Professor Guy Claxton - Stephen Perse Foundation Future Learning Conference
A. Mayer - PerSe...This Article develops spiritual concepts through the foundations of Information...
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A. Mayer
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A. Mayer
Degree in Education - Federal University of Rio Grande do Sul (UFRGS), Brazil
Partial degree in Mechanical Engineering - Federal University of Rio Grande do Sul (UFRGS), Brazil
Partial degree in Biochemistry - Federal University of Rio Grande do Sul (UFRGS), Brazil Jan./Mar. 2014
Graduação em Pedagogia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Brasil
Formação parcial em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS),
Brasil Formação parcial em Bioquímica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Brasil
Jan./Mar. de 2014
Licenciatura en Educación - Universidad Federal de Rio Grande do Sul (UFRGS), Brasil
Formación parcial en Ingeniería Mecánica - Universidad Federal de Rio Grande do Sul (UFRGS), Brasil Formación parcial en Bioquímica - Universidad Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Brasil
Enero/Marzo 2014
Artigo Possibilidades de uma Teoria Espírito-Matemática da Comunicação
3
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SSSPPPIIIRRRIIITTTUUUAAALLL MMMAAATTTHHHEEEMMMAAATTTIIICCCAAALLL TTTHHHEEEOOORRRYYY OOOFFF CCCOOOMMMMMMUUUNNNIIICCCAAATTTIIIOOONNN
AAABBBSSSTTTRRRAAACCCTTT /// SSSUUUMMMMMMAAARRRYYY This Article develops spiritual concepts through the foundations of Information
Theory opening new possibilities of interpretation.
The new definition of Soul referenced in this article, as an apparatus of the Spirit
or Higher Self communicating with the Conscious Self through a sensory code in
the thoracic region (sensations of warmth-comfort or oppression through the
practice of specific attention), constitutes is essentially a binary communication
system and therefore able to be described by the fundamentals of Information
Theory. This binary system with two stable psychic states (warmth/oppression)
could be described by logarithmic relationships founded by Weber-Fechner Law,
the entropy as a measure of amount of information and Difference, by bit, and a
stochastic process where one Mathematics Complexity could be developed and
applied.
This article opens a possibility of creating a Spirit Mathematical Theory of
Communication, not focused on Instrumental Transcommunication, but focused on
expanding the consciousness of the person through a more efficient
communication between her and her own Spirit or Higher Self. With this
possibility opens up a new landscape or horizon of applications plausible in Health
and Education based on unique and original personal frequencies. Existing
technologies such as magnetoencephalography, BMI (Brain Machine Interface)
and Space-Time- Frequency Filtering would help the resonance between each
person and your own Higher Self and is associated with Piaget's Clinical Method,
potentially constitute a New Pedagogy. Likewise, important implications in
Cognitive Sciences would result from this new paradigm of Information and
Spirituality.
KKKeeeyyywwwooorrrdddsss /// TTTaaagggsss::: soul, appliance, astral, self-organization, Belousov-Zhabotinsky, biophoton,
biopedagogue, binary, bit, code, complexity, communication, heart, cosmic,
disembodied, broadcast, digit, education, embodied, entropy, spirit, spiritual,
spirituality, essentially, stochastic, higher self, phylogeny, phylogenesis, photon,
frequency, hydroxyapatite, information, log, Mandelbrot, math,
magnetoencefalograma, mind, morphogenesis, operator, pedagogy, pineal,
prosthesis, psychic, receiver, noise, sensitivity, sensitive, sense, sensory, Shannon,
system, CNS, technology, thymus, electronic voice phenomenon, Instrumental
Transcommunication, transmission, transmitter, Turing, Weber-Fechner
A. Mayer
4
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TTTEEEOOORRRÍÍÍAAA EEESSSPPPIIIRRRIIITTTUUUAAALLL MMMAAATTTEEEMMMÁÁÁTTTIIICCCAAA DDDEEE LLLAAA CCCOOOMMMUUUNNNIIICCCAAACCCIIIÓÓÓNNN
AAABBBSSSTTTRRRAAACCCTTTOOO Este artículo desarrolla conceptos espirituales a través de los fundamentos de la
teoría de la información y abre nuevas posibilidades de interpretación.
La nueva definición de Alma referenciada en este artículo, como un aparato del
Espíritu o Yo Superior que comunica con el Yo Consciente a través de un código
sensorial en la región torácica (sensación de la calidez-confort ou la opresión a
través de la práctica de la atención específica), es se trata esencialmente de un
sistema de comunicación binario y por lo tanto capaz de ser descrito por los
fundamentos de la Teoría de la Información. Este sistema binario con dos estados
psíquicos estables (calidez/opresión) podría describirse por relaciones logarítmicas
fundadas por la ley de Weber-Fechner, la entropía como una medida de la cantidad
de información y la diferencia, por el bit, y por un proceso estocástico donde uno
Matemáticas de la Complejidad podría ser desarrollado y aplicado.
Este artículo abre la posibilidad de crear una Teoría Espiritual Matemática de la
Comunicación, no se centra en transcomunicación instrumentales, pero se centró
en la expansión de la Conciencia de la persona a través de una comunicación más
eficiente entre ella y su propio Espíritu o Ser Superior . Con esta posibilidad se
abre una nueva perspectiva de las aplicaciones plausibles de Salud y Educación
sobre la base de las frecuencias personales únicas . Las tecnologías existentes, tales
como la Magnetoencefalografía, BMI (Brain Machine Interface) y el Space-Time-
Frequency Filtering ayudaría a la resonancia entre cada persona y su propio Ser
Superior y se asocia con el método clínico de Piaget también podría constituir una
Nueva Pedagogía. Del mismo modo, importantes implicaciones en Ciencias
Cognitivas vendrían desde este nuevo paradigma de la Información y la
Espiritualidad.
PPPaaalllaaabbbrrraaasss ccclllaaavvveee /// TTTaaagggsss::: alma, dispositivo, astral, autoorganización, Belousov-Zhabotinsky, biofotones,
biopedagogo, bit, binario, Calunga, código, complejidad, comunicación, corazón,
cósmico, incorpóreo, difusión, dígito, educación, encarnado, entropía, espíritu,
espiritual, espiritualidad, esencia, estocástica, yo superior, filogenia, frecuencia ,
fotón, Gasparetto, hidroxiapatita, información, Kardec, Leonora, logaritmo,
Mandelbrot, matemático, magnetoencefalograma, mente, morfogénesis, operador,
pedagogía, pineal, prótesis, psíquico, receptor, ruido, sensibilidad, sensible,
sensibilidad, sentido, sensorial, Shannon, sistema, sistema nervioso central,
tecnología, timo, fenómeno de voz electrónica, transcomunicación instrumentales,
transmisión, transmisor, Turing, Weber-Fechner
Artigo Possibilidades de uma Teoria Espírito-Matemática da Comunicação
5
PPPOOOSSSSSSIIIBBBIIILLLIIIDDDAAADDDEEESSS DDDEEE UUUMMMAAA
TTTEEEOOORRRIIIAAA EEESSSPPPIIIRRRIIITTTUUUAAALLL MMMAAATTTEEEMMMÁÁÁTTTIIICCCAAA DDDAAA CCCOOOMMMUUUNNNIIICCCAAAÇÇÇÃÃÃOOO
RRREEESSSUUUMMMOOO Este Artigo desenvolve conceitos espirituais através dos fundamentos da Teoria da
Informação abrindo novas possibilidades de interpretação.
A nova definição de Alma referenciada neste Artigo, como sendo um aparelho do
Espírito ou Eu Superior que comunica-se com o Eu Consciente através de um
código sensório na região torácica, de sensações de aconchego ou de opressão
mediante prática de atenção específica, constitui-se essencialmente em um sistema
binário de comunicação e, portanto, passível de ser descrito pelos fundamentos da
Teoria da Informação. Este sistema binário, com dois estados psíquicos estáveis
(aconchego/opressão) poderia ser descrito por relações logarítmicas
fundamentadas pela Lei de Weber-Fechner, pela Entropia como uma medida de
Quantidade de Informação e de Diferença, pelo bit, e por um Processo Estocástico
onde uma Matemática da Complexidade poderia ser desenvolvida e aplicada.
Este Artigo abre uma possibilidade de constituir-se uma Teoria Espírito-
Matemática da Comunicação, não focada na Transcomunicação Instrumental, mas
centrada na ampliação da Consciência da pessoa através de uma mais eficiente
comunicação entre ela e seu próprio Eu Superior ou Espírito. Com esta
possibilidade, abre-se um novo panorama de aplicações plausíveis em Saúde e
Educação baseadas em frequências pessoais originais. Tecnologias já existentes
como a magnetoencefalografia, a BMI (Brain Machine Interface) e a Space-Time-
Frequency Filtering auxiliariam a ressonância entre cada pessoa e seu próprio Eu
Superior e, se associadas ao Método Clínico Piagetiano, potencialmente
constituiriam uma Nova Pedagogia. Da mesma forma, importantes implicações nas
Ciências Cognitivas seriam decorrentes deste novo paradigma de Informação e
Espiritualidade.
PPPaaalllaaavvvrrraaasss---ccchhhaaavvveee /// TTTaaagggsss::: alma, aparelho, astral, auto-organização, Belousov-Zhabotinsky, biofóton,
biopedagogo, binário, bit, Calunga, código, complexidade, comunicação, coração,
cósmica, cósmico, desencarnado, difusão, dígito, educação, encarnado, entropia,
espírito, espiritual, espiritualidade, essência, estocástico, eu superior, filogênese,
fóton, frequência, Gasparetto, hidroxiapatita, informação, Kardec, Leonora,
logaritmo, Mandelbrot, matemática, magnetoencefalograma, mente, morfogênese,
operador, pedagogia, pineal, prótese, psíquico, receptor, ruído, sensibilidade,
sensitiva, sensitivo, sensitividade, senso, sensória, sensório, Shannon, sistema,
SNC, tecnologia, timo, transcomunicação instrumental, transmissão, transmissor,
Turing, Weber-Fechner
A. Mayer
6
PPPAAAPPPEEERRR CCCOOONNNTTTEEENNNTTT
I. Introduction, Justification and Theoretical Basis
II . A Brief Historical Perspective
III . Departure Definitions
IV. Discussion: Design of the Object of Research
Schematic Diagram of (Spirit)/(Conscious Self ) Communication
V. Discussion: Mathematical Nature of Spiritual Information
1. Finite Set and selection from a Set
2 . Logarithm, Bit and the Fundamental Theorem of a Spiritual Mathematical
Theory of Communication
3 . Logical Operators Linear and Non-Linear
4. The Five Essential Parts of a Transcendent Communication System
5. The Transcendent Communication System, Continuous System, Discreet
System and Gifts of the Spirit
6 . Spiritual Individuation as Choice, Uncertainty and Entropy
7 . An algorithm for Spiritual Individuation or Spiritualization
8 . Spiritual Information and Entropy
9 . Channel Capacity and Entropy
10. The Redundancy of the Message as a factor necessary for the Regeneration of
Lost Gifts
11. A lower processing speed of Shadows System would be required for optimal
encoding of the Spirit from the Potency to the Existence
12. Noise, Equivocation and Conditional Entropy
VI . Departure Definitions extended by Logical-Mathematical Approach
after the Discussion
VII. Final Considerations
Acknowledgments
References
Artigo Possibilidades de uma Teoria Espírito-Matemática da Comunicação
7
Appendices: Implications and Applications
Appendix 1. Dysfunctional molecules in Visceral Shadow and Electromagnetic
Interfering on Thymus/Heart/ Brain Complex as a Source of Noise in Soul
Transmission
Appendix 2. The Thymus/Heart Complex as a unit between Transmission and
Propagation of Information coming from Soul
Appendix 3. Proposed Mechanism for Emergence of the Soul and the Shadows
System: Phylogeny and Morphogenesis
Appendix 4. Proposed Mechanism for Spiritual Evolution of the Central Nervous
System
Appendix 5. Simple Diffusion hypothesis of Information: Self-organization
in Physics and Chemistry as a window to new studies of how the Spirit diffuse
Information in Existence
Appendix 6. Possibilities of a Cosmic Pedagogy
Appendix 7. Possibilities of a Psycho-Cosmic Engineering
7.1. Possibilities of a Detectors Engineering of Individual Cosmic Frequency
7.2. Possibilities of a Prosthetics Engineering of Soul: Prostheses for Signal
Amplification coming from Alma or Prostheses for contact and connection with
Soul as an Exogenous Devices for Personal Spiritual Communication
Appendix 8. The Branes would be something more?
Appendix 9. A first hypothetical sketch for the phylogeny of the Gifts of the Spirit
Appendix 10. Insight: Selene, Calunga, Shannon and the Bit
A. Mayer
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CCCOOONNNTTTEEENNNIIIDDDOOO DDDEEELLL AAARRRTTTÍÍÍCCCUUULLLOOO
I. Introducción, Justificación y Bases Teóricas
II . Una breve Perspectiva Histórica
III . Definiciones Iníciales
IV . Discusión: Diseño del Objeto de la Investigación
Diagrama esquemático de Comunicación Espíritu/Yo Consciente
V. Discusión: Naturaleza Matemática de la Información Espiritual
1. Conjunto Finito y Selección de un Conjunto
2. Logaritmo, Bit y el Teorema Fundamental de una Teoría Espiritual Matemática
de la Comunicación
3. Operadores lógicos lineales y no lineales
4. Las cinco piezas esenciales de un Sistema de Comunicación Trascendente
5. El Sistema de Comunicación Trascendente, Sistema Continuo y Dones del
Espíritu
6. La Individuación Espiritual como Elección, Incertidumbre y Entropía
7 . Un algoritmo para la Individuación Espiritual o Espiritualización
8. Información Espiritual y Entropía
9. Capacidad del Canal y Entropía
10 . La Redundancia del Mensaje como un factor requerido para la regeneración de
los Dones Divinos perdidos
11. Una Velocidad de Procesamiento más bajo del Sistema de las Sombras sería
necesario para una óptima codificación del Espíritu que viene de la Potencia
para la Existencia
12. Ruido, Equivocación y Entropía Condicional
VI . Definiciones Iníciales desarrollados por Enfoque Lógico-Matemático después
de la Discusión
Artigo Possibilidades de uma Teoria Espírito-Matemática da Comunicação
9
VII . Consideraciones finales
Agradecimientos
Referencias
Apéndices: implicaciones y aplicaciones
Apéndice 1. Moléculas disfuncionales en la Sombra Visceral y Interferencia
Electromagnética en el Complejo Timo/Corazón/Cerebro como Fuente de Ruido
durante la Transmisión de la Alma
Apéndice 2. El Complejo Timo/Corazón como una unidad entre la transmisión y
propagación de la información procedente de la Alma
Apéndice 3. Mecanismo propuesto para la emergencia del Alma y del Sistema de
las Sombras: Filogenia y Morfogénesis
Apéndice 4. Mecanismo propuesto para la Evolución Espiritual del Sistema
Nervioso Central
Apéndice 5. Hipótesis de la Simples Difusión de la Información: la Auto-
organización en la Física y la Química como una ventana a nuevos estudios sobre
cómo el Espíritu difunda Información en la Existencia
Apéndice 6. Posibilidades de una Pedagogía Cósmica
Apéndice 7. Posibilidades de una Ingeniería Psico-Cósmica
7.1. Posibilidades de una Ingeniería de Detectores de Frecuencia Cósmica
Individual
7.2. Posibilidades de una Ingeniería de Prótesis de Alma: Prótesis de amplificación
de Señal de Alma o Prótesis de Contacto de Alma como aparatos exógenos de
Comunicación Espiritual Personal
Apéndice 8. Las Branas serían algo más?
Apéndice 9. Un primer esbozo hipotético para la Filogenia de los Dones del
Espíritu
Apéndice 10. Insight: Selene, Calunga, Shannon y el Bit
A. Mayer
10
CCCOOONNNTTTEEEÚÚÚDDDOOO DDDOOO AAARRRTTTIIIGGGOOO
I. Introdução, Justificativa e Bases Teóricas .............................................. 14
II. Brevíssima Perspectiva Histórica ............................................................ 19
III. Definições de Partida .............................................................................. 21
IV. Discussão: Delineamento do Objeto de Pesquisa .................................. 23
Diagrama Esquemático da Comunicação Espírito/Eu Consciente ............. 23
V. Discussão: Natureza Matemática da Informação Espiritual .................. 32
1. Conjunto Finito e Seleção de um Conjunto ......................................... 32
2. Logaritmo, Bit e o Teorema Fundamental de uma Teoria Espírito-
Matemática da Comunicação ............................................................ 36
3. Operadores Lógicos Lineares e Não-lineares ..................................... 39
4. As Cinco Partes Essenciais de um Sistema de Comunicação
Transcendente ................................................................................... 41
5. O Sistema de Comunicação Transcendente, Sistema Contínuo,
Sistema Discreto e Dons do Espírito .................................................. 43
6. A Individuação Espiritual como Escolha, Incerteza e Entropia .......... 48
7. Um algoritmo para a Individuação Espiritual ou Espiritualização ....... 52
8. A Informação Espiritual e a Entropia .................................................. 54
9. A Capacidade do Canal e a Entropia ................................................... 55
10. A Redundância da Mensagem como fator necessário à Regeneração
de Dons Perdidos ............................................................................... 56
11. Uma menor velocidade de processamento do Sistema de Sombras
seria necessária para uma ótima codificação do Espírito da Potência
para a Existência ................................................................................ 57
12. Ruído, Equivocação e Entropia Condicional ....................................... 58
VI. Definições de Partida Estendidas por Abordagem Lógico-Matemática
após a Discussão ..................................................................................... 60
VII. Considerações Finais ............................................................................... 62
Agradecimentos ....................................................................................... 64
Referências .............................................................................................. 64
Anexos: Implicações e Aplicações ..................................................................... 68
Anexo 1 Moléculas Disfuncionais na Sombra Visceral e Interferente
Eletromagnético sobre o Complexo Timo/Coração/Encéfalo como Fonte de
Ruído na Transmissão de Alma ......................................................................... 68
Anexo 2 O Complexo Timo/Coração como uma Unidade entre Transmissão e
Propagação da Informação oriunda da Alma .................................................... 70
Anexo 3 Mecanismo Sugerido para o Surgimento da Alma e Sistema de
Artigo Possibilidades de uma Teoria Espírito-Matemática da Comunicação
11
Sombras: Filogênese e Morfogênese ................................................................ 72
Anexo 4 Mecanismo Sugerido de Evolução Espiritual do SNC .......................... 78
Anexo 5 Hipótese de Simples Difusão de Informação: a Auto-organização
na Física e na Química como uma janela para novos estudos de como o Espírito
difundiria Informação na Existência .................................................................. 80
Anexo 6 Possibilidades de uma Pedagogia Cósmica ........................................ 85
Anexo 7 Possibilidades de uma Engenharia Psico-Cósmica ............................. 94
7.1. Possibilidades de uma Engenharia de Detectores de Frequência
Cósmica Individual ........................................................................ 94 7.2. Possibilidades de uma Engenharia de Próteses de Alma:
Próteses de Amplificação de Sinal de Alma ou Próteses de Contato de Alma como Aparelhos Exógenos de Comunicação
Espiritual Pessoal .......................................................................... 94 Anexo 8 As Branas seriam algo mais? ............................................................... 96
Anexo 9 Um primeiro esboço hipotético para a Filogênese dos
Dons do Espírito ................................................................................................ 97
Anexo 10 Insight: Selene, Calunga, Shannon e o Bit ...................................... 103
A. Mayer
12
AAARRRTTTIIIGGGOOO OOORRRIIIGGGIIINNNAAALLL EEEMMM PPPOOORRRTTTUUUGGGUUUÊÊÊSSS
[[[OOOrrriiigggiiinnnaaalll PPPaaapppeeerrr iiinnn PPPooorrrtttuuuggguuueeessseee]]]
[[[AAArrrtttííícccuuulllooo OOOrrriiigggiiinnnaaalll eeennn PPPooorrrtttuuuggguuuééésss]]]
TTTRRRAAADDDUUUÇÇÇÃÃÃOOO PPPAAARRRAAA OOO IIINNNGGGLLLÊÊÊSSS EEE OOO EEESSSPPPAAANNNHHHOOOLLL
EEEMMM AAANNNDDDAAAMMMEEENNNTTTOOO
[[[EEEnnngggllliiissshhh tttrrraaannnssslllaaatttiiiooonnn iiinnn ppprrrooogggrrreeessssss]]]
[[[TTTrrraaaddduuucccccciiióóónnn aaalll EEEssspppaaañññooolll eeennn cccuuurrrsssooo]]]
Artigo Possibilidades de uma Teoria Espírito-Matemática da Comunicação
13
III... IIINNNTTTRRROOODDDUUUÇÇÇÃÃÃOOO,,, JJJUUUSSSTTTIIIFFFIIICCCAAATTTIIIVVVAAA EEE BBBAAASSSEEESSS
TTTEEEÓÓÓRRRIIICCCAAASSS
O século XX presenciou a formação de um extenso volume de
conhecimento. No século XXI, entretanto, ao mesmo tempo em que
prosseguem as buscas por conhecimentos novos, um outro caminho de
produção de saber também seria o de debruçar-se sobre a produção
ortodoxa do século XX, reinterpretando-a com uma nova lógica complexa
e espiritual. Partindo-se da afirmação do espírito de Calunga (200?), de
que “Há coisas que não estão aparentes. Não porque não esteja aí. A
gente só não vê porque a gente acredita diferente”, poder-se-ia descobrir-
se novos e valiosos saberes a partir “do que já esteja aí” armazenado
pelas investigações da ortodoxia materialista do século XX.
Este artigo surgiu a partir de elementos discursivos, trazidos aos
encarnados pelas entidades astrais, registrados na obra audiovisual do
psicólogo, pesquisador e médium Luiz Antônio Gasparetto. Desde 2006,
segundo Gasparetto, uma série diferenciada de conhecimentos dos
desencarnados têm sido recebida. Esta diferenciação quanto à qualquer
outra Escola Espiritualista ou Materialista tornaria estes conhecimentos
promotores de uma interpretação bem diversa do Cosmos, da Natureza e
do Humano. Pelo fato dessa interpretação estar constituindo um corpo
articulado e ao mesmo tempo não poder ser associada à nenhuma entidade
astral específica, sendo comum a vários desencarnados que se comunicam
através do médium paulistano, denomina-se no presente artigo esta
articulação de saberes como “Interpretação de Gasparetto”, ou IG.
Através desta denominação salientar-se-iam, ao mesmo tempo, a natureza
interpretativa do próprio conhecimento e a sua fonte de divulgação.
Denominação de caráter semelhante – levando-se em conta a natureza
interpretativa do conhecimento e a sua fonte de desenvolvimento – foi
dada, na conferência de Solvey, Bruxelas, em 1927, para uma nova forma
da Física de debruçar-se sobre o átomo: Interpretação de Copenhague (IC).
Elementos discursivos trazidos pelos espíritos de Kardec, Loyola,
Calunga, Pai João e Leonora, bem como as pesquisas inovadoras de
Gasparetto, suscitaram a abordagem matemática pretendida no presente
artigo. Por exemplo, o espírito de Loyola cita que, em sua equipe de
desencarnados da Catedral de Cristal, há a presença de entidades que
A. Mayer
14
utilizam ―maquininhas‖1 na promoção do equilíbrio da estrutura dos
encarnados durante um tratamento promotor de Espiritualização.
Dessa forma, partindo-se do conceito da Interpretação de Gasparetto de
que Espiritualização é o processo de conexão cada vez maior do Eu
Consciente com o Princípio Inteligente (ou ―Luz‖) de seu próprio
Espírito2, depreende-se inicialmente que:
a. o processo de Espiritualização poderia ser tratado como um Sistema
de Comunicação;
b. máquinas que regulassem, nesse Sistema de Comunicação, a
recepção na estrutura energética humana do sinal emitido pelo transmissor
de seu próprio Espírito seriam fundamentalmente máquinas promotoras de
Espiritualização.
A hipótese da Espiritualização como um Sistema de Comunicação
passível de otimização pelo auxílio de máquinas reforçar-se-ia através da
Análise do Discurso aplicada sobre o curso “O Homem Cósmico” do
espírito de Allan Kardec. Um simples exemplo desta análise é dado a
seguir.
Segundo Kardec (200?) “quanto mais Espírito, mais eficiência. Isso é
uma equação importante. Quanto mais o Espírito pode estar emitindo,
dominando, se expressando, maior desempenho, maior a eficiência, o
acerto, e isso significa um fluxo de vida agradável, produtivo, alegre,
cheio do que é importante que é o significado daquilo que existe”
[negritos nossos]. Ao analisarmos discursivamente esta afirmação de
Kardec, a partir das palavras-chave selecionadas em negrito, pode-se
depreender que:
a) as expressões “quanto mais... mais” e “equação” seriam mais
do que meros recursos de retórica; remeteriam à possibilidade
de uma abordagem matemática, uma vez que a primeira
expressa o conceitos implícito de diretamente proporcional
(proporção) e a segunda, o conceito implícito de substituição
1 GASPARETTO, Luiz Antônio; LOYOLA, Espírito de. Mais Eu do que nunca. Curso em áudio, 4 volumes. São Paulo : Centro de Estudos Gasparetto, 20? Referência obtida via base
de dados Loja Virtual : Gasparetto, 2013. Disponível na Internet. http://
www.gasparetto.com.br. 2 GASPARETTO, Luiz Antônio. Conexão Espiritual (em MP3): com a Alma, com as
Sombras, com o Eu Superior, com o Astral. Curso em áudio, 4 aulas, volume único. São Paulo : Centro de Estudos Gasparetto, 200? Referência obtida via base de dados Loja Virtual
: Vida & Consciência, 2010. Disponível na Internet. http:// www.gasparetto.com.br.
Artigo Possibilidades de uma Teoria Espírito-Matemática da Comunicação
15
por igualdade entre termos (equação), que são conceitos
genuinamente matemáticos;
b) a expressão “eficiência” remete ao conceito matemático de
taxa, ou seja, uma relação entre uma grandeza e um período de
tempo;
c) as expressões “emitindo” e “fluxo” remeteriam à possibilidade
de uma abordagem através da Física, ciência eminentemente
matemática, uma vez que expressam os conceitos explícitos de
emissão e de fluxo, que são conceitos genuinamente físicos
pertencentes, entre outros campos, ao eletromagnetismo;
d) as expressões “emissão” e “expressão” remetem diretamente
a um sistema de dois terminais ou polos: de um lado, o
Espírito, como fonte de emissão de informação; de outro o Eu
Consciente que, recepcionando essa emissão, obtém um efeito,
trabalho ou expressão oriunda da emissão. Torna-se evidente
que tem-se, dessa forma, um Sistema Operacional de
Comunicação: emissão – recepção – efeito;
e) Sendo a Matemática a única linguagem com que o ser humano
pode passar instruções para máquinas complexas, torna-se
óbvia a seguinte relação: sem Matemática, sem máquinas
complexas. Ou seja: sem Matemática, não seriam possíveis os
aparelhos citados por Loyola na Catedral de Cristal que
auxiliam aos encarnados conectarem-se com seu próprio
Espírito. Assim sendo, se quisermos trazer para este plano tais
máquinas, tornar-se-ia urgente o desenvolvimento de uma
Teoria Espírito-Matemática da Comunicação.
Dessa forma, o processo de Espiritualização poderia ser formulado não
apenas pelos tradicionais conceitos de linguagem simbólica pertencentes
às Ciências Humanas e à Filosofia, mas também poderia ser formulado
como um Sistema de Comunicação descrito por linguagem simbólica
físico-matemática e, como tal, poderia ser descrito por uma Teoria
Espiritual Matemática da Comunicação.
Neste artigo, o termo ―Matemática‖ não pertence à tradição
representada por Gauss, encarada como um saber puramente de Razão
Instrumental, árido, seco, duro, sem alma e sem sensibilidade, desprovida
de poesia e de beleza. Quanto à isso, este trabalho se alinha à tradição
representada por Platão e Pitágoras, por Dirac e Einstein, para os quais a
Matemática está mergulhada em sensibilidade, em poesia e em beleza.
Assim sendo, a Matemática é aqui percebida pela autoria como um
poderoso instrumento a serviço da conexão com a Alma.
A. Mayer
16
Da mesma forma, a Matemática aqui presente não objetiva previsões
de eventos e comportamentos, mas sim a descrição para otimização do
aparato de Sombras que já possuímos ou possuiremos. O modelo
matemático clássico da Razão Instrumental, com seu caráter de previsão,
de controle, de direcionamento e de determinismo não será o foco de uma
Teoria Espiritual Matemática da Comunicação. Antes disso, a abordagem
tenderá a uma Matemática da Complexidade, onde a incerteza, o
inesperado, a retroação, a recursividade, o holograma, a emergência, a
visão sistêmica, a autossimilaridade e a probabilidade suplantam o
isolamento em partes, o reducionismo e o determinismo da matemática
clássica. Buscar-se-á igualmente Princípios Matemáticos simples, uma
vez que Complexidade não remete necessariamente à ―complicabilidade‖,
seguindo o princípio do matemático inglês Alan Turing (1952), para o qual
as maravilhas da Criação seriam regidas por um pequeno conjunto simples
de regras matemáticas que geram efeitos complexos. E para atingir-se tais
regras, uma nova lógica, superior à lógica racionalista determinística,
deveria ser empregada, transcendendo-se a lógica convencional.
Turing, nesse sentido, aproximar-se-ia de Kardec (200?) que afirma
que “a natureza do Criador, a natureza da Criação, é simples. Não é
lógico mas é inteligente. E esse é o mais difícil para vocês: entenderem as
coisas que não são lógicas ou que não cabem na lógica que vocês têm”
[negritos nossos].
Propõe-se assim que, ao longo do desenvolvimento de uma Teoria
Espiritual Matemática da Comunicação, preferencialmente o mais breve
possível empreguem-se abordagens matemáticas de lógicas complexas.
Para tanto, equipes transdisciplinares necessariamente envolver-se-iam no
processo. No momento, tal não se fez possível à autoria no contexto
solitário em que se produziu este artigo, dentro de uma momentânea
conjuntura circunstancial desfavorável. Assim sendo, a autoria empregou
apenas os instrumentos de que dispunha, partindo de uma Matemática
mais convencional, objetivando mais à proposição inicial, embora
rudimentar, de uma Teoria Espírito-Matemática da Comunicação.
Partindo do caminho de uma releitura da produção científica da
ortodoxia materialista do século XX, lida através do enfoque dado pela
Interpretação de Gasparetto (IG), a pesquisa de Claude Shannon nos
Laboratórios da Bell© Telecomunicações, publicada em seu artigo de 1948
intitulado “A Mathematical Theory of Communication”, seria
potencialmente o ponto de partida mais adequado para esta proposição
inicial.
Shannon (1948) descreve que o objetivo de seu trabalho é “certamente
considerar os problemas gerais envolvendo os sistemas de comunicação.
