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São Luís 2019
ALBERVANIA PEREIRA DA COSTA
QUALIFICAÇÃO DE MÃO DE OBRA ESPECIFICA PARA CONSTRUÇÃO CIVIL
São Luís 2019
QUALIFICAÇÃO DE MÃO DE OBRA ESPECIFICA PARA CONSTRUÇÃO CIVIL
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Pitágoras, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Engenharia Civil.
Orientador:
ALBERVANIA PEREIRA DA COSTA
ALBERVANIA PEREIRA DA COSTA
QUALIFICAÇÃO DE MÃO DE OBRA ESPECIFICA PARA CONSTRUÇÃO CIVIL
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Pitágoras, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Engenharia civil.
BANCA EXAMINADORA
Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)
Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)
Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)
São Luís, 28 de maio de 2019.
Dedico este trabalho а Deus, por ser
essencial em minha vida, autor de mеυ
destino, mеυ guia socorro presente na
hora da angústia, e as pessoas em que
convivi durante esses anos, quem se
tornaram meus melhores amigos e foram
a melhor experiência da minha formação
acadêmica.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus em primeiro lugar, que com toda a sua infinita bondade deu-
me esta oportunidade de realizar não so meu sono como o de toda a minha família
que é esta aqui neste momento único numa graduação de nível superior. Agradeço
também a minha amiga Raiza que sem seu apoio e de toda a sua família, onde me
acolheram e tornou-me membro da família, amo demais a todos. Agradeço em
especial a minha família, mãe, irmão e sobrinhos, e principalmente ao meu grupo de
estudo que durante estes cinco anos me sustentaram e me carregaram junto em
todos so momentos e bons e principalmente aos momentos de dificuldade que não
foram poucos, família que levarei para sempre em meu coração. Agradeço também
à aqueles professores e as pessoas que tornaram nossos estudos possíveis quando
necessário se realizarem com seu proposito final, concluir o curso de Bacharel em
Engenharia Civil. Obrigada.
Que todos os nossos esforços estejam sempre
focados no desafio à impossibilidade. Todas as
grandes conquistas humanas vieram daquilo que
parecia impossível. (Charles Chaplin).
Costa, Albervania Pereira. Qualificação de mão de obra especifica para a construção civil. 2019. 33 paginas. Trabalho de Conclusão de Curso Graduação em Engenharia civil – Faculdade Pitágoras, São Luís, 2019.
RESUMO
A capacitação especifica da mão de obra para a construção civil tem se mostrado cada vez mais decisivo para o sucesso de uma edificação. Entendendo assim que a falta de uma melhor formação técnica desta mão de obra e tendo estudos mostrando que a maioria das patologias em edificações na construção civil do Brasil é adquirida durante a etapa de execução da obra, e tendo muitas vezes estes fracassos associados à baixa qualificação profissional, é que esta pesquisa bibliográfica teve como maior foco mostrar a importância desta qualificação profissional adequada, e trazendo uma discussão ainda crescente neste sentido tais como: entender qual é o perfil desta mão de obra na construção civil, assim como quais são os obstáculos que as construtoras encontram ao buscar esta mão de obra capacitada, mostrando também como vem sendo trabalhado o tema dentro dos canteiros de obras a questão da implantação de aperfeiçoamentos profissionais, revisando livros, outros trabalhos de conclusão de cursos e sites relacionados a engenharia civil, buscando um melhor entendimento do assunto. Concluindo de forma concisa a extrema importância da qualificação da mão de mão de obra no canteiro d obras e para o desenvolvimento do país como um todo, pois ficam comprovados os inúmeros benefícios com a capacitação da mão de obra na construção civil.
Palavras-chave: Mão-de-obra; Qualificação da mão-de-obra; Construção civil;
Costa, Albervania Pereira. Qualification of skilled labor specifies for civil
construction. 2019. 33 paginas. Trabalho de conclusão de curso Graduação em
Engenharia Civil - Faculdade Pitágoras, São Luís, 2019.
ABSTRACT
The training specifies the labor for civil construction has been shown to be more decisive for the success of a building. Understanding so that the lack of a better technical training of skilled labor and having studies showing that the majority of pathologies in buildings in civil construction in Brazil is gained during the execution step of the work, and many times these failures associated with low professional qualification, this bibliographic research had as greater focus show the importance of adequate professional qualification, and bringing a discussion still growing in this sense such as: Understand what is the profile of labor in civil construction, as well as what are the obstacles that the contractors are to seek this skilled labor, also showing as it is being worked on the theme within the jobsites the issue of deployment of professional enhancements, reviewing books, Other works of completion of courses and sites related to civil engineering, seeking a better understanding of the subject. In conclusion concisely the extreme importance of the qualification of the d labor on the jobsite d works and for the development of the country as a whole, they demonstrated the numerous benefits with the training of labor in civil construction.
