A Gema Do Ovo Da Ema

7/17/2019 A Gema Do Ovo Da Ema

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A GEMA DO OVO DA EMA

SYLVIA ORTHOF


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APRESENTAO

O X Concurso Nacional de Dramaturgia Infantil, relatio ao ano de !"#$, tee a suaComiss%o &ulgadora formada 'elo dramaturgo e diretor Antonio Carlos (raide, o ator e diretor)*+io Sa+ag e o crtico e -ornalista Paulo .ara, com reuni%o final coordenada 'elo assessor/um+erto 0raga, desde Seri1o2 Como aconteceu em anos anteriores, tam+3m o ano de !"#$ trou4e

um antigo 'remiado neste Concurso, Ricardo 5ac6 )ilgueiras, com o 7 lugar,ZsTrs. Os demais'remiados, Eugenio Santos (Keirbeck, aPedra Negra), S8lia Ort9of (A Gema do Ovo da Ema),Ian &os3 Cardoso /enri:ue da Cun9a (Teatrando), e Celso Sol9a, S3rgio .ui; Penna e 5arcoAntonio Nascimento (Aventuras de em !orma nos "uatro #emos do $niverso), res'ectiamente!< e =< lugares e Pr>mios de Pu+lica1%o, distinguem?se 'ela 'rimeira e; neste concurso2 Osurgimento desses autores ? alguns, como 3 o caso de S8lia Ort9of, ocu'ando lugar de desta:ue nadifcil *rea do teatro 'ara crian1as ? -untamente com outros :ue >m se destacando neste Concurso,em com'roar a italidade da noa dramaturgia 'ara crian1as ? inentia e anticonencional ? :uese desenole atualmente no 'as2

Orlando 5iranda de Caral9o

Diretor

TEXTO PARA SER INTERPRETADO POR @5 E.ENCO DE SEIS ATORES, NO 5NI5O, E5REBEA5ENTO DE PAPIS2

Atores :ue inter'retar%oF

SAPO G)ANTOC/EH

0A.DE G)ANTOC/EH

C/AC/ADOR G)ANTOC/EH

!, =, 7 GTRS ATORESH

ARAN/A G!, =, 7H

CORONE. GPODERJ DO0RAR O PAPE., )AENDO O JRA0EH

E)A DO SERTO G5OCIN/A NORDESTINA ? PAPE. )IXOHE5A GNA PRI5EIRA APARIO, INTERPRETADA POR [email protected]@ER ATOR, NA L.TI5A,INTERPRETADA PE.A ATRI K@E )A E)AH

AS TRS CRIADAS BESTIDEIRAS G!, =, 7H

A.E5O E SE@ CAC/ORRO 0ASSET GPODE5 SER )ANTOC/ESH

AS 5@./ERES DO /AR5 G!, =, 7, em moto?contnuoH

JRA0E GINTERPRETADO PE.O ATOR K@E )A O CORONE.H

5AR@&I5

=


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0OI

NABIO

O CASTE.O DAS TRS TORRES GPANMSH GATORES !,=, 7H

SO. GO0&ETO ANI5ADO, 5EIO SO., 5EIO OBO ESTRE.ADOH

[email protected]@ER 5LSICA DEBERJ SER AO BIBO2

TODO O [email protected] TE5 @5 C.I5A DE )ESTA NORDESTINA2 5AR@&I5REPRESENTA O /ERI DE CORONE.2

CENJRIOF )IOS E NOBE.OS2 AO )@NDO, @5 0IO50O?PA.CO PARA )ANTOC/ES2 OS)ANTOC/ES PODERO TA505 SERE5 APRESENTADOS CO5 OS [email protected] BISTA DO PL0.ICO2

@5 .@AR C/EIO DE )IOS E NOBE.OS, K@E SI50O.IA5 OS )IOS DAS ESTRIAS2OS NOBE.OS E )IOS SO CO.OCADOS DE TA. 5ANEIRA, K@E )OR5A5, PE.ASCORES, @5A SEKNCIA CRO5JTICA DE ARCO?RIS2

S@RE5 TRS ATORES, BESTIDOS DE 5A./AS NERAS2

! @m fio erdeU @m tio erde, cor de sa'oU Ser* :ue este fio 3 o fio das estVrias erdesW

($#GE $% APO &E#'E, !ANTOE)

SAPO /o-e, n%o tem estVria erde222 :uacU /o-e, 3 feriado dos sa'os2 KuacU

= )eriado dos sa'os, seu sa'oW

SAPO )eriado sa'al2 Ten9o dito2 E n%o me leem a malU KuacU

(A* O APO)

7 Se o erde est* de folga, :uem sa+e o fio a;ul 'ode tra;er uma estVriaW

(APA#EE $% +A'E AZ$)

0A.DE O a;ul cor de *gua mandou di;er :ue 9o-e 3 im'ossel2

! Im'osselW

0A.DE Por:ue 9o-e, a *gua a;ul cor de *gua a;ul, foi reclamar com o 'refeito2

= Reclamou o :u>, seu +aldeW

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0A.DE Reclamou da falta d*gua, oraU

7 E o 'refeitoW

0A.DE O 'refeito disse assimF +em feito222 seu nari; tem um defeito

= E nari; de *gua tem defeitoW

0A.DE SV se for no encanamento222 continua sendo cul'a do 'refeito2 A, a *gua ficou nerosa,e mandou o 'refeito tomar +an9o222

! E a, seu +aldeW

0A.DE De+alde 'edir estVrias a;uis2 As coisas ficaram ro4asU SnifU SnifU GC/ORA,DERRA5ANDO J@A PE.O C/OH

! GEn4ugando o c9%oH N%o c9ore tanto, seu +alde, n%o derrame tantas l*grimas222 sen%o aimol9ar tudoU

0A.DE AdeusU SnifU 0u*U GSAIH

= Este fio 3 amarelo222 3 cor de er%oU

7 Cor de sol222 cor de sert%oU

! Cor de c9ac9ado, ra'adura e canaialU

= Cor de nordeste e ca+ra da 'esteW

7 Be-amU

ARAN/A Eu sou Dona Aran9ae te1o a estVriae ningu3m me gan9a

no meu tran1adoFum '3 'ra direita,o outro, 'ro lado,um +ra1o 'ra cima,o outro, enroscado,tecida e acontecida,tecendo e acontecendo,nVs tr>s, iramos aran9a,e a ida amos iendoUTecido e acontecidoningu3m ai 'oder comigoU GE50ARA./A AS PERNAS E DESA0AH @iU AiU

C/AC/ADOR Qs e;es, uma Aran9a caiW

Y


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ARAN/A Cai222 mas leantaU O im'ortante 3 leantar, mesmo :uando tro'e1arU @iU Neste 'asso,:uase fuiU GPA@SA2 ARAN/A ESTJ CO5 @5 P E5 CI5A DO O@TROHEi222 ai +ota a:ui, ai +ota ali, o meu 'e;in9oW222O meu 'e;in9o, +em -untin9o ao '3 meuW222e de'oisW222 N%o * di;er222:ue oc>, '3 direito,

se arre'endeuUG)A.ANDOH P3 segundo es:uerdo222 d* 'ra tirar o seu 'e;in9o, decima;in9a de min9a un9aencraada do d3cimo segundo dedin9o do meu terceiro '3 es:uerdo222 se n%o for incZmodoWO+rigadin9a, ouiuW