Artigo Possibilidades de uma Teoria Espírito-Matemática da Comunicação
17
Fazer isso é fundamentalmente necessário para representar os vários
elementos envolvidos como entidades matemáticas, adequadamente
idealizados de suas contrapartes físicas”. A idealização matemática
perante uma situação problema, amplamente utilizada na história das
Ciências Naturais, permitiria a elaboração de uma visão geral de como um
sistema, mecanismo ou lei pouco compreendidos comportar-se-iam. A
partir desta visão geral, usualmente desenvolve-se uma teoria com suas
implicações e uma série de aplicações e tecnologias associadas.
Dessa forma, a transformação do problema comunicacional do sistema
Espírito/ Eu Consciente ao nível de entidades matemáticas permitiria a
elaboração deste panorama geral. A partir dele poder-se-ia desenvolver-se
uma Teoria Espírito-Matemática da Comunicação. Esta teoria, por sua vez,
poderia potencialmente levar a uma série maior de novas implicações e
aplicações. Este é, sem dúvida, desprovido de qualquer falsa modéstia, o
objetivo maior deste artigo: o de lançar as bases para o desenvolvimento
coletivo e transdisciplinar de uma Teoria com suporte matemático que seja
capaz de gerar uma gama de inovações, inclusive tecnológicas, no
processo de Espiritualização. À semelhança do tempo de Carnot e o
lançamento das bases da Teoria Termodinâmica, que influenciou a
tecnologia do vapor do século XIX; à semelhança do tempo de Shannon e
Turing, com o lançamento de uma Teoria Matemática que levou à
tecnologia da informática do século XX; faz-se necessário no tempo de
hoje construir-se coletiva e transdisciplinarmente uma Teoria com suporte
matemático focada na Espiritualização para que o século XXI, o Século do
Espírito, possa assistir com maior eficácia e maior eficiência ao
desenvolvimento de todas as novas tecnologias e aplicações capazes de
afetar positivamente o meio social e planetário, respondendo efetivamente
aos anseios de Expressão do Espírito Divino que em todos nós quer, cada
vez mais, expressar-Se.
A. Mayer
18
IIIIII... BBBRRREEEVVVÍÍÍSSSSSSIIIMMMAAA PPPEEERRRSSSPPPEEECCCTTTIIIVVVAAA HHHIIISSSTTTÓÓÓRRRIIICCCAAA 1948 – O matemático e engenheiro elétrico estadunidense Claude
Shannon (1916 – 2001) trabalhou em codificação de mensagens durante a
Segunda Guerra Mundial. Em 1948, os laboratórios da Bell Company©
buscavam compreender profundamente a natureza da Informação, uma vez
que seus dirigentes preocupavam-se com o fato de que toda a companhia
de telecomunicações estar assentada sobre uma base ao qual pouco se
conhecia. Shannon, como colaborador da Bell, curvou-se sobre a questão,
buscando solucionar o desafio com uma abordagem diferenciada. Publicou
seus resultados no artigo “A Mathematical Theory of Communication”,
onde propôs um conceito físico-matemático da Informação e, ao mesmo
tempo, uma unidade para quantificá-la: o bit. Surgia a Teoria da
Informação.
1948 – A Teoria da Comunicação proposta por Shannon é
fundamentalmente linear e transmissiva. Opondo-se a isso, Norbert
Wiener (1894 – 1964), professor de Shannon e igualmente um dos
fundadores da Teoria da Informação, propôs em sua obra “Cybernetics: or
Control and Communication in the Animal and the Machine” um modelo
que, não sendo transmissivo ou linear, era interativo e circular, onde a
circularidade da Informação garantiria a organização de um sistema.
Surgia a Cibernética.
1952 – O matemático inglês Alan Turing (1912 – 1952), à semelhança
de Shannon nos Estados Unidos, trabalhou no Reino Unido com
codificação de mensagens durante a Segunda Guerra Mundial. Sua
genialidade chegou ao ponto de quebrar o código das máquinas Enigma,
utilizadas pela Alemanha nazista. Antes disso, em 1936, Turing já havia
demonstrado sua genialidade no artigo “On Computable Numbers, with an
Application to the Entscheidungsproblem”, onde ele teorizou
matematicamente uma máquina, hoje denominada Máquina de Turing, na
qual estão as bases dos modernos computadores. Após a Guerra, Turing
debruçou-se sobre o tema da Inteligência e da Consciência empregando
neste estudo uma linguagem matemática. Na busca de padrões de
Inteligência na Natureza, Turing parte da individuação celular na
morfogênese embrionária e publica seus resultados no artigo “A Chemical
Basis of Morphogenesis”. Surgia uma abordagem absolutamente nova na
Biologia e nos Estudos Cognitivos.
2006 – O psicólogo, médium e pesquisador brasileiro Luiz Antônio
Gasparetto começa a receber uma série de mensagens astrais,
diferenciadas da Metafísica da Saúde (abordagem que vinha
desenvolvendo até então) e inovadoras em relação à outras Escolas
Artigo Possibilidades de uma Teoria Espírito-Matemática da Comunicação
19
Espiritualistas, Filosóficas e de Saúde Holística. Este conjunto de
mensagens articulou-se gradualmente em um novo corpo teórico
desenvolvido por Gasparetto, teoria central à escrita deste artigo pelo qual
optou-se por denominar-se ―Interpretação de Gasparetto‖ (IG). A IG
descobre que a Alma, além de ancorar-se fisicamente na glândula timo,
comporta-se como um aparelho que opera sob um código de dois estados:
contração e dilatação. Com a descoberta deste código, a possibilidade de
um sistema qualitativo de comunicação consciente baseado em ―sim-
dilatação‖/‖não-contração‖ estabelece-se entre o Eu Consciente e seu
próprio Espírito.
A. Mayer
20
IIIIIIIII... DDDEEEFFFIIINNNIIIÇÇÇÕÕÕEEESSS DDDEEE PPPAAARRRTTTIIIDDDAAA Através da IG são definidos, a seguir, os termos de partida empregados
neste artigo:
ALMA: conjunto de sensos que constituiria um aparelho
(GASPARETTO, 200?) que se ancoraria na estrutura biológica através da
glândula timo. Este aparelho operaria em dois estados: um primeiro
estado, caracterizado por sensação de contração, “aperto no peito” e dor;
um segundo estado caracterizado por sensação de dilatação e “aconchego
no peito” (GASPARETTO; CALUNGA, 200?). Segundo o espírito de
Leonora (200?), a Alma seria composta por 26 sensos.
ESPÍRITO: Princípio Inteligente, diferenciando-se do conceito de
―espírito‖ como ―entidade astral‖. Sugere-se que o vocábulo ―espírito‖,
quando tratar-se de Inteligência, seja grafado com inicial maiúscula ―E‖ e
quando tratar-se de entidade astral, seja grafado com inicial minúscula ―e‖.
No Espírito estariam todas as informações quanto ao projeto divino,
propósito ou teleologia reservada para cada pessoa ou Eu Consciente.
Desta definição de Espírito derivaria a amplitude dos objetivos e a
natureza diferenciada de uma Teoria Espírito-Matemática da Comunicação
(TE-MC) que tornaria impossível uma simples relação de sobreposição
entre esta e a Transcomunicação Instrumental (TCI). A TCI é uma
tecnologia aplicada à comunicação com entidades desencarnadas (ou
espíritos, com ―e‖ minúsculo). Uma TE-MC seria uma teoria geral de
comunicações que, além de potencialmente descrever o sistema de
comunicação envolvendo encarnados/desencarnados, descreveria uma
série de outros fenômenos com profundas implicações e aplicações
terapêuticas e teleológicas para qualquer pessoa, fosse ela encarnada ou
desencarnada, uma vez que todas executam operações de comunicação
Espírito/Eu Consciente.
EU CONSCIENTE: seria a “pessoa propriamente dita”. Também é
denominado de ―Observador‖.
SOMBRA: seriam as estruturas anímicas e inconscientes, ou o
Espírito em estado densificado. A Sombra poderia ser dividida em cinco
áreas segundo sua atuação: Sombra Visceral, Sombra Sensória, Sombra
Mental, Sombra Guardiã e Sombra Ambiental. A Sombra Ambiental seria
denominada de ―Ego‖. A Sombra Sensória teria uma ligação tão intrínseca
com a operação da Alma que seria chamada de “pele da Alma”
(GASPARETTO, 200?).
Artigo Possibilidades de uma Teoria Espírito-Matemática da Comunicação
21
ESPIRITUALIZAÇÃO: processo de sintonia cada vez maior do Eu
Consciente com o Princípio Inteligente que constitui seu próprio Espírito
(GASPARETTO, 200?).
LEI DA INDIVIDUALIDADE: define a Diferença como um
princípio sem o qual o Eu não existiria (KARDEC, 200?).
DOM: qualidades, atributos e características oriundas do Espírito
individual de cada pessoa. Segundo Leonora (200?), o Dom seria o que
essencialmente definiria o ―Eu‖: “O Eu é qualidade”.
A. Mayer
22
IIIVVV... DDDIIISSSCCCUUUSSSSSSÃÃÃOOO::: DDDEEELLLIIINNNEEEAAAMMMEEENNNTTTOOO DDDOOO OOOBBBJJJEEETTTOOO DDDEEE
PPPEEESSSQQQUUUIIISSSAAA
DDDIIIAAAGGGRRRAAAMMM AAA EEESSSQQQUUUEEEMMMÁÁÁTTTIIICCCOOO DDDAAA CCCOOOMMMUUUNNNIIICCCAAAÇÇÇÃÃÃOOO EEESSSPPPÍÍÍRRRIIITTTOOO///EEEUUU
CCCOOONNNSSSCCCIIIEEENNNTTTEEE
A importância de um diagrama esquemático reside no fato de este
oferecer a melhor visão possível da questão a ser investigada, permitindo
um melhor delineamento do objeto de pesquisa. Dessa forma, o primeiro
tópico de discussão será a elaboração deste diagrama.
Shannon (1948) propõe como diagrama esquemático para um sistema
geral de comunicação o disposto na Figura 1.
Figura 1 – Diagrama esquemático simplificado de um sistema de comunicação proposto por
Shannon em 1948.
Fazendo parte da IG, Kardec (200?) afirma que a Espiritualização é a
passagem do Espírito, de um estado de Potência, para um estado de
Existência. Este processo se daria em função do tempo, que seria uma
grandeza que passa a existir individualmente quando o Espírito inicia sua
passagem da Potência para a Existência. A Figura 2 representa o diagrama
esquemático mais simplificado possível para Shannon transposto para
Kardec, reduzindo o Sistema de Comunicação a apenas três componentes.
INFORMATION
SOURCE
TRANSMITTER
DESTINATION
RECEIVER
SIGNAL
SIGNAL
RECEIVED
MESSAGE MESSAGE
NOISE
SOURCE
Artigo Possibilidades de uma Teoria Espírito-Matemática da Comunicação
23
Figura 2 — Diagrama esquemático reduzido aos três componentes fundamentais do Sistema
de Comunicação de Shannon. Transpondo-os para a proposição de Kardec tem-se: Espírito na Potência como Fonte de Informação, Espírito na Existência como Destinação e
Ineficiência no Sistema de Sombras/Alma como Fonte de Ruído. Se e somente se definir-se
―Espírito‖ como ―Luz‖ ou ―Lucidez‖, ter-se-ia que a Destinação seria o Eu Consciente ou Consciência. Este esquema conteria o princípio fundamental da Espiritualização de uma
indivíduo como Sistema de Comunicação.
Na Figura 2 observa-se que na Fonte de Ruído o termo fundamental é
―ineficiência‖. Entende-se por ineficiência quando um aparato ou
equipamento está operando aquém de sua capacidade permitida,
desperdiçando possibilidades, energia ou informação. No caso dos
aparatos de Sombra, segundo a IG, este ruído pode ser oriundo de
conceitos mentais obsoletos, de estilo de vida inadequado e outros fatores.
No caso do aparelho de Alma, este ruído pode ser oriundo de perda de
componentes de Alma. Portanto, a otimização do Sistema Comunicativo
de Espiritualização passa forçosamente pela minimização dos efeitos da
Fonte de Ruído.
Kardec (200?) também descreve a Espiritualização em função da Lei
da Circunstância. Unindo esta lei ao diagrama esquemático geral da
Comunicação proposto por Shannon (1948), ter-se-ia a Figura 3. Nesta
figura, o triângulo escaleno preto, representando o processo de
complexificação da Sombra, alinha-se com o eixo do tempo. Próximo a
zero, a estrutura da Sombra seria mínima, evoluindo ao longo do tempo
conforme o Espírito adquire Existência por meio das circunstâncias
criadas pela Potência do próprio Espírito.
INFORMATION
SOURCE
ESPÍRITO NA
POTÊNCIA
DESTINATION
ESPÍRITO NA EXISTÊNCIA
MESSAGE/
SIGNAL
MESSAGE/
SIGNAL RECEIVED
NOISE
SOURCE
INEFICIÊNCIA
NAS SOMBRAS
E ALMA
A. Mayer
24
ESPÍRITO
0
Tempo (T)
Figura 3 — Diagrama esquemático da Lei da Circunstância proposta por Kardec, que rege a transferência do Espírito do estado de Potência para o estado de Existência, o que forçaria a
evolução progressiva do Sistema de Sombras.
Segundo Kardec, o Espírito no Estado de Potência (E) é perfeito. Se
essa perfeição pudesse ser associada à Informação (entendendo-se aqui
―Informação‖ como o conjunto de dados organizados necessários para se
passar a mensagem ―Perfeição‖), o Espírito na Fonte (E) conteria toda a
Informação.
Dessa forma, o processo de evolução dentro da perspectiva de Sistemas
de Comunicação, em conformidade com os diagramas esquemáticos
dispostos nas Figuras 1 a 3, seria a transferência da Informação que
constitui o Espírito no Estado de Potência (Fonte E) para o Estado de
Existência (Destinação E’).
Numa transposição da IG para o diagrama esquemático de Shannon na
Figura 1, embasando-se na Lei da Circunstância de Kardec, substituir-se-ia
―Fonte de Informação‖ por ―Espírito‖; ―Receptor‖ por ―Alma‖;
―Destinação‖ por ―Eu Consciente‖; e ―Fonte de Ruído‖ por ―Impressão
disfuncional na Sombra Mental‖, ―Placas disfuncionais na Sombra
Sensória‖, ―Moléculas disfuncionais na Sombra Visceral‖, ―Interferentes
Eletromagnéticos sobre o Complexo Timo/Coração/Encéfalo‖ e ―Perda de
componentes de Alma‖. Esta transposição encontra-se na Figura 4.
Segundo Gasparetto (200? b), a Sombra Sensória seria “a pele da Alma”,
ou seja, atuaria como uma interface da Alma, sendo por este motivo
representada no diagrama como um envoltório daquela.
Fonte (E)
Circunstância
Existência Destinação
(E’)
Evolução progressiva da Sombra
Artigo Possibilidades de uma Teoria Espírito-Matemática da Comunicação
25
SOMBRA SENSÓRIA
(FONTE DE RUÍDO)
POTÊNCIA (A) EXISTÊNCIA (B)
Figura 4 — Diagrama esquemático simplificado de transposição direta entre a IG e o
esquema geral de sistemas de comunicação proposto por Shannon.
Todas as Fontes de Ruído visualizadas na Figura 4 são descritas pela
IG, exceto “Moléculas disfuncionais na Sombra Visceral” e “Interferente
Eletromagnético sobre o complexo Timo/ Coração/Encéfalo”. A
explicação para a inserção destas modalidades de Fonte de Ruído
encontra-se no Anexo 1.
Conforme visualizado na Figura 4, pelo modelo transmissivo de
Shannon, a Mensagem escoaria através do eixo A-B partindo do Espírito
no estado de Potência (Perfeição) e chegando ao Espírito no estado de
Existência (Eu Consciente perfectível). Todavia, neste diagrama básico, a
correspondência entre a IG e Shannon possuiria uma lacuna: o
―Transmissor‖. O que seria o operador lógico que transmitiria o sinal da
Potência para a Existência? E, além desta lacuna, surgiria um problema: o
da redução do Eu Consciente a um simples destinatário, no mesmo nível
da Sombra Mental. Isso equivaleria a afirmar que a Mente ou ―Cabeça‖
teria tanto poder sobre a Comunicação quanto o Eu Consciente, o que a
elevaria a um status de identidade com o Eu. Ora, a identificação com a
Mente é justamente o maior ruído do processo comunicativo de
Espiritualização, senão o seu bloqueador. Além disso, sabe-se por Pai João
(200?) que “as Sombras bem nutridas são muito obedientes”, ou seja, a
ESPÍRITO
(INTELIGÊNCIA
NA POTÊNCIA)
TRANSMITTER
(?) EU CONSCIENTE
(INTELIGÊNCIA NA
EXISTÊNCIA)
IMPRESSÃO
DISFUNCIONAL
NA SOMBRA
MENTAL
ALMA
SINAL
SINAL
RECEBIDO
MENSAGEM
PLACAS
DISFUNCIONAIS NA
SOMBRA SENSÓRIA
MENSAGEM
PERDA DE
COMPONENTES DE
ALMA
MOLÉCULAS
DISFUNCIONAIS NA
SOMBRA VISCERAL
INTERFERENTE E. M.
SOBRE O COMPLEXO
TIMO/COR./ENC.
A. Mayer
26
MENSAGEM
SOMBRA SENSÓRIA
(FONTE DE RUÍDO)
Sombra Mental alinhada seria um aparato passivo no Sistema de
Comunicação. O aparato ativo neste Sistema seria o Eu Consciente que,
em outras palavras, seria o próprio Espírito ou Princípio Inteligente no
Estado de Existência.
Em princípio, a resposta a essas questões poderia ser um deslocamento
sobre o eixo A-B da região de domínio da Existência em direção ao
domínio da Potência, visualizado na Figura 5. A Sombra Sensória seria
claramente percebida como a interface entre três unidades comunicativas:
o Espírito, a Alma e o Eu Consciente via região encefálica.
Na Figura 5 representa-se a Sombra Sensória por um fluído, através do
signo estereotipado de ―ondinhas‖. Essa representação da Sensoriedade ou
Sensualidade como algo ―aquoso‖ é amplamente empregada na Arte e nas
Ciências Humanas.
POTÊNCIA (A) EXISTÊNCIA (B)
Figura 5 — Um primeiro diagrama esquemático sugerido para o estudo do Sistema de
Comunicação Espírito/Eu Consciente em uma Teoria Espiritual Matemática da Comunicação.
ESPÍRITO
(FONTE DE
INFORMAÇÃO)
(DESTINAÇÃO)
EU CONSCIENTE
SOMBRA MENTAL
SOMBRA VISCERAL
SOMBRA SENSÓRIA
SOMBRA GUARDIÃ
SOMBRA AMBIENTAL
REGIÃO
ENCEFÁLICA
(RECEPTOR)
IMPRESSÃO
DISFUNCIONAL NA
SOMBRA MENTAL
ALMA REGIÃO TORÁCICA
(TRANSMISSOR)
SINAL
SINAL RECEBIDO
MENSAGEM
PLACAS
DISFUNCIONAIS NA
SOMBRA SENSÓRIA
PERDA DE
COMPONENTES
DE ALMA
MOLÉCULAS
DISFUNCIONAIS NA
SOMBRA VISCERAL
INTERFERENTE E. M.
SOBRE O COMPLEXO
TIMO/COR./ENC.
Artigo Possibilidades de uma Teoria Espírito-Matemática da Comunicação
27
A Sombra Sensória seria a Inteligência viva mais antiga surgida, tanto
em uma escala filogenética quanto ontogenética, em consonância com o
período de Inteligência Sensório-motora Predominante, de Jean Piaget. Em
outras palavras, uma Inteligência Sensível, Sensória ou Sensual. Hipóteses
que sugeririam um mecanismo de surgimento do Sistema de Sombras e da
Alma no Mundo da Existência encontram-se no Anexo 3. Estas hipóteses
de surgimento gradual de cada uma das Inteligências de Sombra poderiam
nos oferecer pistas a respeito de um Sistema Interno de Comunicação entre
elas, no qual o conceito de circularidade de Wiener poderia ser aplicado.
Este inter-sistema comunicacional de Sombras, como objeto de estudo,
evidentemente foge do escopo deste artigo, focado no esboço da
Comunicação Alma/Eu Consciente. Contudo, é indispensável objeto de
pesquisa de uma Teoria Espiritual Matemática da Comunicação.
Todavia, dentro do Delineamento do Objeto de Pesquisa, resta ainda
uma questão fundamental: se temos um Sistema de Comunicação dotado
de aparatos ou aparelhos, e isso já parece suficientemente evidente a esta
altura da discussão, qual seria o veículo regido por Leis Físico-
matemáticas que, utilizando esses aparelhos, transportaria a Informação?
Em outras palavras: neste Sistema de Comunicação Espírito/Eu
Consciente, qual seria o carreador da Informação?
O conceito de carreador é oriundo da Bioquímica. Por exemplo, o
carreador da Energia nos sistemas vivos é a molécula de ATP (Trifosfato
de Adenosina). Tem-se algo mais sutil (Energia) e algo mais denso
(molécula de ATP) que o carrega. Se fosse estendido para Economia, o
carreador seriam as Cédulas, Moedas, Títulos, Ações, etc. (o mais denso)
que transportam o Valor Social Simbólico (o mais sutil). Assim, sendo,
dentro de um vocabulário espiritualista, carreador poderia ser definido
como um carregador Visível sem o qual algo mais sutil, o Invisível, não
poderia ser transportado.
Quanto à Informação, Kardec (200?) oferece pistas. Na introdução de
“O Homem Cósmico”, afirma que, para nosso próximo salto evolutivo:
O cérebro precisa se acelerar. Todo o seu sistema energético precisa ser
mais rápido. Seus nervos têm que mudar a estrutura. A genética muda. As
glândulas se transformam em sutilezas que permitem você passar de um
plano a outro, de entrar num plano ao outro. E para isso é preciso
desapego. A vontade de crescer, a humildade de encontrar em sua Alma a
vibração certa com que seu corpo todo vibra para que você passe de um
plano ao outro, rumo ao Homem Cósmico, rumo àquele que passa e visita
o planeta e vai para outros lugares. [grifos nossos]
A. Mayer
28
Estando o processo de Espiritualização intimamente ligado com a
transferência de Informação do estado de Potência para o estado de
Existência, ao investigar-se os vocábulos ―vibração‖ e ―vibrar‖ encontrar-
se-ia, didaticamente, o carreador da Informação.
Vibração é um conceito da Física, também denominado ―oscilação‖. É
definida como:
Processo físico no qual um sistema se desvia periodicamente de um eixo.
O intervalo de tempo entre dois estados iguais (fases) é o Período da
vibração; o desvio máximo do estado de repouso, a Amplitude; e o número
de vibrações por unidade de tempo, a Frequência; um oscilador sob a
influência de uma vibração externa, pode entrar em ressonância. As
oscilações que se propagam no tempo e no espaço recebem o nome de
ondas. (TEIXEIRA JÚNIOR, 1980, p. 178.)
Por sua vez, o trecho “a vibração certa com que seu corpo todo vibra”
remete à outro conceito da Física, o de ―Ressonância‖, definida por
Vibração de um sistema, com determinada frequência de vibração, por
ação de um vibrador de mesma frequência, posto a vibrar nas vizinhanças.
Quando o amortecimento do vibrador é fraco, a ressonância pode dar
lugar a vibração suficientemente intensa para destruir o ressoador. Se o
amortecimento é grande, os valores possíveis da Amplitude ficam
limitados. (TEIXEIRA JÚNIOR, 1980, p. 154.)
Assim sendo, tem-se um vibrador e um ressoador que, em uma Teoria
Espiritual Matemática da Comunicação, seriam o Espírito na Potência
(vibrador – Fonte de Informação) e o Espírito na Existência ou Eu
Consciente (ressoador – Destinação).
Dessa forma, a Informação do Espírito necessitaria de ondas para ser
transmitida. Assim, finalmente, ao se investigar a estrutura de uma onda
luminosa, encontrar-se-ia o carreador da Informação. Neste momento,
deparamo-nos com o fóton. A definição desta partícula é dada como:
Menor porção de uma radiação eletromagnética. Seu valor depende da
frequência de radiação expressa pela equação de Einstein E = h. f onde h
é o quantum de ação de Planck ou Constante de Planck. O fóton é
considerado como uma partícula fundamental. Não tem nem massa em
repouso, nem carga, nem antipartícula; tem spin, que vale 1. (TEIXEIRA
JÚNIOR, 1980, p. 84.)
Assim sendo, como menor constituinte de uma onda eletromagnética,
o fóton seria o carreador da Informação. No organismo vivo chamar-se-ia
biofóton, conforme proposto pelo biofísico alemão Fritz-Albert Popp
(2009) ao observá-lo em laboratório como sendo emitido em escala muito
reduzida por células vivas.
Artigo Possibilidades de uma Teoria Espírito-Matemática da Comunicação
29
Portanto, definido o carreador da Informação, o Delineamento do
Objeto de Pesquisa, para fins do presente artigo, estaria finalizado. Um
diagrama esquemático quanto ao carreador, complementar ao da Figura 5,
encontra-se na Figura 6.
Na Figura 6, a Sombra Sensória, como “pele da Alma”, faria o
amortecimento da Onda Cósmica Original (F) carreadora da Informação
do Espírito. Este amortecimento baixaria o módulo da Onda a valores
adequados para manter a integridade do Sistema de Sombras, gerando uma
Onda Cósmica Temporária, ou seja, em função do tempo (Ft). Esta Onda
Temporária estaria perfeitamente modulada para a integridade dos
organismos biológicos e, para um Homo sapiens, permaneceria mais ou
menos constante ao longo de uma mesma encarnação, exceto quando o
indivíduo desse um grande salto consciencial, em que esta Onda se
elevaria, infinitesimalmente, aproximando-se assim Ft um pouco mais de
F.
A ação do Ruído causaria apagamento ou embotamento de Informação
na Existência transmitida pelo Espírito através do complexo Alma/Sombra
Sensória. Esta Informação, ou Organização do Campo, seria
hipoteticamente apagada/embotada de duas maneiras: por dissipação de
Informação e por desorganização de Informação (Figura 6). Biofótons
sequenciais carreando informação desordenada pela ação da Fonte de
Ruído, dependendo do grau de desorganização, poderiam ocasionar desde
uma pequena disfuncionalidade ou distúrbio, até doenças severas ou
mesmo levar à monstrificação observada em entidades desencarnadas. Do
ponto de vista dos desencarnados, biofótons dissipados contendo
informação ordenada, quando trocados por biofótons em sequência
desordenada equivaleriam, em linguagem poética, ao “perder a sua Luz”.
A. Mayer
30
Artigo Possibilidades de uma Teoria Espírito-Matemática da Comunicação
31
VVV... DDDIIISSSCCCUUUSSSSSSÃÃÃOOO::: NNNAAATTTUUURRREEEZZZAAA MMMAAATTTEEEMMMÁÁÁTTTIIICCCAAA DDDAAA
IIINNNFFFOOORRRMMMAAAÇÇÇÃÃÃOOO EEESSSPPPIIIRRRIIITTTUUUAAALLL
111... CCCOOONNNJJJUUUNNNTTTOOO FFFIIINNNIIITTTOOO EEE SSSEEELLLEEEÇÇÇÃÃÃOOO DDDEEE UUUMMM CCCOOONNNJJJUUUNNNTTTOOO
Segundo Shannon (1948) o problema fundamental da comunicação é
reproduzir, exatamente ou aproximadamente, uma mensagem selecionada
partindo de um dado ponto e chegando em um outro ponto. Da mesma
forma, o processo de comunicação entre o Espírito Individual de uma
pessoa e seu Eu Consciente também possuiria esse problema fundamental
de reprodução inadequada de um Modelo Original emitido pelo próprio
Espírito, o que se traduziria no cotidiano humano comum como:
disfunções físicas, perturbações emocionais, doenças, envelhecimento
precoce, contratempos, frustrações e outros sofrimentos. Como
consequência da natureza comunicacional do Espírito Individual, a
eliminação do sofrimento de uma pessoa passaria necessariamente pela
solução deste problema de comunicação entre o seu Espírito Individual e
seu Eu Consciente.
Para simplificar a transformação do processo comunicativo em
entidades matemáticas, Shannon, através de uma abordagem de
Engenharia, desconsiderou o complexo mecanismo de significado, atendo-
se ao aspecto probabilístico da Informação. Da mesma forma, neste artigo,
o significado da mensagem não será analisado a fim de permitir o foco
exclusivo na Informação que seria comunicada pelo Espírito ao Eu
Consciente através do Aparelho de Alma. Desconsiderar o significado da
mensagem também é oportuno uma vez que o Eu Consciente do Homo
sapiens possui ainda uma capacidade muito pequena de interpretação e
compreensão do caminho de significado ou teleologia que o Espírito
elabora para expressar-Se através do Eu Consciente. À medida que o
Homo sapiens conseguir trabalhar com operações mais complexas, o
significado da mensagem poderia gradualmente ser incorporado a uma
Teoria Matemática Espiritual da Comunicação.
Assim, a respeito de Informação, o aspecto significativo no momento é
que a mensagem que o Espírito deseja comunicar seria, tal qual afirma
Shannon para mensagens prosaicas, algo selecionado de um conjunto de
possíveis mensagens. Este conjunto seria, dentro de uma visão Espiritual,
as qualidades ou Dons do Espírito que o Eu Consciente seleciona – ou
seja, escolhe através de seu livre-arbítrio – para expressar seu próprio
Espírito.
A. Mayer
32
Segundo Shannon (1948), se o número de mensagens no conjunto é
finito, então este número ou qualquer função monotônica deste número
pode ser considerada como uma medida da Informação produzida quando
uma mensagem é escolhida de um conjunto onde todas as escolhas têm a
mesma possibilidade. Nesse sentido, haveria um conjunto finito de Dons
do Espírito, tais como em um conjunto finito de letras existentes em um
alfabeto. Todavia as possibilidades de arranjo destas letras, em função do
tempo, seriam infinitas. Ou seja, a expressão do Espírito na Existência
seria infinita a partir de um conjunto finito de Dons na Potência, bastando
para isso uma organização inteligente através de um algoritmo.
A afirmação de que os Dons do Espírito Individual comporiam um
conjunto finito na Potência, capaz de gerar uma quantidade de expressão
praticamente infinita na Existência, poderia ser intuitivamente comprovada
através de um Conjunto de Mandelbrot.
Benoît Mandelbrot, trabalhando na IBM©, criou no final dos anos 1970
a Geometria Fractal. Dentro desta Geometria insere-se o Conjunto de
Mandelbrot (CAPRA, 2006). Seguindo um algoritmo matemático
extremamente simples, porém retroalimentado pela autossimilaridade, o
Conjunto de Mandelbrot produz uma variedade infinita e imprevisível de
formas e beleza. Também denominado poeticamente pelos matemáticos
como “a digital de Deus”, o Conjunto de Mandelbrot, visualizado na
Figura 7A, é definido pela seguinte equação: .
