A Consciencia Do Atomo Alice Bailey

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Eu Sou Luz 1 A CONSCIÊNCIA DO ÁTOMO  Alice Bailey SUM ÁR I O A GR A NDE I N V OCAÇ Ã O .......................................... 2 O C A MPO D A EVOLUÇ Ã O ......................................... 3 A EV OLUÇ Ã O D A SUBSTÂ NCI A................................... 12 A EV OLUÇ Ã O D A FORMA OU EVOLUÇ Ã O DO GRUPO ................... 23 A EV OLUÇ Ã O DO HOMEM, O PENSA DOR............................ 34 A EV OLUÇ Ã O D A CONSCI ÊNCI A.................................. 43 O OBJ ETI V O D A EVOLUÇÃO ..................................... 53 EV OLUÇ Ã O CÓSMI CA........................................... 63

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Eu Sou Luz 1

A CONSCIÊNCIA DO ÁTOMO Alice Bailey

SUMÁRI O

A GRANDE I NVOCAÇÃO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2

O CAMPO DA EVOLUÇÃO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3A EVOLUÇÃO DA SUBSTÂNCI A. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

A EVOLUÇÃO DA FORMA OU EVOLUÇÃO DO GRUPO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23

A EVOLUÇÃO DO HOMEM, O PENSADOR. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34

A EVOLUÇÃO DA CONSCI ÊNCI A. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43

O OBJ ETI VO DA EVOLUÇÃO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53

EVOLUÇÃO CÓSMI CA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63

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Eu Sou Luz 2

A GRANDE I NVOCAÇÃO

Do pont o de Luz na Mente de Deus Fl ua l uz às mentes doshomens; Que a Luz desça à Ter r a.

Do pont o de Amor no Cor ação de Deus, Fl ua amor aos cor açõesdos homens; Que o Cr i st o vol t e à Ter r a.

Do cent r o onde a vont ade de Deus é conheci da, Gui e opropósi t o as pequenas vont ades dos homens; O propósi t o que osMest r es conhecem e ser vem.

Do cent r o a que chamamos r aça dos homens, Cumpr a- se o Pl anode Amor e Luz E mur e- se a por t a onde mor a o mal .

Que a Luz, o Amor e o Poder r est abel eçam o Pl ano na Ter r a.

"A I nvocação ou Or ação aci ma não per t ence a nenhuma pessoa ougr upo mas a t oda a Humani dade. A bel eza e a f or ça dest aI nvocação r epousam em sua si mpl i ci dade e em sua expr essão de

cer t as ver dades cent r ai s que t odos os homens, i nata enormal ment e , acei t am a ver dade da exi st ênci a de umaI ntel i gênci a bási ca a Quem nós vagament e damos o nome deDeus; a ver dade que por t r ás de t oda aparênci a ext er i or , opoder mot i vador do uni ver so é o Amor ; a ver dade que umagr ande I ndi vi dual i dade vei o à t er r a, chamada pel os cr i st ãos,o Cr i st o, e encar nou aquel e amor de modo que o pudéssemoscompreender ; a ver dade que t ant o o amor como a i nt el i gênci asão ef ei t os do que é chamada a Vont ade de Deus; e,f i nal ment e, a verdade aut o- evi dent e que soment e at r avés dapr ópr i a humani dade pode o Pl ano Di vi no real i zar - se. "

Al i ce A. Bai l ey

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O CAMPO DA EVOLUÇÃO

Provavel ment e nunca houve um per í odo na hi st ór i a dopensament o semel hant e ao atual . Em t odos os l ugares, ospensadores est ão consci ent es de duas coi sas, pr i mei r o, que ar egi ão do mi st ér i o nunca f or a ant es t ão cl ar ament e def i ni dae, segundo, que se pode penet r ar naquel a r egi ão mai sf aci l ment e do que t i nha si do possí vel at é agor a; por t ant o, seos i nvest i gador es de todas as escol as prossegui r em em suabusca com det er mi nação, t al vez possam i nduzi r a r evel ação deal guns de seus segr edos. Os pr obl emas que enf r ent amos, àmedi da que est udamos os f at os conheci dos da vi da e daexi st ênci a, são suscet í vei s de uma def i ni ção mai s cl ar a doque at é agora possí vel e, embora não sai bamos as r espost as àsnossas per guntas, embor a não t enhamos descober t o as sol uçõesde nossos pr obl emas, embor a não haj a panacéi a ao nossoal cance por mei o da qual possamos r emedi ar os mal es do mundo,

cont udo, o pr ópr i o f at o de que podemos def i ni - l os, de quepodemos i ndi car a di r eção do mi st ér i o e que a l uz da ci ênci a,as r el i gi ões e da f i l osof i a br i l hou sobr e ampl as ext ensõesque ant es er am consi der adas t er r as de t r evas, é uma gar ant i ade sucesso no f ut uro. Sabemos mui t o mai s do que há qui nhent osanos at r ás, com exceção de al guns cí r cul os de homens sábi os emí st i cos; descobr i mos mui t as l ei s da natur eza, embora nãopossamos ai nda apl i cá- l as; e o conheci ment o das ' coi sas comoel as são' ( e eu escol ho est as pal avras del i ber adament e)proporci onou um i menso pr ogr esso.

 Todavi a, a t er r a do mi st ér i o ai nda pr eci sa ser desvel ada, enossos pr obl emas ai nda são numer osos. Há o pr obl ema de nossapr ópr i a vi da par t i cul ar , qual quer que sej a; há o pr obl ema doque é geral ment e denomi nado "Não- Ser" , e que di z r espei t o anosso cor po f í si co, nosso mei o- ambi ent e, nossasci r cunst ânci as e nossas condi ções de vi da; se est amos numaf ase i nt r ospect i va de nossa ment e, há o pr obl ema de nossasemoções, pensament os, desej os e i nst i nt os pel os quai s nóscont r ol amos a ação. Há mui t os pr obl emas col et i vos; por quedeve haver sof r i ment o, f ome e dor? Por que deve o mundo, deum modo ger al , est ar subj ugado à pobr eza, doença edesconf or t o? Qual o pr opósi t o que exi st e por t r ás de t udo quenos r odei a e qual ser á o r esul t ado dos pr obl emas mundi ai s, seos anal i sar mos como um t odo? Qual o dest i no da r aça humana,qual sua or i gem, e qual a chave para a sua condi ção at ual ?Haverá mai s do que est a úni ca vi da e o úni co i nt eresse deveser encont r ado naqui l o que é aparent e e mater i al ? Tai si ndagações passam por nossas ment es em vár i as ocasi ões epassaram pel as ment es dos pensadores at r avés dos sécul os.

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Eu Sou Luz 4

Houve mui t as t ent at i vas par a r esponder a est as per gunt as e, àmedi da que as est udamos, descobr i mos que as r espost as seencai xam em t r ês gr upos pr i nci pai s e que t r ês sol uçõespr i nci pai s são of er eci das à consi der ação do homem. Est as t r êssol uções são:

Pr i mei r a, o Real i smo. Out r o nome para est a escol a é

Mat er i al i smo. El a ensi na que "a r epr esent ação do mundoext er no que temos na consci ênci a, é ver dadei r a"; que ascoi sas são o que el as par ecem ser ; que a mat ér i a e a f or ça,como nós as conhecemos, são a úni ca r eal i dade e que não épossí vel ao homem i r al ém do t angí vel . El e dever i asat i sf azer - se com os f atos como el e os conhece, ou como aci ênci a l he di z que são. Est e é um mét odo de sol uçãoper f ei t ament e l egí t i ma, por ém, par a al guns de nós, el e f al hapor que não vai bast ant e l onge. Ao r ecusar - se a se i nt er essarpor qual quer coi sa que não sej a pr ovada e demonst r ada, el epára no pont o em que o i nqui si dor di z " é assi m, mas por quê?"Dei xa f ora de seus cál cul os mui t o do que é conheci do ecompr eendi do como ver dade pel o homem comum, embor a el e sej ai ncapaz de expl i car por que sabe que é ver dade. Os homens emt odas as par t es r econhecem a exat i dão dos f at os da escol ar eal i st a e da ci ênci a mater i al e, cont udo, ao mesmo t empo,el es sent em, em seu í nt i mo, que há, i ner ent e à mani f est açãoobj et i va pr ovada, al guma f or ça vi t al i zador a e al gum pr opósi t ocoer ent e que não podem ser anal i sados soment e em t ermos dematér i a.

Segunda, há o pont o de vi st a ao qual mel hor chamar í amos desobr enat ur al i smo. O homem se consci ent i za de que, t al vez,

af i nal de cont as, as coi sas não sej am exat ament e o queparecem ser e que mui t a coi sa per manece sem expl i cação; el edesper t a par a a compreensão de que el e pr ópr i o não ési mpl esment e uma acumul ação de át omos f í si cos, al go mat er i al ,e um cor po t angí vel , mas que exi st e dent r o del e, l at ent e, umaconsci ênci a, uma f orça e uma nat ur eza psí qui ca que o une at odos os demai s membr os da f amí l i a humana, al ém de l i gá- l o auma f or ça f or a del e a qual el e pr eci sa expl i car . Foi i st o quel evou, por exempl o, à evol ução do pont o de vi st a cr i st ão e j udeu, o . qual si t ua um Deus f or a do si st ema sol ar , Deusesse que o cr i ou porém sendo, El e pr ópr i o, est r anho ao mesmo.

Est es si st emas de pensament o ensi nam que o mundo f oi cr i adopor uma Força ou Ser Que const r ui u o si st ema sol ar e Que gui aos mundos cor r et ament e, conser vando nossa í nf i ma vi da humanana concha de Sua mão, e "docement e or denando" t odas as coi sasde acor do com al gum pr opósi t o ocul t o que não podemosdi scer ni r com nossas ment es f i ni t as, quant o mai s ent ender .Est e é o pont o de vi st a r el i gi oso e sobr enat ur al , o qual sebasei a na crescent e aut oconsci ênci a do i ndi ví duo e no

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r econheci mento de sua pr ópr i a di vi ndade. Do mesmo modo que aescol a real i st a, el e i ncl ui soment e uma ver dade par ci al epreci sa ser compl ement ado.

A t er cei r a l i nha de pensament o poder i a ser chamada deI deal i st a. El a post ul a um pr ocesso evol ut i vo dent r o de t odamani f est ação e i dent i f i ca a vi da com o pr ocesso cósmi co. É

exatament e o opost o do mater i al i smo, e t r az a di vi ndadesobr enat ur al pr edi cada pel os r el i gi osos, à posi ção de umagr ande Ent i dade ou Vi da, Que evol ui at r avés e por i nt er médi odo uni ver so, do mesmo modo que a consci ênci a do homem est áevol ui ndo at r avés de um cor po f í si co obj et i vo.

Nest es t r ês pont os de vi st a — o pur ament e mat er i al i st a, opur ament e sobr enat ur al e o i deal i st a — vocês t êm as t r êspr i nci pai s l i nhas de pensament o que f oram f ormul adas comoexpl i cat i vas do pr ocesso cósmi co; t odas el as são ver dadespar ci ai s, cont udo nenhuma del as é compl et a sem as out r as;t odas el as, quando segui das uni l at er al ment e, l evam a cami nhos

secundár i os e à t r eva, e dei xam o mi st ér i o cent r al i nsol úvel .Quando são si nt et i zadas, uni das e f undi das, el as t al vezi ncl uam ( i st o é apenas uma sugest ão) t ant o da ver dadeevol ut i va quant o possí vel , à ment e humana, al cançar no at ualest ági o de evol ução.

Est amos l i dando com pr obl emas i mensos e t al vez i nt er f er i ndoem coi sas el evadas e gr andi osas; est amos ul t r apassandor egi ões r econheci das como domí ni o da metaf í si ca; e est amost ent ando si nt et i zar em al gumas cur t as pal est r as o que todasas bi bl i ot ecas do mundo cont êm; est amos, por t ant o, t ent ando o

i mpossí vel . Tudo que podemos f azer é abordar , br eve esuper f i ci al ment e, pr i mei r o um aspect o da ver dade, depoi sout r o. Tudo que possi vel ment e i r emos consegui r ser á um esboçodas l i nhas bási cas de evol ução, um est udo de sua r el açãor ecí pr oca conosco como ent i dades consci ent es, e depoi s t ent arf undi r e si nt et i zar o pouco que consegui mos saber , até queal guma i déi a ger al do pr ocesso, como um t odo, se t orne mai scl ar a.

Devemos l embr ar , em r el ação a t oda af i r mação de verdade, quecada uma pr ovém de um pont o de vi st a det ermi nado. Enquant onão t i ver mos desenvol vi do nossos processos ment ai s, e at é

ser mos capazes de pensar t ant o em t ermos abst r at os quant o emt er mos concr et os, não nos ser á possí vel r esponder t otal ment eà per gunt a, Que é a ver dade?, nem expr essar qual quer aspect odessa ver dade de manei r a t ot al ment e i mparci al . Al gumaspessoas possuem hor i zont es mai s ampl os que out r as e al gumaspodem ver a uni dade subj acent e aos di f er ent es aspect os.Out r as est ão pr opensas a pensar que sua perspect i va ei nt er pr et ação são as úni cas. Esper o, nest as pal est r as,

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ampl i ar de al guma f orma nosso pont o de vi st a. Esper o quecheguemos à compr eensão de que o homem que só se i nt er essapel o aspect o ci ent í f i co e que se l i mi t a ao est udo dessasmani f est ações pur ament e mater i ai s, est ej a t ão ocupado com oest udo do di vi no quant o seu i r mão f r ancament e rel i gi oso quesó se pr eocupa com o l ado espi r i t ual ; e que o f i l ósof oest ej a, aci ma de t udo, ocupado em enf at i zar par a nós o

aspect o i mpor t ant e da i nt el i gênci a que une os l ados mat er i ale espi r i t ual , e em combi ná- l os em um t odo coer ent e. Tal vez,pel a uni ão dest as t r ês l i nhas, da ci ênci a, r el i gi ão ef i l osof i a, possamos chegar a um conheci ment o at i vo da ver dadecomo el a é, l embr ando ao mesmo t empo que "a ver dade est ádent r o de nós" . Ni nguém consegue a t ot al expr essão da verdadee o úni co pr opósi t o do pensament o é habi l i t ar - nos a const r ui rcr i at i vament e para nós mesmos, e t r abal har na mat ér i a ment al .

Eu gost ar i a de, est a noi t e, esboçar meu pl ano, apr esent ar asbases de nossas próxi mas pal est r as e menci onar as l i nhasger ai s da evol ução. A l i nha mai s apar ent e é, com cer t eza,aquel a que l i da com a evol ução da subst ânci a, com o est udo doát omo e a nat ureza da mat ér i a at ômi ca. Menci onar emos i st o napr óxi ma semana. A ci ênci a t em mui t o a nos di zer sobr e aevol ução do át omo e percor r eu um l ongo cami nho nos úl t i mosci nquent a anos, do pont o de vi st a do sécul o passado. Naquel et empo, o át omo er a consi der ado como uma uni dade i ndi vi sí velda subst ânci a; agor a é vi st o como um cent r o de ener gi a, ouf or ça el ét r i ca.

Da evol ução da subst ânci a somos natural ment e l evados àevol ução das f ormas, ou de amont oados de át omos, e aí abr i r -

se- á para nós a i nt er essant e consi der ação de f ormas out r asque não as pur ament e mater i ai s — f ormas exi st ent es emsubst ânci a mai s sut i l , t ai s como as f ormas de pensament o, asf ormas raci ai s e as f ormas das or gani zações. Nest e est udodual , um dos aspect os da di vi ndade ser á enf at i zado, querescol hamos o t er mo "di vi ndade", quer uma das mani f est ações danatur eza, se pr ef er i r em uma expr essão menos sect ár i a.

Ser emos, ent ão, l evados à consi deração da evol ução dai nt el i gênci a ou do f ator da ment e que est ej a t r abal hando comopr opósi t o ordenado em t udo o que vemos à nossa vol t a. I st onos r evel ar á um mundo que não segue seu cami nho cegament e,mas que t em, por t r ás, al gum pl ano, al gum esquema coor denado,al gum concei t o or gani zado que se ext er i or i za por i nt er médi oda f orma mat er i al . Uma r azão por que as coi sas nos par ecemt ão di f í cei s de ser em compr eendi das se r el aci ona ao f at o deque est amos em mei o a um per í odo de t r ansi ção e o pl ano éai nda i mper f ei t o; est amos mui t o per t o do maqui ni smo, sendonós mesmos uma par t e i nt egr al do t odo. Vemos uma pequenapar t e del e aqui , out r a pequena par t e l á, por ém não

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consegui mos al cançar t oda a gr andeza da i déi a. Podemos t eruma vi são, um moment o el evado de revel ação, mas quandoent r amos em cont at o com a r eal i dade em t odos os l ados, nósquest i onamos a possi bi l i dade da mat er i al i zação i deal , por quea r el ação i nt el i gent e ent r e a f or ma e aqui l o que el a ut i l i zapar ece- nos l onge de um aj ust e.

O r econheci ment o do f at or da i nt el i gênci a l evar - nos- á,i nevi t avel ment e, à cont empl ação da evol ução da consci ênci a emsuas múl t i pl as f or mas, var i ando t odo o t empo ent r e os t i posde consci ênci a que consi der amos sub- humanos, passando pel ahumana, at é l ogi cament e a consi der ada ( ai nda que não possaser demonst r ada) como consci ênci a sobr e- humana.

A pr óxi ma pergunt a com que nos def r ont aremos ser á, que exi st epor t r ás de t odos esses f at or es? Exi st i r á, por t r ás da f or maobj et i va e de sua i nt el i gênci a ani mada, uma evol ução quecor r esponda à f acul dade do "Eu" , ao Ego no homem? Haverá, nanat ur eza e em t udo que vemos à nossa vol t a, a el aboração do

pr opósi t o de um ser i ndi vi dual i zado, aut o- consci ent e?

Se há t al Ser , e se t al exi st ênci a f undament al exi st e,dever í amos poder ver al go de Suas at i vi dades i nt el i gent es,al ém de obser var a concr et i zação de Seus pl anos. Mesmo quenão possamos pr ovar que Deus exi st e, pode- se di zer que, pel omenos, a hi pót ese de sua exi st ênci a é r azoável , uma sugest ãor aci onal e uma sol ução possí vel par a t odos os mi st ér i os quenos r odei am. Mas para f azer i st o é pr eci so demonst r ar queexi st e um pr opósi t o i nt el i gent e t r abal hando at r avés de t odosos t i pos de f orma, at r avés das r aças e nações e at r avés de

t udo que vemos se mani f est ar na ci vi l i zação moderna; aset apas que aquel e obj et i vo tomou e o cr esci ment o gr adual dopl ano t er ão que ser demonst r ados e t al vez possamos, a par t i rdest a evi dênci a, ver à nossa f r ent e os est ági os post er i or es.

Consi der emos, por um mi nut o, o que quer emos di zer com aspal avr as " pr ocesso evol ut i vo" . El as est ão sendoconst ant ement e usadas e o homem comum sabe bem que a pal avr a"evol ução" suger e um desenvol vi ment o de dent r o para f ora e odesabr ochar de um cent r o i nt er i or ; pr eci samos, por ém, def i ni ra i déi a mai s cl arament e, para chegarmos a um concei t o mel hor .Uma das mel hores def i ni ções que encont r ei é a que consi dera a

evol ução como ' o desabr ochar de uma f or ça que aumentacont i nuament e seu poder de r espost a". Temos aqui umadef i ni ção mui t o escl ar ecedor a, se consi der ar mos o aspect omat ér i a da mani f est ação. El a envol ve a concepção da vi br açãoe de r espost a à vi bração e, embor a no devi do t empo possamosvi r a nos desf azer do t ermo "mat ér i a" e usar uma sugest ãocomo "cent r o de f or ça" , o concei t o ai nda será bom e ar espost a do cent r o ao est í mul o dever á ser vi st a com pr eci são

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ai nda mai or . Ao consi der ar a consci ênci a humana, est a mesmadef i ni ção é de r eal val or . El a envol ve a i déi a de umaconsci ent i zação gr adual ment e mai s ampl a da respost a crescent eda vi da subj et i va ao seu mei o- ambi ent e e nos l eva,f i nal ment e, para a f r ent e e para ci ma, até o i deal de umaExi st ênci a uni f i cada que ser á a sí nt ese de t odas as l i nhas deevol ução, e a uma concepção de uma Vi da cent r al , ou f or ça, a

qual f unde e une todas as uni dades evol ut i vas, sej am el asuni dades de mat ér i a, t ai s como o át omo do quí mi co e dof í si co, ou uni dades de consci ênci a, t ai s como os sereshumanos. I st o é a evol ução, o pr ocesso que f az a vi dadesabr ochar em t odas as uni dades, o est í mul o cr escent e quef i nal ment e f unde t odas as uni dades e gr upos, at é que t enhamosaquel a soma t ot al de mani f est ação que pode ser chamada deNat ureza, ou Deus, e que é o agregado de t odos os est ados deconsci ênci a. Est e ê o Deus a Quem o Cr i st ão se ref er e quandodi z " Nel e vi vemos e nos movemos e t emos nosso ser " ; est a é af orça ou ener gi a que o ci ent i st a reconhece; e est a é a ment e

uni ver sal ou a Super al ma do f i l ósof o. Est a, novament e, é aVont ade i nt el i gent e que cont r ol a, f or mul a, l i ga, const r ói ,desenvol ve e l eva t udo a uma máxi ma per f ei ção. Est a é aquel aPer f ei ção i ner ent e à pr ópr i a mat ér i a, e a t endênci a l at ent eno átomo, no homem e em t udo que exi st e. Est a i nt erpr et açãodo processo evol ut i vo não o consi der a como o r esul t ado de umaDi vi ndade ext er i or der r amando Sua energi a e sabedor i a sobr eum mundo em expect at i va, mas si m como al go l atent e dent r o doprópr i o mundo, que j az ocul t o no coração do át omo da quí mi ca,no coração do pr ópr i o homem, no i nt er i or do pl anet a, e dent r odo si st ema sol ar . É aquel e al go que i mpel e t udo em di r eção aoobj et i vo; é a f or ça que est á gr adual ment e ext r ai ndo or dem docaos; a máxi ma per f ei ção, da i mper f ei ção t emporár i a; o bem,do mal aparent e; e da t r eva e da desgr aça, aqui l o que nósal gum di a r econhecer emos como bel o, cor r et o e ver dadei r o. Ét udo que vi sual i zamos e concebemos em nossos mel hor es e mai sel evados moment os.