Key-words: Labor; Qualification of the labor force; building, edifice.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IBICT Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
NBR Norma Brasileira
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 14
2 CARACTERISTAS DA MÃO DE OBRA OPERARIA NA CONSTRUÇÃO CIVIL..........................................................................................................................16
3 OBSTACULOS ENCONTRADOS PELAS EMPRESAS DA CONTRUÇÃO CIVIL COM A FALTA DA MÃO DE OBRA QUALIFICADA ...................................... 21
4 OPORTUNIDADE PARA A COMPROVAÇÃO DE QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL NA CONSTRUÇÃO CIVIL .............................................................. 26
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 30
REFERÊNCIAS ............................................................................................................ 31
14
1 INTRODUÇÃO
A mão de obra especializada é um fator decisivo para o setor da
construção civil, tendo em vista o avanço da mesma no campo tecnológico, inovando
na criação de equipamentos e materiais para a construção civil, racionalizando
processos e aperfeiçoando performances. Com relação direta sobre normas e
legislações vigentes e muitas vezes aos materiais componentes assim como o
processo construtivo, refletindo no desconhecimento às normas pelos profissionais
que lidam com o assunto e a falta de cuidado na execução, levando a inúmeros
problemas na construção de edificações em decorrência da baixa qualidade de mão
de obra.
Justifica-se, portanto, a extrema importância da qualificação dos
profissionais atuantes na construção civil, com isso pose-se afirmar que com a
valorização e investimentos proporcionados pelas empresas aos seus
colaboradores, além de assegurar seu lugar no mercado provavelmente crescerá em
consequência desta valorização. Outra justificativa importante é a real necessidade
dos cursos de aperfeiçoamento profissional fazendo toda a diferença no que se
refere à qualidade do processo construtivo.
Com isso o principal problema das construtoras constituiu-se no
recrutamento de mão de obra sem qualificação para a construção de edificações,
onde ao retomar o crescimento da economia do País, a grande massa de
trabalhadores precisaria de capacitação e cursos de qualificação profissional
adequada, para, consequentemente atenderem a demanda. Diante deste fato,
reforçou-se a importância e a necessidade de volta-se a total atenção para quem
executa o serviço dentro dos canteiros de obras, e a forma pela qual foram
executados os serviços. Sendo a mão de obra considerada a mais desqualificada
entre os setores da indústria. Qual a importância da capacitação da mão de obra na
construção civil?
Esta pesquisa bibliográfica teve como objetivo principal realizar uma
revisão literária a respeita da importância da qualificação da mão de obra especifica
na construção civil buscando novas formas de tratar o tema proposto.
A finalidade principal deste trabalho foi alcançada através dos seguintes
objetivos específicos: entender as características da mão de obra no setor da
construção civil; compreender os obstáculos que as empresas da construção civil
15
encontram com relação ao recrutamento de mão de obra operária qualificada;
apresentar oportunidades para comprovação de qualificação profissional da mão de
obra na construção civil.
A metodologia empregada na realização deste trabalho foi uma revisão
bibliográfica. A pesquisa literária representa grandes contribuições culturais ou
cientifica sobre determinados assuntos, temas ou problemas, desenvolvido pelo
pesquisador através de outros estudos, um novo trabalho. Tendo sido revisados
sites, trabalhos de conclusão de curso e livros lançados nos últimos 23 anos.
16
2 CARACTERISTAS DA MÃO DE OBRA OPERARIA NA CONSTRUÇÃO CIVIL
A indústria da construção define-se por sua característica provisória e
migratória, dando aos operários que a executam dificuldade em garantir conforto,
tendo ainda grandes riscos de acidentes no trabalho. No setor da construção civil há
ainda uma alta variedade do produto final, enquanto a mecanização é mínima. Neste
contexto consequentemente há uma grande utilização de mão de obra.
(MESEGUER, 1991).
Mesmo com toda a modernização e mecanização de serviços No caso da
construção civil a mão de obra operaria ainda encontram-se características únicas,
pois, submetem-se a algumas condições e exigências distintas deste setor, como
por exemplo: mudanças de emprego, insalubridade, esforço físico extremo; alta
rotatividade; dificuldade para formação profissional; além de grandes riscos de
acidentes entre outros. (GOTO, 2009; SCHIMIDT, 2011).
A mão-de-obra na construção civil é formada quase em sua totalidade por
92,54% trabalhadores do sexo masculino, tendo assim a maior parte no setor. O
restante com 7,46% são mulheres. O percentual de mulheres vem aumentando nos
últimos anos, sendo oferecidas as funções administrativas e de maior qualificação.