Embora compondo uma única unidade, poder-se-ia tentar ―anatomizar‖
o Conjunto de Maldelbrot em supostos elementos contituintes, levando-se
em consideração a forma e o halo ao seu redor. Com este critério, obter-se-
ia um conjunto de três elementos, 1, 2 e 3 (Figura 7B). Observa-se na
Figura 7B que na estrutura básica na seção I há vários elementos II sobre
sua superfície, em diferentes escalas de tamanho, diferenciados de III pelo
formato do halo. Assim, com apenas três elementos, operando pelo
algoritmo , obtém-se uma quantidade infinita de formas
complexas, como demonstrado na Figura 8 (A), (B), (C) e (D).
Artigo Possibilidades de uma Teoria Espírito-Matemática da Comunicação
33
Isso levaria a supor que, se houvessem apenas três ―Dons Originais‖,
―Pacotes‖ ou ―Blocos‖ na Potência, descritos por uma simples equação de
A. Mayer
34
autossimilaridade semelhante à , poder-se-ia obter uma série
incomensuravelmente maior de ―Dons Derivados‖ na Existência.
As possibilidades de Dons Derivados e suas formas geométricas
seriam ampliadas se, ao invés de 3, houvesse um conjunto finito de 5
elementos de mesma probabilidade de escolha. Como exemplo meramente
ilustrativo, poder-se-ia citar os sólidos perfeitos de Platão como um
conjunto contendo 5 estruturas estáveis ou Dons. O tetraedro (estrutura
tridimensional contendo 4 faces triangulares), o cubo (estrutura
tridimensional contendo 6 faces quadradas), o octaedro (estrutura
tridimensional contendo 8 faces triangulares), o dodecaedro (estrutura
tridimensional contendo 12 faces pentagonais) e o icosaedro (estrutura
tridimensional contendo 20 faces triangulares) correspondem a dados de
jogo que têm todas as faces com a mesma probabilidade de escolha. A
partir da configuração estrutural destes 5 sólidos, com uma equação de
autossimilaridade apropriada, poder-se-ia compor formas espaciais muito
mais complexas do que as do Conjunto de Mandelbrot.
Portanto, seria mais interessante à Inteligência Cósmica (por sua
absoluta eficiência e funcionalidade) ao invés de ter-se um conjunto
enorme de Dons Originais na Potência, dispor do menor conjunto possível
destes de forma que, operando por uma equação adequada de
autossimilaridade, gerassem uma quantidade infinita e imprevisível de
Dons Derivados na Existência.
Artigo Possibilidades de uma Teoria Espírito-Matemática da Comunicação
35
222... LLLOOOGGGAAARRRIIITTTMMMOOO,,, BBBIIITTT EEE OOO TTTEEEOOORRREEEMMMAAA FFFUUUNNNDDDAAAMMMEEENNNTTTAAALLL DDDEEE UUUMMMAAA
TTTEEEOOORRRIIIAAA EEESSSPPPÍÍÍRRRIIITTTOOO---MMMAAATTTEEEMMMÁÁÁTTTIIICCCAAA DDDAAA CCCOOOMMMUUUNNNIIICCCAAAÇÇÇÃÃÃOOO
Partindo-se da hipótese de que o número de mensagens no conjunto é
finito, este número finito de mensagens ou qualquer função monotônica
associada a este número seria considerada uma medida da Informação
produzida quando uma mensagem for escolhida. Como sugerido por
Shannon, a escolha mais natural para esta função é defini-la como uma
função logarítmica. Embora afirma Shannon que esta definição tenha que
ser suficientemente generalizada quando consideramos a influência da
estatística da mensagem e quando nós temos uma variação contínua de
mensagens, considerar-se-á utilizar uma medida essencialmente
logarítmica.
A medida logarítmica é a mais conveniente a se empregar por várias
razões:
1. Ela é praticamente a mais utilizada nos parâmetros de maior
relevância na Engenharia, uma vez que o tempo, a amplitude de
faixa, etc., tendem a variar linearmente com o logaritmo do
número de possibilidades. Da mesma forma, parâmetros da
Fisiologia e da Psicofísica, tais como a sensibilidade de um
receptor neuronal de dor e de pressão, através da Lei de Weber-
Fechner, também operam em função logarítmica;
2. A mensuração logarítmica é útil quando nós intuitivamente
mensuramos grandezas por comparação linear com padrões
comuns;
3. Ela é matematicamente mais apropriada, por exemplo, para tornar
mais simples a interpretação de operações de limite, envolvendo
séries e integrais.
A escolha de uma base logarítmica, conforme Shannon, corresponde à
escolha de uma unidade para mensuração de Informação. Se a base 2 for
utilizada, a unidade resultante pode ser chamada de Dígito Binário (BInary
DigiT, ou bit). Um sistema com duas posições estáveis pode armazenar 1
bit de informação. Por exemplo, são sistemas com duas posições estáveis:
a. O lançamento de moedas para avaliar se ―cara‖ ou ―coroa‖;
b. A utilização de runas ou búzios para uma interpretação oracular
simples de ―Sim‖ para ―aberto‖ e ―Não‖ para ―fechado‖;
c. O sistema de comunicação do Aparelho de Alma na região
torácica, através da sensação de aconchego, interpretado como um
―Sim‖, e através da sensação de aperto e dor, interpretado como
um ―Não‖, segundo a proposição de Calunga (200?).
A. Mayer
36
Basicamente, é no exemplo (c), amplamente documentado e validado
pela Interpretação de Gasparetto como um sistema psicoastral funcional de
conexão entre o Eu Consciente e o Espírito Individual, em que
fundamenta-se toda a Matemática empregada em uma Teoria Espírito-
Matemática da Comunicação. O exemplo (c) demonstra intuitivamente
que a Conexão Espiritual Consciente (através de duas sensações torácicas
estáveis: ―expansão‖ e ―contração‖) pode ser plenamente matematizada
pelo fato desta operar em um sistema binário contendo 1 bit de
Informação.
Segundo Shannon, sistemas com duas posições estáveis podem
armazenar N bits de informação, desde que o número total de estados
possíveis seja e o .
Para compreender-se melhor a Matemática envolvida na mensagem
dada pela Alma, é interessante observar alguns tipos de mensagens
produzidas por uma Fonte de Informação citadas por Shannon:
(a) Uma sequência de símbolos ou signos;
(b) Uma função simples de tempo f(t);
(c) Uma função de tempo e outras variáveis – nesse caso a
mensagem pode ser pensada como uma função f(x,y,t) de dois
espaços coordenados e tempo: a intensidade do biofóton
carreando Informação no ponto (x,y) e o tempo t; isto poderia
ser empregado futuramente em algum processo de
comunicação Espírito/Eu consciente envolvendo fibras óticas,
o timo e as glândulas encefálicas;
(d) Duas ou mais funções de tempo, quais sejam f(t), g(t) e h(t) –
se o sistema é estendido para atender a vários canais
individuais;
(e) Várias funções de várias variáveis – a mensagem consiste de
três funções f(x,y,t), g(x,y,t), h(x,y,t) definidas em um contínuo
tridimensional ou também como componentes de um campo
vetorial definido na região.
Dentre os tipos de mensagem em um Sistema de Comunicação, o tipo
de mensagem (c) chama-nos a atenção por ser uma função de três
variáveis f(x,y,t) que poderia adequar-se imediatamente ao modelo mais
básico de comunicação Espírito/Eu Consciente. Considerando-se o
complexo Espírito/Alma como uma Fonte de Informação, a mensagem
mais simples produzida é através de ―sim‖ e ―não‖ pela sensação de
aconchego ou aperto no peito. Esta forma mais básica ou ―primitiva‖ de
comunicação consciente será o foco principal deste artigo.
Artigo Possibilidades de uma Teoria Espírito-Matemática da Comunicação
37
Sendo a sensação no peito determinada por um operador matemático
onde aplica-se o limiar de dor; de um lado deste limiar tem-se um
―aconchego‖, ―toque‖ ou ―carícia‖, tal como um ―Toque da Existência‖
conforme citado por Calunga; de outro lado tem-se a sensação da
contração na região, ou dor. A sensação é descrita matematicamente pela
Lei de Weber-Fechner, através de um operador contendo comportamento
logarítmico definido por:
onde
N = Número de impulsos transmitidos pelo receptor sensorial em
função do tempo;
S = Intensidade da Sensação
Este sistema binário, com dois estados fixos (aconchego e dor),
comunicaria a mensagem mais simples da Alma como uma função de três
variáveis f(n,s,t) onde n é o número de impulsos sobre o receptor de
pressão, s é a intensidade da sensação e t é o tempo dos impulsos na
sensação. Como fonte de estudos para se compreender melhor como o
Aparelho de Alma processaria a sensibilidade através da Sombra Sensória,
sugere-se fortemente o estudo de recentes próteses de mãos humanas com
captação da sensibilidade desenvolvidas por centros tecnológicos italianos
e japoneses. Revisitar estas próteses de última geração sob o olhar da IG
poderá oferecer valiosos subsídios para desenvolver-se uma série de
aplicações em Terapias de Resgate de pedaços de Alma e Espiritualização.
Assim sendo, o Teorema Fundamental da Teoria Espiritual Matemática
da Comunicação é:
Teorema Fundamental: dado que a Lei de Weber-Fechner para a
Sensibilidade define como um comportamento logarítmico a sensação de
contração dolorosa e de expansão aconchegante, e dado que a Alma
comunica-se no peito por estes dois estados estáveis de sensação, o
Sistema de Comunicação Espírito/Eu Consciente opera com uma
Quantidade de Informação igual a bits, desde que , para
perguntas e afirmações simples envolvendo respostas de dois estados
estáveis tais como ―sim‖ e ―não‖.
A. Mayer
38
333... OOOPPPEEERRRAAADDDOOORRREEESSS LLLÓÓÓGGGIIICCCOOOSSS LLLIIINNNEEEAAARRREEESSS EEE NNNÃÃÃOOO---LLLIIINNNEEEAAARRREEESSS
Caracterizar a Alma como um operador lógico é uma decorrência
direta da afirmação de Gasparetto (200?b) de que “a Alma é mais eficiente
do que o Tarot”. Levando-se em consideração que o Tarot somente opera
eficazmente através de uma precisão lógica na formulação de perguntas,
precisão lógica análoga à necessária a uma diretriz computacional,
instrução ou linha de programação, conclui-se que a Alma é um operador
lógico, todavia executando suas funções através de uma lógica complexa
superior à lógica linear empregada em máquinas computacionais.
Partindo-se da capacidade lógica da Mente ou Sombra Mental de,
através de sofismas, conseguir comprovar um pensamento num sentido e
depois, no sentido contrário, refutar este mesmo pensamento, por
intermédio de operações lineares, sugeriria que a Mente operaria relações
lógicas com canais de alimentação descritos por equações lineares. Ou
seja, a Mente seria um Operador Lógico de Canal Linear. Em outras
palavras, a lógica empregada pela Sombra Mental seria muito semelhante
à utilizada por máquinas computacionais. Sem embargo, este seria o
verdadeiro limite da biônica e da cibernética quanto à Inteligência
Artificial: a lógica complexa necessária à Inteligência é amplamente
desconhecida por ser uma lógica de Alma. Apenas o estudo profundo da
estrutura da Alma permitiria, ao Engenheiros Psico-cósmicos do futuro, a
construção de Inteligências Artificiais que poderiam individuar máquinas.
Dessa forma, Mente e Alma não seriam mais duas entidades de
categorias separadas, mas sim entidades de níveis diferentes de uma
mesma categoria. O fim dessa separação seria a garantia de conseguir-se
imediatamente produzir-se máquinas e aparelhos capazes de auxiliar o ser
humano a conectar-se cada vez mais com sua própria Alma.
Segundo Kardec (200?), a Mente possuiria 8 níveis, sendo que em
situações cotidianas as operações lógicas atingiriam geralmente até o 5°
nível. Os níveis da Mente sugeririam que, à semelhança da evolução
material cerebral em 3 níveis proposta por Paul MacLean (1°nível: cérebro
réptil; 2° nível: cérebro mamífero ou límbico; 3° nível: córtex cerebral) a
Mente astral evoluiria em níveis ou camadas. Potencialmente o 8° nível da
Mente seria uma interface com o 1° nível da Alma. Um maior
desenvolvimento desta hipótese encontra-se no Anexo 4.
Assim sendo, a diferença entre a Mente e a Alma, ambas interpretadas
como aparelhos lógicos, residiria na quantidade de canais de alimentação e
na capacidade do canal. Sendo correto o mecanismo evolutivo de
Espiritualização proposto no Anexo 4, não surpreenderia o fato de ambas,
Mente e Alma operarem em uma mesma categoria, diferenciando-se
Artigo Possibilidades de uma Teoria Espírito-Matemática da Comunicação
39
basicamente pelo número de canais que as alimentam e a capacidade de
processamento de Informação.
A. Mayer
40
444... AAASSS CCCIIINNNCCCOOO PPPAAARRRTTTEEESSS EEESSSSSSEEENNNCCCIIIAAAIIISSS DDDEEE UUUMMM SSSIIISSSTTTEEEMMMAAA DDDEEE
CCCOOOMMMUUUNNNIIICCCAAAÇÇÇÃÃÃOOO TTTRRRAAANNNSSSCCCEEENNNDDDEEENNNTTTEEE
Segundo Shannon (1948), um Sistema de Comunicação possui cinco
partes essenciais: (1) uma Fonte de Informação, produzindo uma
mensagem; (2) um Transmissor; (3) um Canal; (4) um Receptor e (5) uma
Destinação.
(1) Uma Fonte de Informação produz uma mensagem ou sequência de
mensagens para ser comunicada no terminal Receptor;
(2) Um Transmissor, o qual opera na mensagem de alguma maneira
para produzir um sinal adequado para transmissão ao longo do
Canal;
(3) O Canal, que é efetivamente o meio utilizado para transmitir o
sinal do Transmissor para o Receptor. Ele pode ser um cabo, um
nervo sintético, uma faixa de frequência, um raio ou feixe de luz,
uma fibra ótica, etc.;
(4) O Receptor, que geralmente atua na operação inversa feita pelo
Transmissor, reconstruindo a mensagem de seu sinal;
(5) A Destinação, que é a pessoa para a qual a mensagem é
endereçada.
Considerando-se o Complexo Alma/Sombra Sensória como um
Transmissor, seria ele que operaria sobre a mensagem para produzir um
sinal adequado para a transmissão ao longo do Canal. Esta operação
consistiria na ação da Sombra Sensória que converteria ou associaria o
biofóton emitido pela Alma, carreando Informação, a um impulso elétrico.
Ao longo do circuito de comunicação, seria este impulso que atuaria sobre
os íons Ca++
do sarcoplasma como um comando para contrair ou relaxar as
fibras musculares da região do peito próxima ao timo.
O Canal de comunicação entre o Espírito/Eu Consciente seria uma
faixa de Frequência Cósmica Individual Temporal através da qual o
Espírito transmitiria a Informação da Potência para a Existência.
Chama-se aqui de ―Temporal‖ ou ―Temporário‖ para distinguir-se de
―Original‖. A faixa de Frequência Cósmica Original que descreveria o
Espírito na Potência excitaria tão intensamente a energia do Sistema de
Sombras que o desintegraria. Possivelmente, o Espírito de uma pessoa
operaria originariamente na Potência em algo que na Existência
corresponderia à radiação gama, encontrada por exemplo em um quasar,
algo superior à frequência de 1022
Hz com comprimentos de onda menores
do que 10-14
m (menores que 1 ). Todavia, raios infinitamente menos
intensos, como determinadas radiações ultravioletas com frequências em
Artigo Possibilidades de uma Teoria Espírito-Matemática da Comunicação
41
torno de 1016
Hz com comprimentos de onda em torno de 10-8
m ( m e nm)
já ocasionam severas disfunções e desintegrações em nosso Sistema
Celular de Informação, conhecidas popularmente como ―câncer‖. A
solução seria o Espírito restringir a sua Frequência Cósmica de Expressão
ao transferir-se da Potência para a Existência, oferecendo um tempo
evolutivo para que o Eu Consciente conseguisse recepcionar, ao longo de
várias reencarnações, um estoque cada vez maior de Informação. Esta
restrição deveria ser, potencialmente, da radiação gama para níveis
inferiores à radiação ultravioleta, que é igualmente cancerígena.
Levando-se também em consideração que frequências muito baixas
(tais como as micro-ondas na faixa entre 0,3 x 106
Hz e 300 x 106
Hz)
causariam câncer, a frequência de operação do Espírito deveria estar em
uma faixa não muito distante do espectro visível, algo na faixa entre 4,0 x
1014
Hz (vermelho) e 8,0 x1014
Hz (violeta). Ou seja, uma quantificação
especifica plenamente associada à expressão da individualidade de uma
pessoa, uma mensuração em Hz que descreveria a manifestação do
Espírito individualíssimo de uma pessoa, seria um número
aproximadamente no intervalo entre 4,0 x 1014
Hz e 8,0 x1014
Hz. Assim
sendo, em terahertz (THz) e em nanômetros (nm), o número que
descreveria a expressão do Espírito Diferente, Individual e Único de uma
pessoa estaria aproximadamente no intervalo entre 400 THz e 800 THz,
com o número de comprimento de onda associado entre 740 nm e 380 nm.
Desta forma, o Espírito na Potência modularia a sua faixa de
Frequência Cósmica Original, e com isso o volume de Informação
transferido para a Existência, através de uma faixa de Frequência
Individual Temporal, ou seja, por meio de uma faixa de frequência de
emissão de biofóton absolutamente individual e adequada a um período de
tempo. Este intervalo de tempo estaria em função tanto da capacidade
máxima de Estoque Individual de Informação que uma pessoa poderia
alcançar em uma única encarnação, quanto da capacidade máxima de
Estoque “Homo sapiens” de Informação, ou seja, a capacidade máxima de
Informação que nossa espécie é capaz de estocar sem perder sua
integridade ou ―desintegrar-se‖ (Anexo 3).
O Receptor estaria em um interação entre a rede neuronal do Sistema
Nervoso e o Sistema Endócrino associado ao SNC. Essa interação
converteria novamente a Informação, carreada pelo pulso elétrico, em seu
formato original de biofóton. Levanta-se a hipótese de que a glândula
pineal estaria envolvida neste processo de reconversão para biofóton,
inclusive seus cristais de hidroxiapatita organizados concentricamente.
A Destinação seria a função superior de Consciência do Córtex
Cerebral, o Eu Consciente, que interpretaria a mensagem recebida através
A. Mayer
42
de um código binário. Este código permite uma forma rudimentar mas
funcional de comunicação consciente, onde uma contração equivale a um
―não‖ e uma relaxação equivale a um ―sim‖.
Artigo Possibilidades de uma Teoria Espírito-Matemática da Comunicação
43
555... OOO SSSIIISSSTTTEEEMMMAAA DDDEEE CCCOOOMMMUUUNNNIIICCCAAAÇÇÇÃÃÃOOO TTTRRRAAANNNCCCEEENNNDDDEEENNNTTTEEE,,, SSSIIISSSTTTEEEMMMAAA
CCCOOONNNTTTÍÍÍNNNUUUOOO,,, SSSIIISSSTTTEEEMMMAAA DDDIIISSSCCCRRREEETTTOOO EEE DDDOOONNNSSS DDDOOO EEESSSPPPÍÍÍRRRIIITTTOOO
Dentro de uma visão de Sistemas de Comunicação Prosaicos, Shannon
os classifica em três categorias: Discretos, Contínuos e Mistos. Para esse
autor, um Sistema Discreto é aquele no qual tanto a mensagem quanto o
sinal são uma sequência de símbolos discretos como, por exemplo, o caso
onde a mensagem é obtida por um tempo maior ou menor de transferência
de um pulso elétrico ou ausência deste. Por sua vez, um Sistema Contínuo
é aquele no qual tanto a mensagem quanto o sinal são tratados como
funções contínuas, isto é, em sistemas que captam sinais ondulatórios,
descritos por frequências. E um sistema misto é aquele no qual existem
tanto variáveis discretas quanto contínuas.
Sustenta-se neste artigo que o Sistema de Comunicação Transcendente
Espírito/Eu Consciente seria um Sistema Contínuo, uma vez que a
Informação seria carreada por biofótons operando matematicamente em
uma função de onda, que é uma função contínua. O caráter ondulatório e
transmissivo da Informação por meio de biofóton foi discutido na Parte IV
deste artigo.
Segundo Shannon, nós podemos interpretar uma fonte discreta como
sendo uma geradora de mensagem símbolo por símbolo. Seriam
escolhidos sucessivos símbolos dependendo de certas probabilidades, em
geral envolvendo escolhas precedentes de símbolos bem como o símbolo
particular em questão. Dessa forma, este sistema real ou um modelo
matemático idealizado que produza uma sequência de símbolos
governados por um conjunto de probabilidades, seria um Processo
Estocástico. Isso poderá fazer com que até mesmo Fontes Contínuas de
Informação sejam interpretadas como Discretas por alguns processos
envolvendo a transmissão como ―pacotes fechados‖, tais como um número
inteiro ou símbolo que descreveria um elemento de um conjunto finito.
De forma mais genérica, pode-se afirmar que qualquer tipo de
evolução temporal, quer seja determinística ou essencialmente
probabilística, que puder ser analisada em termos de probabilidade, poderá
ser descrita como um Processo Estocástico.
As amplas possibilidades dos Processos Estocásticos, quanto à
transmissão de Informação, são exploradas por Shannon (1948), através
dos seguintes exemplos elucidativos de linguagens artificiais, onde estes
processos também podem definir a produção de um texto consistindo de
uma sequência de ―palavras‖. Supondo-se que há cinco letras, ―A‖, ―B‖,
A. Mayer
44
―C‖, ―D‖ e ―E‖ e 16 ―palavras‖ nesta ―língua‖ com as seguintes
probabilidades associadas:
Supondo-se que as sucessivas ―palavras‖ são escolhidas
independentemente e que são separadas por um espaço, uma típica
mensagem poderia ser:
DAB EE A BEBE DEED DEB ADEE ADEE EE DEB BEBE
BEBE BEBE ADEE BED DEED DEED CEED ADEE A DEED
DEED BEBE CABED BEBE BED DAB DEED ADEB.
Se todas as palavras possuírem um comprimento finito, a descrição
pode ser simples em termos de estrutura da palavra e probabilidades.
Poder-se-ia também, nestes exemplos, generalizar e introduzir
probabilidade de transição entre palavras, etc.
Estas línguas artificiais foram utilizadas na construção de simples
exemplos apenas para ilustrar as várias possibilidades. Uma aproximação
de ordem zero é obtida escolhendo todas as letras independentemente, mas
com cada letra tendo a mesma probabilidade que teria em uma língua
natural. Portanto, na aproximação de primeira ordem, em Inglês, ―E‖
possui probabilidade de escolha 0,12 (pois esta é a frequência média em
Inglês) e ―W‖ possui probabilidade 0,02; todavia não há influência entre
letras adjacentes para formar digramas preferenciais tais como ―TH‖,
―ED‖, etc. Na aproximação de segunda ordem, uma estrutura digrama é
introduzida. Em seguida uma letra é escolhida, e a próxima unidade é
escolhida de acordo com a frequência na qual várias letras seguem esta
primeira unidade. Para isto necessita-se de uma tabela de frequências
digrama . Na aproximação de terceira ordem, uma estrutura trigrama
é introduzida, onde cada letra é escolhida pelas probabilidades das quais
dependem as duas letras anteriores.
Para dar uma ideia visual de como essas séries de processos artificiais
aproximam-se de uma linguagem natural, sequências típicas de
aproximação para o Inglês são dadas a seguir. Em todos os casos
considerou-se um ―alfabeto‖ de 27 símbolos, com 26 letras e um espaço:
1. Aproximações de ordem zero (símbolos independentes e
equiprováveis):
Artigo Possibilidades de uma Teoria Espírito-Matemática da Comunicação
45
XFOML RXKHRJFFJUJ ZLPWCFWKCYJ
FFJEYVKCQSGHYD QPAAMKBZAACIBZLHJQD
2. Aproximações de primeira ordem (símbolos independentes porém
com as frequências de textos em Inglês):
OCRO HLI RGWR NMIELWIS EU LL NBNESEBYA TH EEI
ALHENHTTPA OOBTTVA NAH BRL.
3. Aproximações de segunda ordem (com uma estrutura digrama
como no Inglês):
ON IE ANTSOUTINYS ARE T INCTORE ST BE S DEAMY
ACHIN D ILONASIVE TUCOOWE AT TEASONARE FUSO
TIZIN ANDY TOBE SEACE CTISBE.
4. Aproximações de terceira ordem (com uma estrutura trigrama
como no Inglês):
IN NO IST LAT WHEY CRATICT FROURE BIRS GROCID
PONDENOME OF DEMONSTURES OF THE REPTAGIN IS
REGOACTIONA OF CRE.
5. Em aproximações de primeira ordem para palavras, prosseguindo
como um tetragrama, a estrutura (...,n-grama) é melhor para saltar
deste ponto até as unidades de palavras. Aqui as palavras são
escolhidas independentemente, porém possuem suas frequências
apropriadas:
REPRESENTING AND SPEEDILY IS NA GOOD APT OR
COME CAN DIFFERENT NATURAL HERE HE THE IN
CAME THE TO OF TO EXPERT GRAY COME TO
FURNISHES THE LINE MESSAGE HAD BE THESE.
6. Aproximações de segunda ordem para palavras. Neste exemplo a
probabilidade de transição de palavras está correta, porém não
estão incluídas estruturas adicionais:
THE HEAD AND IN FRONTAL ATTACK ON AN ENGLISH
WRITER THAT THE CHARACTER OF THIS POINT IS
THEREFORE ANOTHER METHOD FOR THE LETTERS
THAT THE TIME OF WHO EVER TOLD THE PROBLEM
FOR AN UNEXPECTED.
À semelhança de um texto escrito em Inglês cotidiano, estas
mensagens tem a sua quota de ―noticiabilidade‖ ou sentido aumentado em
cada um dos passos demonstrados anteriormente. Observa-se que estas
amostras têm estruturas bem sensatas, com qualidade variando conforme a
estrutura de construção dada. Portanto, em (3) o processo estatístico
assegura um texto medíocre para sequências de duas letras, porém
sequências de quatro letras desta amostra podem muito raramente adequar-
se em uma sentença razoável. Já em (6) as sequências de quatro ou mais
palavras podem ser facilmente colocadas em sentenças razoáveis. A
A. Mayer
46
sequência específica de dez palavras “attack on an English writter that the
character of this” tem algum sentido. Ela aparece quando há um processo
estocástico suficientemente complexo que dará uma representação
satisfatória de uma Fonte Discreta.
Nesse sentido, ao substituirmos a interpretação de letras, dada por
Shannon, por uma interpretação de Dons, a passagem de (3) para (6)
demonstraria que, se empregássemos a formulação de um Processo
Estocástico suficientemente complexo, poder-se-ia compreender
eficientemente a dinâmica da expressão dos Dons do Espírito na
Existência. Esse maior entendimento favorecia sobremaneira a cooperação
individual consciente de cada pessoa ao Projeto Divino de seu próprio
Espírito ao permitir que o Eu Consciente tomasse conhecimento das linhas
gerais deste projeto de expressão inteligente e organizado de Dons
realizado pelo seu próprio Espírito. Mas, para tanto, a Espiritualização
necessitaria ser compreendida não apenas como um processo filosófico,
mas também como um Processo Estocástico.
Portanto, quanto maior for a complexidade do Processo Estocástico
formulado para descrever matematicamente a transferência de um Dom ou
Mensagem do Espírito da Potência para a Existência, maior será a clareza
com que o Eu Consciente a interpretará, ampliando a sua própria
capacidade de colaboração com seu processo pessoal de Espiritualização.
A respeito da natureza da Fonte de Informação, mesmo que o Espírito
opere como uma Fonte Contínua através de uma frequência de irradiação,
podemos interpretá-lo como uma Fonte Discreta se considerarmos cada
Dom como um ―bloco‖ ou ―pacote‖ de Informação, e a nossa escolha na
expressão destes Dons como sendo:
a. Uma escolha a partir de um conjunto finito de Dons Originais D1,
D2,..., Dn.
b. Uma escolha que envolve uma probabilidade dependente de um
estado anterior. Como um exemplo hipotético, tomemos o Dom
para escrever romances, genericamente ―DR‖. Este Dom
dependeria de um estado anterior composto por vários Dons em
sequência ordenada, tais como: uma rede sináptica neuronal
funcional ―DN‖; o domínio de uma língua escrita ―DL‖; e
finalmente o domínio de uma estética de escrita ―DE‖.
c. Conhecendo-se a natureza de cada elemento do conjunto finito de
Dons Originais D1, D2,..., Dn, e o algoritmo empregado para
realizar suas junções ao longo do tempo em que se produzem os
Dons Derivados, como um DR, este poderia ser ―decomposto‖
sucessivamente em uma escala de tempo em dons cada vez mais
antigos, traçando-se uma ―genealogia‖ de Dons. Igualmente, a
Artigo Possibilidades de uma Teoria Espírito-Matemática da Comunicação
47
composição de DR poderia ser descoberta, sabendo-se que a
composição de DR obedeceria a um algoritmo em que sua
totalidade é maior do que a soma das partes.
Assim, sendo, a expressão de qualquer que fosse o Dom seria um
Processo Estocástico dependente de um estado anterior. Cada Dom seria
uma escolha realizada em função do tempo, dependente de escolhas de
Dons anteriores e das necessidades específicas de interação entre eles para
que um Dom almejado pudesse emergir, como por exemplo, o Dom de
redigir romances ou roteiros. Este Processo Estocástico dependeria de um
ainda desconhecida algoritmo probabilístico da Matemática da
Complexidade, motivo pelo qual não poderíamos controlar o caminho da
expressão de um Dom e nem prever quando este emergiria. Todavia, no
caso da expressão do Dom de redigir romances ou roteiros, saberíamos
controlar algumas de suas variáveis para garantir a sua expressão em um
momento indefinido, variáveis tais como o bom conhecimento da língua
materna e a capacidade de fazer com que o leitor/espectador interaja
emocionalmente com o texto produzido.
Se substituirmos a palavra ―Dom‖ pela palavra ―Projeto‖, o resultado
seria semelhante. Controlar o caminho pelo qual se realizaria um projeto
de amor, de maternidade, de empreendedorismo, etc., é citado
repetidamente por Kardec, Mauá e outras entidades como algo impossível.