C/AC/ADOR Dona Aran9a, largue este fioUDona Aran9a, largue este fioU

ARAN/A Kual fioW GCON)@NDINDO OS )IOSH

C/AC/ADOR Este fio ro4o?ro4%o de lil*s ciclamenU

ARAN/A Por:u>W Eu ou 'u4ar 3 este mesmoU

C/AC/ADOR O ro4oW O ro4o, n%o222 ai222 :ue nerosoU GO 0ONECO CRESCE O PESCOOE IRA A CA0EAH

ARAN/A Kuem manda nos meus fios sou eu2 E n%o 3 :ual:uer c9ac9ador :ue ai me darconsel9o2

C/AC/ADOR 5as na 'onta deste fio ro4o, tem uma coisa 9orrel de 9orror222 ruim222 'ilanteU@ma coisa de 9orrorel 9orrorosidadeU

ARAN/A Se todas as estVrias fossem +oas e +oa;in9as, seriam c9atas e c9atildas2 Bou 'u4ar ofio ro4oU

C/AC/ADOR E eu, ou em+oraU Detesto tr*gicas trag3dias de ocorrimentos -ornalsticosU

($#GE $% +ONEO AA'O#, ANTAN'O)

C/AC/ADORTem :ue s:ue tem tem222tem :ue s:ue tam tamc9ac9adin9o 'u4a o fioda aran9a tecel%oi c9ac9ado, meu +em, c9ac9ado,c9ac9ado de c9ac9adim,c9ac9ado de dona Aran9atecendo coisas sem?fim,tecendo e acontecendo,c9ac9adin9o c9ac9adeiro

:uem entrar neste c9ac9adoou 3 +oi, ou +oiadeiro,ou 3 uma ca+ra da 'este,

[


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coronel l* no nordeste,ou 3 alente e maneiro,c9ac9ado +em +rasileiroUO meu 'asso ningu3m gan9a,

'ois no '3 deste com'asso,ai surgindo a dona Aran9aU

Tem s:ue tem tem222tem s:uc tem tamc9ac9adin9o 'u4a o fio da aran9a tecel%U

- / e 0 &1O 'AN2AN'O O AA'O E... PO$O A PO$O, O% A A3$'A 'E $%A%4A#A E AG$N T#APO P#ETO, T#AN!O#%A%5E N$%A A#ANA 'E T#6+#A2O 'E A'A A'O E T#6 P7, *'E%.

! Be-a o :ue estamos irandoU

= Ol9a em :ue estamos iradosU

7 5uitas 'ernas deste lado222 estas m%os e estes +ra1os222

Y O :ue fa1o com este +ra1oW

= Deu um nV222 eu desfa1oU

ARAN/A GOS TRS )A.A5 E5 COROH Tecendo e acontecendo, os fios amos 'u4ando,tecendo uma noa estVria222 feita de antigos contos222 dois 'ontos 'ra l*222 um 'asso 'ra c*, 'onto demeia olta, e torna a oltarU

C/AC/ADOR Cru; credo222 credo cru;UPadim CceroU&esusUKuem soisW Kuem 3sWSen9ora de tantos +ra1osWSen9ora de tantos '3sWSer* :ue o meu c9ac9ado

deu um +ic9o atra'al9adoWARAN/A GC/AC/ANDO E P@XANDO O )IOHTem s:ue tem tem222tem s:ue tem tam2223 cor de +atata ro4a,cor de ro4o tin9or%o,ro4o de lil*s ciclamen,ciclamen ro4o lil*s,:uando 'u4o 'elo fio,ou caindo 'ara tr*s,no ro4o fio tecendo,

tecendo e acontecendona tinta ro4o +orr%o,ou 'u4ando 'elo fio


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do coronel do sert%oU

$#GE, &ET*'O 'E #O8O, 'E &4#*O TON, O O#ONE. 7 $% T*PO NO#'ET*NO,A#*ATO, %A1O.

ARAN/A Pu4ei o coronelU

CORONE. GI5PONDO O [email protected] Coronel )irmino do Sert%o222 de a'elido 5am%o 5ac9o,com muita 9onra e distin1%oU Dono de mil fa;endas, dono dos +ois?+um+*s, canas e canaiais, donodos mares ares e 'essoas, +ic9os e gameleiras deste sert%oU

ARAN/A 5as, :ue ro4o mais ro4%o, cor de ro4o a;ul escuro, cor de seca e de tro%oU

CORONE. E :uem 3 osmic>W

ARAN/A Eu sou a Dona Aran9a2 Sou eu :ue te1o e aconte1o222 te1o o fio das estVrias2

CORONE. GINTERESSADOH mesmoW E osmic> tem di'loma de Aran9aW

ARAN/A G5OSTRANDO @5A REDE TECIDA DE ARAN/AH Este 3 o meu di'lomaFmeu tra+al9oU

CORONE. Kue V'timoU :ue V'timoU GPRON@NCIA O PH Estando em min9as terras, osmic> 3min9a2 Sendo min9a, mando e desmando, mando no sert%oU 5ando na estVriaUARAN/A E 3 isso :ue o sen9or :uer, 3W

CORONE. isso :ue eu :ueroF mandar no sert%o, nas estVrias e no destino das gentesU

(A#ANA O%E2A A &OTA# A E# T#6 PEOA, 'E!AZEN'O5E)

! Esta 'erna 3 min9a2

= Este +ra1o 3 meuU

7 Este '3W222 teuUCORONE. O :ue est* acontecendoW

! Tecendo e acontecendo, a aran9a desaconteceuU

= Pra a-udar coronel a ser dono do sert%oW Conosco, n%oU

7 Aca+ou?se a aran9a, aca+ou?se o :ue era doceU

OS TRS AdeusW GSAE5H

CORONE. @i222 ser* :ue tie um son9o, genteW Son9ei com uma aran9a :ue irou tr>s gentesUKue son9o mais ca+ra da 'esteU GC/A5ANDOH efaU efaU222 onde se meteu esta mo1aW efaU

#


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(APA#EE ZE!A, 'E &ET*'O *4, 'E *TA !O#*'A)

E)A @i222 GENTRA CO5O SE )OSSE @5 NOBE.O SE DESENRO.ANDO2 SO0RA @5

)IO .I.JS, PRESO Q S@A CINT@RAH Son9ei :ue era um noelo lil*s222 e-a, 'ai, so+rou um fiona min9a cinturaU

CORONE. Dei4a de +estagem, fil9aU E :uando falar comigo, fa1a reer>nciaU Sou o Coronelteu 'ai, dono do sert%o, de a'elido 5am%o 5ac9o com muita 9onra e satisfa1%oU

E)A GO0EDECENDOH Sim, sen9or 'ai coronelU(APA#EE $%A E%A5O##E*O ENO#%E, !ANT4T*A)

E)A Be-a, 'ai, a Ema?CorreioU

E5A GEs+aforidaH N%o gosto :ue me c9amem de Ema?CorreioU Kuem 3 correio, 3 o 'om+o, :ue3 ae mi4uruca, 'orcaria;in9aU Eu, sou Ema?Tel3grafoU GCORRE DE @5 .ADO PARA OO@TROH Telegrama urgenteU @rgent3rrimoU