As mulheres possuem níveis correspondentes de instrução mais elevados do que os
homens empregados no setor. (22,04%) tem faixa etária entre 40 e 49 anos, onde a
maior porcentagem esta entre 30 a 39 anos (30,21% do total). (CIOCCHI, 2003)
De acordo com a OIT (Organização Internacional do Trabalho), mais de
33% dos trabalhadores registrados na construção civil são analfabetos operacionais
e, ou seja, exercem funções auxiliares com mínima ou nenhuma capacitação. Foram
confirmados os dados brasileiros da RAIS 2001 (Relação Anual de Informações
Sociais) tendo sido elaborada pelo MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) nível
baixo, mesmo que tenha tido uma pequena melhora nos últimos anos. Em 2001,
38% haviam cursado somente a 4ª seria do primário, ou seja, a 4ª série incompleta
(16,87%) ou a 4ª série completa (20,91%). Porem esta porcentagem era de 64,18%
no ano de 1988. Foi reduzida também a metade do numero analfabetos no setor na
nas décadas de 80 e 90, passando de um percentual de 5,3% em 1988 para 2,44%
em 2001. (CIOCCHI, 2003).
17
São varias as possíveis causas do complexo problema de baixa
qualificação. Desde a estrutura base da educação até a especifica repetição do setor
da construção, no qual mostra ser incapaz de segurar trabalhadores em períodos de
crise, como ocorreu na mais recente recessão. (WEG, 2018)
O baixo nível de escolaridade limita o processo de qualificação e
ascensão profissional. O processo de ambos geralmente acontece nos próprios
canteiros de obras, passando de operário para operário de maneira informal, ou
seja, os profissionais mais experientes transferem seus conhecimentos para os mais
novos. Dessa forma, a aprendizagem limita-se à experiência profissional e à vivência
do operário (SILVA, 2012).
A rotatividade é o número de trabalhadores que entram e saem de uma
organização do mesmo setor em um curto espaço de tempo devido à insatisfação
quanto a salários ou benefícios, fazendo com que o operário tenha um
descontentamento com o ambiente de trabalho, problemas de relacionamento com
outros funcionários, dentre outros, tornando a rotatividade um dos principais
impedimentos para que as empresas invistam em seus trabalhadores
(CHIAVENATO, 2006).
Outro fator determinante para uma evasão e a baixa qualidade no
canteiro de obras seria a falta de comunicação no ambiente de trabalho entre as
empresas e seus trabalhadores, a realização do trabalho ao ar livre, os curtos prazos
para a execução das obras, a necessidade de inúmeras horas extras, baixos
salários, as precárias condições dos equipamentos de proteção individual e ou
coletivos, bem como ambientes sujos, torna-se o ambiente de trabalho precário na
construção civil (COSTA, 2011)
Dentre as condições existentes, pode-se destacar também a exposição
dos trabalhadores a riscos ligados às doenças laborais. Estas são diretamente
relacionadas à característica do setor que é o esforço físico extremo.
Comprometendo a estrutura óssea, muscular e as articulações, cujos sintomas são
dores e desconforto, sendo frequentes nos trabalhadores do setor da construção
civil. Outro sintoma comum é o musculoesquelético, porém ligado aos riscos
ocupacionais, tais como: trabalho em altura, manejo de máquinas e posturas ante
ergonômicas durante a elevação de objetos pesados. (HAUSER, 2012).
18
Em 2017 o setor da construção civil, que por sua vez sempre foi
construído de forma braçal por mãos de operários sendo sua parte composta por
analfabetos e sem capacitação técnica, está pagando o preço de décadas sem
recursos investidos na formação de mão de obra qualificada. Pois assim que a
indústria da construção civil retornar o seu crescimento, depois das mais rigorosas
crises econômicas faltaram operários capacitados, mesmo com um perfil de milhões
de trabalhadores buscando uma nova colocação no mercado de trabalho. (WEG,
2017)
A construção civil enfrenta não só a falta da mão de obra capacitada
como um grande desafio, como precisa adotar processos para que a produtividade
tenha aumento significativo e contribua no desenvolvimento dos projetos. Para este
desenvolvimento, o caminho está no investimento de novas tecnologias, que façam
a tarefa cada vez mais rápido sem que haja perda na qualidade. Da mesma forma,
as empresa devem providenciar segurança aos trabalhadores no que refere ha
novos métodos e com equipamentos modernos se utilizam em canteiros de obra,
reduzindo consideravelmente impactos causados pelos trabalhos mais
modernizados. (WEG, 2017)
A indústria da construção civil possui suas próprias características que a
diferenciam de outros setores. Entre essas características: conta-se com a
colaboração de diversos setores com diferentes funções; a diversidade dos bens e
serviços que produz; o tradicionalismo significa que o processo não sofreu
mudanças na tecnologia no que se refere à produção e ocupação; a indiferença às
alterações por utilizar uma grande quantidade de mão de obra e pouco qualificada
com o mínimo acessa a um plano de carreira; ambiente de trabalho exposto às
ações da natureza. Assim, é composta a base da pirâmide sócio urbana da Indústria
da Construção Civil, dentre aos mais variados ramos de atividades, o setor destina
uma grande parte indeterminada de trabalhadores pobres. (RIVA, 1991).