A evol ução t em si do t ambém def i ni da como "desenvol vi ment ocí cl i co" e est a def i ni ção me l eva a um pensament o, o qualansei o que t odos compreendamos compl et ament e. A nat ureza ser epet e cont i nuadament e, at é que cer t os obj et i vos def i ni dost enham si do al cançados, cer t os r esul t ados concr et os obt i dos e

cer t as r espost as t r ansf or madas em vi br ações. É pel or econheci ment o dest a r eal i zação que o obj et i vo i nt el i gent e daExi st ênci a vi va pode ser demonst r ada. O mét odo pel o qual i st ose consegue é o da escol ha i nt el i gent e, ou da di scr i mi nação.Má, nos t extos escol ar es, mui t as pal avras usadas par a i ndi cara mesma i déi a ger al , t ai s como "sel eção natur al " ou "at r açãoe r epul são" . Eu gost ar i a de evi t ar t er mos t écni cos, sempr eque possí vel , porque el es são usados por uma l i nha de

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pensament o para si gni f i car uma coi sa e por out r a para al godi f erent e. Se pudermos achar uma pal avr a semel hant e em seuobj et i vo e, cont udo, desl i gada de qual quer l i nha depensament o, poder emos encont r ar uma nova l uz l ançada sobrenosso pr obl ema. A at r ação e r epul são no si st ema sol ar nadamai s é do que a f acul dade di scr i mi nat i va do át omo ou do homemdemonst r ada nos pl anetas e no sol . El a ser á encont r ada em

t odas as espéci es de átomos; podemos chamá- l a de adapt ação,se assi m o desej armos, ou o poder da uni dade crescer e seadapt ar ao seu mei o- ambi ent e pel a r ej ei ção de cer t os f atorese acei t ação de out r os. No homem, el a se demonst r a como ol i vr e- ar bí t r i o ou o poder de escol ha e, no homem espi r i t ual ,pode ser consi der ada como a t endênci a ao sacr i f í ci o, porqueum homem nest e caso escol he uma par t i cul ar l i nha de ação parabenef i ci ar o gr upo ao qual el e per t ence e r ej ei t a o que épur ament e egoí st a.

Poder í amos f i nal ment e def i ni r evol ução como mudança or denadae mut ação const ant e. El a se demonst r a na at i vi dade i ncessant eda uni dade do átomo, na I nt er ação ent r e gr upos e na i nf i ni t aat uação de uma f orça: ou t i po de ener gi a, sobr e out r a.

 J á vi mos que a evol ução, sej a el a da mat ér i a, dai nt el i gênci a, da consci ênci a ou do espí r i t o, consi st e em umpoder , sempr e crescent e, de responder à vi br ação, que el aacent ua pel a mudança const ant e, pel a pr át i ca de uma pol í t i casel et i va, ou pel o uso da f acul dade di scr i mi nat i va, e pel omét odo do desenvol vi ment o cí cl i co, ou repet i ção. Os est ági osque car act er i zam o pr ocesso evol ut i vo podem ser , de modoger al , di vi di dos em t r ês, cor r espondent es aos est ági os da

vi da do ser humano: i nf ânci a, adol escênci a e matur i dade. Ondeo homem est i ver envol vi do, est as et apas podem seri dent i f i cadas na uni dade humana ou na r aça, e à medi da que asci vi l i zações passam e aument am, dever i a cer t ament e serpossí vel i dent i f i car a mesma i déi a t r i l at er al na f amí l i ahumana como um t odo e, assi m, af i r mar o obj et i vo di vi no, pel oest udo de Sua i magem, ou r ef l exo, o HOMEM. Poder í amosexpr essar est es t r ês est ági os em t er mos mai s ci ent í f i cos el i gá- l os às t r ês escol as de pensament o r ef er i dasant er i orment e, est udando- as como:

a) O est ági o da ener gi a at ômi ca;

b) O est ági o da coesão gr upal ;

c) O est ági o da exi st ênci a uni f i cada e si nt ét i ca. Vej amos seme posso f azer ent ender : O est ági o da energi a at ômi ca é o quedi z r espei t o ao l ado mat er i al da vi da e cor r esponde aoper í odo da i nf ânci a do homem ou da r aça. É a época dor eal i smo, da at i vi dade i nt ensa, do desenvol vi ment o pel a ação

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aci ma de t udo, ou do i nt er esse por si pr ópr i o e egocent r i smopur os. El e pr oduz o pont o de vi st a mat er i al i st a e l evai nevi t avel ment e ao egoí smo. El e envol ve o r econheci ment o doát omo como i ntei r ament e aut o- suf i ci ent e e, do mesmo modo, decada uni dade humana como t endo uma vi da separ ada, à par t e det odas as demai s uni dades, sem nenhuma rel ação recí pr oca. Talet apa pode ser vi st a nas r aças pouco desenvol vi das do mundo,

nas cr i anci nhas e nos que são pouco desenvol vi dos.El es são normal ment e cent r ados em si mesmos; suas energi asdi zem r espei t o à sua pr ópr i a vi da; est ão ocupados com o que éobj et i vo e t angí vel ; car act er i zam- se por um egoí smonecessár i o e pr otet or . é uma et apa mui t o necessár i a aodesenvol vi ment o e à perpet uação da r aça.

Dest e per í odo at ômi co egoí st a cresce out r o est ági o, o dacoesão gr upal . Est e envol ve a const r ução de f ormas e espéci esat é que se tenha al go coeso e i ndi vi dual i zado como um t odo,compost o, t odavi a, de mui t as f or mas e i ndi vi dual i dades

menores. Em r el ação ao ser humano, est a et apa cor r esponde aoseu desper t ar para a consci ent i zação da responsabi l i dade epar a o r econheci ment o de seu l ugar no gr upo. E exi gehabi l i dade da par t e do homem par a reconhecer uma vi da mai ordo que a sua pr ópr i a, quer sej a est a vi da chamada Deus, ousi mpl esment e consi der ada a vi da do grupo ao qual o homem,como uma uni dade, per t ence; aquel a gr ande I dent i dade da qualsomos par t e. Est a l i nha de pensament o cor r esponde à quechamamos de sobr enat ur al e deve ser segui da, em seu devi dot empo, por um concei t o mai s ampl o e ver dadei r o. Como j ávi mos, a pr i mei r a et apa, ou at ômi ca, desenvol ve- se pel o

egoí smo, ou vi da cent r ada no pr ópr i o átomo ( sej a o át omo dasubst ânci a ou o át omo humano) ; o segundo est ági o encami nha- separ a a per f ei ção, pel o sacr i f í ci o da uni dade pel o bem demui t os, e do átomo pel o gr upo no qual el e t em seu l ugar . Est aet apa é al go da qual sabemos mui t o pouco e é a que nósf r equentement e vi sual i samos e esper amos.

O t er cei r o est ági o est á si t uado mui t o à f r ent e e poder á serconsi der ado, por mui t os, uma vã qui mera. Mas al guns de nóspossuí mos uma vi são, a qual , ai nda que i nat i ngí vel agor a,será l ogi cament e possí vel se nossas premi ssas est i ver emcer t as e nossa base col ocada cor r et ament e. É o est ági o daexi st ênci a uni f i cada. Não soment e haver á as uni dadessepar adas de consci ênci a, não soment e haver á átomosdf i er enci ados na f orma, não soment e o gr upo, const i t uí do poruma mul t i pl i ci dade de i dent i dades, mas t eremos o agr egado det odas as f ormas, de todos os gr upos, de todos os est ági os deconsci ênci a f undi dos, uni f i cados e si nt et i zados num t odoper f ei t o. Est e t odo poder á ser chamado de si st ema sol ar , denatureza ou de Deus. Os nomes não i mpor t am. El e cor r esponde

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ao per í odo adul t o do ser humano; é anál ogo ao per í odo dematur i dade e àquel e est ági o em que o homem deve t er umpr opósi t o e uma ocupação def i ni dos, na vi da, e um pl ano beml í mpi do em vi st a, o qual el e est ar á el abor ando com a aj uda desua i nt el i gênci a. Nest as pal est r as eu gost ar i a de most r ar , sehouver opor t uni dade, que al go do género ocor r e no si st emasol ar , no pl anet a, na f amí l i a humana, e no átomo. Conf i o que

possamos pr ovar que exi st e uma exi st ênci a subj acent e a tudo;e que da separação vi r á a uni ão, pr oduzi da at r avés da uni ão eda f usão em f ormação gr upal e que, f i nal ment e, dos mui t osgr upos emer gi r á o t odo per f ei t o e pl enament e consci ent e,compost o de mi r í ades de ent i dades separ adas, ani madas por umpropósi t o uno e uma vont ade una. Se é assi m, qual ser á opróxi mo degr au par a aquel es que chegam a est a compreensão?Como poder emos dar apl i cação pr át i ca a est e i deal em nossasvi das, e det er mi nar nossa t aref a i medi at a, de modo quepossamos par t i ci par do pl ano e l evá- l o adi ant econsci ent ement e?

No pr ocesso cósmi co t emos nossa mi núscul a par t i ci pação e cadadi a de at i vi dade dever i a ver - nos execut ando nossa t ar ef a comcompr eensão i nt el i gent e.

Nosso pr i mei r o obj et i vo dever i a ser a aut o- consci ent i zaçãopel a pr át i ca da di scr i mi nação; dever í amos apr ender a pensarcl arament e por nós mesmos, a f ormul ar nossos pr ópr i ospensament os e a mani pul ar nossos pr ópr i os pr ocessos ment ai s;dever í amos apr ender a conhecer o que pensamos e por quepensamos, a descobr i r o sent i do da consci ênci a gr upal at r avésdo est udo da l ei do sacr i f í ci o. Não soment e dever í amos

descobr i r - nos pel o egoí smo que marca o pr i mei r o est ági o dai nf ânci a ( e cer t ament e el e deve est ar por t r ás de nós) , nãosoment e dever í amos apr ender a di st i ngui r ent r e o r eal e oi r r eal , pel a pr át i ca da di scr i mi nação, mas t ambém dever í amosempenhar - nos a pr ossegui r , dal i , par a al go mui t o mel hor .Nosso i medi ato obj et i vo dever i a ser encont r ar o gr upo a queper t encemos. Não per t encemos a t odos os gr upos, nem podemosconsci ent ement e compreender nosso l ugar no grande Cor po,por ém podemos encont r ar al gum gr upo onde t enhamos nossol ugar , al gumas pessoas com as quai s possamos cooper ar et r abal har , al gum i r mão ou i r mãos a quem possamos aj udar e

socor r er . I st o r eal ment e envol ve o cont at o consci ent e doi deal de f r at er ni dade — e at é que t enhamos evol uí do at é aet apa onde nosso concei t o sej a uni ver sal — si gni f i caencont r ar o gr upo especi al de i r mãos que podemos amar eaj udar pel a l ei do sacr i f í ci o e pel a t r ansf or mação do egoí smoem ser vi ço amor oso. Assi m poder emos cooper ar no obj et i voger al e par t i ci par da mi ssão do gr upo.

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A EVOLUÇÃO DA SUBSTÂNCI A

É óbvi o que em pal est r as como est as ser i a i mpossí vel t r at ar ,adequadament e, dest e assunt o assombr oso, mesmo que euest i vesse aparel hada par a di sser t ar sobr e assunt o t ãof undament al ment e ci ent í f i co. Al ém di sso, se as concl usões daci ênci a sobr e a evol ução da mat ér i a est i vessem def i ni das, ot ópi co a ser abordado mesmo assi m ser i a vast o demai s, porémel as não est ão, e daí se or i gi nam as demai s compl exi dades doassunt o. Por t ant o, quer o pr ef aci ar meus coment ár i os dest anoi t e di zendo que meu obj et i vo é di r i gi r - me especi al ment eàquel es que não possuem nenhum t r ei nament o ci ent í f i co e dar -l hes uma concei t uação ger al das i dei as usual ment e acei t as;vou pr ocur ar , ent ão, of er ecer al gumas sugest ões út ei s par aadapt ar nossas ment es a est e gr ande probl ema da mat ér i a.Normal ment e, ao se di scut i r o aspect o subst ânci a, damani f est ação, el e tem si do consi der ado como al go à par t e e só

ul t i mament e f oi que o que poder í amos chamar de "psi col ogi a damat ér i a" começou a apar ecer di ant e da ment e do públ i coat r avés das i nvest i gações e concl usões dos ci ent i st as dement e mai s ar ej ada.

Vocês se recor dar ão de que na semana ant er i or pr ocur eidemonst r ar , de manei r a ampl a e geral , que havi a t r ês modos deabordagem para o est udo do uni ver so mater i al . Há a l i nha quesó l eva em consi der ação o aspect o mat er i al i st a, que soment ese ocupa do que é vi st o, t angí vel e pode ser pr ovado. Umasegunda l i nha é a do sobr enat ur al i smo, que reconhece não

t ant o o l ado mat er i al das coi sas como o que é consi deradodi vi no; el a t r at a do l ado da vi da e do aspect o espi r i t ual ,consi derando a Vi da como uma f orça est r anha ao si st ema sol are ao homem e consi der ando est a f or ça como um grande Agentecr i at i vo, o qual cr i a e gui a o uni ver so obj et i vo e t odavi asi t ua- se f or a del e. Est as duas l i nhas de pensament o sãoapoi adas pel o ci ent i st a f r ancament e mat er i al i st a, pel ocr i st ão or t odoxo e pel o deí st a de qual quer denomi nação.

I ndi quei a segui r uma t er cei r a l i nha de abor dagem dopr obl ema, do concei t o chamado i deal í st i co. El a r econhece af orma mat er i al , mas vê também a vi da dent r o del a e post ul a

uma Consci ênci a ou I nt el i gênci a que evol ui por i nt er médi o daf orma ext er i or . Vocês per ceber ão que est a é a l i nha a quedar ei mai s ênf ase nest as pal est r as. Al ém do mai s, nenhumorador pode di ssoci ar - se i nt ei r ament e do seu pr ópr i o pont o devi st a e nest as pal est r as det ermi nei a mi m mesma a t aref a det r abal har segundo est a t er cei r a l i nha por que, para mi m, el asi nt et i za as out r as duas e acr escent a cer t os concei t os quepr oduzem um t odo coer ent e ao se f undi r com as demai s. Cabe a

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vocês deci di r se est e t er cei r o pont o de vi st a é l ógi co,r azoável e cl ar o.

O f at o mai s comum da vi da, para nós, é o mundo mat er i al —aquel e mundo que podemos ver e cont at ar por mei o dos ci ncosent i dos, chamado pel os pensadores met af í si cos de "não- ser "ou aquel e que é obj et i vo para cada um de nós. Como t odos

sabemos, o t r abal ho do quí mi co é r eduzi r t odas as subst ânci asconheci das a seus el ement os mai s s i mpl es, e há não mui t ot empo pensava- se que i st o t i nha si do sat i sf at or i ament eal cançado. As concl usões dos quí mi cos si t uaram o númer o dosel ement os conheci dos ent r e set ent a e oi t ent a. Cer ca de vi nt eanos at r ás, t odavi a, ( em 1898) descobr i u- se um novo el ement oao qual se deu o nome de Rádi o, e est a descober t ar evol uci onou t ot al ment e o pensament o mundi al sobr e a mat ér i ae a subst ânci a. Se f or em aos l i vr os do sécul o passado oupesqui sar em em di ci onár i os ant i gos pr ocur ando a def i ni ção doát omo, por exempl o, encont r arão Newt on sendo ci t ado. El edef i ni u o át omo como "uma par t í cul a dur a, i ndi vi sí vel edef i ni t i va", al go i ncapaz de di vi são post er i or . Est e er a t i docomo o át omo úl t i mo no uni ver so e o ci ent i st a da er aVi t or i ana o chamava de "a pedr a f undament al do uni ver so" ;el es achavam que havi am i do at é onde er a possí vel i r e quehavi am descober t o o que havi a por t r ás de t oda mani f est ação eda pr ópr i a obj et i vi dade. Quando, por ém, o rádi o e as out r assubstânci as r adi oat i vas f or am descober t as, um aspect oi nt ei r ament e novo da si t uação t eve que ser encar ado. Tor nou-se cl aro que o que er a consi der ado a úl t i ma par t í cul a não oer a, de modo al gum. Agor a a def i ni ção do át omo que t emos é:( est ou ci t ando o St andar d Di ct i onar y) :

"Um átomo é um cent r o de f orça, uma f ase dos f enómenosel ét r i cos, um cent r o de ener gi a at i vo por mei o de sua pr ópr i acomposi ção i nt erna e despr endendo energi a ou cal or our adi ação" .

Por t ant o, um át omo é ( como Lor d Kel vi n em 1867 pensou queser i a em úl t i ma anál i se) um "anel de vór t i ce", ou cent r o def or ça, e não uma par t í cul a do que compr eendemos comosubst ânci a t angí vel . Est a par t í cul a f i nal de mat ér i a, est ápr ovado agora, se compõe de um núcl eo posi t i vo de ener gi a,cer cado — t al como o sol pel os pl anet as — por mui t os el ét r onsou cor púscul os negat i vos, desse modo subdi vi di ndo o át omo daci ênci a pr i mi t i va em numer osos corpos menores. Os el ement osdi f er em de acor do com o númer o e ordenação dest es el ét r onsnegat i vos em vol t a de seu núcl eo posi t i vo e el es gi r am oumovem- se em t or no dest a car ga cent r al de el et r i ci dade, domesmo modo que nosso si st ema pl anet ár i o gi r a ao redor do sol .O pr of essor Soddy, em um dos seus úl t i mos l i vros, most r ou quese pode ver um si st ema sol ar i nt ei r o no át omo — o sol cent r al

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pode ser r econheci do, com os pl anet as segui ndo suas ór bi t asem vol t a del e.

Dever i a ser cl aro para cada um de nós que quando se anal i saest a def i ni ção do át omo, um concei t o i nt ei r ament e novo desubst ânci a se descor t i na di ant e de nós. As asserçõesdogmát i cas est ão, por t ant o, desorgani zadas, por que f i cou

consci ent i zado que t al vez a pr óxi ma descober t a possa revel ar -nos o f ato de que os pr ópr i os el ét r ons podem ser mundosdent r o de mundos.

Uma especul ação i nt eressant e segundo est a l i nha pode serencont r ada em um l i vr o de um de nossos pensador esci ent í f i cos, no qual el e suger e que poder í amos di vi di r esubdi vi di r o el ét r on no que el e chama de "psi cons" , e assi msermos l evados par a rei nos que não são atual ment econsi der ados f í si cos. I st o pode ser só um sonho, por ém o queest ou pr ocur ando gr avar na mi nha mente e na de vocês é quemal sabemos onde est amos em r el ação ao pensament o ci ent í f i co,

não mai s do que sabemos onde est amos nos mundos r el i gi oso eeconómi co. Tudo est á passando por um per í odo de t r ansi ção; avel ha or dem est á mudando; a manei r a ant i ga de ol har as coi sasest á- se most r ando f al sa e i nadequada; as expr essões ant i gasde pensament o parecem f út ei s. Tudo que o homem cul t o podef azer agor a é guar dar sua opi ni ão, assegur ar par a si o quel he par ece ver dadei r o, e empenhar - se ent ão par a si nt et i zaraquel e par t i cul ar aspect o da ver dade uni ver sal com aquel easpect o j á acei t o por seu i r mão.

Pode- se af i r mar , assi m, que o át omo se decompõe em el ét r ons e

pode expr essar - se em t ermos de f or ça ou energi a. Quando t emosum cent r o de ener gi a ou at i vi dade, envol vemo- nos num concei t odupl o; t emos aqui l o que é a causa do movi ment o ou ener gi a eaqui l o que ent r a em at i vi dade ou at ua. I st o nos l evadi r etament e ao campo da psi col ogi a, porque a energi a ou f or çasempr e é consi der ada como uma qual i dade, e onde t emos umaqual i dade, est amos r eal ment e consi der ando o campo def enómenos psí qui cos.

Há cer t os t ermos em uso para denomi nar a subst ânci a, que seevi denci am cont i nuament e e sobr e os quai s há uma ampl adi ver si dade de def i ni ção. Ao exami nar um l i vr o ci ent í f i co,

r ecent ement e, f oi desencor aj ador encont r ar o aut or t ent andomost r ar que o át omo do quí mi co, do f í si co, do mat emát i co e domet af í si co er am quat r o coi sas t ot al ment e di ver sas. Est a éout r a razão porque não se pode ser dogmát i co ao l i dar comest es assunt os. Todavi a, cer t o ou er r ado, t enho uma hi pótesemui t o def i ni da para apr esent ar - l hes. Quando f al amos sobr e or ádi o est amos, pr ovavel ment e, nos avent ur ando no rei no dasubst ânci a et ér i ca, a r egi ão do ét er ou do pr ot i l .

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Pr ot i l é uma pal avr a cri ada por Si r Wi l l i am Cr ookes edef i ni da por el e como se segue:

"Pr ot i l é uma pal avra anál oga ao Pr ot opl asma, par a expr i mi r ai dei a da mat ér i a pr i mi t i va or i gi nal , ant es da evol ução dosel ement os quí mi cos. A pal avr a que me at r evi a usar para est ef i m compõe- se de uma pal avr a gr ega "ant er i or a" e "a matér i a

da qual as coi sas são f ei t as. "Est amos, por t ant o, f azendo o concei t o da matér i a r ecuar atéonde a Escol a Or i ent al sempr e a col ocou, até a subst ânci apr i mor di al , à qual o or i ent al i st a chama de "ét er pr i mor di al ",embor a devamos sempre l embrar que o ét er da ci ênci a est á hámui t os e mui t os passos do ét er pr i mor di al do ocul t i st aor i ent al . Somos l evados de vol t a àquel e al go i nt angí vel que éa base da coi sa obj et i va que podemos ver , t ocar e mani pul ar .A pr ópr i a pal avr a "subst ânci a" si gni f i ca "aqui l o queper manece sob" ou que j az por t r ás das coi sas Por t ant o, t udoque podemos af i r mar em r el ação ao ét er do espaço é que é o

mei o onde a ener gi a ou f or ça f unci ona, ou se f az sent i r .Quando est i ver mos, nest as pal est r as, f al ando de ener gi a ef orça, e de mat ér i a e subst ânci a, podemos separá- l as emnossas ment es assi m: Quando f al amos sobr e energi a esubst ânci a, est amos consi der ando o que ai nda é i nt angí vel , eusamos f orça em r el ação à mat ér i a, quando l i damos com aquel easpect o do obj et i vo que nossos ci ent i st as est ãodef i ni t i vament e est udando. A subst ânci a é o ét er em um deseus mui t os gr aus e o que j az por t r ás da pr ópr i a mat ér i a.