CORONE. G0ERRANDOH Pra :uem 3W

E5A Pro Sen9or Coronel )irmino do Sert%o, ulgo 5am%o 5ac9o222

CORONE. E o :ue di; o telegrama, Dona Ema?Tel3grafoW De'ressaU caso de tiro, reolu1%o,seca, calamidadeW

E5A @i222 GSENTAH Estou descansando, n3W Ac9a :ue 3 f*cil correr 'or este sert%o soltandotelegrama, 3W &* ai222 calma, :ue 3 urgente4U

CORONE. Diga de uma e;, sen%o oc> ira es'anadorU

E5A Es'anador, euW Kue 9orror222 se ainda fosse um as'irador de 'V, * l*22 mas es'anadorWBou ler o telegrama2 Aten1%oU Sil>ncioU Cad> meus VculosW

E)A Est%o no seu nari;, Dona Ema2

E5A Ent%o, fa1a o faor de tirar, n%o consigo en4ergar de VculosU

CORONE. Ande logo com isso, sen%o, em e; de es'anador, oc> ira 'ano de 'VU

E5A Pano de 'V, seu CoronelW Ai, ai, :ue 9umil9a1%oU Bou ler o telegrama2 @3222 cad> otelegramaW Dona efa, es'ia na min9a +olsa se o telegrama est* dentro delaU

CORONE. Bai irar 'ano de c9%oU

E5A Pano de c9%o, seu CoronelW U Kue coronel cruelU GPARA E)AH De'ressa, sen%o iro

'ano de c9%o222 ac9ouW

E)A Ac9ei um saco de 'i'oca222 sV issoU

$


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E5A O saco est* c9eioWE)A Est*U

E5A @i222 ui... ui222 ser* :ue eu me enganeiW Eu 'ensei :ue tin9a comido a 'i'oca222 ser* :ue eucomi o telegramaW

CORONE. ComeuW Bai descomerU ImediatamenteU

E5A SocorroU O Coronel est* 'edindo coisas e4atVrias2 Sai+a :ue eu sou uma Ema de res'eito,ouiuW N%o descomo, sV comoU

E)A SV come e n%o descomeW

E5A N%o descomo, 'or:ue ac9o deselegante descomer2 Ten9o dito2

E)A Ac9ei o telegramaU Estaa colado ao lado de dentro dos Vculos da EmaU

E5A Por isso 3 :ue eu n%o en4ergaa de VculosU

CORONE. G.ENDO O TE.ERA5AH C9ega 9o-e naio estrangeiro g c9eio turistas gisitantes sert%o PT2 AssinadoF Oceano Atl\ntico2

CORONE. C9eio de turistas222 ser%o ricosW efa, * se arrumar, de'ressa, :ue ai c9egar, ou -*c9egou, um naio das estran-asU Dona E5A, de'ressa, urgente4, c9ame as em'regadas estideirasde fil9a de coronel222 arrume a casa, lim'e o 'V, de'ressaU

E5A .im'ar o 'V, euW Eu sou telegr*fica, entendeuW )ormada em 5orse, sem*fora e escotismo,ouiuW C9efe +andeirantes, entendeuU Bou c9amar as estideiras e 3 sVU

CORONE. GCORRENDO ATRJS DA E5AH sVW Boc> ai erU

E5A GDANDO @5A RASTEIRA NO CORONE.H Es:ueci de di;er :ue fi; curso 'orcorres'ond>ncia de ca'oeira, seu Coronel mand%oU Comigo, n%oU

(ai)

E)A Pa'ai, oc> se mac9ucouW

CORONE. G)ININDO K@E NADA /O@BEH Boc> iu a rasteira :ue eu dei na:uela sirigaitada EmaW Comigo, ningu3m 'odeU B* se arrumar, de'ressa, :ue este naio 'ode tra;er um noio rico

'ara oc>, um 'rnci'e iugoslao, um coronel tc9ecosloaco, ou at3 mesmo, tale;, um milion*rio*ra+eU A, o 'etrVleo ser* nosso, eu serei mais rico, rico, rico222 e mandarei mais e mais e maisUArrume?os e enri:ue1a?meU De'ressaU

(ENT#A% A T#6 #*A'A, 'E TO$A +#ANA E A&ENTA*. 1O O %E%O

ATO#E "$E !AZE% A A#ANA)

"


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CORONE. De'ressaU

! GREBERNCIA, )A.A CO5 BO )INAH C9amou, coronel )irmino, Dono do Sert%oW

= GBO DE 0AIXO PRO)@NDOH C9amaste, Coronel 5am%o 5ac9oW

7 G)A.A CANTANDO2 NO DI PA.ABRA A.@5A, SO.TA OREIOS E TRINADOS,DANDO INTENO, ATRABS DE 55ICAH .alariW .alarilal*W 9i9iW 9o9oW 9u9uW S:uind>lel>W

CORONE. &* n%o e4istem em'regados como antigamenteU Bistam, ra'idin9o min9a fil9a, como :ue 9ouer de mel9or, :ue c9egou um naio c9eio de turistas ricos de telegrama de ema atra3sdo oceano atlante4U GSAI E BO.TAH Bou er se o naio4 c9egou meme4U At3 -a4U GSAIH GBO.TAHE n%o demore4222 sen%o, fa1o oc>s irarem retirantes de 'aus de araras2 Ten9o dito2 At3 logue4UGSAI CORONE.H2

7 .ilrilarilal*U GCO5O SE DISSESSE @5 PA.ABROH ;iriguidum 'lim'limU liriliriliriliri

'um'um'umU

- E / AE% E &OTA% O% #E'E NO#'ET*NA, A##EGAN'O. 'E 'ENT#O, T*#A%A #O$PA 'E ZE!A, "$E &1O $#G*N'O PO$O A PO$O.

! G)INOH O colunista social do -ornal rito do I'iranga, disse :ue est* na moda usar an:uin9asUGTIRA AS ANK@IN/AS DA REDEH

E)A An:uin9asWGColocam ancas enormesH= Assim, ficou muito eleganteU G)A.ANDO ROSSOH Parece anca de elefanteU

7 O lo+o disse :ue agora, a moda, 3 cintura fina222 fina222 GESANIAH )iiiiiiiiiinaU GTIRA @5ESPARTI./OH Bamos afinar a cintura com este es'artil9oU

7 GAPERTANDOH /i9i9ilalariiiiiiiiiiiifiiiiiiiiiifiuiiiiiiii, ufU 'ufU De larila rimmmmmmmmmmU'limU

E)A @iU AiU @iU

= O &ornal O Dia, disse :ue a moda de meias 3 cor de ermel9o assassinato, a'arecendo 'orcima do sa'atoU

(&ETE% A %E*A E% ZE!A)

E)A Se O DIA disse, dee estar e4atoW

= Bermel9o cor de sangue assassinadoU

7 G)AENDO 0AR@./O DE ASSISTNCIAH .*ra222 laaaaa222 ra222 laaaaa222 raaaaaaaaaU

!]