Os trabalhadores, nem sempre, conseguem identificar os riscos de
acidentes aos quais estão expostos durante sua jornada de trabalho bem como as
doenças que esses riscos podem gerar. Logo, é de suma importância que estes
sujeitos saibam sobre a importância de ter uma fiscalização nestes setores a fim de
fazer com que as regras sejam cumpridas no local de trabalho, sobretudo no que diz
respeito à Norma Regulamentadora 06 e 18 (ANJOS; LEITE, 2013).
19
Pois, o aprender-fazendo não tem as mesmas qualidades e credibilidade
comparada às realizadas através de simulações e sob a supervisão de um
professor. Fazendo com que a cultura popular do canteiro de obra, ao interagir com
a cultura dos técnicos, corre o risco de entrar em conflito, podendo não gerar os
resultados esperados. (CATTANI, 1994).
Além disso, a falta de uma educação convencional exclui os operários de
aspectos desenvolvidos ou potencializados pela escola, tais como capacidade de se
relacionarem em grupo, ou seja, o mesmo que aprenderem a trabalharem em
equipes, assim como desenvolverem novas ideias inovadoras, assiduidade,
persistência, etc. Essas características têm repercussão em todas as atividades
desenvolvidas pelos operários, bem como na motivação, autonomia, na segurança
do trabalho, em uma palavra, na cidadania, (CATTANI, 1994).
Neste contexto, a qualificação profissional de operários acontece
principalmente no canteiro de obras (formação em serviço). Onde seus próprios
companheiros assim como seus responsáveis técnicos da obra faram a parte de
orienta-los de como será executada a tarefa a ser realizada, sempre de um maneira
simples e sem regras de ensino, sendo esta uma atividade que demorada que
depende de vários fatores, contrários e imprevisíveis a maior parte delas fazem com
não colaborem em nada para uma formação adequada e de qualidade.
(MASCARÓ, 1982).
Desta forma, o que verifica-se que muitas empresas da construção civil
desconhecem as percepções e intenções dos trabalhadores com relação às
atividades que desempenham e a própria profissão (DALCUL, 2001).
Para que haja recrutamento é preciso disponibilizar as informações
básicas da vaga, incluindo dois tópicos base: informação e persuasão. No caso da
construção civil, a intensidade da mão de obra, marcou o setor por anos, portanto
este tipo de pensamento sempre foi omitido. (SCARDOELLI, 1994)
Existe também o problema da mão-de-obra semiqualificada na construção
civil, esses trabalhadores semiqualificados levam pra se mesma essa importante
responsabilidade influenciando muito no desempenho de toda equipe de produção,
tendo em vista a importância da conquista de potencial humano habilitado e treinado
para que assim haja uma ampliação destes conhecimentos, (REMO 1987).
20
A qualificação para o trabalho vai muito além da educação básica: “Todos
dependerão de conhecimento e de educação além do mínimo. A educação básica
será exigida com rigor e possivelmente habilidade em várias junções” (MOTTA,
2000).
Buscar a adequação dos ambientes e das condições de trabalho ao ser
humano é uma forma de garantir tanto a sustentabilidade econômica quanto a
qualidade de vida e o bem-estar (VALINOTE, 2011).
21
3 OBSTACULOS ENCONTRADOS PELAS EMPRESAS DA CONTRUÇÃO CIVIL
COM A FALTA DA MÃO DE OBRA QUALIFICADA
A falta de qualificação lidera no que diz respeito as novas tecnologias
afetando diretamente o rol de produção. Para mudar esse aspecto, assim, é
necessário aperfeiçoar aqueles profissionais que trabalhavam há 15, 20 anos atrás
para este novo ambiente de trabalho e qualificar pessoas baseando-se nas
inovações tecnológicas, porem com as mesmas atividades tradicionais. (WEG, 2010)
A economia do país dá seus primeiros passos na recuperação e
crescimento através do setor da construção civil. No Brasil, antes de 2015, com a
econômica estável trouxe um alto crescimento para o setor. Porem, diante do
recesso ocorrido nos últimos dois anos, o crescimento foi minado, trazendo assim,
maiores desafios para a construção civil enfrentar. (WEG, 2017)
Possivelmente, a escassez de mão de obra qualificada seja o maior
obstáculo encontrado pelas construtoras. Tornando-se um dos principais problemas
ao falar em retomada do crescimento econômico do segmento. O setor da
construção civil, que é um dos maiores geradores de empregos no Brasil, precisando
assim de capacitação e de acesso a cursos de qualificação para a grande massa de
trabalhadores ao retomar a economia e o crescimento. (WEG, 2017)
A Indústria da Construção Civil é um setor que enfrenta dificuldades em
relação aos seus recursos humanos, tanto no que se refere a executivos
especialistas nessa área, como aos trabalhadores das obras, há carência de
habilitação específica, programas de cultura, de desenvolvimento da educação e de
formação profissional (BALARINE, 1990).
