação profissional mostrando-os as necessidades da

Demanda por estes profissionais. (WEG, 2007)

Em outro ponto de vista, temos de que por conta dos trabalhos na

construção serem de caráter temporário, os operários não tem tanta motivação em

investir na profissão, ou procurar capacitação para se aperfeiçoarem na profissão.

(OLIVEIRA, 2007).

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4 OPORTUNIDADE PARA A COMPROVAÇÃO DE QUALIFICAÇÃO

PROFISSIONAL NA CONSTRUÇÃO CIVIL

O mercado de trabalho oferece escassas opções às pessoas sem

qualificação. Neste cenário, a construção civil torna-se atrativa para aqueles sem

uma profissão definida, mesmo que as condições do trabalho apresentem-se como

inseguras e que o emprego em si, como instável. Dessa forma, o setor é

caracterizado por uma elevada absorção de mão de obra sem especialização

adequada para o trabalho (COSTA, 2011).

Com finalidade de qualificar trabalhadores, visando à sua formação

integral e inclusão social, em 2003 o Ministério do Trabalho e Emprego criou um

programa denominado PNQ (Plano Nacional de Qualificação). Desde a segunda

metade da década de 1990, o Governo Federal detectou a necessidade da criação e

do fortalecimento de instituições capazes de promover a certificação profissional,

proporcionando ao trabalhador o reconhecimento formal dos saberes e práticas

desenvolvidas na experiência de vida, de trabalho, na escola ou em programas de

qualificação social e profissional. (BULHÕES, 2004)

O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego

(Pronatec) foi criado pelo Governo Federal, em 2011, por meio da Lei 11.513/2011,

com o objetivo de expandir, interiorizar e democratizar a oferta de cursos de

educação profissional e tecnológica no país, além de contribuir para a melhoria da

qualidade do ensino médio público. Os cursos são ofertados de forma gratuita em

várias instituições, tendo como exemplo as do Sistema S, o SENAI, SENAT, SENAC

e SENAR (PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E

EMPREGO, 2013). Criado em 2007 o Programa de Aceleração do Crescimento

(PAC) promoveu a retomada do planejamento e execução de grandes obras de

infraestrutura social, urbana, logística e energética do país, contribuindo para o seu

desenvolvimento. (BULHÕES, 2004).

Na construção Civil, sempre que há necessidade de implantação de

algum sistema de melhoramento da produtividade e qualidade há resistência no

inicio por parte dos operários. Mas ao tentar implantar estratégias e tecnologias

exige-se uma reformulação de níveis que vai desde os operários até a alta

administração das empresas construtoras, indo de operários aos engenheiros.

Portanto, sempre que houver mudanças no ambiente de trabalho, é de extrema

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importância que haja a compreensão de todos os envolvidos, sem descriminação

entre empregados e empregadores. Essa conscientização pode ocorrer desde

simples treinamentos para os níveis gerenciais menores até processos maiores de

aprendizagem das organizações, que vêm sendo aplicados em algumas empresas

dentro e ora do País, principalmente com os profissionais da alta administração

(HIROTA, 1996).

Voltando-se o foco para os recursos humanos e sua impotência em

alcançar os objetivos das empresas, pode-se afirmar que, cada trabalhador

compreenda sua atividade dentro da obra, e como este papel muda de acordo com a

melhora da qualidade. Essa percepção vai além das ilustrações em manuais ou

descrições de cargos. Os operários devem entender onde começa e onde termina

seu trabalho e como suas atividades sofreram influencia dos trabalhadores que

vieram antes, e como podem influenciar os que os seguem. Precisam aprender

novos métodos que possam melhorar o trabalho. (SCHOLTES, 1992)

No canteiro de obras o problema não se restringe apenas, com operários

de menor qualificação, da mesma forma acontecem com gestores e engenheiros,

pessoal com maior conhecimento técnico com privilégios e poderes para tomada de

decisões. Para trazer novas oportunidades de preenchimentos de vagas com mão

de obra qualificada, a empresas de construção civil poderiam renovar seus

profissionais como novos programas de trenin, buscar parcerias melhorando a

qualificação de seu pessoal. Há muitos profissionais da construção civil participando

de cursos de capacitação, com intuito melhorar a produtividade, utilizando novos

recursos de forma inteligente ajudando-os assim a estarem preparados para uma

retomada no crescimento econômico do país. (WEG: 2015).

No que se refere à força de trabalho, pode-se dizer que necessidades

podem ser redefinidas. Em uma nova visão que atuam as empresas exigem-se da

mão de obra novos desempenhos, tais como, qualidade do produto, maior

produtividade e para a eliminação de perdas materiais. (FARAH, 1993).

Para gerar condições do melhoramento da qualificação profissional, as

empresas de construção civil precisam fazer sua parte, abrindo não somente para

profissionais com baixa ou nenhum tipo de experiência gerando assim maior

produtividade para seus empreendimentos. Tendo em vista que na construção civil o

trabalho realizado ainda continua associado à mínima necessidade de estudos,

criando um preconceito que não combinam com a real situação dos canteiros de

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obras. Empresas mais conceituada no setor buscam, cada vez mais, profissionais

capacitados a realizarem determinadas atividades bem como operarem novos

equipamentos para melhorar a produção. (WEG, 2015)

Contudo, essa mão de obra qualificada ainda não condiz com a realidade

tendo as vagas de emprego preenchidas ainda pelos operários com baixa

escolaridade, sendo que maior parte dos trabalhadores nunca tiveram acesso nem

mesmo ao ensino básico. Por este motivo, conceituadas construtoras investem em

cursos de alfabetização, bem como cursos técnicos e profissionalizantes,

incentivando assim seus funcionários a estudarem e se qualificarem na atividade em

que atuam. Existem até mesmo empresas com suas próprias redes de ensino,

qualificando cada profissional para tipo de projeto. Ou seja, enfrentando o problema

de cara a cara e analisando cada situação com relação a custo-benefício, dando

assim uma nova abordagem no que se refere a capacitação de mão de obra

qualificada, atendendo melhor cada um dos níveis de produtividade.(WEG, 2015).