Matematicamente, o desconhecimento do algoritmo em que a junção de
Dons operaria seria a causa dessa incapacidade de gerenciar o caminho em
nível consciente. Todavia, o Conjunto de Mandelbrot demonstra que
organizações muito complexas surgem através de equações muito simples
de autossimilaridade. Dessa forma, quando conhecermos elementos
suficientes dessa simples equação, através de um entendimento ampliado
por uma cada vez maior transmissão de Alma, a capacidade de
gerenciamento do caminho pelo qual os Dons do Espírito se expressam na
Existência constituirá uma Arte e uma Ciência plenamente dominadas pelo
Eu Consciente.
A. Mayer
48
666... AAA IIINNNDDDIIIVVVIIIDDDUUUAAAÇÇÇÃÃÃOOO EEESSSPPPIIIRRRIIITTTUUUAAALLL CCCOOOMMMOOO EEESSSCCCOOOLLLHHHAAA,,, IIINNNCCCEEERRRTTTEEEZZZAAA EEE
EEENNNTTTRRROOOPPPIIIAAA
Kardec (200?) define a Individuação como sendo a expressão da
diferença do Espírito, através de seus Dons únicos e inimitáveis. Em
outras palavras, individualizar-se significa espiritualizar-se. Segundo
Kardec “na verdade, tudo se mantém num grande todo, absoluto. É a
Consciência que individualiza. Somos uma grande massa de seres única,
divina, ou seja como você quiser chamar essa massa, mas ao mesmo
tempo dentro dela a Consciência individualiza. A Individualidade não é
exatamente o que você é mas a diferença com o outro. Você não é, você é
apenas a diferença”.
Mais adiante, Kardec completa ao afirmar que ―estamos todos
absolutamente em uma coisa só, no entanto o fenômeno dentro dessa
totalidade é a Consciência, a individualização é a percepção das
diferenças e a percepção das diferenças chama-se „contato‟. Só há
contato quando há diferença. Você jamais sentiria contato se tudo tivesse
à mesma temperatura, não é verdade? São as diferenças de temperatura
que fazem com que você perceba que você está pegando alguma coisa,
algum objeto. Ora, o contato existe portanto existe experiência, vivência,
porque existe o fenômeno que a Consciência cria e individualização, que é
a apreciação das diferenças. Só se houver diferenças há contato e há
Consciência. Ora, desde que a Consciência se individualiza, o fluxo do
desenvolvimento dela está dentro da individualidade, portanto a
Consciência escolhe, a Consciência crê, com seu Ser ou com o Ser de
todos e ao colocar o Ser de todos ela cria para si e transforma para si o
seu processo de vivência, consciência e expansão”.
Calunga (20?), nesse mesmo sentido, afirma que “Diferença é mérito!
Diferença é a existência! Se você não fosse diferente, você não existia.
Porque você é diferente a gente percebe que você é você, então, é
presente! É mérito, é abundância da Criação que não repete nada.
Diferença é uma riqueza, gente!”
Shannon (1948) foi o primeiro autor da história da Humanidade a
associar a Informação com a Diferença. Ao fazê-lo, Shannon atrelou esta
Diferença a uma grandeza da Física, mais especificamente da
Termodinâmica, chamada Entropia (H). Antes de Shannon, a Entropia
estava apenas associada à desordem de um Sistema, através de uma
abordagem focada na dissipação da energia definida por Boltzmann.
Todavia, Shannon percebeu que a Diferença (aquilo que eleva,
potencializa ou exalta a quantidade de Informação de uma mensagem)
estava intrinsecamente ligada à escolha e à Entropia. Falar em Entropia,
Artigo Possibilidades de uma Teoria Espírito-Matemática da Comunicação
49
para Shannon, equivale a falar em Diferença e Quantidade de Informação
na Mensagem.
Dentro de uma visão de Espiritualização, uma Matemática da
Diferença como Entropia e Quantidade de Informação levaria a uma série
de implicações sociais muito profundas, que demonstrariam
inequivocamente que a os discursos sociais, políticos, econômicos,
científicos, filosóficos, religiosos, etc. de homogeneização, de
padronização, de “um guia e modelo” para todos e de desrespeito à livre
expressão da diferença de cada pessoa seriam discursos anti-
Espiritualização que deveriam absolutamente ser evitados. O respeito à
Diferença não seria mais apenas um discurso filosófico: seria também
matemático.
A abordagem matemática da Diferença, associada à Entropia,
igualmente levaria a uma série de aplicações tecnológicas nas áreas de
Saúde e Educação. Algumas destas aplicações são discutidas nos Anexos 6
e 7 deste artigo.
Shannon (1948), através destes conceitos, nos ofereceria pistas para
matematizar-se a expressão dos Dons do Espírito de cada pessoa. Levanta
o autor uma situação simplificada de mensagem e Informação para
responder à seguinte pergunta:
“É possível encontrar uma mensuração de quanta „escolha‟ está
envolvida na seleção do evento ou de quão incertos nós estamos quanto ao
resultado?”
Suponhamos que tem-se um conjunto de possíveis eventos cujas
probabilidades de ocorrência são . Estas probabilidades são
conhecidas mas isso é tudo que sabe-se em relação a qual evento irá
ocorrer. Se há tal mensuração, dita , é razoável requerer
dela as seguintes propriedades:
1. H seria contínua em .
2. Se todos as são iguais, , então H seria uma função
crescente monotônica de n. Com eventos igualmente prováveis,
havendo mais eventos possíveis também haverá mais escolha ou
incerteza.
3. Se uma escolha for interrompida entre duas escolhas sucessivas, a
H original seria a soma ponderada dos valores individuais de H. O
significado disto é ilustrado na Figura 9, extraída de Shannon. À
esquerda desta figura há três possibilidades
. À direita, nossa primeira escolha entre duas
A. Mayer
50
possibilidades, cada uma com probabilidade , e se a segunda
ocorre pode ocorrer outra escolha com probabilidades .
Figura 9 — Decomposição de uma escolha de três possibilidades. In: Shannon,
1948.
O resultado final resultante tem a mesma probabilidade de antes.
Exige-se, neste caso especial, que
O coeficiente é porque esta segunda escolha ocorre somente na
metade das vezes.
Através deste exemplo simples, poder-se-ia desenvolver-se um
mecanismo essencialmente técnico de compreensão da expressão dos
Dons, de forma que cada pessoa pudesse ser mais eficientemente
auxiliada, por um Aconselhamento Terapêutico, a expressá-los. A
ramificação de probabilidade na Figura 9 mostraria um caminho ou
Projeto, onde Dons Primitivos dariam origem a Dons Derivados,
associados a uma processo probabilístico e a uma Entropia. Esta
―derivação‖ estaria diretamente associada à Individuação, Diferenciação
ou Espiritualização.
Todavia, através de um famoso exemplo ilustrativo da Análise
Estatística de Projetos, pode-se saber que para um projeto que se tenha,
por exemplo, 35 grandes escolhas diferentes disponíveis em seu início,
estas escolhas rapidamente envolveriam uma série de escolhas secundárias
associadas que, rapidamente, derivariam as apenas 35 escolhas iniciais em
35 bilhões de escolhas diferentes. Essa exponenciação de escolhas tornaria
absolutamente impossível a compreensão de um projeto específico. O
mesmo se poderia dizer para a compreensão da dinâmica do surgimento de
Dons.
Artigo Possibilidades de uma Teoria Espírito-Matemática da Comunicação
51
Entretanto, através da Teoria Matemática da Decisão, poder-se-ia
rapidamente reduzir a análise de 35 bilhões de projetos para algo em torno
de apenas 1000. A Teoria da Decisão trabalha essencialmente com a
ordenação de escolhas por grau de importância, de forma que ao elencar
um pequeno conjunto de decisões de maior peso, uma grande parte de
decisões de menor peso são descartadas, o que otimiza a própria tomada
de decisão e o próprio processo de expressão consciente dos Dons do
Espírito na Existência. Ao eliminar-se uma decisão de grau elevado no
início do processo, elimina-se uma série de perturbações associadas a esta
decisão que atrapalhariam a escolha de outras, aumentando-se a eficiência.
Repetindo-se reiteradamente esta eliminação, a eficiência no processo de
expressão dos Dons na Existência aumenta cada vez mais, tornando-se
exponencialmente mais rápida e eficiente a cada eliminação. Dessa forma,
a Teoria Matemática da Decisão poderia ser uma auxiliar muito
promissora nos futuros estudos a respeito da expressão dos Dons do
Espírito da Potência para a Existência.
A. Mayer
52
777... UUUMMM AAALLLGGGOOORRRIIITTTMMMOOO PPPAAARRRAAA AAA IIINNNDDDIIIVVVIIIDDDUUUAAAÇÇÇÃÃÃOOO EEESSSPPPIIIRRRIIITTTUUUAAALLL OOOUUU
EEESSSPPPIIIRRRIIITTTUUUAAALLLIIIZZZAAAÇÇÇÃÃÃOOO
Considerando-se a Individuação Espiritual como o próprio processo de
Espiritualização, poder-se-ia desenvolver-se imediatamente ao menos o
esboço de um algoritmo que descrevesse este evento que é, sem sombra de
dúvida, o mais importante processo de toda a Existência.
Partindo-se de Kardec (200?) e de seus conceitos de circunstância e de
aprendizagem, definida a primeira como “a própria circunstância é o
Espírito sensibilizando” e definida a segunda como ―aprender é criar
circunstâncias para que o Espírito se mostre; são circunstâncias para o
Espírito vir, pedaço por pedaço, na sequência da própria programação de
cada Espírito. Por isso as circunstâncias são específicas a cada um, sejam
as circunstâncias da condição física, social ou espiritual” ter-se-ia que a
Espiritualização seria uma taxa global de eventos de Individuação
descritos por uma quantidade básica de eventos de Individuação somada a
uma distribuição de eventos de Individuação que seguem um evento
circunstancial, tais como, figurativamente, “réplicas seguindo um
terremoto”, ou seja, uma auto-excitação.
Nesse sentido figurado de “réplicas de terremoto”, a circunstância ou
crise, segundo Kardec, seria um ―integral primário‖ composto ou seguido
por vários eventos secundários.
Dessa forma, um algoritmo inicial que descrevesse a Espiritualização
poderia ser dado por
onde:
é a taxa global de eventos probabilísticos de Individuação ou
Espiritualização em função do tempo;
é a quantidade básica de eventos probabilísticos de Individuação que
geralmente ocorrem, também denominado de eventos probabilísticos
background de Individuação, ou Individuação de background;
g é a auto-excitação, ou seja, são os eventos probabilísticos de
Individuação, em um momento do tempo após um t, que seguem uma
circunstância específica (evento probabilístico inicial desencadeador)
ocorrida em um momento do tempo t. Ou seja, g é a Individuação
Circunstancial.
Artigo Possibilidades de uma Teoria Espírito-Matemática da Comunicação
53
Deste algoritmo inicialmente proposto para a Taxa de Espiritualização
em função do tempo, imediatamente resultariam possibilidades
interessantes de pesquisa caso simplificássemos a visualização da
expressão anterior e substituíssemos a relação de igualdade por uma
relação de autossimilaridade. Ao considerar-se os eventos background de
Individuação como sendo uma constante, genericamente c, e se
substituíssemos o termo para a auto-excitação
simplesmente por g, introduzindo-se ao mesmo tempo uma relação de
autossimilaridade, ter-se-ia ou
o que se aproximaria, interessantemente, do algoritmo que Mandelbrot
definiu para seu conjunto: .
Partindo-se dessa interessante observação, poder-se-ia supor que
haveria o Espírito (E) na Potência, à esquerda da relação, e o Espírito na
Existência (ou Eu Consciente) somado à uma constante, à direita da
relação:
Desenvolvendo-se futuramente o algoritmo acima, através de uma
equipe transdisciplinar de pesquisas, ter-se-ia uma possibilidade concreta,
objetiva e detalhada de explicar-se a necessidade da Existência para o
Espírito: o fato de o Espírito passar de E para (potencializar-se em n
dimensões) através da relação de autossimilaridade ( ) que alimenta
continuamente os termos à direita e à esquerda da relação, tornaria
genericamente esta explicação evidente por si só.
A. Mayer
54
888... AAA IIINNNFFFOOORRRMMMAAAÇÇÇÃÃÃOOO EEESSSPPPIIIRRRIIITTTUUUAAALLL EEE AAA EEENNNTTTRRROOOPPPIIIAAA
Supondo que o Espírito, como Fonte de Informação, esteja gerando
―pacotes‖ ou ―blocos‖ discretos de ―símbolos‖ denominados Dons.
Supondo que o processo seja com estados finitos, para cada estado
possível i haveria um conjunto de probabilidades produzindo os
vários símbolos possíveis j, e então haveria uma entropia para cada
estado. A entropia da fonte será definida como a média destes
ponderados de acordo com a probabilidade de ocorrência dos estados em
questão:
Esta seria a entropia do Espírito no estado de Potência para cada
―pacote de símbolos‖ ou Dom gerado para a Existência. Se está geração
está procedendo em uma taxa de tempo finito, haveria também uma
entropia por segundo,
onde é a frequência média (ocorrências por segundo) do estado i. Assim
sendo, a relação entre H e H‟ seria
onde m é o número médio de ―pacotes de símbolos‖ ou Dons gerados por
segundo, da Potência para a Existência. Portanto, H ou mediriam a
Quantidade de Informação, gerada pelo Espírito, por Dom ou por segundo.
Se a base do logaritmo for 2, eles representarão bits por ―pacote de
símbolos‖-Dom ou bits por segundo.
Artigo Possibilidades de uma Teoria Espírito-Matemática da Comunicação
55
999... AAA CCCAAAPPPAAACCCIIIDDDAAADDDEEE DDDOOO CCCAAANNNAAALLL EEE AAA EEENNNTTTRRROOOPPPIIIAAA
Um Canal Discreto, sem ruído, segundo Shannon, tem a seguinte
Capacidade C:
onde N(T) é o número de símbolos permitidos com duração T.
No caso de um Sistema de Comunicação Transcendente, a função N(T)
definiria o número de ―pacotes/blocos de símbolos‖ ou Dom que o canal
consegue transportar em um determinado tempo T.
A Capacidade do Canal é determinada pela entropia da Fonte, ou seja,
pela quantificação da capacidade de Individuação ou Diferenciação que o
Espírito possui ao transferir-se da Potência para a Existência.
A. Mayer
56
111000... AAA RRREEEDDDUUUNNNDDDÂÂÂNNNCCCIIIAAA DDDAAA MMMEEENNNSSSAAAGGGEEEMMM CCCOOOMMMOOO FFFAAATTTOOORRR
NNNEEECCCEEESSSSSSÁÁÁRRRIIIOOO ÀÀÀ RRREEEGGGEEENNNEEERRRAAAÇÇÇÃÃÃOOO DDDEEE DDDOOONNNSSS PPPEEERRRDDDIIIDDDOOOSSS
Segundo Shannon (1948), a taxa de entropia de uma Fonte de
Informação quanto ao valor máximo que ela poderia ter, embora ainda
restrita aos mesmos símbolos, seria chamada de entropia relativa. Esta
seria a máxima compressão possível ao codificar-se em uma mesma
linguagem. Ao mesmo tempo, um ―sinal de menos‖ na entropia relativa
seria a Redundância.
Dizer-se que a Redundância de uma linguagem, por exemplo, é de
50%, significa que quando utiliza-se esta linguagem, metade do que for
comunicado através dela estará determinado pela estrutura da linguagem e
apenas a outra metade será de livre-escolha.
A Redundância em linguagens determina o quanto uma mensagem
nesta linguagem pode ser recuperada ou restaurada quando uma fração
dela é apagada. Se for possível restaurar-se uma mensagem quando, por
exemplo, 50% dela for apagada, a Redundância nesta linguagem terá que
ser maior do que 50%.
A Redundância de uma linguagem também define um maior ou menor
sentido de uma mensagem e o número de dimensões espaciais em que esta
mensagem poderia ser expressada. Se a Redundância fosse zero, qualquer
sequência de símbolos conteria um sentido razoável nesta linguagem e
qualquer arranjo bidimensional deste símbolos comporia uma mensagem.
Se a Redundância fosse muito alta, a linguagem imporia tantas restrições
que novas mensagem seriam impossíveis, eliminando assim a livre-
escolha. Todavia, ao assumir-se a restrição imposta pela linguagem como
sendo uma razão caótica e de natureza randômica, mais mensagens seriam
possíveis para uma Redundância de 50%. Por sua vez, se a Redundância
fosse de 33%, já seriam possíveis mensagens tridimensionais tais como,
por exemplo, uma hipotética “molécula de DNA” com símbolos montados
em um simples suporte de metal de serralheria, como fizeram Watson e
Crick nos anos 1950.
Portanto, ao considerar-se o Eu Consciente (ou Espírito na Existência)
como sendo uma totalidade de uma Mensagem enviada pelo Espírito na
Potência, a regeneração da Informação, quer seja da estrutura do Sistema
de Sombras, quer seja o Resgate de pedaços de Alma, seria possível
apenas devido à Redundância da Mensagem. Uma Redundância cujo
percentual está condicionado à própria estrutura estatística da Linguagem
Informacional empregada pelo Espírito na Potência.
Artigo Possibilidades de uma Teoria Espírito-Matemática da Comunicação
57
111111... UUUMMMAAA MMMEEENNNOOORRR VVVEEELLLOOOCCCIIIDDDAAADDDEEE DDDEEE PPPRRROOOCCCEEESSSSSSAAAMMMEEENNNTTTOOO DDDOOO SSSIIISSSTTTEEEMMMAAA
DDDEEE SSSOOOMMMBBBRRRAAASSS SSSEEERRRIIIAAA NNNEEECCCEEESSSSSSÁÁÁRRRIIIAAA PPPAAARRRAAA UUUMMMAAA ÓÓÓTTTIIIMMMAAA
CCCOOODDDIIIFFFIIICCCAAAÇÇÇÃÃÃOOO DDDOOO EEESSSPPPÍÍÍRRRIIITTTOOO DDDAAA PPPOOOTTTÊÊÊNNNCCCIIIAAA PPPAAARRRAAA AAA EEEXXXIIISSSTTTÊÊÊNNNCCCIIIAAA
A expressão de Loyola, “a mente é muito burra” (LOYOLA;
GASPARETTO, 20??), se interpretada como uma lentidão de
processamento da Sombra Mental ou retardamento em relação ao
Aparelho de Alma, poderia configurar uma ―burrice‖ absolutamente
necessária para que a melhor codificação possível, empregada pelo
Espírito na Potência, pudesse ser efetuada.
Veja-se a hipótese de uma transmissão sem ruído, como propõe
Shannon para sistemas de comunicação prosaicos. A razão da taxa
momentânea de transmissão da Informação do Espírito para a capacidade
C do Canal poderia ser denominada de “eficiência do sistema de
codificação”. Isto seria igual à taxa da entropia momentânea da
Informação carreada pelo biofóton pelo Canal, visando a máxima entropia
ou individuação possível. A codificação compatibilizaria a Fonte ao Canal,
em um sentido estatístico, necessitando para isso de um retardamento.
A função principal deste retardamento seria permitir uma
razoavelmente boa compatibilidade de probabilidades correspondentes ao
comprimento das sequências de Informação do Espírito carreadas pelo
biofóton. Em geral, segundo Shannon, uma codificação ideal ou
aproximadamente ideal necessitaria de um longo retardamento no
transmissor e no receptor e, com um bom código, o logaritmo da
probabilidade recíproca de uma longa mensagem teria que ser
proporcional à duração do sinal correspondente.
A. Mayer
58
111222... RRRUUUÍÍÍDDDOOO,,, EEEQQQUUUIIIVVVOOOCCCAAAÇÇÇÃÃÃOOO EEE EEENNNTTTRRROOOPPPIIIAAA CCCOOONNNDDDIIICCCIIIOOONNNAAALLL
Dizer que há Ruído na transmissão da Informação do Espírito da
Potência para a Existência através do complexo Alma/Sombra Sensória
significa dizer que o sinal recebido pelo Eu Consciente e seu Sistema de
Sombras não é necessariamente o mesmo que o enviado pelo Transmissor
composto pelo operador lógico de Alma/Sombra Sensória.
Se o sinal nem sempre sofre a mesma mudança na transmissão, nós
podemos considerar o sinal recebido E como sendo uma função do sinal
transmitido S e uma segunda variável, o Ruído N:
O Ruído poderia ser considerado como uma probabilidade variável que
atua sobre a mensagem. Ele poderia ser representado por um conveniente
Processo Estocástico, de tal forma que o tipo mais geral de Canal Discreto
com Ruído seria considerado como uma generalização do Canal de estado
finito sem ruído.
Se o Ruído do Canal for alimentado por uma fonte (como por exemplo:
uma série de crenças cristalizadas da Sombra Mental; moléculas de toxinas
como Chumbo ou Organofosforados de agrotóxicos sobre a Sombra
Visceral; agressão eletromagnética de celulares e redes de alta tensão, etc.)
haveriam dois processos estatísticos atuando simultaneamente: a fonte e o
ruído. Portanto haveria um número de entropias que poderiam ser
calculadas. Primeiro, há a entropia H(x) da fonte ou do input para o Canal.
Segundo, a entropia do output do Canal, isto é, o sinal recebido, denotada
por H(y). No caso sem ruído . Terceiro, a entropia conjunta
de input e output, . Finalmente, haveriam duas entropias
condicionais, e , ou seja, a entropia do output quando o input
é conhecido e recíproco. Entre estas grandezas nós teríamos as seguintes
relações:
Todas essas entropias poderiam ser mensuradas em unidades por
segundo ou por símbolo.
Artigo Possibilidades de uma Teoria Espírito-Matemática da Comunicação
59
O Ruído ocasiona desaparecimento de Informação, que poderia ser
corrigida e recuperada. Evidentemente a correção apropriada seria
acrescentar novamente esta Informação transmitida que desapareceu no
sinal recebido, ou em outras palavras, empregar-se a incerteza quando nós
recebemos um sinal que nos foi enviado. Sabendo-se que a entropia é uma
medida de incerteza, percebe-se que seria razoável utilizar a entropia
condicional da mensagem, conhecendo-se o sinal recebido, como uma
medida do desaparecimento de Informação.
Seguindo esta ideia, a Taxa de Transmissão Atual, R, seria obtida pela
subtração da taxa de produção (isto é, a entropia da fonte) pela taxa média
da entropia condicional, ou seja:
Dessa forma, a entropia condicional poderia ser considerada
como o próprio cálculo da equivocação, que mediria a ambiguidade média
do sinal recebido.
Evidentemente a correção apropriada para aplicar na quantidade de
Informação transmitida será acrescentar esta Informação que desapareceu
no sinal recebido, ou alternativamente, a incerteza quando nós recebemos
um sinal que nos foi enviado. De nossa discussão prévia da entropia como
uma medida de incerteza, percebe-se ser interessante utilizar a entropia
condicional da mensagem, conhecendo-se o sinal recebido, como uma
medida do desaparecimento de Informação. Seguindo esta ideia, a Taxa de
Transmissão Atual, R, seria obtida pela subtração da taxa de produção
(isto é, a entropia da fonte) da taxa média da entropia condicional:
A entropia condicional será, por conveniência, o cálculo da
equivocação. Ela mede a ambiguidade ou discrepância média do sinal
recebido em relação ao transmitido.
A. Mayer
60
VVVIII... DDDEEEFFFIIINNNIIIÇÇÇÕÕÕEEESSS DDDEEE PPPAAARRRTTTIIIDDDAAA EEESSSTTTEEENNNDDDIIIDDDAAASSS PPPOOORRR
AAABBBOOORRRDDDAAAGGGEEEMMM LLLÓÓÓGGGIIICCCOOO---MMMAAATTTEEEMMMÁÁÁTTTIIICCCAAA AAAPPPÓÓÓSSS AAA
DDDIIISSSCCCUUUSSSSSSÃÃÃOOO ALMA: aparelho operador de relações lógicas com n canais de
alimentação. Aparelho Operador Lógico Dialógico Circular de Canal
Polinomial de Grau n >1. Aparelho Operador de Lógica Complexa.
MENTE: aparelho operador de relações lógicas com canal linear de
alimentação. Aparelho Operador Lógico Transmissivo Linear de Canal
Linear ou Canal Polinomial de Grau 1. Aparelho Operador de Lógica
Linear.
EXPRESSÃO DE UM DOM DO ESPÍRITO: Processo Estocástico
dependente de um estado anterior.
ESPIRITUALIZAÇÃO: processo de transferência de Informação
Espiritual da Potência para a Existência por meio do Operador Lógico de
Alma.
TEMC ou TE-MC: Teoria Espiritual Matemática da Comunicação ou
Teoria Espírito-Matemática da Comunicação é o estudo sistemático e
transdisciplinar dos processos de: transmissão, interação dialógica,
circularidade e retroação de Mensagem, Informação e dados
organizacionais entre o Eu Consciente e seu Espírito, bem como os
processos de comunicação internos nos Sistemas de Sombras, alimentados
pelo Espírito, processos de transmissão e interação de Informação
denominados de Espiritualização.
O termo ―Matemática‖ é inicialmente salientado, mesmo tratando-se de
um novo Saber transdisciplinar, como uma ―ação afirmativa‖ para
explicitar-se que a Espiritualização não é uma exclusividade das Ciências
Humanas, das Artes e da Filosofia, mas sim um Saber que sempre será
menos eficiente enquanto não englobar as Ciências Exatas. No momento
histórico em que as Ciências Exatas e Humanas estiveram adequadamente
coordenadas, momento em que o abismo entre elas não mais existir, o
termo ―Matemática‖ poderá ser removido, gerando-se uma Teoria
Espiritual Geral da Comunicação. Como um novo Saber radicalmente
transdisciplinar, a TE-MC tem seu ponto de partida em diferentes
disciplinas mas imediatamente radica-se em sua transcendência para pintar
um quadro de síntese.
A pergunta central da Teoria Espiritual Matemática da Comunicação é:
“Como uma pessoa se comunica conscientemente, qualitativa e
Artigo Possibilidades de uma Teoria Espírito-Matemática da Comunicação
61
quantitativamente, com seu próprio Espírito?” A pergunta central das
aplicações tecnológicas oriundas da Teoria Espiritual Matemática da
Comunicação é: “Como otimizar essa comunicação consciente entre a
pessoa e seu próprio Espírito?” A pergunta central das aplicações sociais
e ecológicas oriundas da Teoria Espiritual Matemática da Comunicação é:
“Como uma comunicação otimizada consciente entre a pessoa e seu
próprio Espírito pode transformar positivamente o meio social e
ambiental, construindo uma sociedade humanizada e ecológica?” A
pergunta central das aplicações civilizatórias oriundas da Teoria Espiritual
Matemática da Comunicação é: “Como uma comunicação otimizada
consciente entre a pessoa e seu próprio Espírito pode produzir uma
Civilização do Espírito?”
A. Mayer
62
VVVIIIIII... CCCOOONNNSSSIIIDDDEEERRRAAAÇÇÇÕÕÕEEESSS FFFIIINNNAAAIIISSS O desenvolvimento de uma Teoria Espírito-Matemática da
Comunicação é urgente. Os temas discutidos neste artigo são apenas uma
elaboração inicial e um tanto rudimentar do que poderia vir a ser algo
muito maior. As hipóteses aqui lançadas buscam prioritariamente
estimular uma reflexão entre membros de colegiados nacionais e
internacionais identificados com as Terapias Vibracionais, com a
Transcomunicação Instrumental e com a Interpretação de Gasparetto.
Reflexões, retificações, ratificações e novas produções seriam
fundamentais para construir-se coletivamente um arcabouço teórico-
matemático sólido capaz de sustentar uma futura Teoria Espírito-
Matemática da Comunicação como um campo científico promotor da
Espiritualização e de sua consequente Qualidade de Vida.
Em conformidade com a afirmação do espírito de Kardec, de que “em
menos de vinte anos o planeta terá se transformado de uma maneira
inesperada, extraordinariamente, e coisas muito mais modernas estarão
disponíveis em muito breve, assim como a abertura da percepção do
mundo astral será definitiva”, urge, portanto, estarmos prontos para tal,
com a constituição de uma sólida comunidade transdisciplinar de pesquisa
e investigação espiritual nacional e internacional, amparada
indissociavelmente, em vista do caráter transdisciplinar proposto, em
suporte matemático.
Dessa forma, matemáticos, físicos, físico-químicos, químicos,
biólogos, engenheiros, pedagogos, psicopedagogos, psicólogos, médicos
homeopatas, médicos quânticos e terapeutas holísticos estão convidados a
participarem deste trabalho, a fim de que esta proposta inicial seja
rapidamente superada, considerada apenas como um ponto de partida para
a constituição de algo efetivamente consistente: uma nova Teoria Geral de
Espiritualização que integre indissociavelmente as Ciências Exatas e as
Ciências Humanas em prol de uma causa verdadeiramente maior. Acredita
a autoria que é perfeitamente viável a constituição de uma comunidade
transdisciplinar de pesquisadores e pesquisadoras, unida em torno do tema
da Espiritualização como Comunicação e de uma Teoria Geral para esta.
Uma comunidade desta natureza seria potencialmente capaz de construir
coletivamente uma série de novas aplicações e tecnologias, ancoradas nas
implicações desta Teoria, capazes de conduzir as pessoas e a sociedade a
um estilo de vida mais feliz, mais eficiente, mais elegante e mais belo.
Artigo Possibilidades de uma Teoria Espírito-Matemática da Comunicação
63
AAAGGGRRRAAADDDEEECCCIIIMMMEEENNNTTTOOOSSS
Este artigo não teria sido possível sem o incondicional apoio de S. J.
Mayer e M. E. Mayer, incansáveis defensores da Educação Integral.
Igualmente, a busca por uma abordagem matemática da Espiritualização
jamais teria sido cogitada pela autoria não fosse o estímulo do professor A.
Maia, incansável defensor das Ciências Exatas e entusiasta do diálogo
entre estas e a Espiritualidade. Da mesma forma, este trabalho não teria
sido possível sem o apoio dos amigos astrais, dentre eles: Seu Exu Tiriri
Lanã, Dona Rosa Rainha e Seu Ogum Megê, que proporcionaram a
logística apropriada, e Pai Joaquim d’Angola, que dentre outras coisas,
sugeria-me humoradamente que “ao invés de gastar tempo na maquininha
[computador] vendo esses drama de novela americana [séries norte-
americanas em links de internet] é melhor ver nela filme sobre o
Universo!”
A. Mayer
64
RRREEEFFFEEERRRÊÊÊNNNCCCIIIAAASSS
ATTENBOROUGH, David. Kingdom of Plants: Life in the Wet Zone.
Documentário. BBC, 2012.
CASTRO, Sebastião Vicente de. Anatomia Fundamental. São Paulo :
McGraw-Hill, 1985.
CAPRA, Fritjof. A Teia da Vida: uma nova compreensão científica dos
sistemas vivos. São Paulo : Cultrix, 2006.