Quando f al amos de energi a, deve ser aquel a que dá energi a, a

que é a or i gem daquel a f or ça que se demonst r a na mat ér i a. Éaqui que pr ocur o pôr a ênf ase. De onde vem est a ener gi a, e oque é el a?

Os ci ent i st as est ão r econhecendo, cada vez mai s cl arament e,que o át omo possui qual i dades, e ser i a i nt er essant e set omássemos dos di f er ent es l i vr os ci ent í f i cos que l i dam com oassunt o da mat ér i a at ômi ca e anot ássemos quai s dos i números evar i ados t er mos poder i am ser t ambém apl i cados a um serhumano. J á t ent ei i st o em pequena escal a e achei mui t oel uci dat i vo.

Antes de t udo, como sabemos, di z- se que o át omo possuienergi a e o poder de mudar de um modo de at i vi dade par aout r o. Um escri t or obser vou que "a i nt el i gênci a absol ut avi br a at r avés de cada át omo do mundo". A pr opósi t o, queromost r ar - l hes o que Edi son decl ar ou a um r epór t er no Har per ' sMagazi ne de Feverei r o de 1890, o que f oi ampl i ado noSci ent i f i c Amer i can de Out ubr o de 1920. No exempl o ant er i orel e é ci t ado como se segue:

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"Não acredi t o que a matér i a sej a i ner t e, at i vada por umaf or ça ext erna. Par ece- me que cada át omo possui uma cer t aquant i dade de i nt el i gênci a pr i mi t i va". "Obser vem os mi l har esde modos pel os quai s os át omos de hi drogéni o se combi nam comos dos out r os el ement os, f ormando as mai s var i adassubstânci as. Pr et endem di zer que el es f azem i sto semi nt el i gênci a? Os átomos em r el ação harmoni osa e út i l assumem

f or mas e cor es bel as i nt er essant es ou exal am um per f umeagr adável , como se expr i mi ssem sua sat i sf ação. . . . uni dos emcer t as f or mas, os átomos const i t uem ani mai s de or demi nf er i or . Fi nal ment e el es se combi nam no homem, quer epr esent a a i nt el i gênci a tot al de todos os át omos" .

"Mas de onde se or i gi na est a i nt el i gênci a?" per gunt ou orepórter.

"De al guma f or ça mai or do que nós" , Edi son r espondeu.

"Ent ão o senhor acr edi t a num Cr i ador i nt el i gent e, num Deus

pessoal ?"Cer t ament e. A exi st ênci a de t al Deus, em mi nha opi ni ão, podeser pr ovada pel a quí mi ca".

Na l onga ent r evi st a ci t ada no Sci ent i f i c Amer i can, Edi sonpr opôs um númer o de suposi ções mui t o i nt eressant es das quai ssel eci onei as segui nt es:

1. A vi da, como a mat ér i a, é i ndest r ut í vel .

2. Nossos cor pos são compost os de mi r í ades de ent i dades

i nf i ni t esi mai s, cada uma sendo uma uni dade de vi da; do mesmomodo que o át omo compõe- se de mi r í ades de el ét r ons.

3. O ser humano at ua mai s como um conj unt o do que umauni dade; corpo e ment e expr i mem o vot o ou voz das ent i dadesde vi da.

4. As ent i dades de vi da const r óem de acor do com um pl ano. Seuma par t e da vi da do or gani smo f or mut i l ada, el as ser econst r oem exat ament e como ant es. . .

5. A ci ênci a admi t e a di f i cul dade de t r açar a l i nha ent r e oi nani mado e o ani mado: t al vez as ent i dades de vi da est endamsuas at i vi dades aos cr i st ai s e às subst ânci as quí mi cas. . .

6. As ent i dades vi t ai s vi vem para sempr e de modo que, atéest e pont o, pel o menos, a vi da et erna pel a qual ansi amos éuma r eal i dade.

Em um di scur so pr of er i do por Si r Cl i f f or d Al l but , Pr esi dent eda Associ ação Médi ca Br i t âni ca, t al como r el at ado no Li t er ar y

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Di gest de 26 de f ever ei r o de 1921, el e f ai a da habi l i dade domi cr óbi o em sel eci onar e r ej ei t ar , e no desenr ol ar de suasobservações el e di z:

"Quando o mi cr óbi o se encont r a no cor po do seu hospedei r o el epode est ar compl et ament e em desacor do ou em compl et o acordocom al gumas ou t odas as cél ul as das quai s se apr oxi ma; em

qual quer dos casos nada mór bi do pr esumi vel ment e acont ece. . .os acont eci ment os mór bi dos encont r ar - se- i am ent r e est emi cr óbi o e as cél ul as cor por ai s dent r o de seu al cance, masnão af i nadas com el e. At ual ment e par ece haver r azão par asupor que um mi cr óbi o, ao apr oxi mar - se de uma cél ul a corporalf or a de seu al cance, possa t ent ar vár i as manei r as deconsegui r se pr ender . Se consegui r , o mi cr óbi o, a pr i ncí pi oi nócuo, t or nar - se- i a noci vo. Assi m, por out r o l ado, ascél ul as cor por ai s podem di sci pl i nar - se par a vi br ar emhar moni a com um mi cr óbi o ant es di ssonant e; ou poder á haveradapt ação e i nt ercâmbi omút uos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

"Se, por ém, as coi sas são ass i m, est amos di ant e de umaf acul dade maravi l hosa e de al t o al cance, a f acul dade desel eção, e est a el evando- se desde a base absol ut a da bi ol ogi aat é o ápi ce — f acul dade f or mat i va — "aut o- det er mi nação" ou,se pr ef er i r em, "ment e" .

Em 1895, Si r Wi l l i am Cr ookes, um dos nossos mai or esci ent i st as, pr of er i u uma i nt er essant e pal est r a par a um gr upode quí mi cos na Gr ã- Br etanha, onde f al ou sobr e a habi l i dade doátomo par a escol her seu pr ópr i o cami nho, r ej ei t ar e

sel eci onar , e most r ou que a sel eção natur al pode serencont r ada em t odas as f ormas de vi da, do ent ão átomo f i nal ,para ci ma, passando por t odas as f ormas da exi st ênci a.

Em out r o ar t i go ci ent í f i co, o át omo é post er i or ment econsi der ado como possui ndo t ambém sensações:

"A r ecent e cont r ovérsi a quant o à nat ur eza dos át omos, quedevemos consi derar de al guma manei r a como os f at ores f i nai s,em t odos os pr ocessos f í si cos ou quí mi cos, par ece encont r ar amai s f áci l sol ução pel a concepção de que essas mi núscul asmassas possuem — como cent r os de f or ça — uma al ma

per si st ent e, e que cada át omo t em sensações e poder demovi ment o" .

 Tyndal l most r ou t ambém que at é os pr ópr i os át omos parecem ser" i nst i nt o com desej o de vi da".

Se vocês t omarem est as qual i dades di ver sas do át omo —ener gi a, i nt el i gênci a, habi l i dade de sel eci onar e r ej ei t ar ,de at r ai r e r epel i r , sensação, movi ment o e desej o —, vocês

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t er ão al go mui t o pareci do com a psi col ogi a de um ser humano,soment e dent r o de um r ai o mai s l i mi t ado e de um gr au mai sci r cunscr i t o. Por t ant o, não vol t amos ao que poder i a serchamado de "psi que do át omo?" Descobr i mos que o át omo é umaent i dade vi va, um mundozi nho vi br ant e, e que dent r o de suaesf er a de i nf l uênci a out r as pequenas vi das devem serencont r adas e i st o exat ament e no mesmo sent i do que cada um de

nós é uma ent i dade, ou núcl eo posi t i vo de f or ça, ou vi da,conservando dent r o de nossa esf er a de i nf l uênci a out r as vi dasmenores, i st o é, as cél ul as e nosso cor po. O que se podedi zer de nós, pode- se di zer , na devi da pr oporção, do át omo.

Est endamos nossa i dei a do át omo um pouco mai s e abor demos oque pode ser f undament al ment e a causa e cont er a sol ução dospr obl emas mundi ai s. Est e concei t o do át omo como umademonst r ação posi t i va de energi a, conser vando dent r o doal cance de sua at i vi dade seu opost o pol ar , pode est ender - senão só para cada t i po de át omo, mas t ambém para um serhumano. Podemos consi der ar cada uni dade da f amí l i a humanacomo um át omo humano, por que no homem t emos si mpl esment e umátomo mai or . El e é um cent r o de f or ça posi t i va, conservandodent r o da per i f er i a de sua esf er a de i nf l uênci a as cél ul as deseu cor po: el e most r a di scr i mi nação, i nt el i gênci a e ener gi a.Est a di f er ença exi st e, mas só em gr au. El e possui umaconsci ênci a mai s ampl a e vi bra numa medi da mai or do que opequeno át omo do quí mi co.

Poder í amos est ender a i dei a ai nda mai s e consi der ar umpl anet a como um át omo. Tal vez haj a, dent r o do pl anet a, umavi da que sust ent e a subst ânci a da esf er a e todas as f ormas de

vi da para si como um t odo coeso, e que t enha um âmbi t o dei nf l uênci a especí f i co I st o pode soar como uma especul açãoousada, cont udo, j ul gando por anal ogi a, t al vez possa haverdent r o da esf er a pl anet ár i a uma Ent i dade cuj a consci ênci aest ej a t ão di st ant e da do homem quant o a consci ênci a do homemest á do át omo da quí mi ca.

Est e pensament o pode ai nda ser l evado mai s adi ant e, at éi ncl ui r o át omo do si st ema sol ar . Lá, no cor ação do si st emasol ar , o sol , t emos o cent r o posi t i vo de ener gi a, sust ent andoos pl anet as dent r o de sua esf er a de i nf l uênci a. Se dent r o doát omo t emos i ntel i gênci a; se no ser humano t emosi nt el i gênci a; se dent r o do pl anet a t emos uma I nt el i gênci acont r ol ando t odas as suas f unções, não ser á l ógi co est ender ai dei a e af i r mar uma I nt el i gênci a ai nda mai or por t r ás daquel eát omo mai or , o si st ema sol ar?

I st o nos l eva, f i nal ment e, ao pont o de vi st a que o mundor el i gi oso sempr e sust ent ou, aquel e da exi st ênci a de um Deus,um Ser Di vi no. Onde o cr i st ão or t odoxo di r i a com r ever ênci a,

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Deus, o ci ent i sta com i gual r ef er ênci a di r i a, Ener gi a;cont udo, ambos quer i am di zer o mesmo. Onde o pr of essori deal i st a f al asse do "Deus- i nt er i or " da f or ma humana, out r os,com i gual pr eci são f al ar i am da "f acul dade ener gi sant e" dohomem, a qual o l eva a uma at i vi dade de natur eza f í si ca,emoci onal e ment al . Em t oda par t e encont r am- se cent r os def or ça e a i dei a pode ser est endi da de um cent r o de f or ça t al

como um át omo quí mi co, para di ant e e para ci ma, at r avés dosmai s var i ados degr aus e gr upos de tai s cent r os i nt el i gent es,at é o homem, e daí at é a Vi da que est á se mani f est andoat r avés do si st ema. Assi m se demonst r a um Todo maravi l hoso esi nt ét i co. São Paul o pôde t er t i do al go di sso em ment e,quando f al ou sobr e o Homem Cel est i al . Pel o "cor po de Cr i st o"el e cer t ament e quer di zer t odas aquel as uni dades da f amí l i ahumana que se sust ent am dent r o de Sua esf er a de i nf l uênci a, eque const i t uem Seu corpo como o agr egado das cél ul as f í si casf orma o cor po f í si co do homem. O que é necessár i o nest es di asde subl evação r el i gi osa é que est as ver dades f undament ai s do

Cr i st i ani smo sej am demonst r adas como ver dades ci ent í f i cas.Pr eci samos t or nar a r el i gi ão ci ent í f i ca.

Há um escr i t o sânscr i t o mui t o i nt er essant e, que dat a de hámi l har es de anos, que me avent ur o a ci t ar aqui . El e di z:

"Cada f or ma da t er r a e cada pont o ( át omo) do espaço, empenha-se, em seus esf or ços, par a a aut o- f or mação e em segui r omodel o est abel eci do para el e no Homem Cel est i al . A i nvol uçãoe a evol ução do át omo . . . . . . . . . . t êm um só e o mesmoobj et i vo: o Homem" .

Vocês per cebem que gr ande esper ança, com est e concei t o, seabr e di ant e de nós? Não um át omo de mat ér i a, most r andoi nt el i gênci a l at ent e, di scr i mi nação e poder sel et i vo, mas, nocur so das er as, al cançará aquel a et apa mai s adi ant ada deconsci ênci a que chamamos de humana. Cer t ament e, ent ão, oát omo humano dever á i gual ment e pr ogr edi r at é al go mai sampl ament e consci ent e, e f i nal ment e al cançar a et apa dedesenvol vi ment o daquel as gr andes Ent i dades cuj os corpos sãoát omos pl anetár i os; e para El as, t ambém, o que há? Aconqui st a daquel a et apa de compl eta consci ênci a a quechamamos de Deus, ou Logos Sol ar . Cer t ament e est e ensi nament oé l ógi co e pr át i co. A vel ha i nj unção ocul t a que di zi a aohomem "Conhece- t e a t i mesmo, poi s, é em t i que ser áencont r ado t udo o que há para ser conheci do" é ai nda a r egr apar a o est udant e sábi o. Se cada um de nós nos consi derássemosci ent i f i cament e como cent r os de f orça sust ent ando a matér i ade nossos cor pos dent r o de nosso r ai o de cont r ol e e, dessemodo, t r abal hando nel es e at r avés del es, t er í amos umahi pót ese pel a qual t odo o esquema cósmi co poder i a seri nt er pr et ado. Se, como Ei nst ei n suger e, nosso si st ema sol ar

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não passa de uma esf era, dá- se mai or f or ça à dedução de queel e, por sua vez, pode ser um át omo cósmi co; t er í amos assi mum l ugar dent r o de um esquema ai nda mai or , e t er í amos umcent r o em t or no do qual nosso si st ema gi r a e no qual el e écomo o el ét r on par a o át omo. Nossos ast r ónomos nos di zem quet odo o nosso si st ema pr ovavel ment e gi r a ao redor de um pont ocent r al no céu.

Desse modo, a i dei a bási ca a que t enho pr ocur ado dar ênf asepode ser del i neada em t oda sua ext ensão, at r avés do át omo doquí mi co e do f í si co, at r avés do homem, at r avés da Vi daat i vador a de um pl anet a, at é o Logos, a di vi ndade do nossosi st ema sol ar , a I nt el i gênci a ou Vi da que exi st e por t r ás det oda mani f est ação ou a nat ur eza, e assi m at é al gum esquemaai nda mai or no qual at é nosso Deus t enha que desempenhar Seupapel e encont r ar Seu l ugar . Se f or ver dadei r o, é um quadr omaravi l hoso.

Est a noi t e não posso ocupar - me com os di f er ent es gr aus de

desenvol vi ment o dest a i nt el i gênci a que ani ma t odos os át omos,porém gost ar i a, por al guns moment os, de dedi car - me ao quet al vez sej a o mét odo de sua evol ução, do pont o de vi st ahumano ( que nos di z r espei t o mai s de per t o) , l embrando sempreque o que é ver dadei r o em um át omo deve ser t ambém em mai orou menor propor ção em t udo.

Ao consi derar de manei r a ampl a os át omos do si st ema sol ar ,i ncl usi ve o pr ópr i o si st ema, há duas coi sas que devem serl evadas em consi der ação: a pr i mei r a ó a vi da i nt ensa e aat i vi dade do pr ópr i o át omo e sua ener gi a atómi ca i nt er na; e a

segunda é a sua i nt er ação com out r os át omos — r epel i ndoal guns e at r ai ndo out r os. Tal vez, ent ão, par t i ndo dest esf at os, possamos deduzi r que o mét odo de evol ução par a cadaát omo sej a devi do a duas causas: a vi da i nt er na do pr ópr i oát omo e sua i nt er ação ou r el ação com out r os át omos. Est asduas et apas são apar ent es na evol ução do át omo humano. Apr i mei r a f oi acent uada por Cr i st o quando El e di sse: "O r ei node Deus est á dent r o de vós" , desse modo i ndi cando a t odos osát omos humanos o cami nho par a o cent r o de vi da ou ener gi adent r o del es pr ópr i os e ensi nando- l hes que dest e cent r o, eat r avés del e, el es poder i am expandi r - se e crescer . Cada um denós est á consci ent e de est ar cent r al i zado dent r o de si mesmo;cada um consi der a t udo de seu pr ópr i o pont o de vi st a e osacont eci ment o exter i or es são par t i cul ar ment e i nt er essant es napropor ção que di zem r espei t o a nós mesmos. Nós nos ocupamoscom as coi sas à medi da que el as nos af et am pessoal ment e, et udo que acont ece aos out r os num cer t o est ági o de nossaevol ução só é i mpor t ant e porque t ambém nos di z r espei t o. Est eé o est ági o at ual de mui t as e é a car act er í st i ca da mai or i a;é o per í odo de i nt enso i ndi vi dual i smo no qual o concei t o do

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"Eu" é de supr ema i mpor t ânci a. El e envol ve mui t a at i vi dadei nt er na.

O segundo est ági o de desenvol vi ment o do át omo é at r avés desua i nt er ação com t odos os demai s, e i st o é al go que só agoraest á começando a despont ar na i ntel i gênci a humana, e aassumi r sua mer eci da i mpor t ânci a. Est amos só começando a

compr eender o si gni f i cado rel at i vo da compet i ção e dacooperação, e no l i mi ar da consci ent i zação de que não podemosvi ver nossas vi das egoi st i cament e e separados do gr upo aoqual per t encemos; est amos começando a apr ender que se nossoi r mão est á cont i do sem f azer pr ogr esso e se os out r os át omoshumanos não est ão vi br ando como dever i am, cada át omo no cor podo gr upo é af etado. Nenhum de nós est ará compl eto at é quet odas as out r as uni dades t enham al cançado seu desenvol vi ment ocompl et o e pl eno.

Na pr óxi ma semana ampl i arei um pouco est e tópi co, ao abordaro t ema da const r ução da f orma. Ao concl ui r a pal est r a dest a

noi t e, desej o t ão soment e t r azer à consci ênci a de todos umaapr eci ação do l ugar que cada um de nós possui no esquemager al , e habi l i t ar - nos a consci ent i zar a i mpor t ânci a dai nt er ação que exi st e ent r e t odos os át omos. Desej o most r ar anecessi dade de encont r ar nosso l ugar no gr upo a quenat ural ment e per t encemos ( no qual somos como os el ét r ons parao pól o posi t i vo) , par a daí pr ossegui r mos em nosso t r abal hodent r o de um át omo mai or , o gr upo.

I st o f az de t oda a hi pót ese não só um sonho ousado, mas umi deal pr at i cament e út i l . Se f or ver dade que t odas as cél ul as

de nossos cor pos, por exempl o, são os el ét r ons que mant emos j unt os, coesos, e se somos o f at or at i vador de ener gi a dent r oda f or ma mat er i al , é de suma i mpor t ânci a que r econheçamosest e f ato e que nos ocupemos cor r et a e ci ent i f i cament e comest as f or mas e seus átomos. I st o i ncl ui o cui dado pr át i co como cor po f í si co e a adapt ação sensat a de t oda nossa ener gi a aot r abal ho a ser f ei t o e à nat ur eza de nosso obj et i vo; t or nanecessár i a a ut i l i zação pr udent e daquel e agr egado de cél ul asque é nosso i nst r ument o, ou f er r ament a, e nossa esf era demani f est ação. I st o é al go do qual ai nda sabemos pouco. Quandoest e pensament o est i ver desenvol vi do e o ser humano f orr econheci do como um cent r o de f or ça, a at i t ude das pessoas emr el ação ao seu t r abal ho e modo de vi da ser á f undament al ment eal t erada. O pont o de vi st a do mundo médi co, por exempl o, ser ámodi f i cado e as pessoas est udar ão os mét odos cor r etos deut i l i zação de ener gi a. A doença pel a i gnor ânci a não mai sexi st i r á e os mét odos de t r ansmi ssão de f orça ser ão est udadose segui dos. Seremos, ent ão, át omos ver dadei r ament ei nt el i gent es — uma coi sa que ai nda não somos.

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Al ém do mai s, ser emos não soment e pr át i cos na ut i l i zação denossos cor pos mater i ai s, porque ent endemos sua const i t ui ção,mas encont r ar emos consci ent ement e nosso l ugar no grupo edi r i gi r emos nossa ener gi a par a o benef í ci o do gr upo e não,como agora, para o f avoreci ment o de nossos pr ópr i os f i ns.Mui t os át omos t êm, não só uma vi da pr ópr i a i nt erna, mast ambém i r r adi am, e, à medi da que a r adi oat i vi dade f or

gr adual ment e compreendi da, o est udo do homem como um cent r ode r adi ação at i va t omar - se- á r eal i dade t ambém. Nos di as dehoj e est amos no l i mi ar de descober t as maravi l hosas; est amosnos apr oxi mando de uma sí nt ese mar avi l hosa do pensament omundi al ; est amos avançando para o per í odo em que ci ênci a er el i gi ão aj udar - se- ão mut ual ment e e quando a f i l osof i aadi ci onar á sua quot a à compreensão da ver dade.