Os profissionais sem qualificação para a execução de determinadas
atividades podem ocasionar muitos prejuízos para as empresas, podendo até leva-
las à falência, em casos extremos. Por exemplo, na construção civil a mão de obra
responsável por instalações elétricas e hidráulicas é tão importante quanto a
qualidade dos materiais, pois, não sendo feitas estas instalações corretamente
conforme as normas técnicas, graves erros podem ser cometidos.(WEG, 2017).
22
Tem-se também com a baixa qualificação do operário da construção civil,
uma grande influência na baixa produtividade, além de estar relacionada a outros
problemas, como a resistência deles às inovações tecnológicas, fazendo com que a
forma tradicional de construir permanece, sendo incorporado e difundido pelos
próprios trabalhadores assim como sua própria capacitação profissional. (LIMA,
1995).
Des da década de 90 vem se discutindo a importância de treinamento e
capacitação da mão-de-obra operária, e tem-se intensificado e ampliados os
programas de melhoramento da qualidade na construção. Um ponto positivo para se
chegar a este objetivo de qualificar profissionais da mão de obra operaria é a criação
de normas e sistemas que gerenciam esta qualidade e obrigam os empresários da
indústria da construção a buscarem esta qualificação profissional de seus operários.
Porem, ainda não existe esta procura pois as empresa do ramo alegam que os
gastos de treinamento são altos e há ainda a grande rotatividade do empregas.
Portanto não valeria a pena este investimento. (SALGADO e DE PAIVA, 2003).
A procura e a permanência dessa mão de obra qualificada, no entanto,
tem sido um obstáculo para os empresários. No setor primário, onde quase não ha
planejamentos estratégicos desenvolvidos e organizados, a discursão deste tema
tem ainda mais ênfase. Isso acontece pelo fato de empreendimentos para
capacitação serem escassas e o apoio à ampliação ao conhecimento do funcionário
mais ainda. Algumas vezes, por mais que o empreendedor queira dar mais atenção
a este assunto tão importante, ele não encontra tempo e/ou recursos financeiros
suficientes. (WEG, 2017)
As construtoras que entendem o real objetivo de implantar um sistema de
gestão observam o sucesso do empreendimento através de capacitação e
treinamentos mão-de-obra. Visto que esta qualificação tem como objetivo principal a
melhoria da edificação. Tendo em vista a questão é fundamentada com relação as
dificuldade em que os operários encontram para realizarem simples tarefas
construtivas. (SALGADO e DE PAIVA, 2003).
Uma questão muito importante para destacar seria que por conta da
produção na construção de edificações serem divididas por etapas, e divididas por
funções especificas, muitos trabalhadores empregados não completam um ano no
emprego, explicando assim um dos fatores dessa grande rotatividade, logo, ao
23
termino de cada ciclo, operário que atua em uma determinada função não será mais
necessário na próxima. (LIMA, 2011)
A grande rotatividade dos trabalhadores, a educação básica de baixa
qualidade e receio de perder operários são uns dos principais problemas apontados.
feito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pela Câmara Brasileira da
Indústria da Construção (Cbic) um levantamento apontando que 89% das 385
empresas do setor construção civil que foram pesquisadas sofrem com a falta de
mão de obra qualificada e 94% das empresas têm problemas em contratar
profissionais com pelo menos o básico de capacitação, como por exemplo pedreiros
e serventes. (WEG, 2011).
Ainda segundo esta pesquisa, os principais problemas são três. Tendo
como o primeiro a grande rotatividade, muitas das obras em execução são de curta
duração, o que se torna também um obstáculo para a diminuição da rotatividade e,
devido a esse fator, os trabalhadores estão constantemente tendo que se adaptar a
novos ambientes de trabalho, companheiros e condições de trabalho, fato relatado
por 56% das empresas pesquisadas. No ponto de vista de outras 53%, a péssima
qualidade da educação básica seria o segundo maior obstáculo na busca pela
qualificação, e em terceiro com 47% o maior contratempo na qualificação mostrado
foi medo de perder os operários. (WEG, 2011).
Tendo em vista que a rotatividade de pessoas nos canteiros de obras não
é uma causa, mas o efeito, provavelmente certos acontecimentos situados dentro ou
fora das empresas matem certas atitudes e o comportamento do trabalhador. É,
portanto, uma inconstante e especifica, sejam elas de pequeno ou grande porte
atribuídos à aqueles fenômenos internos e/ou externos à organização.
(CHIAVENATO, 1989).