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! A noela das oito, disse :ue est* na moda, sa'ato de salto inte e oitoU

(T#AZE% APATO 'E ATO 'EO%$NA*)

E)A GCA.ANDO OS SAPAT^ESH Boc>s n%o ac9am esta moda um 'ouco e4ageradaW

! Pra ser +ela, 3 'reciso sofrerU

= Pra ser +ela, 3 'reciso 'enarU

7 Piririm de 'arar*d lariiiiiiiU @fU PufU

! GCO5 @5A 0O50A DE ).ITH Perfume franc>sU= GO@TRA 0O50AH Perfume -a'on>sU

7 G)AENDO CARA DE NO&O, CO5 @5A 0O50A DE ASPECTO D@BIDOSOH Plo222 'of222'um222 'um222 'umW PumW

! Peruca erde e rosa e amarela222 'on9am nelaU

= @ma saia de lante-oulas e filVs e tarlatana222 ai222 :ue +acanaU

7 GTRAENDO @5 ESPANADOR, TOSSINDO, ENTREA, CO5O SE )OSSE @5.EK@EH Pof222 'of222 ug9U

! Este le:ue de es'anador, est* um amorU

= )eito em Paris, d* cVcegas no nari;222 Atc9inU

7 Atc9inU Plim'limU

E)A Ai de mimU Atc9inU

! @ma +lusa de artesanato, da cor do sa'ato, com muito a'aratoU

= @m 4ale de seda, fran-as e cetim, idril9os e +ril9os222 ai de mimU

7 GCA.ANDO .@BAS E5 E)AH E tiririm de 'irtim'lon'lon'lon222

! @m uarda?sol de 'raia222 cuidadoU N%o caiaU

= Colares, 'ulseiras, +rincos e an3is222 ri:ue;as de coron3isU

7 /i9i9i9a9a9alariiiiiiiU GCOC/IC/A NO O@BIDO DE ! E =H .iriliriW Plim'limW 0iriguidumUU , V, a9U

(A* E &OTA O% $%A A*8A ENO#%E)

!!


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7 Tiri:uitimW Tiri:uit*W iri:uidum dum dumW

= a _ltima moda da c9a'eleiraW

7 GACENANDOH 9um9umU

= O :ue ser*W GA0RE5 A CAIXAH @m c9a'3u, cV'ia e4ata de um edifcio da A2 Delfim5oreiraU

(OOA% O ENO#%E T#A%+OO NA A+E2A 'A ZE!A. NA PA#TE 'E T#4, OAP7$ TE% PE#NA O% #O'*NA, PA#A A3$'A# A E"$**+#A#. A AT$#A 'E&EE# !ANT4T*A E O AP7$ 'E&E E# %ONTA'O, O% A A3$'A 'E EA'A 'E

%1O, O%O $%A ONT#$21O. 7 !E*TO 'E *OPO#, A PA#TE E ENA*8AN'O$%A NA O$T#A. PA#A "$E A AT#*Z AG9ENTE, 'E&E% T#AZE# $% +AN"$*NO

ATO, PA#A APO*45A)

7 GESTARRECIDAH PiiiiiU Rimmmmmmtrim frim luuuuU

! GAPONTANDO PARA O EDI)CIO?C/AP@, )A.ANDO CO5 BO DE ANLNCIO DETE.EBISOH Suntuoso edifcio na suntuosa Aenida Delfim 5oreira, com ista eterna 'ara oOceano Atl\ntico, cinco :uartos com sute, a;ule-os at3 o teto nos +an9eiros222 'i'iscina e saunaU

= Es:uadrias de alumnio e idros fum>222 'ouca 'orcaria n%o 3, 'odes crerU

7 9i9ilarilal*222 Gcantarola uma alsa de C9o'inH

! GTRAENDO @5 0A.CO, SO0RE RODIN/ASH Com +alc`es coloniaisU GO 0A.CO CO.OCADO E5 )RENTE DE E)A, TORNANDO?A @5A CARICATA &@.IETAH

= Este +alc%o 3 de es'erar turistas naegantes de naios im'ortantes2

! Para todos admirarem, na sacada, a enfeitada fil9a do Coronel do Sert%o, encostada no +alc%oU

! GDESPEDINDO?SEH 5ais enfeitada, seria im'osselU N%o ca+e mais nadaU G)AREBERNCIA E SAIH

= Est* um monumento, ummonumentoU At3 :ual:uer9ora, com licen1aU(&OTA E AONEA ZE!A) uidado com o vento:

(A*)

7 9o9o9o222 9i9i9i222 GARA./ANDO E5 SO.)E&OSH 9u9u9u, 9i9i9i, 9V9V9VU

(A* 0)

E)A G0A.ANANDO, PERIOSA5ENTEH Ser* :ue fi:uei 'rontaW Ou ser* :ue fi:ueitontaW

!=


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(ENT#A O O#ONE)

CORONE. GO./ANDO PARA O EDI)CIO NA CA0EA DE E)AH @m edifcio no sert%oW

Kue 'rogressoU GREPARANDO E5 E)AH 5in9a fil9a, o :ue aconteceuW

E)A a _ltima moda da c9a'eleiraF um c9a'3u?edifcio da Delfim 5oreiraU

CORONE. Se 3 a _ltima moda, ent%o 3 deeras222 deeras222 marail9oso, es'l>ndido, suntuosoUTem certe;a :ue 3 a _ltima moda, o _ltimo grito da modaW

E)A Se 3 o _ltimo grito da modaW GRITA, CO5EANDO A DESA0ARH GCORONE.,SE@RANDO A )I./A, 0ERRANDOH

CORONE. N%o desa+e, n%o desa+eUUU Se oc> desa+ar, ai estragar a eleg\nciaU E 'reciso

sofrer, 'ara ser +elaU

E)A GRECO5PONDO?SEH :ue entrou um ento 'or a:uela -anela e me dese:uili+rou, 'a'aicoronelU Gmostra uma -anela do edifcio?c9a'3uH

CORONE. G)EC/ANDO @5A &ANE.A DO EDI)CIO?C/AP@H 5el9orouW

E)A Ai, :ue calorU @fU @fU

CORONE. GSO.CITOH Coragem, min9a fil9a222 oc>, com certe;a, ai estarrecer, a+afar,im'ressionar os turistas de al3m?mar2 GPA@SAH Est* com muito calorW

E)A Estou, sim sen9orUCORONE. Cuidado 'ara n%o suarU )il9a de coronel, n%o suaU

E)A N%o suarei, 'a'ai coronelU

CORONE. E :uando a'arecer um turista, fale com seu sota:ue franc>s222 fica mais c9icU Talcomo treinamos, lem+raW

E)A .em+ro, sen9or 'a'* de coronel> du sertonU

CORONE. E n%o es:ue1a de se a'ai4onar 'or um turista muito ricoU Kuem sa+e, um 'rnci'eiugoslao, um coronel finland>s, ou um artista :ue fa1a filmes em ingl>sW Sendo rico, eu a'rooU

E)A Pai222 eu n%o sei se :uero casar, 'aiU

CORONE. Kuem tem :ue :uerer, sou euU Eu :uero, min9a fil9a o+edeceU

E)A Pai222 3 difcil222 este edifcio222 e ter :ue casar222 ai, uiU

CORONE. Bai usar o edifcio, n%o ai suar e ai casar2 )alei e disse, ordenei e mandeiU

E)A GS@05ISSAH Oui, oui, 'a'ai coronel>222 O+ede1o a osmic>U

!7


14/28

CORONE. 5uito +em2 E n%o es:ue1aF sV sere marido rico, rico de marr3 su+222 'ara a gentesu+ir mais na idaU GSAI CORONE.H

E)A GSOIN/AH Como sou infeli;222 sV fa1o o :ue meu 'ai manda, ordena e di;U Ser fil9ade coronel 3 muito edifcioU I9U C9egou um turistaU

(O$&E5E A ANT*GA AE%1 ;O '$ *E+E# A$G$T*N


15/28

E)A SV ter Ema222 n%o ter camelo2

= N%o ter :ui+eW N%o ter cameloW Kue desertoU GSAIH

7 Nosso marido :uerer um litro de 'etrVleo2 Ter 'etrVleoW

E)A GDESESPERADAH N%o ter 'etrVleoU

7 Ia es:uecendo2 Se n%o ter 'etrVleo, ter :ui+eW Nosso marido :uerer :ui+e222

ATEN21O? A %$E#E 'O A#7%, A'A &EZ "$E PAA%, $A% AE@#*O EO+3ETO '*&E#O. E8E%PO? A##*NO 'E +E+6, G$A#'A5$&A, +-*ETA,

PAT*N, E O "$E A *%AG*NA21O *N&ENTA#.