O uso da i magi nação abr i r á, f r equent ement e, uma vi sãomaravi l hosa e se est a i magi nação se basear nos f atoresessenci ai s e começar com uma hi pót ese l ógi ca, t al vez nos l eveà sol ução de al guns dos mi st ér i os e pr obl emas que est ãoat or ment ando o mundo agor a. Se as coi sas nos parecemmi st er i osas e i nexpl i cávei s, não será devi do àquel a gr andeEnt i dade Que est á- se mani f est ando at r avés de nosso pl aneta eQue est á el aborando um pl ano e pr opósi t o def i ni dos, do mesmomodo como eu e você f azemos com nossas vi das. Às vezesl evamos nosso veí cul o f í si co a si t uações, e cr i amosdi f i cul dades dol or osas e af l i t i vas em r el ação a el e;assegur ada a hi pótese sobr e a qual est amos t r abal hando, ser á,por t ant o, l ógi co, supor que a gr ande I nt el i gênci a de nossopl anet a do mesmo modo l eva Seu cor po de mani f est ação ( no qualse i ncl ui a f amí l i a humana) a si t uações que são af l i t i vas

para os át omos. Cer t ament e, ser á l ógi co supor que o mi st ér i ode t udo que vemos à nossa vol t a pode est ar ocul t o na vont adee obj et i vo i nt el i gent e daquel a Vi da mai or , Que t r abal ha pori nt ermédi o de nosso pl aneta como o homem t r abal ha pori nt ermédi o de seu cor po f í si co e, cont udo, Que é El e mesmo,não mai s do que um át omo dent r o de uma esf er a ai nda mai or , aqual é habi t ada pel o Logos sol ar , a I nt el i gênci a Que é a somat ot al de t odas as vi das i nf er i or es.

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A EVOLUÇÃO DA FORMA OU EVOLUÇÃO DO GRUPO

Est a noi t e quer o ampl i ar a i dei a bási ca da uni dade daconsci ênci a, ou da i nt el i gênci a, t al como f oi desenvol vi da napal est r a ant er i or , e est ender um pouco mai s o concei t o. Foidi t o que t oda evol ução pr ocede do homogéneo, at r avés dahet erogenei dade, de vol t a à homogenei dade e demonst r ei que:

"A evol ução é uma mar cha cada vez mai s acel er ada de t odas aspar t í cul as do uni ver so que as l eva, si mul t aneament e, por umcami nho semeado pel a dest r ui ção, por ém i ni nt er r upt o e semvaci l ação, do át omo mat er i al at é aquel a consci ênci a uni ver salna qual a oni pot ênci a e a oni sci ênci a são compr eendi das; numapal avra, at é à consci ent i zação compl et a do Absol ut o, deDeus".

I st o vem daquel as mi núscul as di ver si f i cações a que chamamos

de mol écul as e át omos, até seus agr egados ao se const i t uí r emem f ormas; e cont i nua, at r avés da const r ução daquel as f ormasem f or mas mai or es, at é que t enhamos um si st ema sol arcompl et o. Tudo acont eceu de conf or mi dade com a l ei , e asmesmas l ei s bási cas comandam t ant o a evol ução do át omo quant oa evol ução de um si st ema sol ar . O macr ocosmo repete- se nohomem, e o mi cr ocosmo, por sua vez, se r ef l ete em t odos osát omos menor es.

Est as obser vações e a pal est r a ant er i or di zem r espei t o,pr i mei r ament e, à mani f est ação mat er i al de um si st ema sol ar ,por ém pr ocur ar ei pôr a ênf ase de nossas pal est r as f ut ur as,

pr i nci pal ment e, no que poder í amos chamar de evol uçãopsí qui ca, ou a demonst r ação gr adual e o pr ocesso evol ut i vodaquel a i nt el i gênci a subj et i va, ou consci ênci a, que j az port r ás da mani f est ação obj et i va.

Como de cost ume, di vi di r ei est a pal avr a em quat r o par t es:Pr i mei r o, t omar emos o obj et i vo do pr ocesso evol ut i vo, o qual ,nest e caso par t i cul ar , é a evol ução da f or ma, ou do gr upo; asegui r , o mét odo de desenvol vi ment o gr upai ; depoi sest udaremos os est ági os que se seguem dur ant e o ci cl o deevol ução e, f i nal ment e, concl ui r emos com uma t ent at i va de

sermos pr át i cos, t i r ando de nossas concl usões al guma l i çãoapl i cável à nossa vi da di ár i a.

A pr i mei r a coi sa que pr eci samos f azer é consi der ar , de al gummodo, a quest ão do que é real ment e ur na f or ma. Se f or mos a umdi ci onár i o encont r ar emos a segui nt e def i ni ção: "A f or ma ouconf i gur ação ext er na de um cor po" . Nest a def i ni ção f oi dadaênf ase à sua apar ênci a ext er i or , sua t angi bi l i dade emani f est ação exot ér i ca. Est e pensament o é t ambém t r azi do à

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bai l a se o si gni f i cado do r adi cal da pal avr a "mani f est ação"f or cui dadosament e est udado. El a vem de duas pal avrasl at i nas, si gni f i cando ' t ocar ou l i dar com a mão' ( manus, amão, e f endere, t ocar ) e ent ão a i dei a que vem à nossa ment eé o pensament o t r í pl i ce, daqui l o que pode ser sent i do, t ocadoe compr eendi do como t angí vel . Cont udo, em ambas asi nt er pr et ações per de- se de vi st a a par t e mai s i mpor t ant e do

concei t o e devemos vol t ar - nos par a out r o l ado, a f i m deencont r armos uma def i ni ção mai s ver dadei r a. Em mi nha opi ni ão,Pl ut arco dá a i dei a da mani f est ação do subj et i vo por mei o daf or ma obj et i va, de uma manei r a mui t o mai s escl ar ecedor a que odi ci onár i o. El e di z:

"Uma i dei a é um ser i ncor pór eo, que não t em subsi st ênci a porsi só, mas dá f orma e i magem à mat ér i a amor f a, e t orna- se acausa da mani f est ação".

 Temos aqui uma f r ase mui t o i nt er essant e, de um sent i dor eal ment e ocul t i st a. é uma f r ase que compensar á uma r ef l exão

e est udo cui dadosos, por que engl oba um concei t o que di zr espei t o não só àquel a pequena mani f est ação, o át omo doquí mi co e do f í si co, mas t ambém a t odas as f ormas que seconst i t uem por seu mei o; i ncl ui ndo a mani f est ação de um serhumano da Di vi ndade de um si st ema sol ar , aquel a gr ande Vi daque abr ange t udo, aquel a Ment e uni ver sal , aquel e vi br ant ecent r o de energi a e aquel a gr ande consci ênci a envol vent e quechamamos de Deus, ou For ça, ou Logos, a Exi st ênci a que seexpr essa por i nt er médi o do si st ema sol ar .

Na Bí bl i a cr i st ã, o mesmo pensament o surge em uma car t a de

São Paul o à I gr ej a de Éf eso. No segundo capí t ul o da Epí st ol aaos Éf esos, el e di z: "Nós somos sua ( del e) obr a" .Li t er al ment e, a t r adução cor r et a do gr ego é: "Somos seupoema, ou i dei a", e o pensament o na ment e do apóst ol o é que,por i nt er médi o de cada vi da humana ou do agr egado de vi dasque compõem um si st ema sol ar , Deus est á, por mei o da f orma,qual quer que est a sej a, el abor ando uma i dei a, um concei t oespecí f i co, ou um detal hado poema. Um homem é um pensament oencarnado e est e é t ambém o concei t o l atent e na def i ni ção dePl ut ar co. Temos aí , pr i mei r o, a i dei a de uma ent i dade aut o-consci ent e, depoi s o r econheci ment o do pensament o oupr opósi t o que aquel a ent i dade est á pr ocur ando expr essar e,f i nal ment e, o cor po, ou f orma, que é o resul t ado subsequent e.

O t ermo Logos, t r aduzi do como o Verbo, é f r equent ement e usadono Novo Test ament o, ao f al ar da Di vi ndade. A passagemnot ável , onde est e é o caso, é o pr i mei r o capí t ul o doEvangel ho de São J oão, onde as pal avr as aparecem: "No começoera o Ver bo, e a pal avr a est ava com Deus e a pal avr a er aDeus" . Exami nemos por um mi nut o o sent i do da expressão. Sua

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t r adução l i t er al é "a Pal avr a" e f oi def i ni da como" t r ansf ormar um pensament o ocul t o em uma expr essão obj et i va" .Se t omarmos qual quer subst ant i vo ou pal avr a si mi l ar , porexempl o, e est udarmos seu si gni f i cado obj et i vo, chegaremos àconcl usão que há sempr e um pensament o def i ni do t r ansmi t i do àment e, envol vendo pr opósi t o, i nt enção ou tal vez al gumconcei t o abst r at o. Se est e mesmo mét odo de est udo puder ser

ampl i ado para i ncl ui r a i dei a da Di vi ndade ou do Logos, pode-se escl arecer bast ant e est a quest ão r ecôndi t a da mani f est açãode Deus, a I nt el i gênci a cent r al , por mei o da f or ma mat er i al ,quer O vej amos mani f est ado at r avés da f or ma mi núscul a de umát omo quí mi co, quer a daquel e Seu cor po f í si co gi gant esco aque chamamos de um si st ema sol ar .

Em nossa pal est r a da semana passada, chegamos à concl usão quehavi a uma coi sa que podi a ser conf i r mada em t odos os át omos eque os ci ent i st as em t oda par t e est avam chegando aor econheci ment o de uma caracter í st i ca di st i nt a. Os át omosmost r ar am possui r si ntomas de ment e e uma f or ma r udi ment ar dei nt el i gênci a. O át omo apr esent a a qual i dade de di scr i mi nação,ou poder sel et i vo, e a habi l i dade de at r ai r ou r epel i r . Podepar ecer cur i oso usar a pal avr a i nt el i gênci a em conexão com umát omo de quí mi ca, por exempl o. Por ém o r adi cal da pal avr aabr ange est a i dei a per f ei t ament e. El e vem de duas pal avrasl at i nas: i nt er ( ent r e) e l eger e ( escol her ) . A i nt el i gênci a,por t ant o, é a capaci dade de pensar ou escol her , de sel eci onare de di scr i mi nar . É, na ver dade, aquel e al go abst r at o,i nexpl i cável , que j az por t r ás da gr ande l ei de at r ação er epul são, uma das l ei s bási cas de mani f est ação. Est af acul dade f undament al da i nt el i gênci a car act er i za t oda

mat ér i a at ômi ca e t ambém comanda a const r ução de f or mas, ou aagr egação de át omos.

Ant er i or ment e, nos ocupamos do átomo per se, mas nãoconsi deramos sua par t i ci pação na const i t ui ção de uma f orma ounaquel a t ot al i dade de f ormas a que chamamos um r ei no nanat ur eza. Consi deramos de al gum modo a nat ur eza essenci al doátomo e sua car act er í st i ca pr i már i a de i nt el i gênci a e demosênf ase àqui l o a par t i r do que, como sabemos, t odas as f ormassão const r uí das — t odas as f or mas nos r ei nos mi ner al ,vegetal , ani mal e humano. Na soma t ot al de t odas as f ormas,

t emos a t ot al i dade da nat ureza como geral ment e écompr eendi da.

Agora, est endamos nossa i dei a das f ormas i ndi vi duai s que vãoaté a const i t ui ção de qual quer dest es quat r o rei nos danat ureza e as vi sual i zemos como pr ovendo aquel a f or ma ai ndamai or a que chamamos o pr ópr i o rei no, e ass i m consi deremosaquel e r ei no como uma uni dade consci ent e, f ormando um t odohomogéneo. Ass i m, cada rei no na nat ureza pode ser consi der ado

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como f or necendo uma f or ma at r avés da qual pode mani f est ar - seuma consci ênci a de al guma espéci e ou grau. Do mesmo modo, oagr egado de f or mas ani mai s compõe aquel a f or ma mai or a quechamamos o pr ópr i o r ei no, e est e r ei no ani mal t ambém t em seul ugar dent r o de um corpo ai nda mai or . At r avés dest e rei no umavi da consci ent e pode est ar buscando expr essão e, at r avés dar euni ão dos rei nos, uma vi da subj et i va mai or ai nda, pode

est ar pr ocur ando mani f est ar - se.Em t odos est es r ei nos que est amos consi der ando — mi ner al ,vegetal , ani mal e humano — t emos novament e t r ês f at orespr esent es, consi der ando, natur al ment e, que a base de nossor aci ocí ni o est ej a cor r et a: pr i mei r o, que o át omo pr i mi t i vo é,em si mesmo, uma vi da; segundo, que t odas as f ormas seconst r óem de uma mul t i pl i ci dade de vi das, e assi m um t odocoer ent e est abel ece- se, at r avés do qual uma ent i dadesubj et i va el abor a um pr opósi t o; t er cei r o, que a vi da cent r aldent r o da f orma é seu i mpul so pr opul sor , a f ont e de suaener gi a, a or i gem de sua at i vi dade e o que f i xa a f orma comouma uni dade.

Est e pensament o pode mui t o bem ser el abor ado, por exempl o, emcol aboração com o homem. Par a os f i ns de nossa pal est r a, ohomem pode ser def i ni do como aquel a ener gi a cent r al , vi da, oui nt el i gênci a, que oper a por mei o de uma mani f est ação mater i alou f orma, est a f orma sendo const r uí da a par t i r de mi r í ades devi das i nf er i or es. A est e r espei t o t em- se not adof r eqüentement e um f enômeno cur i oso na hor a da mor t e; t omeiconheci ment o di sso mui t o par t i cul arment e, há al guns anos, pori nt ermédi o de uma enf ermei r a de ci r ur gi a das mai s capazes, na

t n- di a. El a havi a si do at ei a por mui t o tempo, mas havi acomeçado a quest i onar a base de sua descr ença depoi s det est emunhar est e f enômeno vár i as vezes. El a me assegurou que,na hor a da mor t e, em mui t os casos, um f acho de l uz t i nha si dovi st o por el a, f l ui ndo do topo da cabeça e que em um casoespeci al ( o de uma gar ot a apar ent ement e de gr andedesenvol vi ment o espi r i t ual , al ém de gr ande pur eza e sant i dadede vi da) o quar t o par eceu t er si do i l umi nado moment aneament epel a el et r i ci dade. Out r o exempl o: não mui t o t empo at r ás,di ver sos l í der es da pr of i ssão médi ca em uma gr ande ci dade doMei o Oest e dos Est ados Uni dos f oram abordados por um

i nvest i gador i nt er essado, o qual , por car t a, l hes per gunt ouse est ar i am di spost os a conf i r mar se t i nham not ado qual querf enômeno especi al no moment o da mor t e. Di ver sos r esponder amdi zendo que havi am not ado uma l uz azul ada f l ui ndo do t opo dacabeça e um ou doi s acr escent ar am t er ouvi do um est al o nar egi ão da cabeça. Nest e úl t i mo exempl o t emos uma conf i r maçãodo t est emunho no Ecl esi ast es, onde se menci ona o af r ouxar docor dão pr at eado, ou a r ut ur a daquel e el o magnét i co que une a

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ent i dade habi t ant e, ou pensador , ao seu veí cul o de expr essão.Em ambos os t i pos de casos aci ma menci onados pode- seapar ent ement e ver uma demonst r ação ocul ar da r et i r ada da l uzcent r al ou vi da, e a consequent e desi nt egr ação da f orma, e adi sper são das mi r í ades de vi das i nf er i or es.

Por t ant o, pode parecer a al guns de nós uma hi pótese l ógi ca,

que do mesmo modo que o át omo de quí mi ca é uma esf er apequeni na, ou f or ma, com um núcl eo posi t i vo que conserva osel ét r ons negat i vos, gi r ando em t or no de si , t odas as f or masem t odos os r ei nos da nat ur eza são de uma est r ut ur asemel hant e, di f er i ndo soment e em gr au de consci ênci a oui nt el i gênci a. Podemos, por t ant o, consi der ar os pr ópr i osr ei nos como a expr essão f í si ca de al guma gr ande vi dasubj et i va e podemos, por deduções l ógi cas, chegar aor econheci ment o de que cada uni dade na f amí l i a humana é umát omo no cor po daquel a uni dade mai or que f oi chamada de"Homem Cel est i al " em al gumas das Escr i t ur as. Assi m, chegamosf i nal ment e ao concei t o de que o si st ema sol ar não passa doagr egado de t odos os r ei nos e de todas as f ormas, e é o Corpode um Ser Que Se expr essa por mei o del e e o ut i l i za a f i m dedar f or ma a um obj et i vo def i ni do e a uma i dei a cent r al . Emt odas est as ext ensões de nossa hi pót ese f i nal , pode- se ver amesma t r i pl i ci dade, uma Vi da em f or mação ou uma Ent i dade semani f est ando at r avés de uma f or ma ou de uma mul t i pl i ci dade def or mas, e apr esent ando i nt el i gênci a di scr i mi nat i va.

Não é possí vel apl i car o mét odo pel o qual se const r óem asf ormas nem me expandi r sobr e o pr ocesso evol ut i vo por mei o doqual os át omos se combi nam em f ormas, e as pr ópr i as f ormas

são r euni das naquel a uni dade mai or que chamamos de r ei no nanat ur eza. Est e método poder i a ser br evement e r esumi do em t r êst er mos — i nvol ução, ou o envol vi ment o da vi da subj et i va namatér i a, o mét odo pel o qual a Ent i dade habi t ant e t oma para siseu veí cul o de expr essão; evol ução, ou a ut i l i zação da f or mapel a vi da subj et i va, seu aper f ei çoament o gr adual e al i ber t ação f i nal da vi da apr i si onada; e a l ei de at r ação er epul são pel a qual a mat ér i a e o espí r i t o se coor denam, pel aqual a vi da cent r al ganha exper i ênci a, expande suaconsci ênci a e, at r avés do empr ego daquel a f or ma par t i cul ar ,at i nge o aut o- conheci ment o e o aut o- cont r ol e. Tudo evol ui

segundo est a l ei bási ca. Em t oda f orma t emos uma vi dacent r al , ou i dei a, se mani f est ando, envol vendo- se mai s e mai sna subst ânci a, r evest i ndo- se de uma f or ma adequada às suasnecessi dades e exi gênci as, ut i l i zando aquel a f orma como ummei o de expr essão, e ent ão — no devi do t empo — l i ber t ando- seda f or ma ut i l i zada a f i m de adqui r i r out r a mai s adequada àsua necessi dade. Assi m, o espi r i t o ou vi da pr ogr i de por mei ode cada gr au ou f or ma, at é que o cami nho de vol t a t enha si do

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per cor r i do e o pont o de or i gem al cançado. Est e é o sent i do daevol ução e aqui est á o segr edo da encar nação cósmi ca.Fi nal ment e, o espí r i t o se l i vr a da f or ma e al cança al i ber t ação al ém da qual i dade f í si ca desenvol vi da e dasexpansões gr aduai s de consci ênci a.

Poder í amos observar est es est ági os def i ni dos e est udá- l os

r api dament e. Temos em pr i mei r o l ugar o pr ocesso de i nvol ução.Est e é o per í odo no qual se pr ocessa a l i mi t ação da vi dadent r o da f or ma, ou i nvól ucr o, e é um pr ocesso l ongo e l ent ocobr i ndo mi l hões e mi l hões de anos. Cada t i po de vi dapar t i ci pa dest e ci cl o. Di z r espei t o à vi da do Logos Sol ar , emmani f est ação at r avés de um si st ema sol ar . É par t e do ci cl o devi da do Espí r i t o pl anet ár i o se mani f est ando at r avés de umaesf er a como nosso pl anet a Ter r a; i ncl ui a vi da que chamadosde humana e l ança no cami nho de sua ener gi a a mi núscul a vi daque f unci ona at r avés de um át omo de quí mi ca. É o gr andepr ocesso de t or nar - se e o que t or na a exi st ênci a e o pr ópr i oser possí vei s. Est e per í odo de l i mi t ação, de umapr i si onamento que aumenta gradual ment e e de uma desci da cadavez mai s prof unda na matér i a, é subst i t uí do por um per í odo deadapt ação, no qual a vi da e a f orma se r el aci onami nt i mament e, após o qual vem o per í odo onde aquel a rel açãoi nt er i or se aper f ei çoa. A f or ma é ent ão aj ust ada àsnecessi dades da vi da e pode ser ut i l i zada. Depoi s, à medi daque a vi da i nt er i or cr esce e se expande, é comparável àcr i st al i zação da f or ma, a qual não é mai s suf i ci ent e comomei o de expr essão. Após a cr i st al i zação t emos o per í odo dedesi nt egr ação. Li mi t ação, adapt ação, ut i l i zação,cr i st al i zação e desi nt egr ação — são est as as et apas que

cobr em a vi da de uma ent i dade ou i dei a personi f i cada em mai orou menor gr au, ao pr ocur ar expr essar - se pel a matér i a.

Desenvol vamos est e pensament o em r el ação ao ser humano. Oprocesso de l i mi t ação pode ser vi st o na t omada de uma f or maf í si ca e naquel es pr i mei r os di as rebel des, quando o homemest á chei o de desej os, aspi r ações, ansei os e i deai s, os quai sel e par ece i ncapaz de expr i mi r ou sat i sf azer . A segui r vem oper í odo de adapt ação, quando o homem começa a ut i l i zar o quepossui e a expr essar - se o mel hor possí vel at r avés daquel asmi r í ades de vi das menores e i nt el i gênci as que const i t uem seus

cor pos f í si co, emoci onal e ment al . El e at i va sua f or mat r í pl i ce, f or çando- a a cumpr i r suas ordens e a obedecer seuspr opósi t os e assi m execut ar seu pl ano, sej a par a o bem oupar a o mal . I st o é segui do da et apa na qual el e ut i l i za af or ma ao máxi mo e chega ao que chamamos de mat ur i dade.Fi nal ment e, nas et apas post er i ores da vi da, t emos acr i st al i zação da f orma e a consci ent i zação, pel o homem, dasua i nadequação.