Além disso, existem aqueles empresários e ou instituições de ensino que
não dão a devida atenção ao assunto, poupando gastos em curto prazo. Sendo que
em longo prazo, a perspectiva muda e é possível ver que houve um elevado custo
devido à baixa produtividade, pouca qualidade e alta rotatividade. Sendo assim, a
contratação de profissionais qualificados significa eliminar problemas futuros,
contando com uma equipe de execução superior, e como resultado gerando pontos
positivos para a empresa. (WEG, 2017).
Para aperfeiçoar a qualificação profissional 64% das empresas
patrocinam dentro de suas empresas seus próprios cursos de capacitação e 45%
24
afirmam que a melhor maneira de estimular a relação do empregado com a
empresa, é por meios de salários e benefícios, assegurando assim uma maior
estada do funcionário nos canteiros de obras até o termino da construção. (WEG,
2011).
O principal efeito sofrido sem a devida qualificação de acordo com a
pesquisa é a dificuldade em aumentar a produtividade, ou seja, sem capacitação
adequada não há benefícios, item este apontado por 61% das empresas. Outro
ponto crucial é garantir ou melhorar a qualidade dos produtos bem como seus
prazos de entrega foram indicados como segundo e terceiro efeitos nesta ordem por
59% e 57% das empresas. (WEG, 2011)
Em suma, surge um conceito de que a qualificação vai além do simples
domínio de habilidades motoras e disposição para cumprir ordens devendo, seguir
acima de tudo, uma ampla formação geral e sólida base de conhecimentos
tecnológicos. Ou seja, não é o bastante trabalhador saber realizar somente
determinadas atividades; é preciso também que tenha perfis tais como as
capacidades de participação, iniciativa, raciocínio lógico e perspicácia. (FOGAÇA,
1993).
Inicialmente O primeiro, e provavelmente a questão mais importante, é o
fato de que o não saber das letras e dos números trás para si mesma uma forma de
insegurança. Com a falta da capacidade da escrita e da leitura, de fazer contas ou
se expressar indica que houve uma carência da educação fundamental sendo esta
de grande importância, pois através da educação as pessoas conseguem um bom
emprego ao mesmo tempo lucrativo. Portanto todo país que negligencie a educação
condena a população analfabeta a não acessar adequadamente às oportunidades
abertas pelo mercado de trabalho. Ou seja, o individua que não consegue ler ou
entender instruções exigidas para a função a ser desempenhada, não terá vantagem
no que se refere a procura de um emprego neste moderno mundo globalizado.
(SEN, 2002).
Há, portanto, dois desafios a serem melhorados primeiro é o que se refere
ao nível de qualificação do grupo de trabalhadores que tem suas atividades
direcionadas paras as obras civis, trazendo assim mais confiança aos seus
empregares a partir de uma certificação profissional, bem como estimular
desenvolvimentos econômicos e sociais, dessa grande massa da indústria brasileira.
Outro desafio é fazer uma aproximação deste trabalho com os empreendedores da
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Oferta de capacitação e certificação profissional mostrando-os as necessidades da
Demanda por estes profissionais. (WEG, 2007)
Em outro ponto de vista, temos de que por conta dos trabalhos na
construção serem de caráter temporário, os operários não tem tanta motivação em
investir na profissão, ou procurar capacitação para se aperfeiçoarem na profissão.
(OLIVEIRA, 2007).
26
4 OPORTUNIDADE PARA A COMPROVAÇÃO DE QUALIFICAÇÃO
PROFISSIONAL NA CONSTRUÇÃO CIVIL
O mercado de trabalho oferece escassas opções às pessoas sem
qualificação. Neste cenário, a construção civil torna-se atrativa para aqueles sem
uma profissão definida, mesmo que as condições do trabalho apresentem-se como
inseguras e que o emprego em si, como instável. Dessa forma, o setor é
caracterizado por uma elevada absorção de mão de obra sem especialização
adequada para o trabalho (COSTA, 2011).
Com finalidade de qualificar trabalhadores, visando à sua formação
integral e inclusão social, em 2003 o Ministério do Trabalho e Emprego criou um
programa denominado PNQ (Plano Nacional de Qualificação). Desde a segunda
metade da década de 1990, o Governo Federal detectou a necessidade da criação e
do fortalecimento de instituições capazes de promover a certificação profissional,
proporcionando ao trabalhador o reconhecimento formal dos saberes e práticas
desenvolvidas na experiência de vida, de trabalho, na escola ou em programas de
qualificação social e profissional. (BULHÕES, 2004)
O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego
(Pronatec) foi criado pelo Governo Federal, em 2011, por meio da Lei 11.513/2011,
com o objetivo de expandir, interiorizar e democratizar a oferta de cursos de
educação profissional e tecnológica no país, além de contribuir para a melhoria da
qualidade do ensino médio público. Os cursos são ofertados de forma gratuita em
várias instituições, tendo como exemplo as do Sistema S, o SENAI, SENAT, SENAC
e SENAR (PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E
EMPREGO, 2013). Criado em 2007 o Programa de Aceleração do Crescimento
(PAC) promoveu a retomada do planejamento e execução de grandes obras de
infraestrutura social, urbana, logística e energética do país, contribuindo para o seu
desenvolvimento. (BULHÕES, 2004).