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BMI (Brain Machine Interface) and Space-Time-Frequency Filtering
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65
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Cósmico. Curso em áudio, 8 volumes. São Paulo : Centro de Estudos
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GASPARETTO, Luiz Antônio. Conexão Espiritual em MP3: com a
Alma, com as Sombras, com o Eu Superior, com o Astral. Curso em
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111... MMMOOOLLLÉÉÉCCCUUULLLAAASSS DDDIIISSSFFFUUUNNNCCCIIIOOONNNAAAIIISSS NNNAAA SSSOOOMMMBBBRRRAAA VVVIIISSSCCCEEERRRAAALLL EEE
IIINNNTTTEEERRRFFFEEERRREEENNNTTTEEE EEELLLEEETTTRRROOOMMMAAAGGGNNNÉÉÉTTTIIICCCOOO SSSOOOBBBRRREEE OOO CCCOOOMMMPPPLLLEEEXXXOOO
TTTIIIMMMOOO///CCCOOORRRAAAÇÇÇÃÃÃOOO///EEENNNCCCÉÉÉFFFAAALLLOOO CCCOOOMMMOOO FFFOOONNNTTTEEE DDDEEE RRRUUUÍÍÍDDDOOO NNNAAA
TTTRRRAAANNNSSSMMMIIISSSSSSÃÃÃOOO DDDEEE AAALLLMMMAAA
Estas Fontes de Ruído teriam um caráter extremamente material e hoje
fartamente disponível em um planeta degradado por poluição ambiental.
Quanto às moléculas disfuncionais na Sombra Visceral, tornar-se-ia
evidente que o brasileiro, numa taxa de ingestão de cerca de 5 litros ao ano
de substâncias tóxicas agrícolas oriundas de alimentos produzidos pelo
Agronegócio, teria uma significativa acumulação destas moléculas
disfuncionais o que forçosamente constituiria um obstáculo à transmissão
informacional da inteligência e funcionalidade da Alma ao Eu Consciente
no processo de Espiritualização.
Como exemplo ilustrativo dos efeitos de moléculas disfuncionais como
Fonte de Ruído na transmissão de Alma, poder-se-ia citar o caso de Nero.
Há registros históricos de que Nero iniciou seu reinado de forma positiva,
inclusive dando abrigo no palácio de governo aos refugiados do grande
incêndio de Roma, um desastre comum numa cidade até então de
arquitetura fundamentada em madeira. Na reconstrução de Roma por
Nero, elaborada em pedra, ampliou-se a utilização de redes de água com
tubulações de chumbo, fartamente acessíveis para a nobreza. Suspeita-se
que o processo de enlouquecimento de Nero, refletido em suas posteriores
ações de governo, tenha se dado por uma doença chamada saturnismo,
causada por intoxicação severa por chumbo, um metal pesado e tóxico.
Nesse exemplo extremo, tornar-se-ia óbvio que uma Sombra Visceral
intoxicada por metais pesados não contribuiria para o processo de
Artigo Possibilidades de uma Teoria Espírito-Matemática da Comunicação
69
Espiritualização. De forma mais sutil, o mesmo poder-se-ia se dizer da
silenciosa intoxicação por agrotóxicos atuando hoje sobre a população
brasileira.
A atuação de um Interferente Eletromagnético sobre o Complexo
Timo/Coração/Encéfalo também necessitaria ser considerada. Um
exemplo documentado, potencialmente de Fonte de Ruído na transmissão
de Alma, seria o rádio-relógio na cabeceira da cama. Neste caso, haveria
uma falha na transmissão do timo para o SNC, na altura do córtex parietal
direito.
Michael Persinger, da Universidade Laurentiana, observou o caso de
uma menina afetada pelo rádio-relógio. Todavia a ortodoxia materialista
do pesquisador o tornou incapaz de perceber que se tratava de uma
sensibilidade energética desequilibrada. Porém, Persinger observou que a
menina possuía uma atividade maior do lóbulo parietal direito e que esta
atividade diminuía quando o rádio-relógio de sua cabeceira era afastado
durante o sono, fazendo-a sentir-se melhor (PERSINGER, 200?).
Levando-se em consideração que na região encefálica localiza-se não
apenas o lóbulo parietal, mas igualmente os cristais de hidroxiapatita da
estrutura da glândula pineal (OLIVEIRA, 1998), e que a região encefálica
está envolvida diretamente no processo de transmissão de Alma pelo timo
por meio da trajetória extra-física por detrás da nuca descrita por Leonora
(200?), uma importante questão deve ser levantada: se uma máquina
simples de baixa potência de irradiação como um rádio-relógio atuou
como Interferente Eletromagnético no processo de transmissão de Alma, a
possibilidade de aparelhos celulares como Fontes de Ruído também
deveria ser seriamente levantada. Há muitos casos de pessoas que dormem
com seus aparelhos celulares ao lado de seus travesseiros o que, no caso de
uma simples extrapolação com o documentado pelo rádio-relógio, seria
altamente preocupante em se tratando de manter-se um canal de
transmissão de Alma com o menor Ruído possível.
A. Mayer
70
222... OOO CCCOOOMMMPPPLLLEEEXXXOOO TTTIIIMMMOOO///CCCOOORRRAAAÇÇÇÃÃÃOOO CCCOOOMMMOOO UUUMMMAAA UUUNNNIIIDDDAAADDDEEE EEENNNTTTRRREEE
TTTRRRAAANNNSSSMMMIIISSSSSSÃÃÃOOO EEE PPPRRROOOPPPAAAGGGAAAÇÇÇÃÃÃOOO DDDAAA IIINNNFFFOOORRRMMMAAAÇÇÇÃÃÃOOO OOORRRIIIUUUNNNDDDAAA
DDDAAA AAALLLMMMAAA
Segundo Leonora (200?), o ancoramento físico da Alma (ou seja, a
central de transferência de Informação) estaria no timo. Segundo o
Institute of Heartmath (2009), a central de transferência de informação
encontrar-se-ia no coração. Em um primeiro momento, as hipóteses de
Leonora e do Heartmath seriam antagônicas. Contudo uma análise
cuidadosa, como a realizada neste Anexo, demonstraria que ambas são
complementares e igualmente corretas, dependendo apenas de onde
definem-se as fronteiras conceituais entre ―transmissão‖ e ―propagação‖.
Este Anexo defenderá a possibilidade de considerar-se como o
ancoramento físico do aparelho de Alma não apenas o coração ou o timo,
mas sim um complexo formado por ambos ao considerar-se indissociáveis
a transmissão e a propagação.
A hipótese do timo encontra guarida ao analisarmos o Sistema
Endócrino como um Sistema de Informação por excelência. Uma vez que
o Sistema de Chakras liga-se ao Sistema Endócrino, seria o timo o
transmissor de Informação do Mundo da Potência para o Mundo da
Existência.
A hipótese do coração encontra guarida ao analisarmos o Sistema
Cardíaco como uma Sistema Ondulatório por excelência, que opera em
pulsos. O engano desta hipótese é considerar o coração o transmissor, uma
vez que ele é em realidade o amplificador e propagador do sinal do timo.
O coração, como caixa de ressonância, amplificaria o sinal do timo e,
como órgão pulsátil, o propagaria. A função de caixa de ressonância fica
evidente ao observar-se não apenas a estrutura do próprio coração, em
cavidades e repleto de fluído, mas também a cavidade do mediastino no
qual ele se encontra. Sem a função de ampliação do sinal, o timo
potencialmente não conseguiria manter estruturado um organismo tão
complexo como o de um Homo sapiens.
Ambas as hipóteses reunidas sugeririam um Complexo Timo/Coração
ao encontrarem-se evidências de que o timo, ―prensado‖ entre o osso
esterno e o coração, estaria ligado às inervações daquele e transferindo-lhe
informação através de potenciais elétricos ou até mesmo por biofótons.
Ainda não há nenhum estudo específico a respeito de biofótons emitidos
pelo timo, todavia o trabalho do biofísico alemão Fritz-Albert Popp
(INSTITUTE OF INTERNATIONAL BIOPHYSICS, 2009) a respeito de
emissão de biofótons por células vivas poderia sugerir a emissão
Artigo Possibilidades de uma Teoria Espírito-Matemática da Comunicação
71
biofotônica como uma via espiritual de transmissão de Informação do timo
ao coração.
A posição do timo seria estratégica para transferir Informação: sendo
fortemente protegido pela estrutura rígida e calcária do osso externo,
encontra-se ―derramado‖ por sobre os vasos da base do coração
(CASTRO, 1985), vasos que espalhariam a Informação mais lentamente
pelo organismo, no caso de propagação química, ou quase
instantaneamente pela sístole, no caso de Informação ondulatória.
A sequência de transmissão de Informação, assim, seria
timo→coração→SNC→organismo. Já a sequência de propagação da
Informação seria coração→SNC→organismo. A aparente incongruência
entre Leonora e o Heartmath potencialmente residiria aí: a definição pouco
clara de ―transmissão‖ e ―propagação‖. Leonora estaria mais focada no
conceito de ―transmissão‖ e o Heartmath mais focado no conceito de
―propagação‖, expresso no caráter pulsante e ondulatório.
Levando em consideração o exposto neste Anexo, a atuação do timo e
do coração como aparelho de Alma seriam indissolúveis, compondo um
complexo inseparável. Algo tal que, em um neologismo técnico, poderia
ser chamado de um ―Complexo-T‖.
A. Mayer
72
333... MMMEEECCCAAANNNIIISSSMMMOOO SSSUUUGGGEEERRRIIIDDDOOO PPPAAARRRAAA OOO SSSUUURRRGGGIIIMMMEEENNNTTTOOO DDDAAA AAALLLMMMAAA EEE
SSSIIISSSTTTEEEMMMAAA DDDEEE SSSOOOMMMBBBRRRAAASSS::: FFFIIILLLOOOGGGÊÊÊNNNEEESSSEEE EEE MMMOOORRRFFFOOOGGGÊÊÊNNNEEESSSEEE
A Sombra Sensória potencialmente seria a Inteligência viva mais
antiga, uma inteligência surgida nos organismos monocelulares utilizando
sensibilidade química como fonte para “tomada de decisões”, como por
exemplo: onde encontra-se o alimento, quais são os ambientes tóxicos a
serem evitados, etc. Em outras palavras, uma Inteligência Sensível,
Sensória ou Sensual. Com o avanço do processo de Individuação e da
organização da inteligência em estruturas pluricelulares e órgãos
primitivos como o tubo digestivo, surgiria a Sombra Visceral, com uma
Inteligência de Vísceras. Potencialmente essa seria uma explicação para a
afirmação de Gasparetto (200?b) de que “a Sombra Sensória e a Sombra
Visceral trabalham muito juntas”.
Em seguida, com o contínuo desenvolvimento das vísceras
pluricelulares cada vez mais especializadas, surgiria a necessidade de
defendê-las de ataques de outros organismos monocelulares. Uma
Inteligência Guardiã da integridade de um sistema cada vez mais
individuado seria necessária. Células individuaram-se e passaram a
destruir quaisquer outras células que não pertencessem ao campo do ser
que se individuava. Ao mesmo tempo, tecidos se especializavam em um
sistema reprodutor capaz de guardar a preservação da espécie através da
sexualidade. Potencialmente o desenvolvimento simultâneo de tecidos
especializados do sistema imunológico e do sistema reprodutivo teriam
definido o momento evolutivo do surgimento da Sombra Guardiã.
Conforme a Individuação avançava, possivelmente o campo de atuação
do organismo vivo necessitaria ampliar-se, tomando mais espaço do
ambiente para além de um tecido epitelial centralizado. O reconhecimento
territorial e a atuação nele seriam necessários para garantir suprimentos e
possibilidades reprodutivas; possivelmente essa necessidade teria
desenvolvido uma Inteligência Ambiental ou Sombra Ambiental.
Potencialmente, pelo fato de que todo território necessita obrigatoriamente
ser defendido ou guarnecido, sugeriria uma explicação para a afirmação de
Gasparetto (200?b) de que “a Sombra Guardiã e a Sombra Ambiental
trabalham muito juntas”.
Pistas para corroborar essas hipóteses estariam no surgimento
evolutivo da fisiologia celular. O surgimento das organelas celulares mais
antigas indicaria o surgimento de uma Sombra Visceral muito rudimentar.
Especificamente os lisossomos poderiam indicar o surgimento de uma
Sombra Guardiã muito primitiva. Já os flagelos e cílios celulares
Artigo Possibilidades de uma Teoria Espírito-Matemática da Comunicação
73
potencialmente indicariam o surgimento de uma Sombra Ambiental muito
rudimentar.
Por sua vez, o surgimento de uma Inteligência Mental estaria
relacionado à especialização do tecido do tubo neural dando origem ao
Sistema Nervoso Central. Sugere-se aqui que os 8 níveis da Mente, citados
por Kardec (200?), explicariam as diferenças de capacidade de operações
mentais entre as diferentes espécies. Levanta-se aqui a hipótese de que o
8° nível da Sombra Mental estaria associada às funções mais superiores do
Córtex Cerebral e que um Homo sapiens que estivesse em um dado
momento operando com sua Sombra Mental em 8° nível, estaria operando
no máximo de capacidade que a constituição biológica de nossa espécie
permitiria. Assim, no processo de Comunicação Espírito/ Eu Consciente, a
interface entre a Alma como Transmissor e o Eu Consciente como
Receptor estaria lentamente comunicando da Potência para a Existência o
desenvolvimento de uma nova estrutura biológica de Inteligência para
além do Córtex. Potencialmente essa comunicação estaria implicitamente
referida na afirmação de Leonora (200?) de que “para expressar todos os
Dons de Alma seria necessário um cérebro mais refinado”.
Todavia, por que a Sombra Sensória seria a “pele da Alma”? Propõe-
se aqui um modelo hipotético, que poderia responder a essa questão, do
surgimento de uma estrutura energética viva revisitando a Embriologia e o
Evolucionismo por meio de uma visão Espiritual. Estas duas Ciências
trabalham com o conceito de ―especialização‖, aplicado à células e
tecidos, um conceito que numa abordagem Espiritual seria chamado de
―Individuação‖.
Hipoteticamente, a Informação Individualizada ou Espírito comporia o
Mundo Espiritual (também chamado de Mundo da Informação ou Mundo
das Origens) tal qual uma membrana. A Energia ou Vitalidade comporia o
Mundo da Existência ou da Sombra, também entendido como uma
membrana. Por hipótese, as duas membranas se tocariam em um ponto
dimensionável. Neste ponto se formaria um canal pelo qual a Informação,
talvez por simples difusão, começaria a fluir para dentro do Mundo da
Existência. Este ponto ou canal seria a Alma. Como esta é Informação,
organizaria ao seu redor uma dada quantidade de Sombra, formando uma
estrutura. Esta estrutura envolveria a Informação de Alma tal qual uma
membrana ou pele: este seria potencialmente o surgimento da Sombra
Sensória.
Mas por que a Alma, vista aqui como um Canal/Transmissor e não
como a individualidade do Espírito (Fonte de Informação), ficaria no timo
e não no cérebro? O Evolucionismo nos sugeriria pistas. Sendo a Alma
com sua membrana Sensória o início de uma forma de vida “caminhando
A. Mayer
74
na Eternidade”, o complexo Alma/Sombra Sensória seria a base do
surgimento, por exemplo, de uma bactéria monocelular. Através de um
canal de Alma, muito rudimentar se comparado ao do Homo sapiens,
Informação continuaria ―escorrendo‖ ou ―difundindo-se‖ do Mundo
Informacional do Espírito, o que organizaria os arredores da bactéria
gerando colônias de bactérias. Estas colônias, com mais Informação,
começariam a formar tecidos especializados, preferencialmente ao redor
do canal de Informação. Com o tempo, esse arredor se apresentaria na
forma, por exemplo, de um pólipo marinho. Um pólipo é basicamente um
tórax e abdômen fundidos um no outro, indiferenciados. Não há cabeça,
não há pescoço, não há membros, todas estruturas mais recentes na escala
de tempo evolutivo. Isso sugeriria procurar a Alma ou Canal de
Informação do Espírito na estrutura corporal mais antiga conhecida: o
tórax e o abdômen. A Alma também, necessariamente, precisaria ser um
órgão central de Informação, e os únicos centros de Informação no tórax e
abdômen são as glândulas, através de Informação química via hormônios.
Ao mesmo tempo, sendo um órgão de Informação, a Alma necessitaria
estar próxima de um órgão de despacho da Informação, algo como uma
bomba que levasse a Informação rapidamente pelo corpo. Esta bomba é o
coração.
Assim, sendo, a Alma não ficaria no abdômen porque este não é uma
região central que otimizaria o transporte de Informação. Nem ficaria na
cabeça, no ―badalado‖ cérebro, porque além da cabeça ser uma estrutura
evolucionária mais nova do que o tórax, o córtex cerebral em si mesmo
está em franca transformação. Uma sede de Canal de Informação
necessitaria ficar em um local estável, não em uma localização tão instável
evolutivamente como o córtex cerebral. O tórax seria, então, o lugar por
excelência para a Alma.
Um estudo também proveniente da ortodoxia materialista, assim como
Shannon, e que deveria necessariamente ser revisitado sob um novo olhar,
seria “A Chemical Basis of Morphogenesis”, do matemático inglês Alan
Turing. Neste estudo, Turing inicia uma busca pessoal, após a morte de
um ente querido, para compreender matematicamente a divisão celular e a
organização do embrião como um processo de construção da Consciência.
Turing inicia sugerindo uma Matemática de base necessária à
abordagem da difusão de substâncias e células dentro do embrião para
produzir organização. Se, contudo, considerássemos que em um Sistema
de Comunicação Transcendente um Observador não interferisse e,
portanto, não houvesse nenhuma ação de sua Fonte de Ruído, e que
igualmente sua Atenção não interferisse causando saltos de ―pacotes‖,
―blocos‖ ou Dons de Informação, poderíamos eventualmente considerar
Artigo Possibilidades de uma Teoria Espírito-Matemática da Comunicação
75
que a Informação fluiria da Potência para a Existência por ―simples
difusão‖, ou seja, do meio ―mais concentrado de Informação‖ para o
―menos concentrado‖ (veja-se Anexo 5). Nesse sentido, de abordagem
―por difusão‖, a Matemática de base recomendada por Turing poderia, ao
menos inicialmente, ser empregada em uma Teoria Espiritual Matemática
da Comunicação.
Compreendendo a difusão também como uma oscilação, Turing
recomenda equações diferenciais lineares com coeficientes constantes, que
também são empregadas em oscilações mecânicas e oscilações elétricas. A
solução destas equações dão-se na forma de uma soma, , onde as
quantidades A e b podem ser números complexos, ou seja, contendo os
imaginários na forma , onde e são ordinariamente números
reais e . Turing interpreta um significado na realidade físico-
matemática das várias possíveis soluções puramente matemáticas destas
equações, como se segue:
(a) Desde que as soluções sejam normalmente reais, então elas podem
ser escritas na forma ou , onde significa “a
parte real de”;
(b) Se este A for igual a e b for igual a , onde
A‟, , , são reais, então .
Portanto os termos representam: uma oscilação senoidal se ;
uma oscilação damped se ; e uma oscilação de amplitude
sempre crescente se ;
(c) Se qualquer um dos números b tem uma parte real positiva, o
sistema em questão é instável, mutável ou variável.
Turing descreve matematicamente a especialização ou diferenciação
celular na morfogênese como uma quebra de simetria ou quebra de
homogeneidade. Nesse sentido, a entropia proposta por Shannon como
medida de quantidade de Informação poderia ser empregada, uma vez que
ao quebrar-se a homogeneidade aumenta-se a entropia e a Informação no
sistema. Sabendo-se o que é desconhecido para a ortodoxia materialista,
tornar-se-ia evidente que a injeção de Informação no processo de
Morfogênese dar-se-ia pela Fonte de Informação prevista no Sistema de
Comunicação Transcendente proposto no presente artigo. Futuramente,
haveria a possibilidade de não apenas a Morfogênese mas também a
Filogênese das espécies poder ser matematicamente descrita por este
Sistema de Comunicação. Quanto à Filogênese Espiritual das Espécies
como um processo oriundo do fluxo de Informação de um Universo
Informacional para o nosso Universo Físico-matemático, poderia ser
promissor revisitar os estudos de simetria de Turing quanto à descrição de
simetrias F e simetrias P. Nesse sentido, também seria interessante seguir a
A. Mayer
76
indicação que Turing dá quanto ao seu futuro trabalho de Filotaxia, que
não pôde ser realizado uma vez que o autor desencarnou poucos meses
após a publicação de “The Chemical Basis of Morphogenesis”; Turing
salienta, ao final de seu artigo, que equações lineares seriam insuficientes
até mesmo na Morfogênese e que, portanto, empregaria na Filotaxia
equações não-lineares.
Fazendo uma analogia com os osciladores elétricos, Turing observou
que nestes qualquer distúrbio no circuito, cuja frequência seja igual à
frequência natural do oscilador, irá colocá-lo em oscilação. Desta forma, o
destino final deste sistema seria um estado de oscilação em sua frequência
própria, possuindo uma amplitude e uma forma de onda que seriam
determinadas pelo circuito. Analogamente, focado no distúrbio inicial
entendido como uma presença de irregularidade ou diferença passível de
ser descrita por flutuação estatística, Turing afirma que se o sistema
embrionário possuir um tipo apropriado de instabilidade a homogeneidade
do embrião desaparecerá e a diferenciação se iniciará.
Turing também matematiza, quanto à Morfogênese, ondas associadas à
instabilidade quebrando a homogeneidade que também seriam observadas,
com um comportamento semelhante de instabilidade ondulatória, pelo
químico russo Belousov ainda nos anos 1950: a Reação de Belousov (veja-
se o Anexo 5). Quanto às ondulações, Turing realiza uma descrição
matemática geral na formação de padrões de onda em ondas estacionárias
com comprimentos de onda extremamente longos, com comprimentos de
onda extremamente curtos e com comprimentos de onda finitos. Esta
descrição matemática geral de ondas estacionárias associa os padrões de
onda às condições matemáticas para a instabilidade desencadeadora da
Morfogênese e à transformação da simetria esférica em uma simetria
poligonal. Nesse sentido, é interessante traçar relações com as afirmações
do biofísico Dietmar Cimbal, que diz que “o corpo humano é, em
realidade, Informação estruturada, ou seja um campo de energia de
Ondas Estacionárias Escalares que estão organizadas proporcionalmente
e contém grande quantidade de Informação” (CIMBAL, 2009).
Turing também observa, quanto ao modelo matemático empregado
para quebra de homogeneidade ou especialização numa superfície de
esfera desenvolvendo um padrão de forma, parcialmente aplicável na
gastrulação da blástula, que o padrão da quebra da homogeneidade é
axialmente simétrico. Porém esta simetria não é sobre o eixo original da
esfera de coordenadas polares mas sobre um novo eixo determinado pela
influência do distúrbio.
Revisitar Turing sob um novo olhar, além da ortodoxia materialista,
também ofereceria uma possibilidade matemática de explicação da
Artigo Possibilidades de uma Teoria Espírito-Matemática da Comunicação
77
modulação da amplitude da faixa de Frequência Cósmica Original na qual
o Espírito, no estado de Potência, operaria. Esta modulação (vista como
necessária, na parte V-4 do presente artigo, para manter a integridade do
Sistema de Sombras, evitando seu colapso e desintegração por Informação
excessiva no sistema) poderia estar sendo parcialmente descrita na
seguinte equação diferencial de Turing e nas condições definidas para
evitar a chamada Instabilidade Catastrófica: , onde k
teria grande importância. Se k for positivo, o efeito do termo ―prende‖
o crescimento exponencial de no valor . Isto confinaria bastante a
instabilidade e, com isso, as ondas poderiam somente alcançar uma
amplitude finita, e esta amplitude tenderia a zero se a instabilidade
tendesse a zero. Contudo, se k for negativo, a amplitude tornar-se-ia
infinita em um tempo finito, gerando a chamada Instabilidade Catastrófica.
Possivelmente, o confinamento estaria dentro de uma faixa de amplitude
de onda considerada ―segura‖ em função de um tempo finito t para que o
Espírito pudesse expressar-Se da Potência para a Existência.
Portanto, revisitando-se futuramente o trabalho de Turing, através de
uma Equipe Transdisciplinar de Pesquisa da Natureza Matemática da
Informação Espiritual, e corrigindo seus equívocos de abordagem através
da IG, as equações de Turing potencialmente forneceriam importantes
pistas para o desenvolvimento de uma consistente abordagem matemática
do processo de Individuação do Espírito-Alma ou Espiritualização.
Pesquisas dessa natureza poderiam levar ao desenvolvimento de
aplicações em Saúde e Educação que potencialmente auxiliariam
efetivamente as pessoas em seu processo de Espiritualização, que constitui
por si só o mais importante processo da Existência. Sugere-se assim, mais
especificamente, que no futuro as equações de Turing
; dispostas em forma
similar no seu parágrafo 12, mereceriam uma atenção especial pela
potencialidade de auxiliarem matemáticos que futuramente desejem
demonstrar que a complexidade do processo de Individuação do Espírito,
sua diferenciação em Dons únicos e incomparáveis em cada ser, poderia
ser regida por um processo matemático surpreendentemente simples.
A. Mayer
78
444... MMMEEECCCAAANNNIIISSSMMMOOO SSSUUUGGGEEERRRIIIDDDOOO DDDEEE EEEVVVOOOLLLUUUÇÇÇÃÃÃOOO EEESSSPPPIIIRRRIIITTTUUUAAALLL DDDOOO
SSSIIISSSTTTEEEMMMAAA NNNEEERRRVVVOOOSSSOOO CCCEEENNNTTTRRRAAALLL
Segundo Kardec (200?), o contato com a Verdade Pessoal e
Diferenciada do Espírito está em “um outro nível de contato, de conversa;
não é a mente superficial, mas profunda (...) o mental tem níveis: oito.”
Em situações cotidianas as operações lógicas atingiriam geralmente o 5°
nível. A Mente organizada em níveis sugeriria que, à semelhança da
evolução física e química cerebral em três níveis proposta por Paul
MacLean (segundo SAGAN (1980): cérebro réptil ou Complexo-R;
cérebro mamífero ou Límbico; Córtex Cerebral) a Mente astral evoluiria
em níveis ou camadas. Potencialmente seria esse desenvolvimento da
Mente astral em camadas que determinaria o surgimento físico e químico
da estrutura do SNC proposta por MacLean. Isso sugeriria que a parte
mais recente do 8° nível da Mente astral, a Mente mais evoluída, seria uma
interface com o 1° nível da Alma, ou seja, o nível menos sutil da Alma.
Sugere-se neste Anexo que a Alma organizar-se-ia em níveis a fim de
otimizar a comunicação com o sistema de Sombras, uma vez que um nível
muito sutilizado de Alma supostamente causaria uma descontinuidade de
interface comunicativa com as Sombras.
Partindo-se da suposição de que a teleologia, evolução espiritual ou
Espiritualização ocorreria por um Sistema de Comunicação irradiado para
o Sistema de Sombras (Mental, Sensória, Visceral, Guardiã e Ambiental) a
partir do canal de Alma, um acoplamento da parte mais avançada do 8°
nível da Sombra Mental pelo 1° nível da Alma, com a impressão e
incorporação da Informação (ou seja, dados processados pelo Operador
Lógico, constituindo estruturas e redes de sentido) do 1° nível de Alma
para o 8° nível de Sombra Mental, daria nascimento a um 9° nível da
Sombra Mental.
Todavia, pelo simplificado princípio linear de transferência proposto
por Shannon, considerando-se aqui a Alma como emissor absoluto e a
Sombra Mental como receptor absoluto, de onde seria transferida energia
para alimentar o processo de transferência de Informação do 1° nível da
Alma para o ápice do 8° nível da Sombra Mental? Sendo a transferência
um processo linear, esta só poderia ocorrer linearmente de uma fonte para
um receptor. Este seria um paradoxo Energia x Informação similar ao do
Demônio de Maxwell. O ―Demônio‖, gestor da Informação, pararia por
falta de ―bateria‖ ao longo do tempo t.
A solução para o paradoxo, neste mecanismo, seria compreender o
Sistema de Comunicação Espírito/Eu Consciente como um processo
circular de interação, como proposto por Wiener (1965/2005) na
Artigo Possibilidades de uma Teoria Espírito-Matemática da Comunicação
79
Cibernética. Dessa forma, haveria uma alternância Emissor/Receptor que
alimentaria com energia oriunda do Sistema de Sombras o processo de
Espiritualização. Esta energia e certa quantidade de Informação,
transferida da Mente para a Alma, poderia estruturar um 2° nível de Alma
em substituição ao primeiro que foi incorporado pelo 8° nível da Sombra
Mental quando produziu-se o 9° nível da Mente. A circularidade e a
interação proposta pela Cibernética de Wiener, em oposição à linearidade
de Shannon, explicaria o mecanismo básico de Espiritualização e
resolveria o ―dilema‖ do Demônio de Maxwell. Assim sendo, a
Espiritualização seria, em tese, a impressão e incorporação gradual de
níveis de Alma pelo Sistema de Sombras, o que salientaria a importância
da Sombra Mental operar sob a lógica do ―Xerox©‖, mencionada por
Kardec (200?).
Potencialmente este mecanismo explicaria a evolução biológica. Dessa
forma, um 9° nível da Mente forçosamente geraria uma 4° estrutura
cerebral biológica, para além do Córtex Cerebral conhecido. Talvez este
mecanismo de Espiritualização aqui proposto (uma espécie de maquinário
de upgrade operando numa sequência cíclica de acoplamento – impressão
– incorporação) fosse uma resposta às afirmações de Kardec (200?), para o
qual “a Vida tem níveis e níveis e níveis de existência”, e de Loyola
(200?), para o qual “o Espírito faz corpos e corpos e corpos”. Da mesma
forma, tal mecanismo explicaria a afirmação de Leonora (200?) a respeito
da incapacidade do cérebro humano atual de acompanhar o projeto de
expressão do seu Espírito.
A. Mayer
80
555... HHHIIIPPPÓÓÓTTTEEESSSEEE DDDEEE SSSIIIMMMPPPLLLEEESSS DDDIIIFFFUUUSSSÃÃÃOOO DDDEEE IIINNNFFFOOORRRMMMAAAÇÇÇÃÃÃOOO:::
AAA AAAUUUTTTOOO---OOORRRGGGAAANNNIIIZZZAAAÇÇÇÃÃÃOOO NNNAAA FFFÍÍÍSSSIIICCCAAA EEE NNNAAA QQQUUUÍÍÍMMMIIICCCAAA CCCOOOMMMOOO
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EEESSSPPPÍÍÍRRRIIITTTOOO DDDIIIFFFUUUNNNDDDIIIRRRIIIAAA IIINNNFFFOOORRRMMMAAAÇÇÇÃÃÃOOO NNNAAA EEEXXXIIISSSTTTÊÊÊNNNCCCIIIAAA
Neste artigo, discorda-se da leitura feita pela Escola Materialista
Ortodoxa quanto à Auto-organização sendo um fenômeno indefinidamente
―auto‖ que “sempre brotaria do nada”, como uma espécie de “Geração
Espontânea de Organização e Informação”. A ortodoxia discursa à
semelhança do químico belga Jean-Baptist Van Helmont que, se trazido de
1707 para 2014, talvez afirmasse “ser possível produzir-se
espontaneamente, através da Auto-organização, ratinhos cibernéticos
organizados vivos colocando-se em um recipiente, durante 21 dias, uma
camisa suada junto com grãos de trigo e um mouse quebrado”.