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A segui r , vem a l i ber t ação f el i z a que chamamos de mor t e,aquel e gr ande moment o em que "o espí r i t o apr i si onado" escapadas par edes que o conf i navam à sua f or ma f í si ca. Nossasi dei as sobr e a mor t e t êm si do er r adas; nós a t emosconsi derado como um úl t i mo e máxi mo ter r or quando, nar eal i dade, é a gr ande l i ber t ação, a ent r ada numa medi da deat i vi dade mai s compl et a e a l i ber ação da vi da do veí cul o

cr i st al i zado e de uma f or ma i nadequada. Pensament ossemel hant es a est es podem ser el aborados em r el ação a t odasas f ormas, e não soment e àquel as l i gadas ao cor po f í si co deum ser humano. Est as i dei as podem ser apl i cadas a f or mas degover no, f or mas de r el i gi ão e f or mas de pensament o ci ent í f i coou f i l osóf i co. El as podem r esul t ar em uma condut aespeci al ment e i nt er essant e nest e ci cl o em que vi vemos. Tudoest á em est ado de f l uxo; a vel ha or dem est á mudando e est amosnum per í odo de t r ansi ção; as f or mas ant i gas, em t ododepar t ament o do pensament o, est ão se desi ntegr ando, massoment e par a que a vi da que l hes deu exi st ênci a possa

escapar , e const r ui r par a si al go mai s sat i sf at ór i o eadequado. Tomemos, por exempl o, a ant i ga f orma r el i gi osa daf é cr i st ã. Aqui peço que não me ent endam mal . Não est out ent ando pr ovar que o espí r i t o do cr i st i ani smo sej ai nadequado e não est ou procur ando demonst r ar que as suasver dades bem sust ent adas e pr ovadas est ej am er r adas. Est ousoment e t ent ando most r ar que a f orma pel a qual o espí r i t opr ocur a expr essar - se at i ngi u, de al gum modo, seu obj et i vo ese sent e l i mi t ado.

Aquel as mesmas gr andes ver dades e aquel as mesmas i dei asbási cas necessi t am de um veí cul o mai s adequado par a se

mani f est arem. Os pensadores cr i st ãos da atual i dade necessi t amdi st i ngui r cui dadosament e ent r e as ver dades vi t ai s docr i st i ani smo e a f or ma cr i st al i zada da teol ogi a. Cr i st o deu oi mpul so vi vo. El e enunci ou est as gr andes e et er nas ver dades eas pr ocl amou a f i m de t omar em f or ma e i r em de encont r o àsnecessi dades de um mundo sof r edor . El as est avam l i mi t adaspel a f orma e houve um l ongo per í odo em que aquel a f orma( dout r i nas e dogmas rel i gi osos) gradual ment e cr esceu e t omouf orma. Decor r er am sécul os em que a f orma e a vi da parecer amadapt ar - se r eci pr ocament e e os i deai s cr i st ãos se expr essar ampor mei o daquel a f orma. Agora mani f est ou- se o per í odo de

cr i st al i zação, e a consci ênci a cr i st ã que se acha em expansãocomeça a consi der ar r est r i t as e i nadequadas as l i mi t ações dost eól ogos. A gr ande f ábr i ca de dogmas e dout r i nas, t al comoel aborados pel os membr os da i gr ej a e t eól ogos das épocas,dever á i nevi t avel ment e desi nt egr ar - se, mas só para que a vi dadent r o del es possa escapar e const r ui r par a si mei os deexpr essão mel hores e mai s adequados, e assi m est ar à al t ur ada mi ssão para a qual f oi envi ada.

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Pode- se ver a mesma coi sa nas di f erent es escol as depensament o, em t odos os l ugares. Todas el as expr essam al gumai dei a por i nt er médi o de uma par t i cul ar f or ma, ou conj unt o def or mas, e é mui t o necessár i o l embr ar que a f or ma t r í pl i ce devi da por t r ás de t odas as f ormas é, ent r et ant o, apenas Uma,embor a os veí cul os de expr essão sej am vár i os e possam pr ovarser i nadequados à medi da que o t empo passa.

Qual , ent ão, o obj et i vo que exi st e por t r ás dest e pr ocessosem f i m de const r ução de f ormas e dest a combi nação de f or masi nf er i or es? Qual a r azão de t udo i st o e qual ser á seucomprovado obj et i vo? Cer t ament e, o desenvol vi ment o daqual i dade, a expansão da consci ênci a, o desenvol vi ment o daf acul dade de consci ent i zação, a evi denci ação dos poder es dapsi que, ou al ma, a evol ução da i nt el i gênci a. Segur ament e, é ademonst r ação gr adual da i dei a bási ca, ou pr opósi t o, queaquel a gr ande Ent i dade a Que chamamos de Logos, ou Deus, est áel aborando at r avés do si st ema sol ar . É a demonst r ação de Suaqual i dade psí qui ca, por que Deus é Amor i nt el i gent e, e aconsecução de Seu obj et i vo det ermi nado, por que Deus é Vont adei nt el i gent e e amor osa.

Par a todos os di f er ent es gr aus e t i pos de át omo, há t ambém umpr opósi t o e um obj et i vo. Há um obj et i vo par a o át omo daquí mi ca; há um ponto de conqui st a par a o át omo humano, ohomem; o átomo pl anetár i o al gum di a t ambém demonst r ará seupr opósi t o bási co e a gr ande I dei a que exi st e por t r ás dosi st ema sol ar ser á r evel ada al gum di a. Ser á que em al gunsbr eves moment os de est udo poder emos chegar a uma concepçãosegur a de qual possa ser est e pr opósi t o? Tal vez possamos

chegar a al guma i dei a ampl a, geral , se abordarmos o assunt ocom bast ant e r ever ênci a e sensi bi l i dade de concepção, t endoem ment e sempre que só o i gnor ant e dogmat i za e só oi mpr udent e ocupa- se com mi núci as ao consi der ar est esmonument ai s t ópi cos.

Vi mos que o át omo de quí mi ca, por exempl o, apr esent a aqual i dade de i nt el i gênci a; demonst r a si nt omas de ment edi scr i mi nat i va e r udi ment os de uma capaci dade sel et i va.Ass i m, a vi da mi núscul a dent r o da f or ma at ômi ca demonst r aqual i dade psí qui ca. O át omo const r ói - se, poi s, em t odas asf ormas, em di ver sos t empos e et apas e cada vez adqui r e al gode acor do com a f or ça e a vi da da ent i dade que per soni f i caaquel a f or ma e pr eser va sua homogenei dade. Tomemos, porexempl o, o át omo que ent r a na const r ução de uma f or ma nor ei no mi neral ; el e demonst r a não só uma ment e di scr i mi nat i vae sel et i va, como t ambém el ast i ci dade. A segui r , no r ei novegetal est as duas qual i dades t ambém apar ecem, mas encont r a-se ai nda uma t er cei r a, a que poder í amos chamar de uma espéci er udi ment ar de sensação. A i nt el i gênci a i ni ci al do át omo

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adqui r i u al go dur ant e a t r ansi ção de f orma para f orma e der ei no para rei no, e sua consci ênci a ger al aument ou. Quandoest udamos a evol ução da consci ênci a, pudemos pr esenci ar i st oem mai or det al he; t udo que t ent o f azer est a noi t e é most r arque, no rei no veget al , as f ormas const r uí das de átomosdemonst r am não só i nt el i gênci a di scr i mi nat i va e el ast i ci dade,mas são t ambém capazes de sensação, ou do que, no r ei no

veget al , cor r esponde à emoção ou ao sent i ment o, a emoção nadamai s sendo que amor r udi ment ar . A segui r , t emos o r ei noani mal , no qual as f or mas ani mai s most r am não só asqual i dades aci ma menci onadas, mas t ambém o i nst i nt o, ouaqui l o que al gum di a desabr ochar á em ment al i dade. Fi nal ment e,chegamos ao ser humano, que apr esent a t odos est as qual i dadesem grau mui t o mai or , por que o quar t o r ei no nada mai s é do queo macrocosmo para os t r ês i nf er i ores. O homem apr esent aat i vi dade i nt el i gent e, el e é capaz de emoção ou amor eacr escent ou ai nda out r o f at or : o da vont ade i nt el i gent e. El eé a di vi ndade de seu pr ópr i o pequeno si st ema, el e é não só

consci ent e, mas aut o- consci ent e. El e const r ói seu pr ópr i ocor po de mani f est ação do mesmo modo que o Logos, só que emescal a di mi nut a; el e cont r ol a seu pequeno si st ema pel a gr andel ei de at r ação e r epul são, t al como o Logos, e ener - gi sa esi nt et i za sua nat ur eza t r í pl i ce em uma uni dade coesa. El e ét r ês em um, e o uno em t r ês, t al como é o Logos.

Há um f ut uro para cada át omo no si st ema sol ar . Ant es do át omoúl t i mo exi st e um obj et i vo ext r aor di nár i o, e, à medi da que aser as passem, a vi da que ani ma aquel e át omo passar á por t odosos rei nos da nat ur eza at é encont r ar seu obj et i vo no r ei nohumano.

A i dei a agora poder i a est ender - se e poder í amos consi der araquel a gr ande Ent i dade Que é a f or mador a de vi da do pl anet a,e Que sust ent a t odos os r ei nos da nat ur eza em Suaconsci ênci a. J á que el a f or ma a t ot al i dade de t odos os gr upose r ei nos, não será possí vel que Sua i nt el i gênci a, sej a a met apar a o homem, o át omo humano? Tal vez o al cance de suaconsci ent i zação at ual t ambém possa ser nosso, à medi da que ot empo passe, e para a Sua Vi da, t al como para t odas aquel asgr andes Vi das Que f ormam os pl anet as do si st ema sol ar , possahaver a conqui st a daquel e t r emendo al cance de consci ênci a que

car act er i za essa gr ande Exi st ênci a Que é a Vi da que ani ma osi st ema sol ar . Não poder á ser ver dade que, ent r e osdi f er ent es gr aus de consci ênci a que se est endem, por exempl o,do át omo do quí mi co e do f í si co, at é o Logos do si st emasol ar , não haj a l acunas nem t r ansi ções br uscas, mas si m umagr adual expansão e evol ução de uma f or ma de mani f est açãoi nt el i gent e para out r a, e sempr e a vi da dent r o da f orma ganheem qual i dade, por mei o da exper i ênci a?

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Quando f or mamos est á i dei a na nossa consci ênci a, quando set or na evi dent e par a nós que há um pr opósi t o e di r eção port r ás de t udo, quando ent endemos que nada acont ece que nãosej a r esul t ado da vont ade consci ent e de al guma ent i dade, eque t udo que acont ece t em obj et i vo e pr opósi t o def i ni dos,t emos aí , ent ão, a pi st a par a nós mesmos e par a t udo quevemos acont ecer à nossa vol t a. Se, por exempl o, compr eendemos

que t emos a f ormação e o cui dado de nossos cor pos f í si cos,que temos o cont r ol e de nossa nat ureza emoci onal e ar esponsabi l i dade do desenvol vi ment o de nossa ment al i dade, secompreendermos que somos os f at or es ener gi zant es dent r o denossos cor pos e que quando nos r et i r amos daquel es cor pos el esse desi nt egr am, t al vez, ent ão, t enhamos a pi st a para o que aVi da f ormadora do pl aneta possa est ar f azendo, à medi da queoper a at r avés de f ormas de t oda espéci e ( cont i nent es,ci vi l i zações, r el i gi ões, e or gani zações) nest a t er r a; par a oque acont eceu na l ua, que é agor a uma f or ma em desi nt egr ação,par a o que est á acont ecendo no si st ema sol ar , e para o que

acont ecer á no si st ema sol ar quando o Logos se r et i r ar daqui l oque, para El e, não passa de uma mani f est ação t r ansi t ór i a.

Façamos agor a uma apl i cação pr át i ca dest es pensament os.Est amos at r avessando, atual ment e, um per í odo em quet odas asf or mas de pensament o par ecem est ar se f r agment ando, na qual avi da rel i gi osa das pessoas não é mai s o que er a, na qual odogma e t oda espéci e de dout r i na est ão sendo cr i t i cados.Mui t as das vel has f ormas de pensament o ci ent í f i co est ãot ambém se desi nt egr ando e as bases das vel has f i l osof i aspar ecem est ar abal adas. Nosso gr upo cai u em um dos mai sdi f í cei s per í odos da hi st ór i a do mundo, um per í odo que se

caracter i za pel a f r agment ação de nações, a dest r ui ção devel has r el ações e l aços, a r ut ur a aparent ement e i mi nent e daci vi l i zação. Pr eci samos encor aj ar - nos, l embr ando que t udoi st o est á ocor r endo só porque a vi da dent r o daquel as f ormasest á se t ornando t ão f or t e que as consi der a uma pr i são el i mi t ação; e devemos l embr ar que est e per í odo de t r ansi ção éo t empo de mai or esperança que o homem j á presenci ou. Não hál ugar par a pessi mi smo e desesper o, mas soment e par a o mai spr of undo ot i mi smo. Hoj e mui t os est ão per t ur bados e conf usospor que as bases par ecem est ar abal adas, as est r ut ur as dacr ença e do, pensament o r el i gi osos, cui dadosament e apoi adas e

pr of undament e amadas, e da descober t a f i l osóf i ca, parecemencont r arem- se em per i go de desmor onament o; cont udo, nossaansi edade exi st e si mpl esment e por que t emos nos envol vi dodemai s com a f orma e nos ocupado demai s com nossa pr i são, ese a rut ur a mani f est ou- se é soment e a f i m de que a vi da possaconst r ui r par a si novas f or mas e, conseqüent ement e, evol ui r .O t r abal ho do dest r ui dor é tant o t r abal ho de Deus quant o o doconst r ut or , e o gr ande deus da dest r ui ção t em que esmagar e

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r omper as f ormas, a f i m de que o t r abal ho do const r ut or possar eal i zar - se e o espí r i t o possa expr essar - se de manei r a mai sadequada.

Par a mui t os de nós est as i dei as par ecem novel as f ant ást i cas,i nsust ent ávei s. Cont udo, mesmo que sej am soment e hi póteses,podem demonst r ar ser i nt er essant es e dar - nos uma possí vel

pi st a par a o mi st ér i o. Vemos ci vi l i zações dest r uí das, vemosest r ut ur as r el i gi osas cambal eant es, vemos f i l osof i as at acadascom êxi t o, vemos bases da ci ênci a mat er i al i st a abal adas.Af i nal de cont as, que são as ci vi l i zações? Que são asr el i gi ões? Que são as gr andes r aças? Si mpl esment e as f ormaspel as quai s a gr ande Vi da t r í pl i ce cent r al , Que f or ma nossopl anet a, procur a expressar - se. Do mesmo modo que nosexpr essamos por mei o de uma nat ureza f í si ca, emoci onal ement al , El a t ambém Se expr essa pel a t ot al i dade dos r ei nos danat ur eza, pel as nações, r aças, r el i gi ões, ci ênci as ef i l osof i as que exi st em at ual ment e. A medi da que Sua Vi dapul sa em cada depar t ament o do Seu Ser , nós, como cél ul as eát omos dent r o daquel a mani f est ação mai or , segui mos cadat r ansi ção e somos l evados de uma etapa par a out r a. À medi daque o t empo passar e nossa consci ênci a se expandi r ,penet r ar emos mai s e mai s no conheci ment o do Seu pl ano, t alcomo El e o el abora, e est aremos f i nal ment e em condi ções decol abor ar com El e em Seu obj et i vo essenci al .

Resumi ndo o pensament o cent r al dest a pal est r a: procuremoscompr eender que não exi st e t al coi sa como matér i a i norgâni ca,mas que cada át omo é uma vi da. Consci ent i zemo- nos de quet odas as f or mas são f or mas vi vas e que cada uma nada mai s é

do que o veí cul o de expr essão para al guma ent i dade exi st ent e.Pr ocur emos compreender que i st o é i gual ment e verdadei r o emr el ação à r euni ão de t odas as f ormas. Assi m, t er emos a pi st apar a nós própr i os e t al vez a pi st a par a o mi st ér i o do si st emasol ar .

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A EVOLUÇÃO DO HOMEM, O PENSADOR

Est a é a quar t a da sér i e de pal est r as que t i vemos est e mês et al vez, gr aças a el as, t enhamos consegui do obt er uma i dei a deum dos pr i ncí pi os f undament ai s em que se basei a a evol ução eque podemos ver at uando no si st ema sol ar .

Recapi t ul emos brevement e, a f i m de que possamos est udar nossoassunt o de hoj e com cer t as i dei as cl ar ament e f or mul adas.Vi mos que nossa i nt erpr etação dos pr ocessos da nat ur ezanecessi t a de um concei t o t r í pl i ce, que di z r espei t o aoaspect o vi da, ao aspect o subst ânci a e à sua í nt i ma i nt er -r el ação, at r avés da f acul dade da i nt el i gênci a que semani f est a como consci ênci a de al gum t i po. Est a i nt er - r el açãopr oduzi r á, f i nal ment e, a expr essão aper f ei çoada ( pori nt er médi o da matér i a) do obj et i vo consci ent e de al gumaent i dade mani f est ada. Est ou pr ocur ando dar ênf ase ao f ato de

que o obj et i vo do meu empenho é apresent ar uma hi pót ese e umasugest ão que possam t er dent r o de si o germe de uma possí velver dade e que par ece par a al guns de nós a mel hor manei r a deexpl i car o mi st ér i o do uni ver so. Vi mos que as t r ês par t es dogr ande t odo são o Espí r i t o, ou Vi da, que se mani f est a at r avésde um segundo f at or a que chamamos de subst ânci a, ou mat ér i a,e que ut i l i za um t er cei r o f at or , ao qual damos o nome dei nt el i gênci a. Na sí nt ese gr adual dest es t r ês aspect oscomponentes da di vi ndade podemos ver a evol ução daconsci ênci a.

A segui r , chegamos a uma di scussão mai s t écni ca do assunt o dapr ópr i a susbt ânci a, ocupando- nos, não com as subst ânci asdi f er enci adas, ou el ement os, mas com o concei t o de umasubst ânci a pr i mor di al e pr ocur ando vol t ar at é onde f orpossí vel àqui l o que Si r Wi l l i am Cr ookes chamou de "prot i l ",ou o que permanece por t r ás do t angí vel , ou obj et i vo.Est udamos o át omo e descobr i mos que sua def i ni ção mai sr ecent e é a que el e, na real i dade, é uma uni dade de f or ça ouener gi a consi st i ndo de uma car ga el ét r i ca posi t i vaener gi sando uma quant i dade de par t í cul as negat i vas. Fi coucl aro que o mi núscul o át omo do quí mi co e do f í si co er a umsi st ema sol ar em si mesmo, com a mesma conf or mação ger al do

si st ema mai or , apr esent ando uma at i vi dade semel hante egover nado por l ei s anál ogas. Descobr i mos que el e possuí a umsol cent r al e que, ao redor dest e sol cent r al , buscando suasór bi t as def i ni das, podi am ser vi stos os el ét r ons.Regi st r amos, t ambém, o f at o de que os el ement os di f eremsoment e em r el ação ao númer o e posi ção dest es el éct r onsgi r ando ao r edor da car ga cent r al posi t i va. Daí passamos aconsi derar a al ma, ou a psi que, do át omo, e descobr i mos que

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os ci ent i st as r econhecem a ver dade que os pr ópr i os át omospossuem qual i dade, apr esent am si nt omas de ment e oui nt el i gênci a e podem di scr i mi nar , sel eci onar e escol her .

Passamos ent ão a t ecer o que pareci a ser um cont o de f adas.I magi namos o ser humano como um át omo e t r açamos a semel hançado homem com o át omo; descobr i mos que el e at r aí a e mant i nha

dent r o de sua esf er a de i nf l uênci a a mat ér i a de seus vár i oscor pos: ment al , emoci onal e f í si co, exat ament e da mesmamanei r a como os el éct r ons er am mant i dos gi r ando ao redor doseu pont o f ocal . A i dei a pr ovou ser ai nda capaz de umaexpansão post er i or e vol t amos nossa at enção para o pl anet a,i magi nando- o semel hant e, em sua nat ureza, ao át omo humano eao úl t i mo át omo de subst ânci a, nada mai s sendo que aexpr essão de uma vi da se mani f est ando at r avés de uma f or maesf er oi dal e el abor ando um obj et i vo i nt el i gent e. At i ngi mos,ent ão, nossa consumação e vi sual i zamos o si st ema sol ar comoum át omo cósmi co ener gi sado pel a vi da do Logos.

 Temos, por consegui nt e, quat r o t i pos de át omo a consi derar :

Pr i mei r o, o át omo do quí mi co e do f í si co.Segundo, o át omo humano, ou o homem. Ter cei r o, o át omo pl anet ár i o, ener gi sado por um Logospl anet ár i o, ou o Homem Cel est i al .Quar t o, o át omo sol ar , habi t ado pel o Logos Sol ar , ou aDi vi ndade.

Se est i ver mos cer t os em nosso concei t o f undament al , se houveruma par t í cul a de r eal i dade em nossa hi pótese e se houver umsubst r at o de verdade na i dei a do át omo do qual os el ement osse compõem, el e deve ser r econheci do como uma vi da at uandoi nt el i gent ement e por mei o de uma f orma. Tal vez, ent ão, sepossa pr ovar que o homem é t ambém uma vi da ou cent r o deener gi a se mani f est ando por mei o de seus cor pos; t al vez sevenha a demonst r ar que um pl anet a t ambém sej a um mei o deexpr essão de um cent r o de ener gi a ai nda mai or e,post er i or ment e, de acor do com a l ei da anal ogi a, se possapr ovar , daqui há al gum t empo, que exi st e um Deus ou vi dacent r al por t r ás da mat ér i a, uma Ent i dade Que ageconsci ent ement e por mei o do si st ema sol ar .

Em nossa pal est r a ant er i or t omamos out r a f ase demani f est ação. Est udamos o pr ópr i o átomo e o consi der amos àmedi da que se r el aci onava com out r os át omos e, at r avés de suacoesão mút ua, f ormava gr upos de át omos. Em out r as pal avr as,consi der amos o át omo à medi da que t omava f or mas di f er ent esnos vár i os r ei nos da nat ur eza e descobr i mos que, no pr ocessode evol ução, os pr ópr i os átomos gi r am na di r eção de out r osmai or es pont os cent r ai s, t r ansf or mando- se, por sua vez, em

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el ét r ons. Ass i m, cada f orma nada mai s é que um agr egado devi das menor es.