E)A N%o tem :ui+e2

7 Nem cameloW Nosso marido :uerer camelo, 'etrVleo e :ui+e222 terW

E)A G0ERRANDOH N%o terU

7 Ent%o, ou falar com nosso marido2 GSAIH

! GBO.TANDOH Ter camelo2 GSAIH

= Ter :ui+eW

7 Ter 'etrVleoW

(ENT#A O 4#A+E. PO'E E# *NTE#P#ETA'O PEO %E%O ATO# "$E !AZ O O#ONE)

JRA0E Kue lindo edifcioU222 ser* :ue tem acomoda1`es 'ara as min9as es'osas todasW

E)A Isto 3 um c9a'3uU

JRA0E @m c9a'3uW

E)A Lltima moda da c9a'eleira2 @m edifcio da A2 Delfim 5oreiraUJRA0E Kue c9ic, 'or Al*, gostei da moda de c*U )aor em+rul9ar :uarenta e dois c9a'3us?edifcio 'ara as min9as :uarenta e duas es'osasU GD@RANTE ESTA )A.A, AS ESPOSASCONTIN@A5 A PASSARH

E)A N%o ten9o2 SV ten9o este2

JRA0E Kue sert%o 'o+reU Kue 'o+re sert%oW Kue mi4uru:uice sertane-aU Kue 9orrorU Es'osas,

amos oltar 'ara a +arca1a, :ue o sert%o 3 sem gra1aU

![


16/28

(A*)

E)A Ac9o :ue n%o estou agradando aos turistas222 Ainda +em, :ue n%o :uero casar comningu3mU

(APA#EE %A#$3*%, &ET*'O 'E +#ANO, O% $% #A&O NA %1O)

5AR@&I5 Ser* :ue este lugar 3 +om 'ara 'lantar um craoW GREPARANDO E5 E)AH Oi2esta terra 3 +oa de 'lantarW GREPARANDO 5E./OR, 0OK@IA0ERTO CO5 A RO@PAE5DA 5OAH A sen9ora, :uem 3W

E)A GQ PARTEH Al3m desta rou'a, ainda ten9o :ue falar com sota:ueU

GPARA 5AR@&I5H Sou fil9a de coronel>2 Boc> 3 turist> de iag>W

5AR@&I5 GA PARTEH Kue sota:ue engra1adoU GPARA E)AH Eu sou 5aru-im do naio :ueaca+a de c9egar2

E)A Kuanta gente :ue em num naio, n%o 3W G.E50RANDO?SEH Kuant* gent> :ue emnum naiZU

5AR@&I5 Sua fala 3 engra1ada222 e esta rou'a, 3 tra-e t'ico do lugarW

E)A rou'* de ultim* mod*222 sou fil9* de coronel>222

5AR@&I5 Isso dee fa;er sofrer222 GPA@SAH 5o1a, esta moda 'recisa mudarU Como umcome1o de mudan1a, ou dar este crao 'ara oc> 'lantarU @m crao ermel9o, de Portugal deal3m?marUE)A Para mimW GBAI PEAR O CRABO E DESA0Ab 5AR@&I5 A&@DA A RECO5PM?.A,RETIRANDO O C/AP@ DE S@A CA0EAH

5AR@&I5 N%o se sente mel9or assimW

E)A Sim, seigneur222 sV estou com um 'ouco de c9aleurU

5AR@&I5 Plante o crao222 e n%o se es:ue1a de mimU GSAIH

(APA#EE O O#ONE, AN*OO)

CORONE. )alou com os turistasW S%o ricos, milion*riosW

E)A Passou um alem%o, :ue tin9a um cac9orro e :ueria comer salc9ic9a com sei l* o :u>222'assaram muitas es'osas de um *ra+e, :ue :ueria com'rar edifcios222 e 'assou um 5aru-im222 :uere'arou em mim222 e me deu um 'resenteU Este crao ermel9oU

CORONE. SV issoW Nada maisW Ser* 'o+reW

E)A Disse 'ara eu n%o es:uecer dele e 'lantar este crao2 Tirou meu c9a'3u222 ac9o :ue n%o

!


17/28

gostou de min9a rou'a2

CORONE. Ser* :ue esta rou'a n%o est* fa;endo efeitoW Bou c9amar as em'regadas estideirasUGTOCA @5 SINOH

(ENT#A% A #*A'A)

! Sen9orW

= C9amouW

7 .ararililiW

CORONE. 5udem a rou'a de min9a fil9aU Esta rou'a n%o fe; efeito2 Ela nem ficou noia deum turista rico, nem nadaU Kuero o contr*rio do :ue era2 Pra mudar o isual, r*'ido, ra'idin9oU @m

crao 3 muito 'oucoU GSAIH

(A* O O#ONE)

GBO.TA O CORONE.H Ser* :ue este 5aru-im 3 'o+reW Cuidado, min9a fil9a222 um crao, 3 muito'oucoU GSAIH

(A T#6 #*A'A T*#A% A TO$A E &OTA% A T#AN!O#%A#5E N$%A A#ANA)

E)A O :ue est* acontecendoW

ARAN/A Tecendo e acontecendo2o fio amos 'u4ando,aran9a somos de nooU

E)A 5as oc>s eram em'regadas, agora s%o Aran9aW

ARAN/A 'ara tecer mel9or o fio da estVria2 Somos de fa; de conta e de conta e fa;F criadas,ou aran9a, tanto fa;U

E)A A sen9ora :ue tece a estVria, me digaF n%o e4iste um -eito de mudar o fio da estVria dasfil9as de coronelW

ARAN/A De'ende das fil9as de coronel222 est* em suas m%os mudar a estVria, efaU Das fil9asde coronel e das gentes do sert%oU

E)A Em min9as m%osW GO./ANDO PARA O CRABO K@E ESTJ E5 S@AS 5OSHSV ten9o um crao ermel9o nas min9as m%osU

ARAN/A Isso 3 muito im'ortante2 um come1o de 'lanta1%oU GPA@SAH efa, oc> 3 feli;W

!#


18/28

E)A Sou muito infeli;2 SV fa1o o :ue meu 'ai manda, ordena e di;U

ARAN/A GO./ANDO PARA O C/AP@?EDI)CIO K@E 5AR@&I5 A&@DO@ A TIRAR,NO C/OH Boc> -* come1ou +om come1oU Edifcio da A2 Delfim 5oreira, em ca+e1a de gentemo1a, 3 +esteiraU E tire esta tra'in;ongadaU

(%>*A 'A T*#AGE% 'E PA#A!E#N4*A 'E ZE!A %$'AN2A 'E $Z).