Evidentemente, se padrões organizativos emergem em um sistema, tal
emergência não poderia ser ―auto‖ ou ―do nada‖, mas sim partindo de uma
dimensão ou Universo, chamado por exemplo de ―Potência‖ ou ―Mundo
Informacional‖, para uma outra dimensão ou Universo, chamado por
exemplo de ―Existência‖ ou ―Universo Físico-Matemático‖. Afinal,
ratinhos não brotam do nada ou auto-emergem de supostas condições
facilitadoras, tais como camisas suadas e grãos de trigo.
Todavia, os padrões organizativos necessitariam de um canal para
emergirem do Mundo Informacional para o Mundo Físico-matemático. E
estes canais poderiam ser estudados, definidos linguisticamente e descritos
matematicamente.
Partindo de Shannon (1948) e de sua classificação de Canais, se
consideramos a Alma operando como um Canal Discreto e Contínuo ao
mesmo tempo, variando a forma de operação em função da Atenção (ou
Consciência) disponível do Observador, a ―Auto-organização‖ deixaria de
ser ―auto‖ para tornar-se ―direcionada‖ quando o Observador injetasse no
Sistema de Comunicação de Informação a energia oriunda do seu próprio
ato de Observação.
Como Canal Discreto, a Informação fluiria aos saltos, em ―pacotes‖ ou
―blocos‖, carreados por mecanismos alimentados por energia suplementar
oferecida pela Atenção do Observador. Esta forma poderia ser a
predominante nos assim chamados ―Espíritos de Luz‖ e potencialmente
seria o mecanismo atuante durante processos de meditação e relaxamento
através da prática da Atenção e Observação.
Artigo Possibilidades de uma Teoria Espírito-Matemática da Comunicação
81
Como Canal Contínuo, a Informação fluiria por simples difusão, por
diferença de gradiente de concentração informacional. Esta forma seria a
única, empregando-se um vocabulário xamânico, a atuar no “Espírito da
Pedra”, no “Espírito do Tambor”, no “Espírito do Celular”, etc. O Canal
Contínuo continuaria a ser o único atuante, inclusive em príons e vírus, até
o surgimento de seres unicelulares como as cianobactérias, com o
surgimento da sensibilidade ou Sombra Sensória. Nelas, um tênue Canal
Discreto iniciaria sua formação.
É importante observar que, em situações cotidianas fora de processos
meditativos, a Alma mantém a integridade do Sistema de Sombras, em
harmonia com o Modelo Original, operando através de um Canal Contínuo
que seria hologrâmico. Entende-se por Canal Contínuo Hologrâmico um
canal que reproduziria o Modelo Original completo do Espírito na
Potência (um Ser Imenso, Perfeito em uma Totalidade) até a Existência
(um Eu Consciente pequeno, porém Perfeito em uma Totalidade), tal como
diz a poesia: “A montanha está na pedra/ e a pedra está na montanha/ a
árvore está no bonsai/ e o bonsai está na árvore.” Dessa forma, a analogia
da Espiritualização como um ―Download Hologrâmico‖, onde o ―arquivo
original‖ está ao mesmo tempo na Potência e na Existência enquanto é
―transferido da nuvem por download‖, pintaria adequadamente “uma
imagem para a era digital do século XXI” do que seria espiritualizar-se.
Quanto à ―Auto-organização‖ e canais, Pai João (200?) nos oferece
uma pista de pesquisa ao afirmar que o fogo é um portal. Esta afirmação
poderia ser corroborada por filmagens retroalimentadas (ou seja, uma
câmera de vídeo filmando uma mesma imagem projetada por uma câmera
de vídeo), de um fósforo aceso em movimento, onde a chama produz
efeitos de imagem inesperados, semelhantes a fluxos ou canais. Os
padrões estruturais destas imagens foram associados pelos pesquisadores
ortodoxos como padrões auto-organizativos similares ao do Conjunto de
Mandelbrot. Sugere-se neste artigo que filmagens retroalimentadas
ofereceriam pistas para estudar-se um Canal de Comunicação de
Informação da Potência para a Existência.
Todavia, sugere-se neste artigo que haveria um simples e acessível
experimento de bancada, já amplamente estudado pela ortodoxia
materialista, que poderia oferecer melhores subsídios para estudo do fluxo
de Informação da Potência para a Existência por meio de simples difusão
por gradiente de concentração. Trata-se da Reação de Belousov-
Zhabotinsky, estudada pelo químico e físico russo Ilya Prigogine e seus
colegas da Universidade Livre de Bruxelas, que estudaram extensamente
reações similares denominadas ―relógios químicos‖ (CAPRA, 2006).
Neste artigo propõe-se que esta reação levaria a grandes possibilidades de
A. Mayer
82
pesquisa, sob a ótica de uma Teoria Espiritual Matemática da
Comunicação, através de um novo olhar sobre o trabalho de Prigogine, o
qual poderia trazer dados a respeito do Canal de Comunicação entre o
Espírito/Eu Consciente. Prigogine desenvolveu uma Nova Teoria
Termodinâmica Não-linear em Sistemas Abertos Afastados do Equilíbrio.
Esta teoria também é conhecida como Teoria das Estruturas Dissipativas e
poderia, através do conceito de Entropia, ser unida à Teoria Matemática da
Comunicação de Shannon.
A Reação de Belousov-Zhabotinsky ou Reação BZ produz formas
inesperadas (Fotos 1 e 2), semelhantes à fluxos ou canais concêntricos em
formato de alvo (Tokoro, Oliveira, Varela, 2007). Esta reação, descoberta
por Belousov em 1958 e estudada em seguida por Zhabotinsky, trata-se da
oxidação de um ácido orgânico, como por exemplo o ácido malônico, por
um bromato de potássio, em presença de um catalisador apropriado, tal
como manganês, ferroína ou cério. No mesmo sistema, condições
experimentais diferentes podem produzir um relógio químico, uma
diferenciação espacial estável ou a formação de frentes de onda de
atividade química deslocando-se através do meio reativo em distâncias
macroscópicas (PRIGOGINE; STENGERS, 1984, p. 121).
Curiosamente, esta estrutura é similar à observada em anéis de
crescimento de ossos humanos e nas lamelas concêntricas aneladas de
cristais de hidroxiapatita na glândula pineal humana (OLIVEIRA, 1998).
Na pineal, assim como nos ossos, o número de lamelas concêntricas
aumenta com a idade, o que poderia indicar que os cristais formar-se-iam
seguindo uma geometria de transferência de Informação, ou seja, o mais
próximo possível a um ―terminal de saída‖ de Informação ou output da
Potência para a Existência.
O efeito inesperado na Reação BZ e na filmagem retroalimentada de
fogo, chamado pela Escola Materialista de Auto-organização, poderia ser
na realidade um Fluxo de Organização, causado pela transmissão de
Informação por meio de frentes de onda. Portanto, levanta-se neste artigo a
hipótese de que a Reação de Belousov seria um rudimentar canal ou portal
para o Mundo da Informação (também chamado de Mundo Espiritual ou
Mundo das Origens). Um canal muito simples, em que a Informação do
Mundo das Origens passaria para a Existência por simples difusão por
meio de gradiente de concentração, ou seja, um fluxo do meio “mais
concentrado de Informação” para o meio “menos concentrado de
Informação”.
Segundo essa hipótese, a Reação de Belousov seria um canal simples,
visível e facilmente reprodutível em laboratório, o que poderia oferecer a
possibilidade experimental de estudar-se as propriedades de um Canal de
Artigo Possibilidades de uma Teoria Espírito-Matemática da Comunicação
83
Informação que operasse por simples difusão entre a Potência e a
Existência, que ofereceria potenciais subsídios para estudar-se canais de
comunicação mais complexos como o formado pelo aparelho de Alma
humano.
Poder-se-ia, hipoteticamente, obter-se com o auxílio da Reação BZ,
uma evidência de que a Auto-organização seria efetivamente causada pelo
fluxo de Informação de um Universo Informacional para este Universo
Físico-Matemático em que estamos.
Uma vez que a Informação se disseminaria abundantemente neste
nosso Universo por Simples Difusão, tal evidência necessitaria ser obtida a
partir de um campo em que esta Simples Difusão de Informação não
ocorresse ou ocorresse de forma significativamente alterada. Ou seja, para
se obter uma evidência necessitar-se-ia criar-se um Campo de
Singularidade do Fluxo de Informação.
Levanta-se a hipótese de que uma Bobina de Tesla suficientemente
potente seria não apenas um gerador e condutor de eletricidade sem fios
mas também um gerador de Campo de Singularidade do Fluxo de
Informação. Caso esta hipótese esteja correta, uma Reação de Belousov-
Zhabotinsky teria seus padrões de frentes de onda significativamente
alterados neste campo.
Levando-se em consideração que: desde Michael Faraday conhece-se a
ligação entre eletromagnetismo e luz, ou seja, entre cargas elétricas e o
fóton; que desde James Maxwell e sua demonstração matemática, sabe-se
que a luz é uma radiação eletromagnética, ou seja, que a luz é eletricidade
vibrando em frequência extremamente alta; e sendo o fóton/biofóton o
carreador de Informação Organizativa para sistemas não-vivos/vivos, uma
Bobina de Nikola Tesla suficientemente potente poderia criar um Campo
de Singularidade que alterasse o fluxo de Informação que passasse por este
campo. Essa alteração poderia ser detectada através de mudanças
significativas nos padrões de frentes de Onda de uma Reação BZ exposta a
este campo.
Estando esta hipótese correta, o comportamento alterado das frentes de
onda do relógio químico da Reação BZ oferecia evidências para
comprovar-se que a Auto-organização seria um fluxo de Informação de
um local fora do Universo Físico-Matemático conhecido para cá, o que
poderia oferecer um novo horizonte às pesquisas sobre Espiritualização.
Além disso, a Reação de Belousov, como um ―canal de simples
difusão‖ da Informação, poderia oferecer pistas quanto ao processo de
Individuação em seres não-vivos através da recepção contínua de
Informação por estes. Talvez este mecanismo de canal de simples difusão
A. Mayer
84
fosse uma resposta à afirmação do Espírito de Calunga quanto ao
“Espírito do celular” ou à seguinte afirmação de Kardec (200?) quanto à
cadeira, de que “os objetos acabam tendo personalidade. Uma cadeira
pode não gostar de sair da sua casa e voltar. Ela não anda mas o círculo
vai e aquela peça volta para você. E há aquelas que gostam que não
querem sair, você pegou para dar, quebra. „Ora, é uma caneca, é um
objeto inanimado‟... Não... É forma e se é forma é feita pelo Ser e se o Ser
colocou Alma ali, quer dizer, colocou muito material do Ser, ganha força
e personalidade.”
Finalmente, neste Anexo, recomenda-se fortemente que, para estudar-
se adequadamente a estrutura do Canal pelo qual o Espírito envia
Informação à estrutura de Sombras, a seguinte literatura de Prigogine seja
revisitada futuramente:
PRIGOGINE, Ilya. Dissipative Structures in Chemical Systems‖ in Stieg Claesson
(org.). Fast Reactions and Primary Process in Chemical Kinectics. Interscience : New York,
1967. PRIGOGINE, Ilya. From Being to Becoming. San Francisco : Freeman, 1980.
PRIGOGINE, Ilya; GLANSDORFF, Paul. Thermodynanic Theory of Structure, Stability
and Fluctuations. New York : Wiley, 1971. PRIGOGINE, Ilya; STENGERS, Isabelle. Order out of chaos, 1984.
Artigo Possibilidades de uma Teoria Espírito-Matemática da Comunicação
85
666... PPPOOOSSSSSSIIIBBBIIILLLIIIDDDAAADDDEEESSS DDDEEE UUUMMMAAA PPPEEEDDDAAAGGGOOOGGGIIIAAA CCCÓÓÓSSSMMMIIICCCAAA
Na obra literária da autoria, “Viagens de Selene: um conto espiritual
pop e nerd em 7 postagens”, no capítulo 2, o tema “Uma Pedagogia
Cósmica” foi introduzido de forma ―poética‖ e explanado através da
Filosofia e da Antropologia, por uma abordagem típica das Ciências
Humanas. Pretende-se agora dar-lhe prosseguimento completivo através
da ―prosa‖, ou seja, abordá-la através das Ciências Exatas e Tecnológicas.
Uma Pedagogia Cósmica tem sua pedra fundamental na faixa de
Frequência Cósmica Modulada que o Espírito de cada criança utiliza para
expressar-se através do operador lógico de Alma da própria criança. A
organização da rede escolar, das escolas, do currículo, da didática, e tudo o
que compõe o universo escolar, deve adaptar ao Espírito da criança e
jamais o contrário. A razão do fracasso do sistema escolar não apenas do
século XX, mas também dos últimos mil anos, desde a Escolástica
Medieval até as Pedagogias Pós-Modernas, reside justamente em forçar o
complexo Espírito-Alma a adapta-se à Escola. Ele nunca o fará, da mesma
forma que o Sol jamais se adaptará à Terra: é a Terra que se adapta ao Sol.
O erro fundamental, de obrigar que o complexo Espírito-Alma adapte-
se a uma estrutura escolar montada pela Sombra Mental, gera o erro
derivado: a Padronização. Esta Padronização uniformiza “uma educação
para todos”: todos estão sujeitos a uma única Rede Escolar, todos estão
submetidos à um único Currículo Escolar ou Parâmetros Curriculares
Nacionais, todos estão atrelados à um único modelo de Diretrizes
Curriculares Nacionais. Não há espaço para uma legitima diferenciação,
individuação ou, em outras palavras, verdadeira expressão do Espírito-
Alma único, inimitável e personalíssimo de cada criança. Existem apenas
algumas alternativas tímidas de ―diferenciação‖ previstas no Sistema
Escolar, tais como a diferença entre escolas rurais e urbanas, ou entre as
escolas indígenas e não-indígenas. Porém esta ―diferenciação‖ não é
radical, constituindo-se basicamente em uma farsa para tentar legitimar,
através de um politicamente correto e marketing social, a estrutura escolar
sem Alma montada pela Sombra Mental.
A Diferenciação ou Individuação do Sistema Escolar passa,
forçosamente, pela faixa de Frequência Cósmica Modulada do Espírito-
Alma de cada criança, bem como da dos professores que trabalham
diretamente com as crianças. Identificar esta faixa de Frequência Cósmica
Individual compõe o primeiro passo de uma Pedagogia Cósmica. Associar
esta Frequência Individual às características, Dons e atributos específicos
expressos pela criança compõe o segundo passo.
A. Mayer
86
Dentro dessa etapa, seria necessário um trabalho matemático
diferenciado, fundamental à estruturação das Redes de Ensino que
comporiam o Sistema de Educação. Pesquisando-se as faixas de
Frequências Individuais e os Dons Individuais ou propriedades que estas
Frequências expressam, chegaríamos a um momento em que teríamos uma
―floresta cósmica‖ imensa destas, à semelhança do ―Zoológico de
Partículas‖ da Física Atômica dos anos 1960. Para solucionar este
problema futuro, sugere-se neste artigo a mesma solução dada por Murray
Gell-Mann para solucionar a problemática do ―Zoológico de Partículas‖em
1967: a Teoria Matemática de Grupos. A Teoria dos Grupos
potencialmente forneceria uma adequada organização das Frequências e
suas Propriedades em padrões simples e simetrias.
Suspeita-se que haveria uma ligação entre as faixas de Frequências
Cósmicas e os elementos químicos. Confirmando-se esta ligação em
pesquisas do futuro, inclusive através dos dados obtidos pela Teoria
Matemática dos Grupos, um Sistema Escolar poderia ser organizado à
semelhança da Tabela Periódica dos Elementos, ou seja, associado às 16
famílias (8A + 8B) e aos 4 grandes grupos: metais, não-metais, semi-
metais e gases nobres. Mais do que isso, comprovando-se futuramente a
hipótese de as faixas de Frequências Cósmicas e os elementos químicos
estarem relacionados, todas as propriedades da Tabela Periódica dos
Elementos poderiam eventualmente ser aplicadas na organização de um
Sistema de Ensino.
Estruturado, hipoteticamente, um Sistema de Ensino composto por 4
Redes Escolares nas quais distribuem-se 16 escolas ou 16 currículos
claramente diferenciados entre si, o terceiro e último passo de uma
Pedagogia Cósmica seria estruturar, nas salas de aula destas 16 escolas
diferentes, as vivências necessárias para que expressem-se os Dons de
faixas de Frequências das crianças agrupadas por semelhança em cada
uma destas escolas.
Dessa forma, partindo destes três passos, uma Pedagogia Cósmica
poderia ser simplesmente resumida em apenas três palavras: Frequência –
Dom – Vivência.
Levando-se em consideração que: (1) A faixa de Frequência Cósmica
Original do Espírito da criança operaria em módulos superiores 1022
Hz,
ou seja, na ordem da Radiação Gama, e que a faixa de Frequência
Cósmica Modulada para uma reencarnação específica da criança operaria
em módulos acessíveis ao biofóton, supostamente na faixa entre 4,0 x 1014
Hz (vermelho) e 8,0 x1014
Hz (violeta), ou seja, na ordem do Espectro de
Radiação Visível; (2) Ao longo das reencarnações a faixa de Frequência
Cósmica Modulada (FC’) tenderia, em função do tempo e das
Artigo Possibilidades de uma Teoria Espírito-Matemática da Comunicação
87
possibilidades de expressão e vivência, à faixa de Frequência Cósmica
Original (FC), segundo a equação ; haveria então uma
relação comprovada de circularidade entre Frequência e Vivência. Nesse
sentido, a Frequência geraria o Dom, o Dom geraria a Vivência e a
Vivência realimentaria o ciclo permitindo que mais Energia sobre a
Frequência fosse introduzida no sistema.
No conto “Viagens de Selene”, levanta-se a complexa problemática de
identificar-se a faixa de Frequência Cósmica de uma criança no qual seu
Espírito comunica-se com ela da Potência para a Existência para, através
desta identificação quantizada ondulatório, colocá-la em uma das várias
diferentes Redes de Ensino, numa escola especificamente diferenciada
desta Rede que lecionasse conhecimentos afins com a faixa de Frequência
e os Dons desta faixa de Frequência do Espírito-Alma dessa criança. A
seguir propõe-se uma solução para este problema através de um detector e
de um método de detecção.
MÉTODO MEGUE
Na impossibilidade atual de mensurar-se diretamente a faixa de
Frequência Cósmica Modulada na qual operaria o Espírito da criança do
Estado da Potência para a Existência, devido à tecnologia e o
conhecimento disponíveis em 2014 serem extremamente rudimentares,
necessitar-se-ia medir algum efeito indireto o mais próximo possível da
irradiação do Espírito sobre o Sistema de Sombras da criança.
Um possível método indireto de detecção é proposto a seguir,
formulado pelo critério de maior proximidade possível entre a Fonte de
Informação/Transmissor (Espírito-Alma na Potência) e o
Receptor/Destinação (Eu Consciente), buscando-se evitar ao máximo as
detecções mais indiretas.
Propõe-se a MagnetoEncefaloGrafia Unificada de Exposição e
Expressão ou MEGUE. A vantagem deste método seria a já existência de
aparelhos de magnetoencefalograma e de métodos clínicos piagetianos ou
métodos clínicos psicopedagógicos de detecção de centros de interesse da
criança.
O método MEGUE consistiria em realizar uma série de quantificações
eletromagnéticas emitidas pela criança quando ela está em interação com
algo específico que foque a sua atenção através do prazer. Posteriormente
unificar-se-ia esta série de medições e interações a fim de produzir-se uma
totalidade expressa em um único valor de faixa de frequência associado à
prazer, foco e sensação de realização. A faixa de frequência
eletromagnética obtida com esta unificação ofereceria uma aproximação
A. Mayer
88
tanto melhor da atual faixa de Frequência de Operação do Espírito da
criança quanto mais prazer, foco e sensação de realização fossem
detectados, ao mesmo tempo em que pré-selecionaria os Centros de
Interesse que o Espírito Único e Individualíssimo da criança ansiaria
encontrar em uma Escola para expressar-Se e Espiritualizá-la. Assim, com
o MEGUE se construiriam Currículos diversificados promotores de
Individuação, Redes diversificadas de Escolas promotoras de Individuação
e Escolas, agrupadas por semelhança numa mesma Rede, que
promovessem individuações familiares ou semelhantes. Seria em uma
Escola como esta que o Espírito da criança se individuaria o máximo
possível, transformando assim a reencarnação da criança em um
verdadeiro sucesso e a Escola na maior instituição social promotora da
Espiritualização.
Sendo o MEGUE um método de Exposição e Expressão, a Exposição
seria simplesmente expor a criança a algum tema específico mostrado em
uma tela de computador, procedendo mensurações eletromagnéticas
sincrônicas com o apresentado nesta tela. Com a tecnologia de
MagnetoEncefaloGrama disponível em 2014, a Exposição já é
perfeitamente viável.
A Expressão do método MEGUE seria disponibilizar à criança um
ambiente para ação e interação via Método Clínico Piagetiano em
atividades específicas e proceder mensurações eletromagnéticas
sincrônicas com o desenrolar destas atividades, sendo todo o processo
filmado em áudio e vídeo. A filmagem e as mensurações estariam
sincronizadas. Devido aos aparelhos de MagnetoEncefaloGrama atuais
serem muito grandes e exigirem imobilidade da criança durante a
mensuração, uma alternativa de mensuração eletromagnética deveria ser
empregada.
Como todo método analítico, a MEGUE possui fontes de erro. Estas
poderiam, inicialmente, ser classificadas em 3 categorias:
Erro de Tecnologia Eletromagnética: seria o erro procedente do aparato
eletrônico, tal como falta de calibração, fontes interferentes
eletromagnéticas externas, e etc.;
Erro de Procedimento: seria o erro pertinente à aplicação do teste sem
seguir-se protocolos de procedimento operacional padrão produzidos com
o objetivo de garantir Boas Práticas ou GMP;
Erro de Método Clínico: seria o erro proveniente de uma seleção
inadequada dos temas ao quais a criança seria exposta e o ambiente que
lhe seria disponibilizado, bem como erros oriundos de uma interpretação
equivocada de prazer e de interesse. O prazer e o interesse a serem
Artigo Possibilidades de uma Teoria Espírito-Matemática da Comunicação
89
detectados devem ser os emanados e sentidos pelo complexo
Espírito/Alma da criança e não os socialmente adquiridos por interação,
nessa reencarnação ou em outras, emanados pela racionalização. Em
outras palavras, os Centros de Interesse e Prazer a serem perseguidos pelo
método são os sentidos da Alma e não os racionalizados pela Sombra
Mental, uma vez que a Alma é a central de Inteligência Superior ao qual a
Mente está subordinada, jamais o contrário. Detectores de mensuração de
potencial elétrico colocados na pele da região do tórax, na altura do osso
esterno (próximo ao complexo timo/coração) poderiam em tese diferenciar
um prazer de Alma e um prazer socialmente adquirido pela Sombra
Mental. Da mesma forma, mensurações de MagnetoEncefaloGrafia
associadas a picos de sensações de prazer e de realização observáveis
pelas filmagens do Método Clinico Piagetiano poderiam diferenciar um
prazer de Sombra Mental de um Prazer de Alma (picos maiores,
possivelmente associáveis a estados profundos de êxtase ou meditação).
Assim sendo, uma Educação voltada para a efetiva Espiritualização
utiliza-se da detecção do prazer e do interesse de Alma para produzir-se
um Currículo e uma Escola a mais individualizada e individualizante (ou
diferenciada e diferenciável) possível para matricular-se a criança.
EQUIPES TRANSDISCIPLINARES: ETIFs
A tarefa de investigar e identificar o melhor possível a faixa de
Frequência Cósmica Modulada da criança é de tal forma complexa e ao
mesmo tempo importante na vida da criança que tamanha responsabilidade
não poderia recair apenas sobre um profissional. Faz-se necessário uma
equipe de diversos profissionais que trabalhem não pluridisciplinarmente,
nem interdisciplinarmente, mas transdisciplinarmente. A faixa de
Frequência Cósmica de operação do Espírito seria potencialmente, dentre
todas as coisas, a mais insubmissa à lógica de fragmentação imposta pelas
disciplinas. O Espírito é uma Totalidade e para desvendar os seus
mistérios, a transcendência das disciplinas e de suas ―caixas isoladas‖ é
absolutamente necessária.
Assim, propõe-se a criação de Equipes Transdisciplinares de
Investigação de Frequência, ou ETIFs, para realizar este trabalho. Esta
equipe poderia ser formada por especialistas engenheiros; especialistas em
espectroscopia; especialistas físicos; especialistas pedagogos; especialistas
psicólogos; especialistas em Antropologia e em oráculos (Tarot, Búzios,
Runas, etc.) para associar ―filiações de Divindades‖ com os mitos
respectivos; especialistas em Terapia Holística; coordenados por um
supergeneralista: o biopedagogo. Este novo profissional, de formação
altamente transdisciplinar, reuniria as informações dos especialistas e
montaria com a equipe uma ―totalidade‖ do que foi investigado a respeito
A. Mayer
90
da criança. O biopedagogo então, como coordenador da ETIF, enviaria a
criança para uma dentre as dezesseis escolas do Sistema de Educação que
mais se adequasse à sua faixa de Frequência Cósmica Modulada. Na
eventualidade de não haver nenhuma escola específica que bem se adapte
à faixa de Frequência da criança, mas mais de uma, sugere-se que a
criança frequente essas escolas simultaneamente, à semelhança de cursos
universitários que oferecem disciplinas em mais de um campus. Na
eventualidade de nenhuma escola existente adaptar-se às necessidades
existenciais da faixa de Frequência Cósmica da criança, faz-se necessário
investigá-la cuidadosamente e, a partir destas pesquisas, construir-se uma
classe adaptada à esta criança, com um currículo próprio. Se surgirem
várias outras crianças com características de Frequência semelhantes, mais
que uma classe e sim uma nova escola deverá ser criada para elas,
somando-se às dezesseis escolas já existentes.
FREQUÊNCIAS CÓSMICAS PESSOAIS: NOMES ESCOLARES DAS
CRIANÇAS
Encontradas pela ETIF as quantificações das Frequências Cósmicas
Moduladas das Crianças poder-se-ia, inicialmente de forma meramente
aproximada pelo rudimentar Método MEGUE e posteriormente através de
novas tecnologias e métodos futuras apropriados, associar-se um conjunto
de fonemas à estas quantificações. Estes fonemas poderiam então formar
sílabas adequadas, de valor estético e funcional, que comporiam um
―nome escolar‖ ou ―mantra‖ associado à criança. Este nome, dotado
hipoteticamente de valor vibracional, poderia ser útil não apenas para
descrever parcialmente os Dons Originais e únicos desta criança mas
também para auxiliar na promoção de sua Individuação, conscientizando
não apenas ela mas também toda a equipe escolar da necessidade de
expressar cada vez mais, e mais facilmente, os seus Dons Únicos: sendo
este o objetivo da reencarnação, auxiliar a criança ao máximo a atingir este
objetivo é o dever máximo da Instituição Escolar.
Diz-se ―Nome Escolar‖ uma vez que, potencialmente, as famílias nas
quais as crianças reencarnarem raramente estariam instrumentalizadas para
escolher-lhes um nome dessa natureza quando de seu nascimento, ao
menos no princípio do estabelecimento de toda uma nova cultura para que
uma nova sociedade focada no Espírito e não mais nos caprichos da
Sombra Mental se tornasse realidade. Dessa forma, este Nome Escolar
obrigatoriamente deveria estar em perfeita conformidade com os Dons de
Frequência do Espírito-Alma da criança, estar comprometido com a Sua
expressão na Terra e atender aos anseios estéticos de som desejados pelo
próprio Espírito-Alma da criança. Ou seja, este Nome Escolar estaria
indissociavelmente associado a um profundo prazer de Alma.
Artigo Possibilidades de uma Teoria Espírito-Matemática da Comunicação
91
Pesquisas a respeito de fonemas e o módulo da frequência vibrada por
fonemas deveriam ser realizadas. Nesse sentido, a discussão nas partes V.1
e V.5 deste artigo a respeito de Dons como conjuntos finitos e processos
estocásticos poderia ser útil. Os fonemas poderiam ser considerados
genericamente como ―Dons Originais‖ ou ―Componentes de Dons‖ que,
adequadamente associados entre si, comporiam sílabas ou ―Dons
Derivados‖ funcionais. Um tratamento matemático empregando a Teoria
dos Grupos poderia potencialmente ser utilizado para a descoberta de
sílabas funcionais e, em um segundo momento, de nomes igualmente
funcionais e harmônicos. Havendo-se uma quantidade excessivamente
grande de possibilidades de elaboração de nomes funcionais, o que poderia
inviabilizar uma análise dos dados de pesquisa, a Teoria Matemática da
Decisão poderia ser empregada, recorrendo-se ao critério de maior
funcionalidade e harmonia para a seleção das possibilidades. Uma análise
preliminar desta funcionalidade e harmonia dos fonemas, junções de
fonemas e dos nomes poderia ser obtida através de experimentos de
laboratório similares aos realizados por Masaru Emoto (2002), nos quais o
pesquisador japonês explorou a capacidade da água de reter Informação,
traçando relações entre a exposição de água (e a posterior fotografia dos
cristais tridimensionais quando congelada à -25°C) à música e à palavras
mediante atenção do observador. Aparelhos de quantificação de vibração
MRA (Magnetic Resonance Analyser) também foram empregados por
Emoto para transferir vibrações para micro-grupamentos de água.
Todavia, diferentemente de Emoto, sugere-se que a busca por
harmonia não esteja focada na simetria perfeita, na qual a Informação seria
pequena devido à baixa Entropia, mas sim em uma simetria contendo
certas taxas de assimetria e, portanto, contendo maior diferença e maior
Informação.
Posteriormente, avançando-se nestas pesquisas, tanto os fonemas
quanto os nomes pesquisados poderiam hipoteticamente ser associados às
Frequências Cósmicas Moduladas Individuais.
Como consequência, nesse processo jamais haveriam ―homônimos‖
(ao menos na Instituição Escolar), um estranho fenômeno típico de uma
sociedade burocratizada e massificadora regida pela Sombra Mental: cada
criança teria na Escola um nome único, composto potencialmente de um
prenome (uma vocalização da individualização de suas características) e
um sobrenome (vocalização associada à sua Frequência Cósmica Basal, de
Background ou Familiar Cósmica). Cumpre observar, contudo, que a
―flexibilidade‖, a ―abertura ao novo‖ e a ―eterna pesquisa‖ destas
vocalizações devem ser as expressões de ordem em todo esse processo de
nomeação, sempre associado a um profundo sentido de realização da
A. Mayer
92
própria criança. A regra é extremamente simples. A Escola serve ao
Espírito-Alma de todos os envolvidos no ambiente escolar e jamais o
contrário: esta instituição social curva-se facilmente ao Ser único e
inimitável que anseia expressar-Se na Existência através de cada um. Para
isso, basta boa vontade.