A segui r menci onamos l i gei r ament e os di f er ent es r ei nos danat ur eza e t r açamos o desenvol vi ment o da al ma, ou psi que, emt odos el es. J á af i r mamos que o át omo possui i nt el i gênci a oupoder de di scr i mi nação e descobr i mos que na f or mação dos

r ei nos mi ner al , veget al e ani mal , começa a aparecer o queent endemos por sensação, e t emos aí os r udi ment os, emembr i ão, da emoção, ou sent i ment o — o r ef l exo do amor nopl ano f í si co. Temos assi m um aspect o da nat ur eza t r í pl i ce deDeus, a i nt el i gênci a aparecendo at r avés do átomo; e at r avésda f or ma t emos a mani f est ação do amor , ou qual i dade deat r ação. I st o t ambém pode expr essar - se no r econheci ment o deque nest es doi s aspect os da vi da di vi na cent r al t emos at er cei r a pessoa da Tr i ndade Logói ca cooper ando com a segunda;t emos a at i vi dade i nt el i gent e da di vi ndade, ou o aspect o doEspí r i t o Sant o, col abor ando com o segundo aspect o, ou Fi l ho,Que é o con- t r ut or das f ormas. I st o é expl i cado de manei r ai nt er essant e em Pr ovér bi os, VI I I , onde a Sabedor i a br ada al t o( Sabedor i a, no Vel ho Test ament o r epr esent ando o aspect o doCr i st o) e depoi s de most r ar que El e est ava com Deus, j á ant esda cr i ação, cont i nua di zendo que quando "El e determi nou osf undament os da t er r a eu est ava per t o Del e como o t r abal hadorou const r ut or chef e". Os est udant es f ar i am bem em est udarest e capí t ul o em r el ação às i dei as que est amos f or mul andoaqui , t endo cui dado de ver i f i car a t r adução exat a.

Vamos agora consi derar nosso assunt o de hoj e, o da evol uçãodo homem, o pensador . Ver emos que penet r a no homem out r o

aspect o da di vi ndade. Br owni ng, em "Par acel sus" abor da oassunt o que est amos t r at ando, de manei r a bast ant ei nt er essant e, r esumi ndo- o assi m:

"Assi m El e ( Deus) habi t a em t odos. Dos pr i mei r os mi nut os davi da at é o úl t i mo. Do homem — a consumação dest e esquema. Daexi st ênci a, a compl ement ação dest a esf er a da vi da: cuj osat r i but os havi am si do espal hadas — por aí , pel o mundo ant esvi sí vel , pedi ndo que f ossem uni das, pedaços i ndi st i nt os quedever i am uni r - se em al gum t odo mar avi l hoso, qual i dadesi mper f ei t as por t oda a cr i ação, suger i ndo al guém ai nda a sercr i ado, al gum pont o onde t odos aquel es r ai os espal hados sedever i am encont r ar conver gent es nas f acul dades do homem. "

Por t ant o, t endo descober t o doi s aspect os da di vi ndade noátomo e na f or ma, encont r ar emos a t r i pl i ci dade aper f ei çoada,no homem. Foi - nos di t o que o homem f oi f ei t o à i magem de 83Deus, e nós, por i sso, esper amos vê- l o r ef l et i r a nat ur ezat r í pl i ce do Logos. El e deve demonst r ar i nt el i gênci a,expr essar amor , mani f est ar vont ade. Exami nemos al gumas das

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def i ni ções do homem encont r adas no di ci onár i o e em out r osl ugar es. A def i ni ção encont r ada no St andar d Di ct i onar y épr of undament e desi nt er essant e: O homem é "um i ndi ví duo dar aça humana", e a segui r segue- se uma l onga l i st a deder i vações sugest i vas da pal avr a homem, di scor r endo por cadal í ngua conheci da e concl ui ndo com a af i r mação de que mui t asdel as são i mpr ovávei s. A der i vação que at r i bui a def i ni ção do

homem à rai z sânscr i t a "man" , aquel e que pensa, é bast ant esat i sf at ór i a, na mi nha opi ni ão. A Sr ª Besant dá uma def i ni çãoexcepci onal ment e cl ar a em um de seus l i vr os: "O homem éaquel e ser onde o espí r i t o mai s el evado e a matér i a mai sbai xa se unem pel a i nt el i gênci a" . O homem é aqui r et r at adocomo o pont o de encont r o de t odas as t r ês l i nhas de evol ução,espí r i t o, mat ér i a e o i nt el ect o l i gando- os; el e é consi der adocomo aquel e que uni f i ca o ser , o não- ser e a r el ação ent r eel es, e é vi st o como o conhecedor , o que é conheci do, econheci ment o. Qual o pr opósi t o do i nt el ecto ou doconheci ment o? Cer t ament e o de adapt ar a f or ma mat er i al às

necessi dades e exi gênci as do espí r i t o que nel e habi t a,cer t ament e habi l i t ar o pensador , dent r o do cor po, a ut i l i zá-l o i nt el i gent ement e e com al gum pr opósi t o def i ni do; e,cer t ament e, el e exi st e a f i m de que a uni dade cent r alener gét i ca possa cont r ol ar const r ut i vament e seu aspect onegat i vo. Est amos, t odos, ent i dades, ani mando uma f orma e,at r avés da i nt el i gênci a, t ent ando ut i l i zar aquel a f or ma par aum obj et i vo especí f i co que exi st e dent r o da vont adeconsci ent e do ver dadei r o ser .

Em um vel ho l i vr o ocul t i st a — t ão vel ho que sua dat a não podeser pr eci sada — encont r a- se uma def i ni ção de homem que é

mui t o escl ar ecedor a e de acor do com o pensament o que est amosprocur ando desenvol ver est a noi t e. Lá o homem é def i ni do como"a vi da e as vi das" . Vi mos que o át omo é uma vi da semani f est ando por mei o da pequena esf era da qual el e é ocent r o. Vi mos que t odas as f ormas são uma r euni ão de vi das,f ormadas nos r ei nos mi neral , veget al e ani mal . Podemos agorapassar à pr óxi ma et apa dest a gr andi osa escada evol ut i va eent ão descobr i r emos que o ser humano é a sequênci a l ógi ca quesurge de t odos esses desenvol vi ment os ant er i or es. Pr i mei r o, amat ér i a pr i mor di al , ener gi a essenci al ment e i nt el i gent e; asegui r , a mat ér i a at ómi ca em t oda sua at i vi dade var i ada,

f ormando uma combi nação de el ement os; depoi s a f or ma, ar euni ão dest es át omos at é o habi t ant e dent r o da f orma, que énão só i nt el i gênci a at i va, não só at r ação i ner ent e e amor ,mas t ambém uma vont ade obj et i va. Est e "morador i nt er no"apoderou- se da f orma quando el a havi a al cançado um cer t o gr aude prepar ação e quando as vi das component es havi am al cançadouma cer t a capaci dade vi br at ór i a; agor a el e a est á ut i l i zandoe r epet i ndo, dent r o de sua pr ópr i a esf er a de i nf l uênci a, o

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t r abal ho do át omo da mat ér i a; t odavi a, el e aparece não de umamanei r a, mas de duas, ou t r ês. No homem, por t ant o, de f at o ena ver dade, t emos o que os cr i st ãos chamar i am de "i magem deDeus" . Por que - como deve ser cl aro para todos os pensadores- a úni ca manei r a de conhecer Deus é pel o est udo de Suanat ureza, ou Sua qual i dade psí qui ca. Sabemos que Deus éi nt el i gênci a, sabemos que El e é amor , ou a gr ande f orça

at r at i va do si st ema sol ar , e sabemos que El e é a gr andevont ade ou pr opósi t o por t r ás de toda mani f est ação. Em t odaEscr i t ur a do mundo a Di vi ndade é r et r atada sob est es t r êsaspect os e se mani f est a at r avés da nat ureza dest a manei r at r í pl i ce.

A evol ução da subst ânci a é al go de cr esci ment o gr adual ; é, emt empo, supl ement ada pel a l ent a el aboração da qual i dadei nt er na subj et i va da vi da de Deus e, assi m, Sua natur ezaessenci al se r evel a. Pr i mei r o, um aspect o é r evel ado, depoi sout r o aparece vagarosament e e, f i nal ment e, pode- se ver ot ercei r o e t emos a ext r aor di nár i a combi nação e consumação, oser humano. Est e si nt et i za e f unde os t r ês aspect os, uni ndo-os em si pr ópr i o. El e é a t ot al i dade dos at r i but os di vi nos,embora est es sej am ai nda gr andement e embr i onár i os e el e t enhaque r epet i r , dent r o de seu ci cl o de evol ução, os pr ocessosi dênt i cos que o própr i o át omo segui u. Do mesmo modo que oát omo segue seu pr ópr i o cur so i nt er no e mai s t arde t em de serl evado a i ncorporar e f undi r - se a out r os át omos na f ormaçãode um gr upo, t ambém o át omo humano t er á que encont r ar ,i gual ment e, seu l ugar dent r o de uma f or ma mai or .

Por t ant o, est udemos um pouco qual o método do pr ocesso

evol ut i vo par a um ser humano. Vi mos que, nel e, t r ês l i nhasconver gem e que el e é um pont o de sí nt ese, com um aspect oai nda pr edomi nant e, o da i nt el i gênci a, com o segundo aspect oda sabedor i a, amor , j á começando a f azer sent i r sua pr esençae com o mai s el evado aspect o da vont ade espi r i t ual ai ndapur ament e embr i onár i o.

Quase t odos nós f omos cr i ados na cr ença do que se chama "aqueda do homem". Há poucas pessoas hoj e em di a que cr êem nahi st ór i a da queda como é descr i t a no t er cei r o capi t ul o doGênesi s, e a mai or i a a acei t a como t endo uma i nt erpretaçãoal egór i ca. Qual a ver dade ocul t a subj acent e nest a hi st ór i acur i osa? Si mpl esment e que a verdade sobr e a queda do espí r i t ona mat ér i a é t r ansmi t i da por i nt er médi o de um quadr o àment al i dade i nf ant i l do homem. O pr ocesso da conver são dest asl i nhas é dupl o. Temos a desci da da ent i dade na matér i a, davi da cent r al , e a encar nação do espí r i t o, e, ent ão, t emos ael abor ação, a par t i r da mat ér i a, daquel a vi da ou espí r i t o,mai s t udo que t enha si do ganho pel a ut i l i zação da f orma. Pel aexper i ment ação com a matér i a, pel a habi t ação na f orma, pel a

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ener gi zação da subst ânci a, pel a saí da do J ar di m do Éden (ol ugar onde não há campo par a o desenvol vi ment o necessár i o) , epel o vagar do Fi l ho Pr odí gi o no paí s di st ant e, t emos asvár i as et apas, most r adas na Bí bl i a cr i st ã, pel as quai s ohomem f az a descober t a de que el e não é a f or ma, mas s i m quema ut i l i za. El e é i nt el i gênci a e, por t ant o, f ei t o à i magem dat er cei r a Pessoa da Tr i ndade; el e é amor , e, at r avés del e, o

aspect o do amor da Di vi ndade se mani f est ar á al gum di aper f ei t ament e e el e poder á di zer com seu I r mão mai s vel ho oCr i st o, em r espost a à per gunt a "Senhor , most r e- nos o Pai " ,que "aquel e que me vi u, vi u o Pai " , por que Deus é Amor ; ef i nal ment e, por mei o del e, o aspect o super i or , a vont ade deDeus, se mani f est ar á e el e ser á per f ei t o, do mesmo modo queseu Pai no céu é per f ei t o.

Do mesmo modo que puder am ser vi st as t r ês et apas na evol uçãoda subst ânci a — a da ener gi a at ómi ca, a da coer ênci a gr upai ea da sí nt ese f i nal — t ambém na evol ução da vont ade do homemapar ece o mesmo. Ter emos, nas pr i mei r as et apas da evol uçãohumana, aqui l o que poder í amos chamar de et apa at ómi ca, naqual o homem chega a um conheci ment o 88 gr adual de que é urnauni dade aut o- consci ent e, com i ndi vi dual i dade t oda sua.Qual quer pessoa que t enha cr i ado cr i anças conhece bem est aetapa. Pode ser vi st o naquel e bal buci o const ant e de "meu,meu, meu" , a et apa de apr opr i ação para si , em nenhumpensament o par a al guém mai s. As cr i anças são nat ur al ,del i berada e sabi ament e egoí st as. É a et apa do reconheci ment ogr adual da exi st ênci a separ at i vi st a, e da ut i l i zação, pel oát omo humano, cada vez mai s pot ent ement e, de sua pr ópr i af orça atómi ca i nt er na. O ser humano cr i ança se rebel a cont r a

a t ut el a f or çada daquel es que pr ocur am pr ot egê- l a, e seconsi der a aut o- suf i ci ent e. Pode- se ver i st o no i ndi ví duo e nahumani dade.

Ent ão, à medi da que a vi da passa, o homem sai da et apaat ómi ca para out r a mai s el evada e mel hor , quando el e se t ornaconsci ent e de suas r el ações gr upai s, e de que possui r es-ponsabi l i dades gr upai s e que t em f unções a r eal i zar comout r os át omos separados. A consci ênci a gr upai começa a sef azer sent i r . Assi m o átomo humano encont r a seu l ugar dent r odo grupo — a uni dade mai or à qual per t ence — e o aspect o amor

começa a se evi denci ar . O homem passa da et apa at ómi ca para ada coesão gr upal .

Mai s t ar de, chega a et apa em que o homem começa a compr eenderque não só t em r esponsabi l i dades em r el ação ao gr upo, mas queexi st e al go ai nda mai or . El e compreende que é par t e de umagr ande vi da uni ver sal que subj az a t odos os grupos, que el enão é só um át omo uni ver sal , que el e não é só par t e de umgrupo, mas que, depoi s de f undi r sua i dent i dade na do gr upo —

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embor a não a perca —, o pr ópr i o gr upo deve ser uni do out r avez à consci ênci a daquel a gr ande I dent i dade Que é a sí nt esede t udo. Assi m! el e al cança a et apa f i nal de aval i açãoi nt el i gent e da uni dade di vi na.

Est a i dei a t r í pl i ce pode- se encont r ar r esumi da na Bí bl i a numaexpr essão bast ant e i nt er essant e, onde J eová di z a Moi sés, o

homem r epr esent at i vo, "Eu Sou o que Sou. " Se ci ndi r mos est ever so em suas t r ês par t es t er emos o que est ou t ent ando t r azerà l uz est a noi t e: Pr i mei r o, a consci ênci a at ómi ca, EU SOU;depoi s o grupo, EU SOU O QUE; uma consci ênci a de que el e nãoé só um i ndi ví duo separado, não só uma uni dade aut o-cent r al i zada, não só uma ent i dade aut o- consci ent e, mas queel e é al go ai nda mai or . O homem al cança, ent ão, oconheci ment o que o l evar á a sacr i f i car sua i dent i dade aser vi ço do gr upo e a uni r sua consci ênci a à do gr upo. At éagora, quase nada sabemos de t al uni ão consci ent e. A est a sesucede a et apa ai nda mai or , quando "EU SOU O QUE EU SOU" f orpar a nós, não um i deal i mpossí vel e um concei t o vi si onár i o,mas s i m uma r eal i dade f undament al , quando o homem no grupo ser econhecer como uma expr essão da vi da uni ver sal e a pr ópr i aconsci ênci a gr upai uni r - se à do agr egado de t odos os gr upos.

Supomos, e esper amos, que est ej amos r api dament e ul t r apassandoa et apa at ómi ca e que nossa esf er a de i nf l uênci a e dei nt eresse não f i que presa pel a nossa parede at ômi ca, mas qneest ej amos nos t or nando ( usando um t er mo agor a f ami l i ar )r adi oat i vos. Quando f or est e o caso, não est aremosci r cunscr i t os e l i mi t ados dent r o de nossas pr ópr i as conchas edos conf i ns est r ei t os de nossa pr ópr i a vi da i ndi vi dual , mas

começar emos a i r r adi ar e ent r ar em cont at o com out r os át omos,al cançando, assi m, o segundo est ági o, o at r at i vo.

Por t ant o, qual o obj et i vo, a f r ent e, par a cada um de nós?Qual o obj et i vo par a est es di f er ent es át omos com os quai sest amos nos ocupando? Al gumas das vel has Escr i t ur as Or i ent ai sdi zem que o obj et i vo par a o át omo da subst ânci a é aconsci ênci a de si pr ópr i o. Qual é, poi s, o obj et i vo par a oát omo humano que j á é aut o- consci ent e, que j á éi ndi vi dual i zado e que se gui a por sua vont ade? Que exi st eal ém, par a o homem? Si mpl esment e a expansão de suaconsci ênci a par a i ncl ui r a consci ênci a da gr ande vi da, ouser , em cuj o cor po el e pr ópr i o é uma cél ul a. Nosso cor pof í si co é, por exempl o, f ei t o de i ncont ávei s vi das menor es, ouát omos, cada um del es separado de seu vi zi nho, cada um del esdi f er enci ado por sua pr ópr i a at i vi dade i ner ent e, e cada umf or mando uma esf era que mant ém, dent r o de sua per i f er i a,out r as esf eras menores, ou el ét r ons. Vi mos que o homem é acar ga posi t i va e mant ém sua mul t i pl i ci dade de át omos, ouvi das menor es, energi sadas e conservando- se como f or mas

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at r avés da coesão. Ao morr er , quando o aspect o espí r i t o ser et i r a, a f or ma se desi nt egr a e se di ssol ve, e est aspequeni nas vi das consci ent es, t endo cumpr i do sua f unção,desaparecem. A consci ênci a do át omo, dent r o do cor po, é mui t odi f erent e da consci ênci a do homem, e podemos ver i st o sempensar mui t o. Admi t i ndo que o homem sej a uma cél ul a numaesf er a mai or , não ser á possí vel que haj a uma consci ênci a, que

é par a o homem o que sua consci ênci a é para a cél ul a de seucor po? Não ser á possí vel que t enhamos à nossa f r ent e aconqui st a daquel a consci ênci a, no mesmo sent i do em que oát omo de subst ânci a possa al gum di a al cançar a consci ênci a deum ser humano? Não ser i a i st o que Br owni ng t i nha em ment equando di sse: ' Humani dade, f ei t a de t odos os homens si mpl es;em t al sí nt ese t er mi na a hi st ór i a' . Aqui , el e nos apr esent aum concei t o de um Homem mai or , que é a sí nt ese ou t otal i dadede t odas as ent i dades menores. Tal vez aquel a sí nt ese possaser a gr ande Vi da, ou a Ent i dade pl anet ár i a Que é at ot al i dade da consci ênci a grupai . Eu sugi r o que do mesmo modo

que a aut o- consci ènci a é o obj et i vo para t odas as f ormas sub-humanas de vi da, e a consci ênci a- gr upal , ou consci ênci a doHomem Cel est i al , é o obj et i vo para o ser humano, ent ão devehaver t ambém par a el e um obj et i vo, que pode ser odesenvol vi ment o da consci ênci a de Deus.

Conseqüent ement e, o que vem para el e é a l ut a paradesenvol ver a consci ent i zação, que é a dos Logos sol ar .

Podemos desse modo ver a uni dade de consci ênci a, desde omenor át omo at é a Pr ópr i a Di vi ndade. Ass i m, abr e- se di ant e denós um quadr o mar avi l hoso, chei o de possi bi l i dades. Assi m, a

vi da de Deus pode ser vi st a em sua mani f est ação t r í pl i ceessenci al , desenvol vendo- se at r avés de uma consci ênci a emper manent e expansão; demonst r ando- se no át omo da subst ânci a,e se expandi ndo por i nt ermédi o da f orma at é encont r ar umponto cul mi nante no homem, depoi s cont i nuando seu cur so at ése apr esent ar como a consci ênci a pl anet ár i a, a qual é a somade t odos os est ados de consci ênci a sobr e nosso pl anet a, at er r a, at é chegarmos à Vi da bási ca f undament al Que sust ent at odas as evol uções pl anet ár i as si nt et i zadas dent r o de Suaesf er a mai or , o si st ema sol ar . Resumi ndo, t emos quat r oest ados de at i vi dade i nt el i gent e, que poder í amos chamar de

consci ênci a, aut o- consci ênci a, consci ênci a gr upai econsci ênci a de Deus. El as se apr esent am at r avés de quat r ot i pos de át omo: pr i mei r o, o át omo quí mi co e t odas as f ormasat ómi cas, 93 segundo, o át omo humano, depoi s, o át omopl anet ár i o, e, f i nal ment e, o át omo sol ar , que abr ange t udo.Ani mando est as f or mas at ômi cas podemos ver em mani f est açãot odas as f or mas de vi das do t i po sub- humano, desde a vi da doát omo da subst ânci a à vi a i nf ormat i va dos ani mai s mai ores,

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depoi s a vi da que chamamos humana, a do homem, o pensador ; asegui r , o Homem Cel est i al e, depoi s, a gr ande Vi da do si st emasol ar , a Quem o cr i st ão chama de Deus, ou Logos.

Br owni ng expr i me est a i dei a, de expansão gr adual daconsci ênci a de um ser humano at é al go mai or e mai s ampl o, nassegui nt es pal avr as:

"Quando t oda a r aça est ej a aper f ei çoada t al como o homem,t odos t ender am à humani dade. E, produzi do o homem, t udo at éent ão tem seu f i m; mas no homem compl et o começa out r a vez umat endênci a para Deus. Prognóst i cos f al aram da pr óxi ma chegadado homem; assi m, no ego do homem desper t am ant eci paçõesmaj est osas, sí mbol os, t i pos sempr e de um espl endor i ndi st i nt onaquel e cí r cul o et er no que a vi da busca.

Por que os homens começam a ul t r apassar o l i mi t e de suanat ur eza, E a descobr i r novas esper anças e cui dados quesupl ant am r api dament e suas pr ópr i as al egr i as e t r i st ezas;

el as cr escem mui t o Par a cr edos l i mi t ados do cer t o e er r ado,que desaparecem Di ant e da sede i ncomensur ável do bem;enquant o a paz Levanta- se nel es cada vez mai s. Tai s homensest ão ai nda agora na t er r a Serenos no mei o de cr i at ur as mei of ormadas Que dever i am ser sal vas por el es e uni das a el es" .