ARAN/A Esta saia222 saia delaU

E)A Eu saio da saiaU

ARAN/A N%o caia do salto222 3 muito altoU

E)A Eu tiro o salto e salto 'ro c9%o, 3 +om 'isar rente o c9%o do sert%oU

ARAN/A As -Vias, os +ril9os, as tral9as e colaresU

E)A Estou res'irando noos aresU

ARAN/A Perucas e an:uin9as, e este es'artil9oU E as mangas +ordadas de tanto idril9oU E o4ale e as fran-as, as meias e as luas222 ai tira :ue tira, ai torna a tirar2 A efa, aos 'oucos, 'arecemudarU

E)A Boltando ao estido de flores de c9ita, me sinto de noo, mais gente e +onitaU

ARAN/A E o crao ermel9oW O crao ermel9o de Portugal de al3m?marW

E)A o crao 'resente de meu 5aru-imW Ele deu este crao e disse assimF 'lantando estecrao, n%o se es:ue1a de mimU

(ZE!A E A#ANA O%E2A% A PANTA# O #A&O. $Z O# 'E #OA, %4G*A)ANT*GA 'O #A&O PANTA'O?

Num aso de +arro, num aso de c9%o,

um crao ermel9o e gente enterra,'lantando um crao no c9%o desta terra,um crao ermel9o, mil craos ser%oUPor:ue se um crao ier a nascer,num aso de terra ier a crescer,aos flores dos craos a ida ter%o,ra;es 'rofundas ir%o 'elo c9%oe o amor de um crao ir* nos di;er,:ue a ida 3 uma 'lanta :ue ai renascer,da terra, do +arro, do 'oo, do c9%o,li+erto no crao, o meu cora1%o2

Eu 'lanto este crao num aso assimbe a ida, em craos, ser* um -ardimU

!$


19/28

ARAN/A efa, oc> est* come1ando a mudarF oc> -* 'lantou uma florU

E)A Be-a, Aran9aU )i:uei com um calo na m%oU

ARAN/A Isso 3 muito im'ortanteF fa; 'arte da sua noa constru1%oU

E)A 5in9a noa constru1%oW @m calo na m%oW @m crao no c9%oW

(A* ZE!A, P#O$#AN'O O%P#EEN'E#)

ARAN/A A ida 3 uma 'lanta :ue 'ode crescerU GSAI ARAN/AH

($#GE O +O*. 7 $% +O* %$*TO +ON*TO, +$%+4)

0OI GCANTANDOH

Oi, +oi,oi +oi +um+*,oi +oi ermel9o,oi +oi gren*,oi +oi de +um+a,oi +oi festeiro,

+oi de terreiro,em es'el9arUOi +oi de +um+afesta de +oicomigo eu soucomigo foiU

(+O* #EPA#A NO #A&O PANTA'O)

0OI @m crao 'lantado no sert%oW crao, 3 rosa, 3 mangeric%oW Kue lindo crao de 'lanta1%oU

Crao craeiro, rosa roseira, coco co:ueiro, canaialW 5il9o e fu+*W C9ua de inernoW Kue coisalinda :ue ser*W @m crao 'lantado no meu Cear*W @m crao de ida, t%o crao, t%o forte, t%o nortee nordeste, 'arece um -ardimU Ser* fortale;a de algum 5aru-imWO :ue for 'lantado, ai se es'al9ar em flores de crao o meu Kui4ad*U

(APA#EE O O#ONE)

CORONE. &* 'ra dentro, +oi, :ue c9egou teu dono e sen9orU C9ega de 'oesia e de literatice decordel2 C9egou teu dono e sen9orF Sou eu, teu coronelU

0OI 5eu sen9or e meu donoW Eu n%o ten9o dono, nem sen9or222 descul'e a ousadia, sou +oi da'oesiaU

!"


20/28

CORONE. Se for +oi e estier no meu sert%o, este +oi 3 meuU

(ANTA, PE#EG$*N'O O +O*)

+oi, este +oi 3 meu,

3 +oi, este +oi 3 mal9ado,3 +oi, este +oi 3 de gado,3 +oi, este +oi 3 meuU

0OI GPARANDO E EN)RENTANDO O CORONE.2 K@E SE ASS@STA, POR @5PEK@ENO ESPAO DE TE5POH E o sen9or, 3 meuW Por:ue eu nasci no sert%o, o sert%o 3 meu, osen9or est* no meu c9%oU

CORONE. Eu n%o ten9o donoU

0OI Nem eu2 Sou um +oi?+um+*2 C9eguei do norte, nordeste, ia-ei o Cear*, andei 'or altos

Recifes, Olindas fui isitar, ainda n%o encontrei :uem 'udesse me mandarU Sou feito de amor'erfeito, do 'oo, sou alegria, sou o +oi deste +oisado2 Poeta, sou da 'oesiaU 3 +oiU

CORONE. Boc> 3 'oetaW

0OI N%o, eu sou a 'oesia de meu 'oo2 Sou a alegria da festaU

CORONE. GE50R@TECENDOH A festa aca+ouU E te-c 'resoU GDANDO C/ICOTADASNO 0OI, ESTA.ANDO O C/ICOTEH 0oi 3 +oi2 Sendo +oi, estando no sert%o, em min9as terras, 3meu +oiU(+O* E O#ONE !AZE% $%A EP7*E 'E TO$#A'A, AO O% 'E ATANOA)

(APA#EE %A#$3*%, O% $%A #OA NA %1O)

5AR@&I5 O :ue est* acontecendoW O :ue est* acontecendo a:uiW

CORONE. GQ PARTEH I9222 3 o turista 5aru-im, do naio222 'ode at3 ser rico222 ou disfar1ar'ra ele n%o ter m* im'ress%o do Coronel do Sert%oU GA.TOH Isso, sen9or 5aru-im do Naio, 3 umafesta t'ica do nordesteU GPARA O 0OIH N%o 3, +oi +ailarino dan1adorW Dan1a, meu +oi;in9o lindoUGPARA O 0OIH Se n%o dan1ar, ira +ife de 'anelaU Bira mo:ueca de +oiU

0OI Neste 'asso de +oieu ou e eu fa1oum noo com'assode +um+a meu +oiU

CORONE. Neste 'asso da +otaeu 'iso o ca'ac9on%o diga lorota de

+um+a meu +oiU

0OI Se o tem'o 3 de +ota

=]


21/28

lorota 3 com'assomeu '3 fa; o 'asso

'isando o :ue foiU

CORONE. +oi de 'anela

3 +oi carne secan%o meta este 'assona min9a ti-elaU

0OI N%o sou de 'anela,n%o sou de fog%o,eu sou a 'oesiade um noo sert%oU(A* O +O*)

5AR@&I5 GO./ANDO PARA O .ADO E5 K@E SAI@ O 0OIH Pu4a, :ue +oi lindoUGAPONTANDO PARA O CA5IN/O DO 0OIH Poronde ele ai 'assando, %o nascendo floresUGSlides de flores 'elo cen*rioH