Na construção Civil, sempre que há necessidade de implantação de
algum sistema de melhoramento da produtividade e qualidade há resistência no
inicio por parte dos operários. Mas ao tentar implantar estratégias e tecnologias
exige-se uma reformulação de níveis que vai desde os operários até a alta
administração das empresas construtoras, indo de operários aos engenheiros.
Portanto, sempre que houver mudanças no ambiente de trabalho, é de extrema
27
importância que haja a compreensão de todos os envolvidos, sem descriminação
entre empregados e empregadores. Essa conscientização pode ocorrer desde
simples treinamentos para os níveis gerenciais menores até processos maiores de
aprendizagem das organizações, que vêm sendo aplicados em algumas empresas
dentro e ora do País, principalmente com os profissionais da alta administração
(HIROTA, 1996).
Voltando-se o foco para os recursos humanos e sua impotência em
alcançar os objetivos das empresas, pode-se afirmar que, cada trabalhador
compreenda sua atividade dentro da obra, e como este papel muda de acordo com a
melhora da qualidade. Essa percepção vai além das ilustrações em manuais ou
descrições de cargos. Os operários devem entender onde começa e onde termina
seu trabalho e como suas atividades sofreram influencia dos trabalhadores que
vieram antes, e como podem influenciar os que os seguem. Precisam aprender
novos métodos que possam melhorar o trabalho. (SCHOLTES, 1992)
No canteiro de obras o problema não se restringe apenas, com operários
de menor qualificação, da mesma forma acontecem com gestores e engenheiros,
pessoal com maior conhecimento técnico com privilégios e poderes para tomada de
decisões. Para trazer novas oportunidades de preenchimentos de vagas com mão
de obra qualificada, a empresas de construção civil poderiam renovar seus
profissionais como novos programas de trenin, buscar parcerias melhorando a
qualificação de seu pessoal. Há muitos profissionais da construção civil participando
de cursos de capacitação, com intuito melhorar a produtividade, utilizando novos
recursos de forma inteligente ajudando-os assim a estarem preparados para uma
retomada no crescimento econômico do país. (WEG: 2015).
No que se refere à força de trabalho, pode-se dizer que necessidades
podem ser redefinidas. Em uma nova visão que atuam as empresas exigem-se da
mão de obra novos desempenhos, tais como, qualidade do produto, maior
produtividade e para a eliminação de perdas materiais. (FARAH, 1993).
Para gerar condições do melhoramento da qualificação profissional, as
empresas de construção civil precisam fazer sua parte, abrindo não somente para
profissionais com baixa ou nenhum tipo de experiência gerando assim maior
produtividade para seus empreendimentos. Tendo em vista que na construção civil o
trabalho realizado ainda continua associado à mínima necessidade de estudos,
criando um preconceito que não combinam com a real situação dos canteiros de
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obras. Empresas mais conceituada no setor buscam, cada vez mais, profissionais
capacitados a realizarem determinadas atividades bem como operarem novos
equipamentos para melhorar a produção. (WEG, 2015)
Contudo, essa mão de obra qualificada ainda não condiz com a realidade
tendo as vagas de emprego preenchidas ainda pelos operários com baixa
escolaridade, sendo que maior parte dos trabalhadores nunca tiveram acesso nem
mesmo ao ensino básico. Por este motivo, conceituadas construtoras investem em
cursos de alfabetização, bem como cursos técnicos e profissionalizantes,
incentivando assim seus funcionários a estudarem e se qualificarem na atividade em
que atuam. Existem até mesmo empresas com suas próprias redes de ensino,
qualificando cada profissional para tipo de projeto. Ou seja, enfrentando o problema
de cara a cara e analisando cada situação com relação a custo-benefício, dando
assim uma nova abordagem no que se refere a capacitação de mão de obra
qualificada, atendendo melhor cada um dos níveis de produtividade.(WEG, 2015).
Com relação a grande falta de mão de obra e a alta rotatividade, as
construtoras estão melhorando a seleção de seus colaboradores através do sistema
de recrutamento e seleção de pessoal. Consequentemente contribui para um bom
recrutado ajudando positivamente a empresa, fazendo com que o trabalhador
desenvolva suas atividades com alta produtividade gerando uma confiança entre
empregador e empregado. (CARVALHO, NASCIMENTO, 1993).