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A EVOLUÇÃO DA CONSCI ÊNCI A

Na úl t i ma semana nós est udamos, mui t o i nadequadament e, aevol ução do homem, o pensador , o mor ador dos cor pos, aquel eque os usa dur ant e o ci cl o da evol ução. Vi mos que el e er a así ntese das evol uções que o preceder am. Pr epar amos o est udodaquel a evol ução em duas pal est r as ant er i or es, nas quai spr i mei r o consi der amos a subst ânci a, ou matér i a at ómi caant er i or ao seu desenvol vi ment o at é uma f or ma, ou o mi núscul oátomo ant es de ser i ncor por ado num veí cul o de qual querespéci e. A segui r , est udamos a const r ução das f ormas por mei oda gr ande l ei de at r ação, a qual r euni u os át omos, f azendo- osvi br ar em uní ssono, pr oduzi ndo assi m uma f or ma, ou umar euni ão de át omos. Chegamos ao r econheci ment o de que, nasubst ânci a at ómi ca, t í nhamos um aspect o da Cabeça de Deus, ouda Di vi ndade, e da For ça ou ener gi a cent r al do si st ema sol ar ,mani f est ando- se sob o aspect o da i nt el i gênci a, e vi mos que no

aspect o f ormal da nat ureza mani f est ava- se uma out r a qual i dadeda Di vi ndade, a do amor ou at r ação, a f or ça de coesão quemant ém a f or ma uni da. A segui r est udamos o ser humano, ouhomem, e anot amos como os t r ês aspect os di vi nos se r euni r amnel e; e r econhecemos o homem como uma vont ade cent r al semani f est ando por mei o de uma f or ma compost a de át omos eapr esent ando as t r ês qual i dades de Deus, a da i nt el i gênci a, ada sabedor i a- amor e a da f or ça de vont ade.

Hoj e sai r emos do aspect o da mani f est ação da mat ér i a com oqual t emos l i dado nas pal est r as ant er i or es, e vamos est udar a

consci ênci a dent r o da f or ma. Vi mos que o át omo pode serconsi derado como a vi da cent r al , mani f est ando- se por mei o deuma f or ma esf er oi dal e apr esent ando a qual i dade da ment e; maso át omo humano pode também ser consi der ado como uma vi dacent r al posi t i va, ut i l i zando uma f or ma e apr esent ando asdi f erent es qual i dades que enumeramos; e a segui r di ssemosque, se est i véssemos cer t os em nossa hi pótese sobr e o átomo,e se est i véssemos cer t os ao consi der ar o ser humano como umát omo, ent ão poder í amos est ender est a concepção pr i már i a aopl anet a e di zer que dent r o do át omo pl anet ár i o há uma gr andeVi da se mani f est ando at r avés de uma f or ma e most r andoqual i dades especí f i cas enquant o el abor a um obj et i voespecí f i co; e est ender est e mesmo concei t o t ambém à gr andeesf er a sol ar e à gr ande Di vi ndade Que o habi t a.

 Tomemos a quest ão da pr ópr i a consci ênci a e est udemos um poucoo pr obl ema, ocupando- nos com a r eação da vi da dent r o daf or ma. Se eu puder dest e modo di zer - l hes em l i nhas ger ai s oque f oi menci onado ant es, poder ei col ocar out r a pedr a naest r ut ur a que est ou tent ando const r ui r .

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A pal avr a consci ênci a vem de duas pal avr as l at i nas: com( com) ; esci o ( saber ) e l i t er al ment e si gni f i ca "aqui l o com oqual sabemos". Se t omarmos um di ci onár i o, encont r aremos asegui nt e def i ni ção: "O est ado de est ar al er t a" ou a condi çãode per cepção, a habi l i dade de r eagi r a est í mul os, a f acul dadede reconhecer cont at os e o poder de si ncr oni zar a vi br ação. Todas est as expressões poder i am ser i ncl uí das em qual quer

def i ni ção de consci ênci a, mas a que eu quer o enf at i zar est anoi t e é a que é dada no St andard Di ct i onary e que j ámenci onei ant es. O pensador comum que manusei a a mai or i a dosl i vr os que di scut em est e assunt o est á pr openso a consi der á-l os mui t o conf usos, por que el es di vi dem a consci ênci a e oest ado de est ar al er t a em numer osas di vi sões e subdi vi sõesat é que se est abel ece um est ado de compl et a per pl exi dade.Est a noi t e só menci onaremos t r ês t i pos de consci ênci a, quepoder í amos assi m enumer ar : Consci ênci a absol ut a, consci ênci auni ver sal e consci ênci a i ndi vi dual , e dest as t r ês só se pode,r eal ment e, def i ni r duas com al guma cl ar eza.

A consci ênci a absol ut a é pr at i cament e i mpossí vel de serr econheci da pel o pensador comum. Foi def i ni da em um l i vr ocomo: "Aquel a consci ênci a na qual t udo exi st e, t ant o opossí vel quant o o r eal " , e di z r espei t o a t udo que possa serconcebi do como t endo acont eci do, como ocor r endo ou poracont ecer . Possi vel ment e, est a é a consci ênci a absol ut a, e dopont o de vi st a da consci ênci a humana, el a é a consci ênci a deDeus, Que cont ém Nel e o passado, o pr esent e e o f ut ur o. Queé, ent ão, a consci ênci a uni ver sal ? Poder i a ser def i ni da comoa consci ênci a, pensando- se em t empo e espaço, consci ênci a coma i dei a de l ocação e sucessão nel a i ncl uí da ou, na ver dade,

consci ênci a gr upai , o pr ópr i o gr upo f ormando uma uni dademai or ou menor . Fi nal ment e, a consci ênci a i ndi vi dual pode serdef i ni da como a par cel a da consci ênci a uni ver sal que umauni dade separ ada pode cont at ar e conceber por si mesma.

Par a compr eender est as expr essões vagas — consci ênci aabsol ut a, uni ver sal e i ndi vi dual — ser i a út i l se eu t ent assei l ust r ar . Poder i a ser f ei t o como se segue: Em nossaspal est r as ant er i ores vi mos que devemos consi derar o át omo nocor po humano como uma pequena ent i dade, uma vi da mi núscul a,i nt el i gent e, e uma esf er a mi cr oscópi ca, at i va. Tomando aquel a

pequena cél ul a como nosso pont o de par t i da, podemos obter umconcei t o do que são est es t r ês t i pos de consci ênci a,consi der ando- as do pont o de vi st a do át omo e do homem. Aconsci ênci a i ndi vi dual , par a o át omo mi núscul o em um cor pohumano, ser i a sua pr ópr i a vi da vi br at ór i a, sua pr ópr i aat i vi dade i nt er na e t udo que especi f i cament e l he di gar espei t o. A consci ênci a uni ver sal , par a a pequena cél ul a,poder i a ser consi derada como a consci ênci a de todo o cor po

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f í si co, consi der ando- o como a uni dade que i ncorpora o átomo.A consci ênci a absol ut a, par a o át omo, poder i a ser consi der adacomo a consci ênci a do homem que pensa, o qual dá energi a aocor po. I st o ser i a, par a o át omo, al go t ão r emot o, do pont o devi st a de sua pr ópr i a vi da i nt er i or , que ser i a pr at i cament ei nconcebí vel e desconheci do. Cont udo, el a pr oj et a na l i nha desua vont ade a f or ma e o át omo dent r o da f or ma, e t udo que

l hes di z r espei t o. Est a i dei a só t em de ser ampl i ada at é ohomem, consi der ado como um át omo ou cél ul a dent r o do cor po deuma gr ande Ent i dade, e pode- se el abor ar l i nhas semel hant essegundo est a concepção de uma consci ênci a t r í pl i ce. Ser i aprudent e agora se consi derássemos assunt os mai s pr át i cos doque a consci ênci a absol ut a.

A ci ênci a oci dent al est á gr adual ment e chegando à concl usão daf i l osof i a esot ér i ca do Or i ent e, de que a consci ênci a deve serat r i buí da não só ao ani mal e ao ser humano, mas que se devet ambém r econhecer que el a se est ende at r avés do r ei no vegetalat é o mi ner al , e que a aut o- consci ênci a deve ser consi der adacomo a consumação do cr esci ment o evol ut i vo da consci ênci a nost r ês r ei nos i nf er i or es. Não é possí vel , no cur t o espaço det empo que t enho à mi nha di sposi ção, ent r ar no est udof asci nant e do desenvol vi ment o da consci ênci a no r ei no ani mal ,no rei no veget al , e seu apareci ment o t ambém no rei no mi ner al ;descobr i r í amos, se o f i zéssemos, que at é os mi ner ai sapr esent am si nt omas de consci ênci a, de r eação a est í mul os,que el es apr esent am si nai s de cansaço e que é possí velenvenenar um mi ner a! e assassi ná- l o, do mesmo modo que sepode assassi nar um ser humano. O f at o de que as f l or espossuem consci ênci a est á sendo mai s pr ont ament e r econheci do,

e ar t i gos de pr of undo i nt er esse t êm si do publ i cados sobr e aconsci ênci a das pl ant as, abr i ndo ampl a l i nha de pensament o.Vi mos que na mat ér i a atómi ca a úni ca coi sa que l he podemosat r i bui r com segur ança é que el a most r a i nt el i gênci a, o poderde sel eci onar e de di scr i mi nar . Est a é a car at er í st i capredomi nant e da consci ênci a, quando se mani f est a no rei nomi ner al . No rei no veget al apar ece out r a qual i dade, a dasensação ou sent i ment o de nat ur eza rudi ment ar . El e r espondede manei r a di f erent e do mi neral . No r ei no ani mal aparece umat er cei r a r eação; não só o ani mal most r a si nai s de sensaçãomui t o aument ados em r el ação ao rei no vegetal , como t ambém

most r a si nai s de i nt el ect o, ou ment e em embr i ão. O i nst i nt o éuma f acul dade r econheci da em t odas as uni dades ani mai s, e apal avr a vem da mesma r ai z que a pal avr a "i nst i gar" . Quando opoder de i nst i gar começa em qual quer f orma ani mal , é si nal deque uma ment al i dade embr i onár i a começa a se mani f est ar . Emt odos est es r ei nos t emos di f er ent es graus e t i pos deconsci ênci a se mani f est ando, enquant o no homem t emos ospr i mei r os si nt omas de aut o- consci ênci a, ou a f acul dade do

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homem pel a qual el e se consci ent i za de que é uma i dent i dadeseparada, que é o i mpul so que habi t a o cor po e quem est á nopr ocesso de se consci ent i zar por mei o dest es cor pos. Há mui t ose ensi na i st o no Or i ent e e "a f i l osof i a esot ér i ca ensi na quet udo vi ve e é consci ent e, mas que nem t oda vi da e consci ênci aé semel hant e à humana", e el a t ambém enf at i za o f at o de que"exi st em gr andes i nt er val os ent r e a consci ênci a do át omo e a

da f l or , ent r e a da f l or e a do homem e ent r e a de um homem eum Deus" . Como Br owni ng di sse: "No homem começa de novo umat endênci a par a Deus" . El e ai nda não é um Deus, mas um Deus emf ormação; el e est á el aborando a i magem de Deus, e um di a apr oduzi r á per f ei t ament e.

É el e que est á pr ocur ando demonst r ar a vi da t r í pl i ce, di vi nae subj et i va, por mei o da obj et i va.

O método do desenvol vi ment o evol ut i vo da consci ênci a em umser humano nada mai s é do que uma r epet i ção, numa vol t a mai sal t a da aspi r ai , das duas etapas que not amos na evol ução do

át omo, a da ener gi a at ómi ca e a da coesão gr upai . At ual ment epodemos ver no mundo a f amí l i a humana na er a at ómi ca seencami nhando para um obj et i vo ai nda não al cançado, a etapagr upal .

Se exi st e uma coi sa apar ent e par a t odos os que est amos deal gum modo i nt er essados na f acul dade da per cepção, e queest amos acost umados a prest ar at enção ao que acont ece à nossavol t a, é a dos gr aus di f er ent es de ment al i dade queencont r amos em t oda par t e, e os di f er ent es t i pos deconsci ênci a ent r e os homens. Encont r amos pessoas al er t as,

vi vas, consci ent es de t udo o que est á acont ecendo,prof undament e consci ent es, r espondendo às cor r ent es depensament o de vár i as espéci es nos assunt os humanos econsci ent es de t oda espéci e de cont atos; a segui r encont r amospessoas que par ecem est ar ador meci das; há, aparent ement e, t ãopouca coi sa que as i nt er essa; par ecem est ar t ot al ment eal hei as ao cont at o; est ão ai nda num est ági o de i nér ci a e nãosão capazes de r esponder a mui t os est í mul os ext er i ores; nãoest ão ment al ment e vi vas. Not a- se i st o também nas cr i anças;al gumas r espondem t ão depressa, enquant o chamamos out r as der et ar dadas. Real ment e, uma não é essenci al ment e mai sr etardada que a out r a; é si mpl esment e devi do à et apa deevol ução i nt er i or da cr i ança, a suas encar nações mai sf r equent es e ao per í odo mai or que t em ut i l i zado par a set or nar consci ent e.

 Tomemos agora as duas et apas, a at ómi ca e a da f or ma, evej amos como se desenvol ve a consci ênci a do ser humano, t endosempr e em ment e que no át omo humano est á ar mazenado t udo oque f oi adqui r i do nas et apas ant er i or es dos t r ês r ei nos

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i nf er i ores da nat ur eza. O homem é o ganhador devi do ao ampl opr ocesso evol ut i vo que exi st e por t r ás del e. El e começa comt udo, que f oi adqui r i do, l at ent e dent r o de si . El e é aut o-consci ent e e t em, di ant e de si , um obj et i vo def i ni do, aconqui st a da consci ênci a gr upai . Par a o átomo da subst ânci a amet a havi a si do a conqui st a da aut o- consci ênci a. Par a o serhumano o obj et i vo é uma Consci ênci a mai or e um al cance mai s

ampl o da per cepção.A etapa at ómi ca, a qual est amos consi derando agora, épar t i cul arment e i nt er essant e para nós, porque é a et apa emque a mai or i a dos membros da f amí l i a humana se encont r a. Nel apassamos pel o per í odo (mui t o necessár i o) de aut o- cent r al i za-ção, aquel e ci cl o no qual o homem est á pr i mordi al ment e pr é-ocupado com seus pr ópr i os assunt os, com aqui l o quepar t i cul ar ment e o i nt er essa, e vi ve sua pr ópr i a vi da i nt ensa,i nt er na, vi br ant e. Dur ant e um l ongo per í odo ant er i or a est e,e t al vez na etapa at ual ( porque eu não acr edi t o que mui t os denós sent i r - se- i am i nsul t ados se não f ôssemos consi der adoscomo t endo al cançado a per f ei ção ou at i ngi do o obj et i vo) amai or i a dos seres humanos é i ntensament e egoí st a e sóment al men i nteres- sada nas coi sas que acont ecem no mundo e,ent ão, ( Wovavel - met e por que nossos cor ações são t ocados e nãogost amos de nos sent i r desconf or t ávei s, ou nos i nt er essamospor que est á na moda; e cont udo, apesar dest a at i t ude ment al ,t oda nossa at enção est á vol t ada para as coi sas que di zemr espei t o à nossa vi da i ndi vi dual . Est amos na et apa atómi ca,i nt ensament e at i va em r el ação aos nossos pr obl emas pessoai s.Ol hem as agl omerações nas r uas de qual quer ci dade gr ande ever ão, em t oda par t e, pessoas na er a at ómi ca pr eocupadas só

com el as pr ópr i as, cent r al i zadas em seus negóci os, absor t asem obt er seu pr ópr i o pr azer , desej osas de di ver são e sói nci dent al ment e pr eocupadas com os pr obl emas r el aci onados como gr upo. Est a é uma et apa pr otet ora e necessár i a e de val oressenci al a cada uni dade da f amí l i a humana. Est aconsci ent i zação, por t ant o, nos l evar á, segur ament e, a serpaci ent es com nossos i r mãos e i r mãs que t ão f r equent ement epoder ão nos i r r i t ar .

Quai s são os doi s f at or es pêl os quai s evol uí mos par a dent r o epara f ora da et apa at ómi ca? No Or i ent e , há mui t as er as, o

método de evol ução t em si do dupl o. Foi ensi nado ao homem queel e evol ue e se t orna consci ent e, pr i mei r ament e por mei o dosci nco sent i dos, e mai s t arde pel o desenvol vi mnt o da f acul dadedo di scer ni ment o, uni da à despai xão. Aqui no Oci dent epr i mei r o enf at i zamos os ci nco sent i dos e não ensi namos odi scer ni ment o que é t ão essenci al . Se obser var mos odesenvol vi ment o de uma cr i ança notar emos, por exempl o, que obebé nor mal ment e desenvol ve os ci nco sent i dos em uma

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sequênci a or denada. O pr i mei r o sent i do que el a desenvol ve é aaudi ção; el a mover á a cabeça quando ouvi r um barul ho. Opr óxi mo sent i do ser á o t at o e el a começa a sent i r com suasmãozi nhas. O t er cei r o sent i do que parece desper t ar é o davi são. Não quer o di zer com i st o que um bebé não enxer gue, ouque nasça cego como um gat i nho, mas passam- se vár i as semanasat é que um bebé possa ver consci ent ement e e reconhecer pel o

ol har . A f acul dade est á l á, mas não há consci ent i zação. Omesmo acont ece com as expansões gr aduai s de consci ênci a eper cepções que est ão à nossa f r ent e hoj e. Nest es t r êssent i dos pr i nci pai s, audi ção, t at o e vi são, t emos umaanal ogi a mui t o i nt er essant e e uma l i gação com a t r i pl amani f est ação da Di vi ndade, o ser , o não- ser , e a r el açãoi nt er medi ár i a. Ocul t ament e, o ser ouve e r esponde à vi br ação,consci ent i zando- se desse modo. El e se t orna consci ent e donão- ser , e de sua t angi bi l i dade, pel o t at o, mas é soment equando a vi são ou r econheci ment o consci ent e at ua, que ar el ação' ent r e os doi s se est abel ece. Mai s doi s sent i dos são

ut i l i zados pel o ser ao f azer seus cont at os, o do pal adar e odo ol f at o, mas el es não são t ão essenci ai s ao desenvol vi ment oda consci ênci a i nt el i gent e quant o os out r os t r ês.

Por mei o dest es ci nco sent i dos f azemos qual quer cont atopossí vel no pl ano f í si co; por i nt er médi o del e apr endemos,cr escemos, t or namo- nos consci ent es e nos desenvol vemos; pormei o del es evol uem os gr andes i nst i nt os; el es são os gr andessent i dos pr ot et or es, que nos habi l i t am não só ao cont at o comnosso mei o- ambi ent e, mas t ambém nos pr ot egem dest e mei o-ambi ent e. Ent ão, t endo apr endi do a ser uni dades i nt el i gent espor mei o dest es ci nco sent i dos e t endo, por mei o del es,

expandi do nossa consci ênci a, at i ngi mos uma cer t a cr i se eout r o f at or apar ece, o do di scer ni ment o i nt el i gent e. Aquiest ou eu me r ef er i ndo ao di scerni ment o que uma uni dadeaut oconsci ent e demonst r a. Ref i r o- me àquel a escol ha consci ent eque você e eu evi denci amos, e que ser emos f orçados a ut i l i zarà medi da que a f or ça da evol ução nos l eve ao pont o ondeapr ender emos a di st i ngui r ent r e o ser e o não- ser , ent r e or eal e o i r r eal , ent r e a vi da dent r o da f or ma e a f or ma queel a usa, ent r e o conhecedor e o que é conheci do. Aqui t emost odo o obj et o da evol ução, a conqui st a da consci ênci a do serr eal por mei o do não- ser .

Passamos por um l ongo per í odo, ou ci cl o, de mui t as vi das, noqual nos i dent i f i camos com a f or ma e de t al manei r a nosi dent i f i camos com o não- ser que não per cebemos qual querdi f er ença, est ando i nt ei r ament e ocupados com as coi sast r ansi t ór i as e t empor ár i as. É est a i dent i f i cação com o não-ser que l eva a t oda dor , i nsat i sf ação e t r i st eza no mundo e,contudo, devemos l embrar - nos de que at r avés dest a r eação do

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ser ao não- ser , i nevi t avel ment e apr endemos e, f i nal ment e, nosl i vr amos do t r ansi t ór i o e do i r r eal . Est e ci cl o dei dent i f i cação com o i r r eal é par al el o à et apa da consci ênci ai ndi vi dual . Como o át omo da subst ânci a pr eci sa de al gum modoencont r ar seu cami nho par a al guma f or ma e adi ci onar sua quot ade vi t al i dade a uma uni dade mai or , da mesma manei r a, pel odesenvol vi ment o evol ut i vo da consci ênci a, o át omo humano deve

al cançar um pont o onde el e r econheça seu l ugar num t odo mai ore assuma sua r esponsabi l i dade na at i vi dade gr upai . Est a é aet apa da qual um grande número da f amí l i a humana est á agor ase apr oxi mando. Os homens est ão se consci ent i zando, comonunca, da di f er ença ent r e o r eal e o i r r eal , ent r e oper manent e e o t r ansi t ór i o; at r avés da dor e do sof r i ment oest ão desper t ando par a o r econheci - mnto de que o não- ser nãoé o bast ant e e est ão pesqui sando t ant o do l ado de f ora quant odo l ado de dent r o, em busca daqui l o que sej a mai s adequado àssuas necessi dades. Os homens est ão pr ocur ando compreender asi mesmos, encont r ar o Rei no de Deus dent r o de si e, pel a

Ci ênci a Ment al , pel o Pensament o Novo e pel o est udo dapsi col ogi a, at i ngi r ão cer t os gr aus de consci ent i zação deval or i ncal cul ável par a a r aça humana. Por t ant o, deve- seencont r ar i ndi cação de que a etapa da f or ma est á- seapr oxi mando r api damente e que os homens est ão sai ndo doper í odo at ómi co par a al go mui t o mel hor e mai or . O homem est ácomeçando a sent i r a vi br ação daquel a Vi da mai or dent r o deCuj o cor po el e nada mai s é do que um át omo e est á começando ar esponder consci ent ement e, em escal a pequena, ao gr andechamado e a encont r ar possí vei s canai s pêl os quai s el e possaent ender a Vi da mai or , que el e sent e, mas cont udo, ai nda nãoconhece. Se per si st i r ni st o, el e encont r ar á seu gr upo et r ocar á, ent ão, de cent r o. El e não f i car á mai s l i mi t ado porsua pr ópr i a pequena parede at ómi ca, mas a ul t r apassar á et or nar - se- á, por sua vez, uma par t e at i va, consci ent e,i nt el i gent e, do t odo mai or .