REPRESENTAÇÕES ICÔNICAS
Uma Teoria Espírito-Matemática da Comunicação seria o alicerce
fundamental de toda Pedagogia Cósmica. Uma vez que as sociedades
humanas são intensamente visuais, torna-se interessante criar-se imagens
ou ícones que resumissem as ideias apresentadas neste artigo. Nas Figura
10 e 11 encontram-se, respectivamente, as representações icônicas de uma
Teoria Espírito-Matemática da Comunicação e de uma Pedagogia
Cósmica.
Figura 10 – Representação de A. Mayer para o processo circular e de
autossimilaridade entre o Mundo da Potência (ou Mundo da Informação) e o
Mundo da Existência através de uma abordagem iconográfica. À esquerda situa-se
o ícone que representa o Mundo da Informação e à direita o ícone para o Mundo da
Existência. A circularidade e a autossimilaridade entre ambos é representada pela
seta dupla. O Mundo da Informação é iconicamente representado por símbolos
matemáticos, incluindo o ―i‖ de “números imaginários”, buscando-se retratar sua
incorporeidade, sua inteligência organizativa e sua ausência de estrutura. As
lâminas de informação binária e símbolos matemáticos sobrepostas poderiam
também ser multiplicadas, adquirindo um formato icônico de coroa solar ou estelar
como raios ao redor de ―i‖. Por outro lado, o Mundo da Existência é representado
por uma molécula aromática, buscando-se retratar sua corporeidade e sua estrutura,
embora esta apresente-se ―vazada‖ como um símbolo de sua necessidade de ser
―preenchida‖ por Informação. A Figura 10 sintetiza visualmente o conceito de
Espiritualização da Teoria Espírito-Matemática da Comunicação e torna-se seu
principal ícone descritivo.
Artigo Possibilidades de uma Teoria Espírito-Matemática da Comunicação
93
Figura 11 – (A) Representação icônica de A. Mayer para uma Pedagogia
Cósmica e seu Sistema de Ensino. No centro da figura há o ―i‖
representando o Mundo da Informação e uma estrutura cíclica, semelhante
ao anel benzênico, porém com oito lados, representando o Mundo da
Existência. Em torno de ―i‖ há quatro símbolos matemáticos de ―existe‖,
em quatro cores diferentes, representando as quatro Redes Escolares nas
cores de quatro emblemáticas faixas de frequência do espectro visível. Os
oito lados do polígono representam o octeto eletrônico da Química e os
oito bits em 1 byte. Irradiam-se, como se fosse um Sol ou uma Rosa dos
Ventos, dezesseis raios ou dezesseis grandes direções evolutivas
representando as dezesseis escolas diferentes cuja regência imediata está
distribuída entre as quatro Redes de Ensino. Oito raios são de uma cor
representativa das famílias 1A a 8A e oito raios são de uma cor
representativa das famílias 1B a 8B da Tabela Periódica dos Elementos.
(B) As três palavras-chave que sintetizariam quaisquer Pedagogia
Cósmica, bem como quaisquer Educação Cósmica, estão relacionadas
ciclicamente.
B A
A. Mayer
94
777... PPPOOOSSSSSSIIIBBBIIILLLIIIDDDAAADDDEEESSS DDDEEE UUUMMMAAA EEENNNGGGEEENNNHHHAAARRRIIIAAA PPPSSSIIICCCOOO---CCCÓÓÓSSSMMMIIICCCAAA
7.1 POSSIBILIDADES DE UMA ENGENHARIA DE DETECTORES DE
FREQUÊNCIA CÓSMICA INDIVIDUAL Objetiva produzir aparelhos de detecção, por aproximação, da faixa de
Frequência Cósmica em que o Espírito/Alma da criança está transmitindo
sinal. Esta Engenharia ofereceria subsídios para as Novas Ciências da
Saúde e para as Novas Pedagogias. Novos tratamentos de saúde poderiam
ser individualizados através do conhecimento da específica faixa de
frequência da criança, bem como poderia ser desenvolvida uma Educação
muito mais individuada, específica, a partir de currículos que entrassem
em ressonância com a faixa de frequência da criança.
7.2 POSSIBILIDADES DE UMA ENGENHARIA DE PRÓTESES DE ALMA:
PRÓTESES DE AMPLIFICAÇÃO DE SINAL DE ALMA OU DE CONTATO DE
ALMA COMO APARELHOS EXÓGENOS DE COMUNICAÇÃO ESPIRITUAL
PESSOAL
Sendo a Alma um órgão não-material compreendida na Teoria
Espiritual da Comunicação como um Transmissor que levaria a mensagem
enviada pela Fonte de Informação do Espírito, a Alma seria,
ciberneticamente, interpretada como um aparelho. Um aparelho endógeno
que, em havendo falha de funcionamento em algum setor, poderia
potencialmente receber o suporte auxiliar de outro aparelho, exógeno ou
artificial, para compensar o seu funcionamento. Esta classe de aparelhos
chama-se ―prótese‖, e um aparelho específico para auxiliar no retorno à
funcionalidade da operação de Alma chamar-se-ia ―prótese de Alma‖. Tal
prótese teria por objetivo amplificar o sinal de recepção da mensagem
enviada pelo Espírito, fazendo a ligação entre o timo e os pontos de
acupuntura que estariam potencialmente relacionados à sensação de
contração e dilatação do aparelho de Alma na região central do peito, na
altura do osso esterno.
Poder-se-ia potencialmente produzir-se um amplificador de sinal de
Alma a partir de um BMI (Brain Machine Interface) utilizando-se a
tecnologia Space-Time-Frequency Filtering já empregada por Kyuwan
Choi e Andrzej Cichocri, colaboradores da Toyota© e da Riken
© do Japão,
em cadeiras de rodas comandadas por impulsos cerebrais transcritos em
operações mecânicas (CHOI; CICHOCRI, 2009).
Artigo Possibilidades de uma Teoria Espírito-Matemática da Comunicação
95
O aparato BMI proposto por Choi e Cichocri consiste em uma touca
computadorizada com eletrodos ligados a uma cadeira de rodas que
interpreta os pensamentos imaginados: imaginar caminhando faz a cadeira
mover-se para a frente; imaginar a mão direita fechando-se faz a cadeira
converter à direita; imaginar a mão esquerda se fechando faz a cadeira
converter à esquerda. O aparato transforma o pensamento imaginado em
movimento na cadeira de rodas em apenas 125 ms (milissegundos). Ao
mesmo tempo, o aparato adapta-se às alterações de ondas cerebrais
diferenciadas de cada pessoa em cerca de 10 minutos, num processo de
autocalibração.
Substituindo-se a aplicação mecânica em uma cadeira de rodas por um
colete na região do tórax, ligado a pontos de acupuntura e inervações sobre
a região torácica do timo, poder-se-ia calibrar o sistema para operar com
as instruções provenientes da Alma. Por exemplo, um estímulo mental de
“o fogo é quente” gera um ―sim‖ da Alma no tórax; um estímulo mental
de “o fogo é gelado” gera um ―não‖ da Alma. Este tipo de pergunta foi
desenvolvido pela terapeuta xamânica Sandra Ingerman (2008) como
forma de calibrar uma comunicação com a Alma.
Com perguntas de calibração como esta, o aparelho posteriormente
poderia amplificar o ―sim‖ da Alma através da amplificação da sensação
de abertura do timo via interação com musculatura torácica específica. Da
mesma forma, um ―não‖ da Alma poderia ter seu sinal amplificado com
este colete ampliando a sensação da musculatura torácica através de uma
contração muscular desta região. Assim sendo, poder-se-ia criar uma
segunda região de interação cérebro-timo através de uma touca BMI ligada
ao colete, ao mesmo tempo em que há a região de interação original
descrita por Leonora (200?): timo/pescoço/nuca/cabeça.
Este aparelho poderia aumentar o contato com a Alma através de
exercícios, potencialmente amplificando o canal original descrito por
Leonora, ao ponto de não ser mais necessário. Seria uma espécie de
prótese aplicável em um sistema de órgão energético regenerável onde,
após a regeneração deste sistema, a prótese poderia ser dispensada.
A. Mayer
96
888... AAASSS BBBRRRAAANNNAAASSS SSSEEERRRIIIAAAMMM AAALLLGGGOOO MMMAAAIIISSS???
Supondo que as Inteligências Cósmicas do Universo seriam assim
chamadas porque já teriam completado o caminho de impressão de toda a
sua Informação em sua Energia, elas estariam no limite matemático de
estruturação da Informação. Em outras palavras, elas seriam ―Divindades,
Deuses e Deusas, Luminares‖etc., porque conteriam em seu Sistema de
Sombras todo o seu Espírito, ou seja, estariam no grau mais elevado de
Espiritualização.
Pelo fato de terem um Sistema de Sombra, as Inteligências Cósmicas
do Universo organizar-se-iam em alguma espécie de estrutura altamente
informacional, ou seja, Elas comporiam um tecido informacional. O
vocábulo ―tecido‖ implicaria na sua Sombra e o vocábulo ―informacional‖
implicaria na sua Luz ou Lucidez.
Assim sendo, a Cosmologia (uma ciência Físico-matemática) poderia
gradualmente descrever estas Inteligências. Suspeita-se, neste artigo, que
as Branas propostas pela teoria Físico-matemática do cosmólogo sul
africano Neil Turok e do cosmólogo americano Paul Steinhardt (a partir
da Teoria das Cordas do físico americano Leonard Susskind e do físico
italiano Gabriele Veneziano, e da Teoria-M do físico americano Ed
Witten) seriam indícios destas estruturas de tecido informacional. Ou seja,
poder-se-ia a partir destas teorias físico-matemáticas iniciar-se um ramo da
Teoria Espiritual Matemática da Comunicação cujo foco fosse a
compreensão da composição das Inteligências Cósmicas e de como elas
atuariam sobre a Existência.
A Teoria das Branas necessitaria de dados da sonda espacial Planck
para ganhar maior robustez. Com o seu fortalecimento, poder-se-ia iniciar
uma série de investigações espirituais a partir da Física e Matemática
presentes na teoria materialista de Turok e Steinhardt. Por exemplo, pelo
princípio do Universo Holográfico, de que “o todo está na parte e a parte
está no todo”, o fortalecimento da Teoria das Branas, que busca explicar
um todo, poderia explicar uma parte, que somos nós? Poderia o nosso
processo pessoal de Espiritualização ser definido como uma crescente
superfície de contato, com simultânea transferência e troca de Informação,
entre um ―Mundo Brana‖ na Potência através de um ponto de contato em
um ―Mundo Brana‖ na Existência, ponto que conteria um específico
Sistema de Sombras: nossos próprios corpos?
Artigo Possibilidades de uma Teoria Espírito-Matemática da Comunicação
97
999... UUUMMM PPPRRRIIIMMMEEEIIIRRROOO EEESSSBBBOOOÇÇÇOOO HHHIIIPPPOOOTTTÉÉÉTTTIIICCCOOO PPPAAARRRAAA AAA FFFIIILLLOOOGGGÊÊÊNNNEEESSSEEE
DDDOOOSSS DDDOOONNNSSS DDDOOO EEESSSPPPÍÍÍRRRIIITTTOOO
Este primeiro esboço hipotético, à semelhança de uma tentativa de
Charles Darwin na década de 1860 de elaborar uma ―Árvore da Vida‖,
constituir-se-ia igualmente numa tentativa de elaborar-se uma ―Árvore dos
Dons de Alma Humanos‖, ou melhor dizendo, uma ―Árvore Informacional
do Fluxo Temporal da Comunicação dos Dons do Espírito Humano da
Potência para a Existência‖.
Haveria não apenas uma evolução da expressão do Espírito Humano na
biologia mas também, visceralmente ligada a esta, uma evolução da
expressão na cultura. Sob a perspectiva de Luz e Sombra, ou Informação e
Energia, haveria uma relação cíclica, complementar e de retroalimentação
entre os Princípios de Luz e os Princípios de Sombra, uma relação entre
ambos que visa garantir o sucesso e a funcionalidade da Expressão do
Espírito como uma Totalidade comunicando-se de um Universo
Informacional para este Universo Físico-Matemático, a Existência.
Dessa forma, definindo-se o gênero Homo como essencialmente
biocultural, haveria uma relação cíclica complementar entre um Princípio
de Diferença, Entropia, Inovação ou Novidade, representado pela
Estrutura de Luz ou de Alma, e um Princípio de Homogeneidade,
Conservação, Uniformidade ou Tradição, representado pelas Estruturas de
Sombras. De forma poética, poder-se-ia dizer que “todos os Dons do
Espírito são Dons Comunicativos” e que nesta comunicação “a Alma ama
a Inovação, a Sombra ama a Tradição, e o Espírito Divino ama a ambas”.
A relação dialética entre ambos os princípios, embora superficialmente
parecesse ser conflituosa, seria profundamente harmônica, o que garantiria
efetivamente a máxima expressão do Espírito da Potência para a
Existência ao longo do tempo t. Esta expressão estaria em consonância
com os termos evolucionários da paleontologia se traçássemos através de
uma exponencial genérica uma relação entre a equação hipotética
(parte V. 7 deste artigo), o comprimento do fio de
instrumentos de pedra e o crescimento do volume em cm3 da caixa
craniana ao longo do tempo t.
Considerando-se que o nascimento da cultura, conforme o
paleoantropólogo Yves Coppens (2002), teria se dado quando um
espécime do gênero Homo bateu uma pedra contra outra para produzir
uma lâmina, o crescimento da cultura poderia ser quantificado medindo-se
quantos centímetros de fio haveriam por kg de pedra. Há 2.000.000 de
anos, produziam-se ferramentas com 10 cm de fio/kg de pedra; há 500.000
A. Mayer
98
anos, ferramentas de 40 cm/kg; há 50.000 anos, ferramentas de 200 cm/kg;
e, finalmente, ao final da idade da pedra, há 20.000 anos, produziam-se
ferramentas de 2.000 cm/kg (Gráfico1). Uma relação de crescimento
exponencial, análoga ao do crescimento do volume da caixa craniana.
Gráfico 1 – A relação exponencial entre o comprimento da lâmina por kg de pedra
ao longo do tempo, na idade da Pedra, constitui-se numa medida objetiva de
evolução cultural do gênero Homo.
O mistério evolucionário da Biologia, o de saltos evolutivos, que
contradizem o princípio comumente aceito de que a evolução se daria
exclusivamente por processos lentos, poderia potencialmente ser explicado
pela dupla natureza da comunicação da Informação. Esta fluiria de um
Universo Informacional para este tanto por Simples Difusão de
Informação (do meio mais concentrado de Informação para o menos
concentrado) quanto por Pacotes de Informação (Figura 12). Quando o
fluxo fosse predominantemente por Simples Difusão, ter-se-ia uma
evolução clássica, lenta e gradual mensurável ao longo de milhões de
anos. Quando o fluxo fosse predominantemente por Pacotes de
Informação, esta seria aos saltos e rápida ao longo de alguns milhares de
anos.
No gênero Homo, entretanto, devido à sua natureza biocultural, quando
sua cultura atingisse determinados níveis críticos, potencialmente esta
evoluiria por Pacotes de Informação em taxas mensuráveis ao longo de
anos e, no século XXI, ao longo de meses. Suspeita-se que estes níveis
culturais críticos estariam associados a nodos, pontos de junção ou
hotspots de uma Teia de Dons do Espírito: ao construir-se ou expressar-se
um hotspot, simplesmente haveria uma explosão de expressão cultural.
Suspeita-se que a caverna de Lascoux para o Homo sapiens arcaico e a
internet para o Homo sapiens moderno sejam exemplos ilustrativos de
hotspots.
0
500
1000
1500
2000
2500
-2.000.000 -1.500.000 -1.000.000 -500.000 0
cm fio/kg de pedraTempo (t)
Artigo Possibilidades de uma Teoria Espírito-Matemática da Comunicação
99
Figura 12 – Diagrama ilustrativo de A. Mayer para uma hipotética dupla natureza da
Informação. Em (A) haveria um Universo Informacional ou de Potência, denominado
pelas diversas tradições filosófico-religiosas de ―Mundo Espiritual‖, ―Mundo do Jissô‖,
―Mundo da Imagem Verdadeira‖, ―Mundo Original‖, ―Reino Virginal‖, ―Mundo da
Perfeição do Espírito‖, ―Natureza Búdica‖, ―Natureza Crística‖, ―Orum‖, ―Terra Sem
Mal‖, ―Nirvana‖, ―Adhi‖, entre outras nomenclaturas. Supõe-se neste artigo, através da visão de uma Ciência Alternativa, que este Universo Informacional (hipoteticamente sem
nenhuma estrutura, destituído de qualquer energia e constituído exclusivamente de
Informação em estado puro) seria passível de descrição matemática como uma Brana, através de uma abordagem pela IG da interpretação dada pela escola materialista ortodoxa
da Teoria-M desenvolvida pelos cosmólogos Neil Turok e Paul Steinhardt. Em (B)
haveria uma Brana, em que nós conscientemente estaríamos e na qual percebemos com nossos cinco sentidos mais básicos, Brana que constituiria todo o Universo Físico-
Matemático comumente visível ou Existência. A natureza comunicativa da Informação se
expressaria de uma Brana à outra por Simples Difusão (d) e por Pacotes Quantizados (p). Potencialmente, a Simples Difusão de Informação poderia ser estudada empiricamente em
laboratório através da Reação de Belousov-Zhabotinsky, e os Pacotes Quantizados de
Informação por meio de Magnetoencefalografia de pessoas devidamente educadas em técnicas eficientes de Meditação. Quanto ao estudo de (p), as referências citadas por
Goswami (2007) de pesquisas de estados incomuns de consciência, tais como as de L.
Bass, Casey Blood, Jacobo Ginberg e Peter Fenwick poderiam constituir-se em um ponto de partida para novas pesquisas empíricas.
A dupla natureza comunicativa da Informação estaria presente não
apenas no gênero Homo mas também em todo o Reino Animalia e nos
outros Reinos de seres vivos, como o Reino Plantae e outros. Como
exemplo, poder-se-ia citar as flores das Angiospermas. A técnica de levar
o pólen do espécime masculino ao feminino através do vento, apesar de
A. Mayer
100
funcional, era pouco eficiente, pois imensas quantidades de pólen eram
produzidas, com gasto de energia, para que apenas uma atingisse seu
objetivo. Todavia, no ocaso do jurássico e alvorecer do cretáceo, uma
forma muito mais eficiente para efetivar-se a fecundação surgiu: flores.
Este era o ―mistério abominável‖ segundo Darwin, pois não parecia fazer
sentido que em plena ascensão dos dinossauros plantas com flores
surgissem e se diversificassem tão rapidamente em várias espécies, o que
contrariava o princípio da evolução lenta a gradual (ATTENBOROUGH,
2012). Ou seja, na primeira metade da Árvore Evolutiva das Plantas todos
os seus ramos de espécies se desenvolveram de forma proporcional quanto
ao número, entretanto, há 140 milhões de anos, houve uma explosão de
surgimento de novas espécies, o chamado “Mistério de Darwin”, quando
surgiram as Angiospermas: as plantas com flores. E estas tornaram-se o
ramo dominante na Árvore Evolutiva do Reino das Plantas, ocupando
praticamente todos os habitats conhecidos da Terra. Segundo a tradição da
ortodoxia materialista, a possível explicação para o Mistério de Darwin foi
a coincidência de uma duplicação do material genético das plantas,
permitindo que evoluíssem mais rapidamente em ambientes mutáveis, e o
estabelecimento de uma relação com os animais, que se tornaram
polinizadores em troca de néctar. Uma abordagem Espiritual da
Informação, contudo, consideraria este momento evolutivo do surgimento
das flores como um hotspot, que marcaria um entrecruzamento de Dons e
surgimento de Dons Derivados.
Em nosso caso, haveriam hipoteticamente Dons Originais Humanos,
ou seja, qualidades que diferenciariam um espécime do gênero Pithecos e
um do gênero Homo. Estes Dons Originais potencialmente se
combinariam e gerariam Dons Derivados que, em um primeiro momento,
talvez pudessem ser classificados de 1°, 2°, 3°,..., n° ordem ou geração.
Suspeita-se que cada gênero de seres possuiria seu conjunto todo próprio
de Dons Originais que, ao longo do tempo t, diferenciar-se-iam em Dons
Derivados ao atingirem hotspots. Assim, cada Ser na Existência e cada
gênero de espécies, eventualmente, poderia ter a sua Árvore Informacional
mapeada, de forma que as raízes seriam os Dons Originais, o tronco
seriam os Dons Derivados de 1° Ordem ou 1° Geração e os ramos os Dons
Derivados de Ordem n.
A evolução da Sombra Mental do gênero Homo poderia ser analisada
numa árvore como esta, focada no fluxo de Informação da Potência para a
Existência, tanto por Simples Difusão quanto por Pacotes Quantizados de
Informação. Considerando-se como ponto de partida dois Dons Originais
em dois grandes blocos da constituição humana, a Sensibilidade ou
Sensoriedade e o Pensamento, poder-se-ia afirmar que as raízes da Árvore
Filogenética dos Dons do Espírito Humano seriam (1) o Dom da
Artigo Possibilidades de uma Teoria Espírito-Matemática da Comunicação
101
Linguagem Sensória Visual, no domínio da Sensibilidade e (2) o Dom da
Linguagem Lógico-matemática Linear, no domínio do Pensamento. Estes
dois Dons seriam os primeiros genuína e originariamente humanos porque
nos diferenciariam de todos os outros primatas, mamíferos, cordados e
demais gêneros do Reino Animalia.
Defende-se aqui que a primeira Linguagem Sensória genuinamente
humana foi a Visual pelo fato do gênero Homo ser o primeiro do Reino
Animalia que exibiu diferenciação entre a íris e a esclerótica: o surgimento
do ―branco dos olhos‖ no Homo ergaster tornou-os muito expressivos na
comunicação de emoções, diferentemente dos outros pithecos. Por outro
lado, a primeira Linguagem Lógico-Matemática de Pensamento
genuinamente humano seria a Linear, genericamente , no estilo
de raciocínio potencial de um H. ergaster, o primeiro produtor de
ferramentas: “Pedra corta dedo(x), pedra corta pedra(n), logo pedra
cortada por pedra que corta dedo corta carne de animais mortos(y)”.
Sendo linguagens o Dom Lógico-Matemático, genericamente
representado por (0), e o Dom Sensorial Visual, genericamente
representado por (1), estes potencialmente teriam sido as bases para a
composição de um Dom Derivado de 1° Ordem, genericamente
representado estruturalmente por (0,1:2): o Dom da Linguagem Simbólica.
Este Dom seria o tronco da Árvore Filogenética dos Dons do Espírito
Humano e um exemplo de hotspot por excelência, pois a partir dele
haveria uma marcada transição do Homo ergaster para o Homo sapiens
arcaico da qual surgiriam os seguintes ramos:
Dom dos Fonemas (0,1,2:3): este geraria como Dom Derivado de 2°
Geração o Dom da Língua Falada e, de 3° Geração, o Dom do Discurso
Doméstico. Este seria diferente do Dom do Discurso Político ou de Polis,
mais complexo e que necessitaria de mais componentes paras ser
estruturado;
Dom Pictórico (0,1,2:4): este geraria como Dom Derivado de 2°
Geração o Dom da Arte Rupestre, culminando com expressões tais como a
Gruta de Lascoux. Este Dom geraria, junto com o Dom da Contagem, o
Dom de 3° Geração da Geometria;
Dom da Contagem (0,1,2:5): este geraria como Dom Derivados de n
Geração o Dom da Geometria, o Dom da Álgebra...
Esta é apenas uma demonstração rudimentar de como a composição, a
decomposição e os hotspots poderiam ser analisados numa tentativa de
compreensão dos Dons de Expressão do Espírito Humano. A seguir,
disponibiliza-se uma demonstração em forma de diagrama (Figura 13).
A. Mayer
102
Figura 13 – Diagrama ilustrativo de A. Mayer para o esboço hipotético de uma Árvore Filogenética dos Dons do Espírito Humano.
DOM DE
LINGUAGEM
SENSÓRIA
VISUAL
0
SENSORIEDADE
(SOMBRA SENSÓRIA)
PENSAMENTO
(SOMBRA MENTAL)
DOM DE
LINGUAGEM
LÓGICO-
MATEMÁTICA
LINEAR
1
HO
MO
E
RG
AS
TE
R
H
OM
O
SA
PIE
NS
A
RC
AIC
O
DOM DE
LINGUAGEM
SIMBÓLICA
2 {0,1}
ESPÍRITO-ALMA
(FLUXO INFORMACIONAL POR SIMPLES DIFUSÃO E
POR PACOTES QUANTIZADOS)
DOM DE
FONEMAS
3 {0,1,2}
DOM
PICTÓRICO
4 {0,1,2}
DOM DE
CONTAGEM
5 {0,1,2}
R A
Í Z
E S
Do
ns
Ori
gin
ais
Hu
man
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T R
O N
C O
Do
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Der
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os
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1°
Ort
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Hu
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M O
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Do
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Der
ivad
os
de
Ort
dem
n
nH
um
ano
s
DOM DE
LÍNGUA
FALADA
6
{0,1,2,3}
DOM DE ARTE
RUPESTRE
7
{0,1,2,4}
DOM DE
GEOMETRIA
8
{0,1,2,4,5}
DOM DE
DISCURSO
DOMÉSTICO
10 {0,1,2,3,6}
DOM DE
ÁLGEBRA
9
{0,1,2,5}
Artigo Possibilidades de uma Teoria Espírito-Matemática da Comunicação
103
111000... IIINNNSSSIIIGGGHHHTTT::: SSSEEELLLEEENNNEEE,,, CCCAAALLLUUUNNNGGGAAA,,, SSSHHHAAANNNNNNOOONNN EEE OOO BBBIIITTT:::
VVViiiaaagggeeennnsss dddeee SSSeeellleeennneee... ... ... uuummm cccooonnntttooo eeessspppiiirrriiitttuuuaaalll pppoooppp eee nnneeerrrddd
eeemmm 777 pppooossstttaaagggeeennnsss Conto registrado por A. Mayer no Escritório de Direitos Autorais – Fundação Biblioteca
Nacional
Registro N°: 631.850 – Livro: 1.213 – Folha: 467 – Lavrado em 07 de Fevereiro de 2014
POST 5
PRÓTESE PARA UMA DEFICIENTE DE ALMA
“Isso é tão estranho Que sequer foi pensado
E é assim que se sai da manada Pois a Verdade não está nela!”
Selene Hanna Stern
Noite alta de sexta-feira...
E lá estava eu, novamente, sentadinha numa cadeira astral, num salão
repleto de defuntos, assistindo a aula de Leonora, projetada astralmente!
Viagem astral.
Viagens de Selene...
Que programão!
Ali, sentada num salão com defunto pra todo o lado...
Justo nas noites de sexta?!
Pois é...
Afinal, nerd que é nerd... também é nerd espiritual!
E na aula dessa sexta, Leonora, pra minha sorte, falava novamente do
Ponto de Equilíbrio.
Legal! Consegui recuperar o conhecimento que eu tinha perdido por
uma situação de força maior.
Sim: controlar a minha cabeça era realmente uma situação de força
maior!
E Leonora, ensinando o Ponto de Equilíbrio, comentou que ele é
diferente em cada um. Tão diferente que pode se tornar diferente até na
mesma pessoa com o passar do tempo: mudar!
A. Mayer
104
Que engraçado... sempre que ela dizia a palavra ―diferente‖ naquela
noite, minha mente voava direto pra Claude Shannon e sua pesquisa “Uma
Teoria Matemática da Comunicação”.
Leonora falava ―diferente‖... e lá me vinha “Claude Shannon –
Matemática – Comunicação – Informação”.
A aula prosseguia... ela mencionava de novo a palavra ―diferente‖ e lá
me vinha aquilo tudo...
Que coisa!
Mas... porque Claude Shannon me vinha tanto na cabeça, só de ouvir a
palavra ―diferente‖?
Bom... eu soube dele num documentário que curti no youtube©.
Tá bom, tá bom... já sei o que você vai dizer: que ver isso no youtube©
é bem coisa de garota nerd que tá sem namorado, né?
Ah, vê se pega mais leve comigo: eu até já tenho meu candidato a
namorado, pô!
Mas admito... pra mim Claude Shannon era “o cara”!
Matemático e engenheiro mega doidão, tinha um jeitão rebelde que não
se abaixava pra problemas complicados: ia direto na direção deles!
E foi numa dessas que ele descobriu a natureza fundamental da
―informação‖ e do processo de ―comunicação‖ em todas as suas variadas
formas.
Claude trabalhava no laboratório de pesquisa da Bell Telephone© em
New Jersey, uma mega empresa de comunicação já nos anos 1940!
Mas os caras grandões da Bell© tinham um problemão: todos os dias
eles transmitiam uma quantidade enorme de informação eletrônica pra
todo o mundo, em cabos imensos de cobre mais grossos do que eu! Eles
transmitiam aquele monte de informação mas não sabiam como medir
direito o quanto de informação tava passando pelos cabos, nem mesmo
como quantificá-la.
Por isso os chefões tavam tão preocupados: a empresa inteira e toda a
sua riqueza tava construída sobre uma coisa que ninguém entendia direito!
Tipo: tava construída sobre uma rocha firme?
Tava construída sobre um pântano que afunda devagar?
Tava construída sobre um buraco, com areia por cima, que desaba de
uma vez só?
Artigo Possibilidades de uma Teoria Espírito-Matemática da Comunicação
105
Que perigo colocar tua riqueza num lugar assim, toda no
desconhecido! Ninguém dorme direito!
E Claude daria aos chefões, em 1948, exatamente o que eles
precisavam pra ter uma boa noite de sono!
Ele pegou o conceito vago e misterioso da informação e conseguiu
―destilá-lo‖.
Algo do tipo: pegou uma planta de cana ordinária, um capim que
ninguém sabia pra que servia, e tirou dela uma cachaça destilada da boa!
Foi assim:
Claude enfiou o nariz nos papéis e começou a rabiscar... pensar...
intuir... calcular... teorizar... recalcular... e publicou a receita do seu
destilado em 1948 no artigo “Uma Teoria Matemática da Comunicação”.
Nesse artigo estava a fundação de toda a moderna rede de comunicação
do planeta e também um jeito novo de entender a linguagem falada e
escrita!
Aquelas páginas dele mudariam o mundo como conhecíamos!
Amazing!
E ele não fez isso usando definições filosóficas complicadas, não!