Visando contornar este problema, varias construtora realizam, também,
entrevistas de seleção. Sendo estas normalmente realizadas, através de
questionários básicos, que solicitam informações relativas às condições sociais,
econômicas e culturais dos operários, como também suas ultima experiência de
trabalho. Variando de empresa para empresa a forma com a qual são feitas estas
avaliações de recrutamento, alguma pedem ate exigir nível de escolaridade e ou
testes psicológicos. (SCARDOELL, 1994).
Os programas direcionados de modo exclusivo à Formação profissional,
ou seja, com foco na profissão, objetivam a rápida capacitação trabalhadora que, de
forma geral, já deve atuar profissionalmente na área de construção civil ou no
mínimo conhece a atividade e como funciona. Normalmente estes cursos tem curta
duração, cerca de 40 horas no máximo dois dias. Atualizando assim o já profissional
com esses cursos, dando-os chances de se atualizarem em determinadas
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tecnologias bem como conhecerem inovações tecnológicas. Cursos este com
aspectos técnicos, isto é, o saber fazer. (WEG, 2007)
Muito embora haja a importância na capacitação e certificação destes
profissionais, sendo compreensível e que vem sendo colocada em pratica
dispositivos abrangendo um grande numero de trabalhadores, a existência desses
mecanismos não asseguram que os trabalhadores possam aderir a estes processos
muito menos garantem que as empresas, construtoras, auto gestoras entre outras,
comecem a exigir profissionais capacitados e certificados. O necessário é que
ambas as partes envolvidas estejam motivadas e busquem exigir a capacitação e a
certificação profissional. (WEG, 2007).
Portanto temos como premissa ha necessidade de uma constante
capacitação da mão de obra na construção, pois, com os surgimentos de soluções e
com os avanços tecnológicos garantindo mais produtividade, e ainda trazendo
sustentabilidade e aumento da economia, consequentemente estes profissionais
devem está habilitados para novos trabalhos. Mesmo com abrangência em diversas
áreas de conhecimento no setor da construção, ainda ha necessidade de se investir
na base do problema. (WEG, 2018).
Neste cenário surgem Algumas iniciativas governamentais e privadas
surgiram para tentar sanar estes problemas. Com o objetivo de dar escala para a
educação profissional, o governo federal lançou o Programa Nacional de Acesso ao
Ensino Técnico e Emprego (PRONATEC). Porem como o ajuste fiscal ficou reduzido
os investimentos de recursos públicos no programa. Fazendo com que empresas
buscassem capacitar seus operários no próprio local de trabalho. Passando a ser
uma alternativa, infelizmente uma ideia que traz aumento de custos, lutando ainda
conta o desafio de manter estes profissionais ate o fim da obra. Fazendo com as
empresas privadas junto aos fabricantes de materiais busquem maneiras
treinamentos e escolas profissionalizantes entre outros profissionais, com parceria
ao SENAI (Serviço de Nacional de Aprendizagem Industrial) e o Instituto da
Construção (IC) capacitar estes trabalhadores tornando assim uma alternativa viável
e mais barata. (WEG, 2018).
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Percebe-se, com essa pesquisa, que ainda são muitos os problemas que
envolvem o operário da Construção Civil, como, baixa escolaridade, condições
adversas de trabalho com alta rotatividade, insegurança no trabalho e pouca
possibilidade de promoção. Até uma simples modernização nas empresas, com a
implantação de um alto nível de tecnologia, equipamentos diferentes ou novos
padrões de qualidade, sem levar em conta as crenças, os valores e as expectativas
dos seus operários, não são suficientes para garantir a competitividade no mercado
globalizado. A principal observação é que as várias medidas encontradas na
pesquisa apontam para um perfil bastante condizente aos estudos anteriores
verificados no país.
Através deste estudo foi possível descobrir quais as características que
predominam na mão-de-obra industrial, e verificar como esse perfil interfere no
rendimento das empresas construtoras podendo ser avaliados os principais
problemas identificados originalmente nesta revisão bibliográfica. Destacando que a
construção civil, embora empregue um grande número de trabalhadores e tenha
grande importância para a economia do país, caracteriza-se por apresentar baixa
produtividade e grande desperdício. Este fato precisa ser modificado, trazendo
condições para que este quadro supere as baixas expectativas.
Contudo, concluem-se que é de extrema importância que se realize ações
para o desenvolvimento de metodologias para treinamentos e qualificação
adequados aos operários da construção civil, sendo melhorias no sentido de
implantação dos critérios propostos entre outros, potencialmente adotados com
sucesso, podendo contribuir para que esteja sempre em evolução no que diz
respeito à capacitação da mão-de-obra. Os resultados deste trabalho podem
propiciar uma maior eficácia para a obtenção da qualificação profissional do ser
humano, do produto final, trazendo também benefícios as empresa, aos seus
operários e a mão-de-obra autônoma a alcançar uma cultura de excelência.
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