CORONE. Isto 3 +estagem de 'oesia2 um sim'les +oi2 N%o e-o nada2

5AR@&I5 O sen9or n%o est* endo o camin9o de flores do +oiW

CORONE. Estou endo osmic>2 Seu nome 3 5aru-im, -* sei :uem osmic> 3, :uer di;er222G0AIXOH es'ero :ue se-a rico222 GC/A5ANDOH efaU efaU Temos isita tursticaU

BO DE E)A TV indo, 'a'ai coronel>U Estou indo loguin9o, logu>, Tout de suite222 dede'ress>U

5AR@&I5 Sua fil9a tem um sota:ue es:uisito222 mas tudo :ue em dela, eu ac9o +onitoU

CORONE. GSAINDOH sota:ue franc>s222 ela usou tanto estido franc>s, 'erfume franc>s, :ueficou de sota:u>U

(ENT#A ZE!A, 'E &ET*'O +#ANO 'E AGO'1OZ*NO)

E)A 5aru-imU

5AR@&I5 efaU

E)A 5aru-im do 5arU 5aru-im da ondaU

5AR@&I5 efa do Sert%oU efa do C9%oU

E)A 5eu marU

5AR@&I5 5in9a terraU

=!


22/28

(O 'O* !*A% 'E %1O ENT#EA2A'A, NO %E*O, ENT#E O 'E'O 'E A%+O, A#OA &A* A+#*N'O A P7TAA, #EEN'O)E)A @ma rosaW

5AR@&I5 Eu trou4e 'ara oc>222 oc> est* linda, assim sim'les2 efaU

E)A Boc> estee sem're lindo, meu 5aru-imU GPA@SAH Tirei a:uela rou'a toda, oltei a sersim'les222 'lantei o crao222

5AR@&I5 GA)AANDO A 5O DE E)AH Be-a, efaF oc> est* com um calo na m%oU oincio da mudan1a, 3 o come1o da 'lanta1%oU

E)A 5eu 5aru-imU

5AR@&I5 Plante esta rosa de c9eiro, e n%o se es:ue1a de mimU GSAIH2

CORONE. GBO.TANDOH Ele sV trou4e esta rosaW Nem uma cor+eille de rosasW Nem umad_;ia de rosasW SV esta rosin9aW Ser* um 'o+reWKue 'ro+lemaU Bou aeriguarU GSAIH

(&OTA A APA#EE# O +O*)

0OI O coronel foi em+oraW Sada r*'ida, ou sada de sair mesmoW

E)A Por:u>W

0OI :ue eu n%o me dou +em com coron3is do sert%o2 Coisas de +oi2 Boc> :uem 3W

E)A Eu sou a fil9a do coronel2

0OI Eu 'erguntei :uem oc> 3U

E)A Eu disseF sou a fil9a do coronel2

0OI Ser fil9a de algu3m n%o di; :uem a gente 32 Eu :uero sa+er :uem BOC 3UE)A Eu sem're fui a fil9a do coronel2 @sei at3 c9a'3u de edifcio na ca+e1a, 'ra o+edecer aocoronel222 falei at3 com sota:ue franc>s222 de'ois, a'areceu um 5aru-im e 'lantou um crao de amorno meu -ardim222 Sou efa do Sert%o2

0OI Kue +onitoU O crao 3 de amor 'erfeito2 O nome efa do Sert%o, e de rosa e mangeric%o2Boc> 3 uma gente de nome efa, dee di;er :ue 3 efa, dee fa;er o :ue efa :uer fa;er222 n%o deeser coisa 'ro'riedade de coronel222 Eu sou um +oi2 )a1o o :ue um +oi :uer fa;erF +um+o no +um+*U

(#*T%O !O#TE 'E +O*5+$%+4)

==


23/28

Oi +um+a meu 9oi?+um+*oi +um+a :ue ai c9egaroi +um+a :ue ou fa;ero sert%o se aleantara c9ua ir feste-eiradan1ar comigo e +um+*

:ue 3 a festa erdadeirado 'oo do Cear*U

E)A isso :ue oc> fa;, +oiW isso :ue oc> :uerW

0OI Bim di;er :ue sou um +oi, 'ra oc> n%o es:uecerU

E)A N%o te es:uecerW assimW Igual ao meu 5aru-imW

0OI assimF ai, n%o te es:ue1as de mimU GSAIH

E)A GP.ANTANDO A ROSAH

A rosa roseira mil rosas ser%ona terra +oi?+um+*3 rosa e sert%o2Por:ue se uma rosa ier a crescero amor cor de rosa ir* nos di;er:ue a ida 3 uma 'lanta:ue ai renascerda terra, do +arro, do 'oo, do c9%o,

'lantando uma rosa, mil rosas ser%oU

(%A#$3*% APA#EE A##EGA'O 'E !O#E, ENT#EGA A !O#E ZE!A, %ENO $%P7 'E %ANGE#*1O)

5AR@&I5 Passei 'elo camin9o de um +oi222 'or onde ele andaa, +rotaam flores222 e-aU

E)A Eu ou 'lantarU GCO.OCA AS ).ORES NOS BASOS, P.ANTANDO?AS NA TERRAH coisa de ida, 3 coisa de c9eiro, 3 coisa de alegria e festa de +oiU coisa de amor?'erfeitoU

5AR@&I5 coisa de sem're?ia, a 'oesia do 'ooUE)A coisa de 'rimaera, on;e?9oras, t* na 9oraU

5AR@&I5 Eu trou4e tam+3m um mangeric%oU GO./ANDO AS 5OS DE E)AH

E)A Bou 'lantar o mangeric%oU

5AR@&I5 Boc> n%o fala mais com sota:ue, oc> n%o usa mais a:uelas rou'as 9orreis, oc>fala como genteU Boc> mudouU

E)A Pelo crao, 'ela rosa, 'ela terra, 'elo c9%o, sem're?ia 3 min9a m%o, no tra+al9o'lanta1%oU

=7


24/28

5AR@&I5 de crao, 3 de roseira, 3 sem're um man-eric%oU

(ENT#A O O#ONE)

CORONE. O :ue 3 issoW crao, rosa, mangeric%oW G)@RIOSOH Ser* :ue este 5aru-im sV tra;'resentes assimW GPARA A )I./AH Kue rou'a 3 estaW

E)A rou'a de algod%o;in9o222

CORONE. Cad> o sota:ueW

E)A A'rendi a falar do -eito :ue :ueroU

CORONE. &* 'ra dentroU Ol9a :ue eu fa1o e te arre+entoU

5AR@&I5 N%o fale assimU

E)A Pai, ele 'lantou um '3 de mangeric%o na min9a idaU )oi 'ela rosa, foi 'elo crao, meu'ensamento n%o 3 escraoU(A* ZE!A)

CORONE. Seu 5aru-im, 'ra namorar fil9a de coronel, 3 'reciso n%o ser 'ouca 'orcaria2 Osen9or 'ossui :ue :uais ri:ue;as e fidalguiasW

5AR@&I5 Sou um 'o+re 5aru-im2

CORONE. E nada tens de teuW

5AR@&I5 Ten9o um naio feito de *guas marin9as2 GS@RE O NABIO, SO0RE ONDAS DEPANO [email protected] .@ DE SON/O POTICOH

ANT*GA 'O NA&*O

Naio de ento, de onda +raia,naio de *gua, de mar e de rio,carrega ri:ue;as de 'edras roladas,de es'uma e ontadenaega o naio

'or so+re o camin9o das *guas 'assadasCarrega o naioo noo momentoo mar e o entodas m%os cale-adasU

CORONE. Como 3 o nome deste naio, seu 5aru-imW

5AR@&I5F O nome deste naio 3 NO se ESK@EA DE 5I5U

=Y


25/28

CORONE. E :uem comanda este +arcoW Kuem 3 o seu comandanteW

5AR@&I5 Kuem comanda 3 a coragem, tem'estade naeganteU

(#A*O)

CORONE.