Ele achou sim foi um jeito funcional de medir a quantidade de
informação que tem dentro de uma mensagem!
A primeira coisa que ele descobriu é que, contrariando tudo o que a
gente imaginava, a quantidade de informação de uma mensagem não tem
nada a ver com o significado da mensagem. Nadinha!
Claude mostrou que a quantidade de informação só se relacionava, isso
sim, com o quão incomum é a informação!
Incomum.
Imprevisível.
Diferente.
Sim: diferente!
Informação é diferença!
Claude foi o primeiro carinha do planeta Terra que conseguiu provar,
matematicamente, que a informação tá ligada com imprevisibilidade e com
diferença!
A. Mayer
106
Ah, não me faz essa cara! Isso não é complicado! Ora: até eu entendi!
Tudo bem... eu sou uma nerd... mas quem não é nerd também pega!
É facinho de entender matematicamente a diferença, olha só:
Tipo: notícia de jornal!
Notícia de jornal só é notícia de jornal porque é inesperada. Diferente.
Nenhum jornal vai publicar isso com destaque:
“Cachorro morde carteiro”.
Isso é... previsível, chato... comum, normal...
Mas todo jornal se arrebenta pra conseguir publicar isso, com foto,
entrevista e tudinho:
“Carteiro morde cachorro!”
Ou seja, quanto mais inesperada e diferente for uma notícia, mais ela
carrega quantidade de informação e mais importante ela é, independente
da qualidade ou do sentido da mensagem.
Por isso se as notícias do jornal de domingo forem as notícias do jornal
de sábado... não tem o inesperado... não tem o imprevisível... não tem a
diferença... e assim a quantidade de informação no jornal de domingo é,
matematicamente, zero!
Eta jornalzinho de domingo mais vagabundo!
Era isso que Claude quis dizer... mas ele não parou por aí!
Ele foi ainda mais longe!
Ele conseguiu dar pra informação a sua própria quantidade de medida!
Ninguém tinha feito isso antes!
Ah, não me venha com essa de “tá, e daí?”, “quantidade de medida
nem é tão importante”... por favor!
Porque quando a gente tá na frente daquela balança, sabemos muito
bem que o grama é uma quantidade de medida da mais alta importância!
Cada grama – pra menos, lógico! – é valiosíssima!
Então Claude mostrou que qualquer mensagem que se quisesse enviar
poderia ser traduzida para um tipo de número: dígitos binários. Longas
sequências de 0 e 1.
Tipo: como eu posso daqui onde estou passar a informação de um
―hello‖ pro meu Álex, se eu tô longe demais pra ele ouvir minha voz?
Artigo Possibilidades de uma Teoria Espírito-Matemática da Comunicação
107
Vou precisar duma maquininha que traduza o meu ―hello‖ pra 0 e 1,
que leve esse código de números até ele e que lá uma outra maquininha
traduza os 0 e 1 de novo pra ―hello‖.
Assim, o Claude mostrou que o meu ―hello‖ podia virar facinho nisso:
“0100100001000101010011000100110001001111”
E pode contar todos os 0 e os 1 aí em cima! Tá tudo mega certinho na
sequência binária! Lógico: eu quero que meu Álex receba o meu ―hello‖ e
não o meu ―hell‖!
E isso... graças ao Claude!
Pois Claude logo percebeu, em 1948, que a transformação de
informação em dígitos binários seria algo imensamente poderoso,
tornando a informação exata, precisa e controlável.
Já pensou se não fosse exata nem controlável? Que confusão daria com
meu candidato a namorado se eu não pudesse controlar e mandar pra ele
meu exato ―hello‖, mandando no lugar disso um ―help‖... talvez ele até
pensasse que fosse pra chamar a polícia ou os bombeiros!
Por isso, dentro dessa exatidão, lá em 1948, Claude também percebeu
que um único daqueles 0 ou 1 do meu “hello” formava uma unidade
fundamental de informação.
Unidade fundamental... como se cada 0 e 1 fosse um átomo de
informação: a menor unidade de medida da informação.
Foi então que Claude deu um nome pra essa unidade de medida.
Ele usou um diminutivo da expressão ―BInary digiT‖.
Claude criou o Bit!
Ai, caramba!
Megabytes, gigabytes, terabytes... todos são filhos do Claude!
Família grande...
O bit é a menor medida de informação em que você pode ter aquela
diferença suficiente pra comunicar qualquer coisa que for.
E vê se presta atenção no que eu acabei de dizer: qualquer coisa que
for!
Pegou a ideia?
A. Mayer
108
O poder do bit está na sua universalidade, na sua versatilidade, porque
qualquer sistema que tenha dois estados pode conter um bit de informação.
Hei, vê se presta mesmo atenção, ok? Eu disse dois estados!
Tipo:
Estado de 1 ou estado de 0: bate-papo eletrônico..
Estado de cara ou estado de coroa: jogo de malandro na estação de
metrô de Happy Harbor...
Estado de hexagrama de linha continua ou de linha vazada: jogo de I
Ching da esotérica...
Estado de búzio aberto ou estado de búzio fechado: a Mãe de Santo
lendo sobre as minhas chances com meu candidato a namorado...
Estado de furado ou não-furado: bolso onde está a moeda pra máquina
do cafezinho...
Estado de ligado ou desligado: on ou off no celular...
Estado de pare ou siga: semáforos da Rua 25 de Março...
Estado de contrai ou aconchega...
Todos estes sistemas podem armazenar 1 bit de informação!
Tudo: som, imagem, texto... tudo pode se transformar em bit... e ser
transmitido por qualquer sistema capaz de expressar apenas dois estados...
isso é muito mais do que aquele meu “hello” pro Álex!
Por isso, graças ao Claude, o bit se tornou a língua comum de toda a
informação!
Sim, te juro: Claude Shannon é o cara dentre os caras pra mim! O
carinha supremo!
Eu tenho até uma foto dele de 1950 no porta-retratos da minha
escrivaninha! Caramba, me dizem que ele é magrinho demais, mas eu
acho ele tão lindo, lindo!
Claro: smart is the new sexy!
Lógico: você acha que eu ia perder meu tempo com um cara
supostamente bonito, um gostosão cretino de academia que toda vez que
abrisse a boca eu tivesse que gritar:
“Cala essa boca e não fala nada, só me beija! E quietooo!!!”
Artigo Possibilidades de uma Teoria Espírito-Matemática da Comunicação
109
Ah, não! Tem que ter cérebro, porque chega uma hora que ficar só
beijando acaba te dando é assadura, pô! É gostoso sim um amasso bem
quente mas... cansa se ficar só nisso!
Mas, isso eu te juro! Promessa de dedinho juradinho:
Se eu tivesse nascido em Nova Jersey e fosse moça-feita nos anos
1940, não importa aonde o Claude estivesse: eu ia atrás dele e... te juro:
até pagava pra ir pra cama com ele! Juro, juro, juro!
Ai...
[suspiro longooo detrás desse teclado...]
Pois é...
E eu tava ainda nessas... com o Claude, a Diferença e o Bit na minha
cabeça...
E nada mais no Universo parecia existir ao meu redor...
Foi quando... aconteceu!
No corredor, ao lado de onde eu tava sentada, passou um rapaz
conversando com alguém, mas com uma voz tão mansa que era impossível
você não se sentir atraída.
Confesso: o tom da voz dele era uma gostosura de se ouvir!
Parecia até uma música suave que te aconchegava, sabe?
Só assim mesmo pra mim me esquecer do Claude...
Passei a prestar atenção ao rapaz.
Ele passava bem devagar, falando baixinho com uma mulher bem feia
da plateia que o acompanhava. Parecia que ele tava dando uma orientação
pra ela, sei lá.
O rapaz era negro. Tinha uma expressão muito calma e suave no rosto.
Tava vestindo um terno amarelo e uma camisa rosa... sabe aqueles
ternos e camisas lá do interior da Cochinchina, lá dos anos 1900, início do
século XX?
Pois era assim a roupa dele!
Ele caminhava bem devagar e falava bem baixinho com a mulher,
certamente pra não atrapalhar a aula de Leonora.
A mulher parecia meio aflita. E o rapaz falava isso com ela, na boa:
A. Mayer
110
- Que é isso, minha fia! Ocê já sabe, é só prestá atenção: é coisa de
Arma!
“Coisa de Arma”? Como assim?
Arma?
Ah, já saquei, ele é mesmo do interior! Todinho do interior: não só as
roupas não!
Tipo: ―Arma‖!
―Arma‖: variação dialetal que dá ênfase à pronúncia de consoante oral
constritiva vibrante ―r‖ de som fraco, sobressaindo-a inclusive sobre a
pronúncia de consoantes orais constritivas laterais como o ―l‖... então...
―Arma‖ é ―Alma‖!
Putz...
Às vezes eu realmente ODEIO a minha cabeça... por que ela tinha que
fazer essa escabrosa análise linguística justamente agora?!
Que saco! Ela não para de falar! Cala essa boca, cabeça! Me deixa em
paz!
Mas... o que será que aquele carinha ia falar sobre Alma para aquela
mulher?
Se curiosidade mata... já tô mortinha!
Permaneci de cabeça baixa, fingindo estar avoada... mas na real tava
com meus ouvidinhos mega atentos à cada respiração do carinha.
Ele continuou falando e eu ouvi tudinho:
“Preste atenção, fia... atente, atente! 3
O povo acha que tem um Pai lá em cima que tá escoiendo tudo... Não,
isso não existe não, fia! Este tipo de coisa não existe.
A Consciência Cósmica não é assim não. Não, não!
Ela não fez isso não: imagine que trabaiera Ela ficá escoiendo pra
todo mundo!
3 NA (Nota da Autoria): a personagem Selene refere-se aqui, obviamente, ao
Espírito de Calunga. As explicações a respeito da Alma dadas neste conto por
Calunga, apresentado artisticamente aqui como um personagem, são transcrições
literais do vídeo “A Lei da Vida é Você”, do médium Luiz Antônio Gasparetto
pelo Espírito de Calunga. São Paulo : Espaço da Espiritualidade Independente,
20??. Disponível em: http://www.gasparetto.com.br.
Artigo Possibilidades de uma Teoria Espírito-Matemática da Comunicação
111
Ela não é burra, Ela é mais inteligente. Que que ela feiz? Ela disse
isso...”
Ele fez uma pausa... e eu quase pirei! Vamos, continue, please, please!
Ah, maravilha! Ele continuou mesmo!
“Disse isso: ocê tem arbítrio pra ocê escoiê. Cê vai escoiê.
Eu não escoio nada não. E tem que sê porque tem muita coisa que Eu
criei, tudo é muito diversificado.
Então ocê tem que tê uma consciência com arbítrio pra dizê: „Não! Vô
escoiê o que tem a vê comigo, com meu Eu Único!‟
E a Consciência Cósmica ainda deu um apareio pra ajudá a gente,
que é a Alma: ela sente o que é bão.
Tudo que cabe bem em nóis a gente sente confortáver, né? „Ai, coisa
boa!‟
Tudo que a gente qué pegá pra gente que não serve pra nossa
individualidade, dói, fica mal, sente ruim, é que nem roupa que num serve,
aperta, dói.
Então a dor é pra dizê: „Nãaaaooo serve! Não é por aí‟.
E os prazeres, a ideia de aconchego, a ideia de senti bem: „é esse o
tamanho!‟
A Vida fez isso: tudo que é ruim, não é pra nóis. Tudo que é bão é
porque serve em nóis.
E é bom pra nóis... porque pro outro é diferente, né?
Por isso ocê gosta de comê nabo e o outro tem nojo de nabo. Por quê?
Porque é diferente, ué! A química é diferente, o metabolismo é
diferente, o funcionamento é diferente, tudo é diferente...”
Sei lá porque, mas quando eu ouvi esse papo de nabo... me deu um
enjoo no estômago... argh!
Eu odeio nabo!
Senti até aquele gosto mega horrível na minha língua... blarg!
E sei lá porque, enquanto sentia esse gosto escabroso na minha língua,
me veio na cabeça uma notícia de web que eu tinha lido faz um
tempinho...
Língua eletrônica!
A. Mayer
112
Tipo... pesquisadores da Indústria de Alimentos conseguiram construir
um aparelho com uma série de sensores eletrônicos capazes de decodificar
e medir sabores.
Pode?!
Uma coisa que eu achava tão impossível de se imitar eletronicamente,
como o sabor... uma sensação, um sentido tão mais complexo que a
visão... e os caras já tinham conseguido digitalizar isso e transformar em
dados!
Que coisa...
Sentido do paladar... sensação do paladar... sensação... sensório...
senso...
Sei lá... agora minha cabeça tava pulando entre línguas e sensações de
línguas... e você pode crer: uma língua bem treinada é capaz de cada
sensação...
Foi nesse instante que aconteceu!
Aconteceu aquele momento!
O momento em que minha mente congelou!
Congelou!
Tudo parou dentro da minha cabeça!
Apenas senti uma coisa mega estranha em mim... isso é difícil de
descrever... essa coisa...
Mega difícil de descrever... uma coisa que girava em torno não das
palavras, mas dos sentidos destas palavras...
Não, não eram pensamentos... era uma coisa muito diferente de
pensamento, uma coisa que apenas me tocava com um sentido sobre estas
palavras:
“Diferença”
“ dói”
“ contrai”
“aconchega”
“ expande”...
De repente essa mesma coisa em mim me tocou com os sentidos destas
outras palavras:
Artigo Possibilidades de uma Teoria Espírito-Matemática da Comunicação
113
“Teoria Matemática da Comunicação”
“BInary digiT” – Bit
“aparelho”
“ contrai”
“ expande “
“abre – fecha”...
E senti também duas frases de Claude Shannon... pareciam que as
palavras dele dançavam dentro de mim, num bailar com uma sensação de
sentido nos seus passos que iam num crescente:
“O bit é a menor medida de informação em que você tem diferença
suficiente pra comunicar qualquer coisa que for.”
“Tudo pode se transformar em bit... e ser transmitido por qualquer
sistema capaz de expressar apenas dois estados.”
“bit”
“diferença suficiente”
“comunicar”
“apareio”
“qualquer coisa que for”
“apenas dois estados”
“estado de contrai ou aconchega”
“apareio”
“bit”
Ai!
Não pode ser!
Mas é!
É!
Ai, caramba!
A Alma é...
É isso, é isso:
A. Mayer
114
A Alma é um aparelho que funciona segundo um conceito matemático:
um código binário!
A Alma é um sistema que se comunica através de um código de dois
estados: binário!
A Alma é um sistema informatizado que opera com 1 bit!
Cyber-Alma!
A Alma é um sistema que, com apenas 1 bit, pode transmitir qualquer
informação vinda do seu Espírito, comunicada pelo seu Espírito em você!
Não apenas imagens do seu Espírito, sons do seu Espírito, textos do
seu Espírito: também qualquer sensação do seu Espírito!
Sensações!
Porque se até uma língua eletrônica da Indústria de Alimentos, em
sistema binário, podia decodificar a sensação do paladar...
Sensação... sensações! Senso!
Conjunto de sensos!
Alma!
Então a Alma é um sistema que opera com uma eficiência incrível:
com apenas o bit como unidade da Quantidade de Informação ela
consegue transmitir aquele Universo imenso de informação que o Espírito
deseja comunicar!!!
Ai, caramba!
Então a Alma... é um sistema que pode ser descrito por uma Teoria
Matemática da Comunicação! Uma “Teoria Espiritual Matemática da
Comunicação”, muito mais abrangente que a teoria materialista original
de Claude Shannon!
Ai, caramba mesmo!
A-ma-zing!
Se alguém conseguir descrever isso por meio de equações, nasce
mesmo “Uma Teoria Espiritual Matemática da Comunicação”!
Mas...
Talvez, pra ela nascer... até se necessite de novas ferramentas
matemáticas que ainda nem conhecemos.
Artigo Possibilidades de uma Teoria Espírito-Matemática da Comunicação
115
Sim, talvez novas ferramentas numéricas, como aquelas que aquele
inglês doidão, Andrew Wiles – adoro ele! – teve que construir e aplicar pra
desvendar o último Teorema de Fermat: xn + y
n = z
n apenas se n<2 ...
Andrew precisou unir, garimpar e construir novas matemáticas,
englobando a ideia e o trabalho de muitos matemáticos, tais como: Klein,
Fricke, Hecke, Dirichlet, Dedeking, Langlands e Tunnel, Deligne,
Rapoport, Katz, Mazur, Igusa, Eichler, Shimura, Tanyama, Frey, Block,
Kato, Selmer... arfff... arfff... arfff...
Cansei de citar tantos nomes estranhos aqui... quanta gente, arfff!
Putz...
Realmente... confesso! Confesso!
Tem horas que eu realmente ODEIO mesmo a minha cabeça!
Porém...
Andrew, depois de 7 intensos anos de trabalho, conseguiu solucionar
um teorema de 300 anos onde fracassaram gênios matemáticos como
Gauss, Galois e Euler!
Sim, talvez a gente nem tenha ainda as ferramentas matemáticas
necessárias... talvez a gente precise criar matemáticas que ainda não
existem ou... sendo mais espertos ainda... apenas juntar matemáticas que já
existem e assim criar uma nova!
Mas... caramba... vale a pena procurar novos Claude Shannon, novos
Andrew Wiles pra criar isso!
Como vale a pena!
Porque... você já pensou nas implicações dessa Teoria? Uma Teoria
Espiritual Matemática da Comunicação?!
Shannon conseguiu mudar o mundo com seu trabalho: a eficiência no
fluxo de comunicação surgiu graças a ele!
O mundo se globalizou pela comunicação graças ao trabalho dele!
Foi com a teoria dele que o planeta ficou pequeno graças aos
computadores, internet, celulares e fibra ótica!
E Shannon, em 1948, nunca imaginou o real tamanho da consequência
de seu trabalho, o enorme impacto de mudança que sua pesquisa teria
sobre o mundo conhecido até então!
Você já pensou...?
A. Mayer
116
Uma Teoria Espiritual Matemática da Comunicação poderia ampliar
não apenas a eficiência de celulares, de computadores, de fibra ótica, de
internet... Muito mais do que isso! Poderia ampliar a eficiência no fluxo de
comunicação da Alma!
Isso poderia mudar completamente o mundo como nós o conhecemos
hoje!
Isso poderia até... acabar rapidamente com toda essa múltipla crise
planetária (crise social, crise ambiental, crise econômica, crise política)
pela qual estamos passando... essa múltipla crise que, na real, não passa de
uma Crise Unificada de Falta de Fluxo de Alma!
Uma Crise Unificada de Dificuldade de Comunicação do Espírito!
Pois... e se essa teoria permitisse a construção de máquinas, aparelhos
ou algo que nos ajudasse a ampliar e tornar mais eficiente esse fluxo
interior de comunicação em nós mesmos?
Tipo... e se, ao invés de usarmos esses ridículos sinais de fumaça que
temos usado até hoje nas mensagens de nossa Alma com a gente mesmo...
usássemos uma internet melhor do que a de Wall Street?!
Esse sim seria um mega negócio!
Pois foi nesse momento que lembrei de Hélène...
Lembrei de um papo que tive com ela na cozinha!
Hélène me disse que conheceu um carinha em suas viagens astrais, um
tal de Ignácio de Loyola...
Sei lá quem é, mas Hélène me disse que foi um santo espanhol...
Continuei não tendo a menor ideia de quem ele era... porque desse
negócio de santo e de Igreja eu não entendo é nada... Graças a Deus!
Amém!
Mas Hélène me contou que Ignácio mora, no astral, numa espécie de
Catedral de Cristal e que viu, certa vez, ele conversando com uns carinhas
astrais esquisitos.
Hélène disse que viu Ignácio perguntando pra aqueles carinhas
esquisitões – seriam eles os nerds astrais? – o que eram umas maquininhas
diferentes que eles traziam.
Hélène me disse também que Loyola estava naquela noite, junto com
esses nerds, ajudando uns encarnados a se comunicarem melhor com suas
próprias Almas... ela me contou que, junto com aqueles nerds, também
Artigo Possibilidades de uma Teoria Espírito-Matemática da Comunicação
117
haviam outros carinhas que pareciam orientais, trabalhando com os
encarnados utilizando-se de agulhas de acupuntura 4...
Agulhas de acupuntura...
Esse papo de ―agulha‖ já tinha me surgido antes...
Sim!
Foi quando eu tava lá no meu quarto, tentando me comunicar com
minha Alma, fixando-me na região do meu peito onde tava o timo!
Foi naquela ocasião em que eu sentia tudo tão fraquinho no meu peito
como se fosse uma transmissão com “queda de sinal”...
Queda de sinal?
Hei!
Hei, hei!
Mas ―hei‖ mesmo!
Queda de sinal... agulhas de acupuntura... timo... maquininhas...
Alma...
E se... e se... e se...
E se fosse possível realmente construir um aparelho eletrônico que,
ligado ao complexo Alma-timo, através de pontos de acupuntura,
ampliasse o sinal de transmissão do ―sim‖ e do ―não‖ da Alma sentido no
peito?
Uma máquina que ampliasse o sinal, deixando o sinal claro, ao invés
de ser apenas aquela pressão que não dava pra discernir direito se era uma
pressão “pra dentro” ou “pra fora”, se era um ―sim‖ ou se era um ―não‖!
E se lá no meu quarto eu pudesse utilizar esse aparelho eletrônico,
conseguindo acessar de forma mais clara, através da ampliação do sinal de
transmissão, os ―sim‖ e os ―não‖ que a minha Alma, a minha verdadeira
guia, gostaria que eu aprendesse para melhor expressá-La?
4 NA (Nota da Autoria): a personagem Selene refere-se aqui, obviamente, ao
Espírito de Loyola. Os eventos aqui citados a respeito da Catedral de Cristal, das
agulhas de acupuntura e da curiosidade de Loyola a respeito de máquinas,
utilizadas por seus companheiros astrais, cujo funcionamento e função ele
desconhecia, estão contidas no curso em áudio “Mais Eu do que Nunca”, do
médium Luiz Antônio Gasparetto pelo Espírito de Loyola. São Paulo : Espaço
da Espiritualidade Independente, 20??. Disponível em:
http://www.gasparetto.com.br.
A. Mayer
118
E se fosse possível construir essa maquininha eletrônica que me
ajudasse a lidar com a minha deficiência?
Sim, porque eu sou uma deficiente tátil de Alma: mal posso senti-La
no meu peito!
Isso mesmo! Eu sou uma deficiente sim!
Vou esconder isso de você e ter vergonha do que sou?
Por quê?
Pra fazer o tipinho hipócrita de iluminada, de santa cordeirinha, de uma
fadinha da Luz, se eu não sou nada disso?!
Mentira tem hora, pô! E mentir isso é mentir pra si mesma: essa é a
única mentira que jamais pode ser contada!
Não, eu não sou uma cordeirinha santinha, não mesmo! Sou uma diaba
de uma corvo num milharal ou de uma coruja piando na floresta sob o
manto da Lua!
Sou uma deficiente de Alma sim, e daí?
Melhor ser isso do que ser uma hipócrita que finge ser a iluminada que
não é!
Peguei pesado?
Sim! Peguei mesmo!
Porque mentir pra si mesma... isso seria a coisa mais estúpida a se
fazer! Porque se eu fizer isso jamais poderei resolver a situação da minha
deficiência!
E eu preciso! Sinto que preciso!
Preciso conseguir sentir que ainda existe algo vivo e pulsante dentro do
meu peito!
Não aceito mais que em meu peito só seja possível existir uma
máquina que bombeia sangue, uma máquina oca com quatro buracos
chamada “máquina cardíaca”... e mais nada além disso!
Eu preciso sentir que em mim há mais do que isso... preciso... nem que
isso só seja possível com a ajuda de uma... prótese... de uma máquina.
Uma máquina que me ajudasse a deixar de ser uma máquina...
Que ironia!
Uma máquina que me ajudasse a ser novamente ―gente‖...
Artigo Possibilidades de uma Teoria Espírito-Matemática da Comunicação
119
Uma prótese para deficientes de Alma...
Seria possível? Talvez!
Necessário? Sem dúvida!
Afinal, não digo que mataria por uma... mas garanto que se eu
estivesse numa loja que as vendesse, em plena Black Friday, e na fila de
compras eu fosse informada de que restava apenas uma para se comprar...
ah, te garanto que eu saía no tapa, empurrão e puxão de cabelo e todo o
resto pra conseguir a minha! Palavra de Selene Stern!
Uma maquininha...
Uma prótese... seria possível?!
Afinal, já não existem algumas máquinas de próteses que a Medicina e
a Biomecânica usam em pessoas que perderam a funcionalidade de partes
de seu corpo?
E na Ciência da Cirurgia Cardíaca: não existe uma maquininha
chamada “stent” ou “extend” que estendendo e dilatando o vaso
sanguíneo deficiente permite um maior fluxo de sangue e impede o
infarto?
Maior fluxo...
Seria possível... uma maquininha-prótese que, ao mesmo tempo,
ajudasse a regenerar a própria parte do corpo que foi perdida através do
aumento de fluxo de contato com essa própria parte: a Alma?
Seria possível... uma maquininha “extend” que estendesse a sensação
de captação do sinal, emitido pela minha Alma, nas suas contrações e nas
suas dilatações no meu peito?
Afinal... tudo isso que eu falei...
Tudo isso que falei parece estranho pra você?
Soou estranho pra você?
Tão estranho que seria algo do tipo...
“Isso é tão estranho
Que sequer foi pensado
E é assim que se sai da manada
Pois a Verdade não está nela!”
Ah, pois é...
A. Mayer
120
E você acreditaria que tudo isso que eu lhe contei agora se passou na
minha mente em um intervalo de alguns minutos, talvez segundos?
Sim... tem horas que eu realmente ODEIO a minha mente!
Ela não para nunca! Isso às vezes me exaure, pô!
Ah, minha mente... sim, ela não para quieta! Parece pulga na calcinha!
Que inferno!
Ela não para nunca!
E como isso cansa...
Mas, ainda assim, eu dou trela pra ela, pode?!
Como é que eu ainda dou atenção pra minha cabeça?
Como é que eu ainda deixo ela me carregar, heim?!
Por isso é que minha mente me carregou novamente àquela cena de
Ignácio curioso com os nerds astrais e suas maquininhas... seriam elas
maquininhas-prótese de Alma?
Amplificadores de sinal de transmissão de Alma?
Clareadores de sinal de Alma?
E será que aquelas maquininhas obedeciam à alguma teoria
matemática? Algoritmos?
Certamente que sim! Nunca conheci nenhuma máquina que não
operasse com Matemática, oras!
Porque a Matemática é uma mocinha esperta, toda metidinha,
exatamente entre um palestino e um israelense. Um só fala árabe e só
entende coisa de muçulmano... o outro só fala hebraico e só entende coisa
de judeu! Os dois nunca vão se entender: falam línguas mega diferentes,
pô!
Mas a mocinha Matemática?
Ah, mocinha esperta: ela consegue traduzir árabe para hebreu e hebreu
para árabe! Só que quanto mais tosca for a mocinha, tosca como uma
Geometria Euclidiana Plana, menos ela consegue traduzir... Mas quanto
mais refinada for a mocinha, tal como os elegantes Atratores Estranhos,
mais de árabe e hebraico ela conseguirá traduzir!
Pois é... esse árabe e esse judeu são como o Humano e a Máquina!
Artigo Possibilidades de uma Teoria Espírito-Matemática da Comunicação
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Humano e Máquina não conseguem papear entre si sem essa boa
mocinha que traduza a linguagem de um para outro: senhorita Matemática!
Máquina e Humano... como ensinar uma máquina a marcar o passo
certo de um coração humano no marcapasso?
Fácil! O humano fala para a matemática e a matemática fala para a
máquina!
Como ensinar uma máquina a interpretar o sabor de um alimento para
padronizar a produção desse mesmo sabor? Na chamada “língua
eletrônica” da Indústria de Alimentos, lá está a famosa mocinha metidinha
no meio, traduzindo esse papinho íntimo de língua...
E se pudéssemos ensinar uma máquina – assim como já ensinamos um
marcapasso e uma língua eletrônica – a clarear o sinal de transmissão de
―abre‖ e ―fecha‖, de ―aconchego‖ e de ―desconforto‖ no peito via pontos
de acupuntura para sabermos exatamente quando a nossa Alma quer uma
coisa e quando ela não quer?
Putz teríamos uma espécie de mega internet com a nossa Guia, a
Alma!
E se conseguíssemos criar essa mocinha encantadora, que traduzisse
exatamente o que queremos dizer para a máquina sobre a Alma, para que a
máquina nos ajudasse a ficarmos mega on line com nosso próprio
Espírito?
Ah, eis a mocinha encantadora... Uma Teoria Espiritual Matemática da
Comunicação!
Chegou a me dar uns arrepios na minha barriguinha...
Arrepios gostosos mesmo!
Porque não tem nem como você e eu imaginarmos como seria o
planeta Terra daqui a alguns anos com um fluxo mais eficiente de Alma!
Porque nem o genial Shannon imaginou como seria a face dos anos
2000 quando ele pesquisou lá em 1948...
Então, nem tem como eu imaginar como será um... sei lá... 2052!?
Impossível sequer imaginar um 2052 de onde eu estou! É uma
mudança muito radical que o eficiente fluxo de comunicação da nossa
Alma-Espírito com a gente mesmo pode fazer!
Impossível imaginar! Vai mesmo muito Além da Imaginação©!
Eu tava... pasma!
A. Mayer
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Chocada!
Sempre achei que Alma fosse papinho das religiões... e de seus livros-
marreta usados pra espancar quem é diferente, sempre com aquela velha
desculpa de fazer o bem “tirando o diabo do corpo”...
A Alma não tem nada a ver com o que me berravam aqueles guris
religiosos... Christian e Peter...
Quem?!
Ora, aqueles dois que lá, na minha 6° série, me surravam no pátio da
escola com aquele livro de capa preta com sinal de ―mais‖ desenhando na
capa!
Peter e Christian adoravam fazer isso comigo nos recreios e na
educação física em minha antiga escola, em New Bethlehen, Sul de Happy
Harbor...
Maldito bullyng de escola!
Me surravam com aquele livro pra “tirar o diabo do meu corpo”,
achando que sabiam o que era Alma! Pode?!
Não! Aqueles babacas religiosos não sabiam porra de nada sobre a
Natureza da Alma! Aqueles bullers cretinos não sabiam é porra nenhuma
de nada!
A Alma não era aquilo!
Não, Alma não é papo das religiões! Aqueles dois malditos bullers da
escola não sabiam era nada!
Cretinos! Estúpidos!
Que vontade enorme me deu agora de gritar isso bem na cara deles:
“Alma é papo das Ciências, seus bundões!”
Ah, pois é!
E assim...
Eu tava... em choque! Chocadíssima com tudo aquilo de ―Alma‖, ―bit‖
e ―próteses‖...
Pasma!
Não sei quanto tempo eu ficaria assim, mergulhada neste estado
―Pasma‖!
Selene Pasma Mode: on... forever?!