Com relação a grande falta de mão de obra e a alta rotatividade, as

construtoras estão melhorando a seleção de seus colaboradores através do sistema

de recrutamento e seleção de pessoal. Consequentemente contribui para um bom

recrutado ajudando positivamente a empresa, fazendo com que o trabalhador

desenvolva suas atividades com alta produtividade gerando uma confiança entre

empregador e empregado. (CARVALHO, NASCIMENTO, 1993).

Visando contornar este problema, varias construtora realizam, também,

entrevistas de seleção. Sendo estas normalmente realizadas, através de

questionários básicos, que solicitam informações relativas às condições sociais,

econômicas e culturais dos operários, como também suas ultima experiência de

trabalho. Variando de empresa para empresa a forma com a qual são feitas estas

avaliações de recrutamento, alguma pedem ate exigir nível de escolaridade e ou

testes psicológicos. (SCARDOELL, 1994).

Os programas direcionados de modo exclusivo à Formação profissional,

ou seja, com foco na profissão, objetivam a rápida capacitação trabalhadora que, de

forma geral, já deve atuar profissionalmente na área de construção civil ou no

mínimo conhece a atividade e como funciona. Normalmente estes cursos tem curta

duração, cerca de 40 horas no máximo dois dias. Atualizando assim o já profissional

com esses cursos, dando-os chances de se atualizarem em determinadas

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tecnologias bem como conhecerem inovações tecnológicas. Cursos este com

aspectos técnicos, isto é, o saber fazer. (WEG, 2007)

Muito embora haja a importância na capacitação e certificação destes

profissionais, sendo compreensível e que vem sendo colocada em pratica

dispositivos abrangendo um grande numero de trabalhadores, a existência desses

mecanismos não asseguram que os trabalhadores possam aderir a estes processos

muito menos garantem que as empresas, construtoras, auto gestoras entre outras,

comecem a exigir profissionais capacitados e certificados. O necessário é que

ambas as partes envolvidas estejam motivadas e busquem exigir a capacitação e a

certificação profissional. (WEG, 2007).

Portanto temos como premissa ha necessidade de uma constante

capacitação da mão de obra na construção, pois, com os surgimentos de soluções e

com os avanços tecnológicos garantindo mais produtividade, e ainda trazendo

sustentabilidade e aumento da economia, consequentemente estes profissionais

devem está habilitados para novos trabalhos. Mesmo com abrangência em diversas

áreas de conhecimento no setor da construção, ainda ha necessidade de se investir

na base do problema. (WEG, 2018).

Neste cenário surgem Algumas iniciativas governamentais e privadas

surgiram para tentar sanar estes problemas. Com o objetivo de dar escala para a

educação profissional, o governo federal lançou o Programa Nacional de Acesso ao

Ensino Técnico e Emprego (PRONATEC). Porem como o ajuste fiscal ficou reduzido

os investimentos de recursos públicos no programa. Fazendo com que empresas

buscassem capacitar seus operários no próprio local de trabalho. Passando a ser

uma alternativa, infelizmente uma ideia que traz aumento de custos, lutando ainda

conta o desafio de manter estes profissionais ate o fim da obra. Fazendo com as

empresas privadas junto aos fabricantes de materiais busquem maneiras

treinamentos e escolas profissionalizantes entre outros profissionais, com parceria

ao SENAI (Serviço de Nacional de Aprendizagem Industrial) e o Instituto da

Construção (IC) capacitar estes trabalhadores tornando assim uma alternativa viável

e mais barata. (WEG, 2018).

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Percebe-se, com essa pesquisa, que ainda são muitos os problemas que

envolvem o operário da Construção Civil, como, baixa escolaridade, condições

adversas de trabalho com alta rotatividade, insegurança no trabalho e pouca

possibilidade de promoção. Até uma simples modernização nas empresas, com a

implantação de um alto nível de tecnologia, equipamentos diferentes ou novos

padrões de qualidade, sem levar em conta as crenças, os valores e as expectativas

dos seus operários, não são suficientes para garantir a competitividade no mercado

globalizado. A principal observação é que as várias medidas encontradas na

pesquisa apontam para um perfil bastante condizente aos estudos anteriores

verificados no país.

Através deste estudo foi possível descobrir quais as características que

predominam na mão-de-obra industrial, e verificar como esse perfil interfere no

rendimento das empresas construtoras podendo ser avaliados os principais

problemas identificados originalmente nesta revisão bibliográfica. Destacando que a

construção civil, embora empregue um grande número de trabalhadores e tenha

grande importância para a economia do país, caracteriza-se por apresentar baixa

produtividade e grande desperdício. Este fato precisa ser modificado, trazendo

condições para que este quadro supere as baixas expectativas.

Contudo, concluem-se que é de extrema importância que se realize ações

para o desenvolvimento de metodologias para treinamentos e qualificação

adequados aos operários da construção civil, sendo melhorias no sentido de

implantação dos critérios propostos entre outros, potencialmente adotados com

sucesso, podendo contribuir para que esteja sempre em evolução no que diz

respeito à capacitação da mão-de-obra. Os resultados deste trabalho podem

propiciar uma maior eficácia para a obtenção da qualificação profissional do ser

humano, do produto final, trazendo também benefícios as empresa, aos seus

operários e a mão-de-obra autônoma a alcançar uma cultura de excelência.

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