Ser* :ue este 5aru-im

manda na *gua e no c3uW

5AR@&I5

Sou um sim'les 5aru-im,namorado a'ai4onado maru-odo cora1%ode Dona efa do Sert%oU

CORONE. 5as este naio 'arece cargueiro,

'arece t%o 'o+re,'arece 'es:ueiro222Kue mais tensWCoisas de cru;eiros e int3nsU

5AR@&I5 Eu ten9o um casteloU

CORONE. @m casteloW

(APA#EE, O+#E $% PANO, $% ATEO, O% T#6 TO##E. A'A TO##E, TE% $%A3ANEA, PO# ON'E. APA#EE O #OTO 'E $% ATO#)

CORO Tr>s forres do meu casteloieram 'ra os saudar3 o castelo dos son9osde um maru-o e alto marU

CORONE. )eito sV de son9osW Eu falo de cifr%o, falo de din9eiro, falode tost%oU De son9o, n%o ale, n%oU

! TORRE GATOR !H

Sou a torre amarela:ue fala 'ela -anelaCor de sol e de sert%oU

=[


26/28

A torre 3 sV de ourotra+al9o de min9a m%oUSou a torre do 'edreiro,sou a torre de um sert%odo son9o forte da idado calo da constru1%oU

CORONE. 5as 3 sV de ouro de caloW N%o 3 deste ouro :ue eu faloU

= TORRE Sou torre de lua noafeita de 'rata e de cren1afeita de es'el9o e estrelafeita de ontade +elade uma ontade +ril9antefeita toda do instanteem :ue a ontade en1aU

CORONE. )eita de instante e momentoW E isso 3 or1amentoW

7 TORRE Sou de todas a mais singela,:ue os fala, da -anelaFsou feita de 'edra e cal,sou feita de ti-olim,sou a torre da es'eran1a:ue cresce em 5aru-imU

CORONE. 5as isso 3 escola de sam+a, corte-o de carnaalW

(#*T%O 'E +AT*'A !O#TE. ENT#A A E%A. E% T#*$N!O, +ATEN'O O P7. %$*TO#*T%A'A E !O#TE $Z *NTENA)

E5A E sou ri:ue;a mais fortedas ri:ue;as 5aru-imU

O#TE3O ANTAB O O#TE3O 7 !O#%A'O PEO ATO#E, O%O E !OE A'A#$%A AEGO#*A 'E A#NA&A)

de cocoricV, 3 de cacaric*,3 de ema sertane-a:ue aca+a de c9egar,3 ema, meu +em, 3 ema,n%o tema o :ue ela tem,:ue a ema 3 uma ae:ue 'arece uma aestru;:uando a ema +ota oo

dona ema d* a lu;U

=


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CORONE. Esta ema eu con9e1oU

E5A Con9ecia2 Pois mudei2 Birei e reirei, re+olei no canaial, sou a Ema, sou a 'enado 'oo deste arraialU

5AR@&I5 Bai acontecer, Dona EmaW

E5A Ten9o :ue fa;er for1a222 ui222 ui222 :ue -* ai nascer222 ai222 ui222 :ue -* ai c9egar222 ui222 ai222:ue -* ou +otar222 ui222 ai222 :ue -* ai nascer222

5AR@&I5 A Ema ai +otar um ooU Aten1%oU Bai nascer um oo de Ema, um sol noo nosert%oU

(E%A E AGAA. A3$'A'A PO# %A#$3*%, '4 $Z $% O&O "$E PA#EE $% O)

5AR@&I5 A Ema +otou um oo :ue 'arece um solU

CORONE. Cru; credoU Credo cru;U Padim Ccero, &esusU A Ema 'ariu o solW

E5A um sol de gema de ouro, 3 um sol de alorada, 3 um sol feito de festa, 3 tudo :ue um solnos tra;U

CORONE. O :ue 3W

5AR@&I5 O oo desta ema,tem ouro na gema dia +em noo,3 sol e 3 ooU

E5A 5eu sol di; :ue a ida n%o anda 'ra tr*sU

CORONE. GASS@STADOH Este 5aru-im tem coisas :ue ningu3m temU coisa demais 'ramimU

5AR@&I5 SV :uero mais uma coisa,al3m do :ue eu mais :uiserU

a min9a amada efa:ue :uero 'ara mul9erU

E5A Kue nasceu um sol +em noono el9o c9%o de sert%oU@m sol de f3 e ontadeai +ril9ar 'or este c3uU GESPETA5 O SO. N@5A BARAHKue ningu3m manda nos outros,no +oi, na fil9a, no ento,:uem manda 3 um sol noo,:uem manda, 3 um noo entoU

O OBO DA E5A2)EITO DE A.5O)ADA2

=#


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CENTRO DA E5A E5

DO@RADO

(TO'O OP#A%)

@m sol +ril9ando no c3u222

CORONE. E o :ue fa; o coronelW

E5A TRANS)OR5A?SE E5 E)A GE)A SAI DE DENTRO DA E5AH E)A 5eu 'ai,eu ou casar com 5aru-im222

5AR@&I5 5eu tesouro est* no mar, :ue ningu3m 'ode naufragar2 5eu tesouro est* na 'edra:ue fa; toda a constru1%o2 5eu tesouro est* no c3u, no sol noo do sert%oU Eu :uero casar com

efa2

E)A Por min9a ontade, 'or sua ontade 5aru-im,:ue o amor 3 um naio:ue naega o mar sem?fim:ue o amor 3 uma torrefeito de calo na m%o,:ue a terra 3 de crao,roseira e mangeric%o,

5AR@&I5 Kue tudo :ue em e cresce,

3 flor de uma 'lanta1%oU

(NETA $T*%A !AA, O ATO#E +A*A%, T#AN2AN'O O !*O E% &OTA 'OO#ONE, "$E !*A P#EO, O%O E !OE $%A ATE 'E !OG$E'O POP$A#)

CORONE. E euW )ico amarradoW

5AR@&I5 Pelo fio do tecido,'elo tecido da estVria,tecendo e acontecendo,as coisas el9as morrendo,mudam o fio da 9istVriaU

CORONE. Tecido e acontecidoeste nV 3 meu castigoW

5AR@&I5 Nesta estVria os fios se tran1am, as coisas se mudam, os +ois dan1am, os coron3isiram carret3is, mas n%o 3 um castigo222 3 :ue tudo :ue acontece, a gente tece e foi tecidoU

E)A E PRA DESTRANAR, BAI TER K@E 5@DARU BAI TER K@E RODARU BAI TERK@E IRARU

)I5

A Gema Do Ovo Da Ema

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