E como se ef et ua est a mudança? A et apa at ómi ca desenvol veu- seat r avés dos ci nco sent i dos e da ut i l i zação da f acul dade dadi scr i mi nação. O est ági o no qual o homem desper t a para aconsci ent i zação gr upai e se t or na um par t i ci pant e consci ent enas at i vi dades do gr upo se ef et ua de duas manei r as: pel amedi t ação e por uma sér i e de i ni ci ações. Quando emprego a

pal avr a "medi t ação" não quer o di zer o que t al vezhabi t ual ment e se compr eenda por aquel a pal avr a, um est adoment al negat i vo, r ecept i vo ou um est ado de t r anse. Há mui t af al sa i nt er pr et ação, hoj e em di a, em r el ação ao que amedi t ação r eal mente sej a e há mui t o da chamada medi t ação quef oi descr i t a por al guém, não há mui t o t empo, como "Eu f echomeus ol hos, abr o mi nha boca e esper o que al go acont eça". Aver dadei r a medi t ação é al go que requer a mai s i nt ensa

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apl i cação da mente, o máxi mo cont r ol e de pensament o e umaat i t ude nem negat i va nem posi t i va, mas um per f ei t o equi l í br i oent r e as duas. Nas Escr i t ur as Or i ent ai s, o homem que t ent a amedi t ação e at i nge seus r esul t ados é descr i t o assi m — e daconsi deração dest as pal avr as podemos obt er mui t a aj uda eescl areci ment o: "O Maha l ogue, o gr ande ascet a, em quem est ácent r al i zada a mai s el evada per f ei ção de peni t ênci a aust er a e

da medi t ação abst r ai a, pel a qual se at i nge os mai s i l i mi t adospoder es, oper am- se maravi l has e mi l agr es, adqui r e- se o mai sel evado conheci ment o espi r i t ual e se at i nge f i nal ment e auni ão com o gr ande Espí r i t o do uni ver so" . Aqui , est a uni ãocom a vi da gr upai é consi der ada como o r esul t ado da medi t açãoe não há out r o mét odo para consegui - l a.

A medi t ação ver dadei r a ( cuj as et apas pr el i mi nares são aconcent r ação e apl i cação de qual quer par t i cul ar l i nha depensament o) di f er i r á par a pessoas di f er ent es e t i posdi f er ent es. O homem r el i gi oso, o mí st i co, cent r al i zar á suaat enção na vi da dent r o da f or ma, em Deus, em Cr i st o, ounaqui l o que par a el e per soni f i ca o i deal . O homem de negóci osou o pr of i ssi onal , que dur ant e suas hor as de t r abal ho est ácl arament e cent r al i zado no assunt o que t em em mãos e quemant ém sua at enção f i xa no pr obl ema par t i cul ar que t em quer esol ver , est á apr endendo a medi t ar . Mai s t arde, quandochegar ao aspect o mai s espi r i t ual da medi t ação, el edescobr i r á que j á venceu a par t e mai s árdua do cami nho. Apessoa que l ê um l i vr o di f í ci l e l ê com t oda a f or ça e poderde seu cér ebr o, al cançando o que est á por t r ás da pal avr aescr i t a, pode est ar medi t ando t ant o quant o l he sej a possí velmedi t ar nest e per í odo. Di go i st o par a nosso encor aj ament o,

por que vi vemos em um ci cl o onde se podem encont r ar l i vr ossobr e medi t ação. Todos el es cont êm al gum aspect o da ver dade epodem est ar f azendo mui t o bem, mas podem não cont er o mel horpara cada i ndi ví duo. Preci samos encont r ar nosso pr ópr i o modode concent r ação, def i ni r nosso pr ópr i o mét odo de apr oxi maçãoàqui l o que exi st e no í nt i mo, e est udar por nós mesmos est aquest ão da medi t ação.

Gost ar i a aqui de pr onunci ar uma pal avr a de adver t ênci a.Evi t em aquel as escol as e mét odos que combi nam f ormas deexer cí ci os de r espi r ação com medi t ação, que ensi nam t i pos

di f er ent es de post ur as f í si cas e ensi nam seus est udant es acent r al i zar sua at enção nos ór gãos f í si cos ou cent r os. Os queseguem est es mét odos est ão cami nhando para o desast r e e, al émdos per i gos f í si cos envol vi dos, do r i sco da l oucur a e dedoenças ner vosas, el es se ocupam com a f or ma, que él i mi t ação, e não com o espí r i t o, que é vi da. O obj et i vo nãoserá al cançado dest e modo. Par a a mai or i a de nós aconcent r ação i nt el ect ual que resul t a no cont r ol e da ment e e

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na habi l i dade de pensar cl ar ament e e pensar soment e o quedesej amos pensar , deve pr eceder a verdadei r a medi t ação, al gosobr e o que, r aras pessoas sabem. Est a medi t ação ver dadei r a,sobr e a qual é i mpossí vel expandi r - me aqui , r esul t ará numamudança de pol ar i zação def i ni da, abr i r á ao homem exper i ênci asai nda não sonhadas, r evel ará cont atos que el e ai nda nãocompr eende e o habi l i t ará a encont r ar seu l ugar no gr upo. El e

não est ará mai s conf i nado pel o mur o de sua vi da pessoal , mascomeçará a i ncorporar aquel a vi da ao t odo mai or . El e nãoest ará mai s ocupado com coi sas de i nt er esse egoí st a, mas daráat enção aos pr obl emas do gr upo. El e não mai s usar á do t empopar a a cul t ur a de sua pr ópr i a i dent i dade, mas procur ar áent ender aquel a I dent i dade mai or da qual f az par t e. I st o ér eal ment e o que t odos os homens adi ant ados est ão mai s oumenos começando a f azer . Apesar do homem comum consci ent i zari st o mui t o pouco, gr andes pensadores, como Edi son e out r os,chegam à sol ução de seus pr obl emas pel a l i nha da medi t ação.Pel a concent r ação cont í nua, pel a r ecordação const ant e e pel a

apl i cação i nt ensi va à l i nha de pensament o que os i nt er essa,el es pr oduzem r esul t ados, chegam aos r eser vat ór i os i nt er i or esda i nspi r ação e poder e t r azem dos ní vei s super i or es do pl anoment al , r esul t ados que benef i ci am o gr upo. Quando nóspr ópr i os t i ver mos f ei t o al gum t r abal ho ao l ongo da l i nha demedi t ação, quando est i ver mos cul t i vando o i nt er esse gr upai enão o aut o- i nt er esse, quando t i ver mos cor pos f í si cos f or t es el i mpos e cor pos emoci onai s cont r ol ados e não t omados pel odesej o, quando t i ver mos cor pos ment ai s que sej am nossosi nst r ument os e não nossos donos, aí ent ão saber emos over dadei r o si gni f i cado da medi t ação.

Quando al guém ent r a em cont ato, pel a medi t ação, com o gr upo aque per t ence, t orna- se cada vez mai s consci ent e do seu gr upoe chega a uma posi ção de r eceber o que chamamos de sér i e dei ni ci ações. Est as i ni ci ações são si mpl esment e expansões deconsci ênci a, ef et uadas com a aj uda Daquel es que j á at i ngi r amo obj et i vo, Que j á Se i dent i f i car am com o gr upo e que são umapar t e consci ent e do cor po do Homem Cel est i al . Com Suaassi st ênci a e aj uda, o homem desper t ará gr adual ment e para aconsci ent i zação Del es.

Há mui t o i nt er esse em t oda par t e, hoj e, pel o assunt o da

i ni ci ação, e uma ênf ase exagerada f oi dada ao seu aspect ocer i moni al . Preci samos l embr ar - nos que cada gr andedesabr ochar da consci ênci a é uma i ni ci ação. Cada passo af r ent e no cami nho da per cepção é uma i ndi cação. Quando umát omo de subst ânci a t r ansf ormou- se em uma f orma, i sso f oi umai ni ci ação par a est e át omo. El e per cebeu out r o t i po de f or ça eo al cance do seu contat o t or nou- se mai s ampl o. Quando aconsci ênci a do rei no veget al f undi u- se com a do r ei no ani mal

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e a vi da passou do r ei no i nf er i or par a o super i or , f oi umai ni ci ação. Quando a consci ênci a do ani mal expandi u- se para ado ser humano, out r a gr ande i ni ci ação ocor r eu. Todos osquat r o r ei nos f oram penet r ados por mei o de uma i ni ci ação ouexpansão de consci ênci a. O qui nt o r ei no, ou espi r i t ual ,encont r a- se agora à f r ent e da f amí l i a humana e se penet r anel e por mei o de uma cer t a i ni ci ação, como se pode ver por

aquel es que i nt el i gent ement e l êem seu Novo Test ament o. Emt odos est es casos est as i ni ci ações f or am ef et uadas pel a aj udaDaquel es que j á conhecem. Ass i m, t emos no esquema evol ut i vo,não gr andes l acunas ent r e um r ei no e out r o, e ent r e um est adode percepção e out r o, mas um gr adual desenvol vi ment o deconsci ênci a, no qual cada um de nós t eve e t er á suapar t i ci pação. Se puder mos l embr ar dest a uni ver sal i dade dei ni ci ação, t er emos um pont o de vi st a mel hor di mensi onado emr el ação a el a. Cada vez que nos t ornar mos mai s consci ent es denosso mei o- ambi ent e e nosso conteúdo ment al f or aument ado,ser á uma i ni ci ação em escal a r eduzi da. Cada vez que nosso

hor i zont e se al ar ga e pensamos e vemos mai s ampl amente, é umai ni ci ação e aqui est á, par a nós, o val or da pr ópr i a vi da e agrandeza de nossa opor t uni dade.

Desej o aqui enf at i zar um pont o: cada i ni ci ação t em que seraut o- i ni ci ada. Aquel a et apa f i nal , quando uma aj uda def i ni danos é t r azi da de f ont es ext er nas, não é at i ngi da por que haj agr andes Ser es ansi osos por nos aj udar , Que vêm até nós et ent am nos el evar . El a vem a nós por que f i zemos o t r abal honecessár i o, e nada pode i mpedi - l a. É nosso di r ei t o. Os queconqui st ar am podem aj udar - nos e de f at o o f azem, mas Suasmãos est ar ão at adas at é que t enhamos f ei t o nossa par t e do

empreendi ment o. Por t ant o, nada que f açamos par a aument arnossa ut i l i dade no mundo, nenhuma i ni ci at i va que tomemos par aconst r ui r cor pos mel hor es, nenhum esf or ço par a adqui r i raut ocont r ol e e equi par nosso cor po ment al , est ar á j amai sper di do; é al go que est amos acrescent ando ao tot al queacumul amos, o qual , um di a, nos t r ará uma gr ande r evel ação, eo esf orço que f i zermos, cada hora, cada di a, aument ará of l uxo de ener gi a que nos l evar á ao por t al da i ni ci ação. Osi gni f i cado da pal avr a "i ni ci ação" é "ent r ar ". Si gni f i casi mpl esment e que o i ni ci ado é aquel e que deu os pr i mei r ospassos par a o r ei no espi r i t ual e obt eve a pr i mei r a sér i e de

r evel ações espi r i t uai s, cada uma sendo uma chave par a umar evel ação ai nda mai or .

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O OBJ ETI VO DA EVOLUÇÃO

Si nt o- me mui t o acanhada ao usar um t í t ul o como o Obj et i vo daEvol ução; r econheço que soment e posso t ent ar col ocar di ant ede vocês al gumas suposi ções ext r aí das da mi nha i magi nação.Nat ur al ment e, não é possí vel par a a ment e f i ni t a aval i ar compreci são o pl ano da Di vi ndade. Tudo que podemos f azer éesl udar a hi st ór i a do passado, i nvest i gar as condi ções at uai se af i r mar de al gum modo as t endênci as r aci ai s e nat ur ai s eacompanhar , assi m, t ão l ogi cament e quant o possí vel , os vár i osdegr aus e et apas. Tudo que nos é f acul t ado é par t i r da basesól i da do conheci ment o e dos f at os adqui r i dos, depoi s r euni -l os e, a par t i r dest a reuni ão, f or mar uma hi pótese do quepossa ser o obj et i vo pr ovável . É i mpossí vel i r al ém.

Em nossas pal est r as sobr e a evol ução, como menci onei napr i mei r a conf er ênci a, est i vemos de al gum modo l i dando com

suposi ções e nos preocupando com possi bi l i dades. Al gumascoi sas de f ato conhecemos e cer t as ver dades f oram af i r madas;cont udo, at é as concl usões da ci ênci a, por exempl o, das quai st ant o se f al ou quarent a anos at r ás, não são mai s consi der adascomo f at os, nem mai s usadas ou pr omul gadas t ão dr ást i ca eenf at i cament e como er am. A pr ópr i a ci ênci a a cada anodescobre que seu conheci ment o é mui t o r el at i vo. Quant o mai sal guém compr eende e sabe, mai or é o hor i zont e que se abr edi ant e del e. Agor a os ci ent i st as esi ão se aveni ur ando nospl anos mai s sut i s da mat ér i a, e, por t ant o, nos r ei nos do quenão f oi comprovado, e dever í amos l embrar que at é r ecent ement e

a ci ênci a r ecusava admi t i r sua exi st ênci a. Est amosul t r apassando a esf era do que chamamos de "mat ér i a sól i da" eent r ando em r ei nos que são i nf er i dos, quando nos r ef er i mos a"cent r os de ener gi a" , " f or ça negat i va e posi t i va" e f enómenosel ét r i cos e tem- se dado mai s ênf ase à qual i dade do que àsubst ânci a. Quant o mai s para a f r ent e ol hamos, mai s ampl as set or nam nossas especul ações, e quant o mai s t ent ar mos j ust i f i car f enómenos t el epát i cos, psí qui cos e out r os, mai spenet r aremos no r ei no subj et i vo e subconsci ent e e mai sser emos f or çados a nos expr essar em t ermos de qual i dade ou deener gi a. Se, de al gum modo consegui mos j ust i f i car o que não éusual e o que ai nda é i nexpl i cável para nós e determi nar ar eal i dade do ocul t o, pr ovocar emos uma condi ção que poder i aser chamada de par adoxal . Gr adual ment e f ar emos o subj et i vot or nar - se obj et i vo.

O assunt o que vou est udar agor a é al go que nos af et a mui t o deper t o: a saber , a conqui st a, pel o Homem, da consci ênci agrupal que é o seu obj et i vo, e as expansões de sua pequenaconsci ênci a at é est ar à al t ur a da consci ênci a mai or que a

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engl oba. Vocês se l embr arão que, ao t ent ar expl i car adi f er ença ent r e a aut o- consci ênci a, a consci ênci a gr upal e aconsci ênci a de Deus, eu a i l ust r ei most r ando que no pequenoát omo da subst ânci a no corpo f í si co, aquel a mi núscul a vi dacent r al i zada que vai até a const i t ui ção da f orma humana,t í nhamos uma cor r espondênci a com a aut o- consci ênci a do serhumano; que a vi da do cor po f í si co, consi der ando- a em cada um

de seus depar t ament os como um t odo, é par a a pequena cél ul aaut o- suf i ci ent e o que a consci ênci a gr upal é par a nós; e quea consci ênci a do homem r eal , a ent i dade i nf or mat i va dent r o docor po, é par a aquel e át omo o que a consci ênci a de Deus é paranós, t ão i nexpl i cável e r emota. Se puder mos ampl i ar est econcei t o do át omo em nosso corpo e sua r el ação com o homem, opensador , at é o át omo humano, consi derando- o como uma uni dadedent r o de um corpo ai nda mai or , poder emos chegar acompr eender a di f er ença r adi cal ent r e est es t r ês r ai os deconsequênci a.

Há uma anal ogi a mui t o i nter essant e ent r e a evol ução do át omoe a do homem ( e pr esumo, por t ant o, a da Di vi ndade pl anet ár i ae a do Logos Sol ar ) nos doi s mét odos de desenvol vi ment o quese seguem. Vi mos que o át omo t em sua pr ópr i a vi da, at ómi ca, eque cada át omo de subst ânci a no si st ema sol ar é t ambém umpequeno si st ema em si , t endo um cent r o posi t i vo, ou solcent r al , com os el ét r ons, ou o aspect o negat i vo, gi r ando emsuas órbi t as ao r edor del e. Tal é a vi da i nt er na do át omo,seu aspect o aut o- cent r al i zado. Regi st r amos, t ambém, que oát omo est á sendo est udado, agor a, segundo uma l i nha mai snova, a da radi oat i vi dade e est á- se t ornando apar ent e, emmui t os casos, que há uma r adi ação em at i vi dade. At é onde est a

descober t a nos l evar á é i mpossí vel pr ever , porque o est udodas subst ânci as r adi oat i vas ai nda est á na sua i nf ânci a er eal ment e mui t o pouco se sabe. Mui t a coi sa do ant er i or ensi noda Fí si ca f oi r evol uci onado pel a descober t a do r ádi o e quant omai s os ci ent i st as descobr em, mai s cl aro se t orna ( como el esprópr i os r econhecem) que est amos no l i mi ar de descober t asmui t o i mpor t ant es e na véspera de revel ações pr of undas.

A medi da que o ser humano evol ui e se desenvol ve, est as duaset apas t ambém podem ser vi st as nel e. Há a er a pr i mi t i va, ouat ómi ca, na qual t odo o cent r o de i nt er esse do homem est á

dent r o del e mesmo, dent r o de sua pr ópr i a esf era, onde oegocent r i smo é a l ei de seu ser , uma et apa necessár i a epr otet ora da evol ução. El e é pur ament e egoí st a e se pr eocupa,ant es de t udo, com seus pr ópr i os pr obl emas. A est a et apa sesucede uma out r a, post er i or , na qual sua consci ênci a começa ase expandi r , seus i nt er esses começam a se desl ocar par a f or ade sua pr ópr i a esf er a par t i cul ar e chega a época em que el ese pr eocupa com o gr upo a que per t ence. Est a et apa pode ser

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consi derada como cor r espondendo à da radi oat i vi dade. Agorael e não é só uma vi da egoí st a, mas t ambém começa a exercer umef ei t o def i ni do sobr e seu mei o. El e af ast a sua at enção de suavi da pessoal egoí st a, pr ocur a seu cent r o mai or . Dei xa de sersi mpl esment e um átomo para se t or nar , por sua vez, um el ét r one sof r er a i nf l uênci a da gr ande Vi da cent r al que o pr endedent r o de sua esf er a de i nf l uênci a.

Se f or assi m, t er emos et apas anál ogas t r anspi r ando dent r o davi da da Di vi ndade pl anet ár i a e t al vez i st o expl i casse vár i asvi ci ssi t udes e acont eci ment os do pl anet a. Fr equent ement econsi der amos os probl emas do mundo devi dos à at i vi dadehumana. A guer r a mundi al , por exempl o, é f r equentement econsi der ada o r esul t ado dos er r os e f r aquezas humanas. Tal vezsej a assi m, por que i ndubi t avel ment e as condi ções económi cas eambi ções humanas podem t ê- l a pr ovocado; mas t al vez t ambémpode t er ocor r i do devi do à concr et i zação do pr opósi t o dagr ande Vi da cent r al , Cuj a consci ênci a ai nda não é a nossa,Que t em Seus pr ópr i os pl anos, pr opósi t os e i dei as e Que,t al vez, t ambém f aça Suas exper i ênci as com a vi da. Em Suaescal a mai s ampl a e em Seu pr ópr i o ní vel mai s al t o, est eEspí r i t o pl anet ár i o est á apr endendo a vi ver , a ent r ar emcontat o e est á, do mesmo modo, expandi ndo Sua consci ênci a.El e pr ópr i o est á na escol a, do mesmo modo que cada um de nós.O mesmo pode, poi s acont ecer com o si st ema sol ar e, assi m,com acont eci ment os de t al or dem de gr andeza que escapamt ot al ment e à nossa per cepção. Tal vez haj a ocor r ênci as, nosi st ema sol ar , que sej am devi das à el aboração dos pl anos daDi vi ndade ou Logos, aquel a Vi da Cent r al Que é a or i gem daener gi a de t udo que exi st e dent r o do si st ema sol ar . Não sei ,

mas é uma l i nha de pensament o i nt er essant e par a nós, e nãof az mal especul ar , se o ef ei t o nos der uma vi são mai s ampl a,uma t ol erânci a mai or e um ot i mi smo mai s ampl o e sensat o.

 Tendo vi st o que as duas et apas, da at i vi dade at ómi ca e dar adi oat i vi dade, car act er i zam a evol ução e t odos os át omos nosi st ema sol ar , vej amos agor a quai s são os di f er ent esdesenvol vi ment os que podem ser esper ados à medi da que aconsci ênci a dent r o do át omo humano evol ui . Gost ar i a decent r al i zar nossa at enção nest e t i po humano de consci ênci a,post o que el a é a evol ução cent r al no si st ema sol ar . Quando

os t r ês aspect os da vi da di vi na são r euni dos — a vi dahabi t ant e, ou espí r i t o, a f or ma mat er i al , ou veí cul osubst anci al e o f at or da at i vi dade i nt el i gent e — acont ecer ãocer t os r esul t ados especí f i cos. Temos o gr adualdesenvol vi ment o de consci ênci a de uma espéci e par t i cul ar ; odesenvol vi ment o da qual i dade psí qui ca; o ef ei t o da vi dasubj et i va sobr e a f or ma mat er i al , a ut i l i zação da f or ma par acer t os f i ns especí f i cos, e a conqui st a de cer t as qual i dades

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pel a ent i dade que nel a habi t a. A ver dadei r a nat ur eza da vi dacent r al , sej a el a Deus ou homem, se mani f est ará no ci cl ovi t al , sej a el e sol ar ou humano. I st o é ver dadei r o par a nós,é pr ovavel ment e ver dadei r o para o Logos pl anet ár i o e, sever dadei r o para el e, t ambém, por t ant o, para o Logos Sol ar .

 Tentemos, se pudermos, segui r al guns dos di f er entes

desenvol vi ment os r el aci onados com nossos quat r o t i pos deát omos — o át omo da subst ânci a, o át omo humano, o át omopl anet ár i o e o át omo cósmi co. Um dos pr i mei r os e mai si mpor t ant es desenvol vi ment os ser á a r espost a consci ent e acada vi br ação e cont at o — i st o é, a habi l i dade de responderao não- - ser , em cada pl ano. Dei xe- me i l ust r ar . Eu poder i a i ra cer t os sal ões dest a ci dade e r euni r uma audi ênci a compost ade t r abal hador es anal f abet os e não especi al i zados, poder i af al ar - l hes e r epet i r o que di sse est a noi t e e não obt ernenhuma reação. Cont udo, eu poder i a f azer uma pal est r a quepr onunci ei dez anos at r ás, est r i t ament e na l i nha doEvangel ho, e obt er uma r eação i medi at a. Aqui a quest ão docer t o ou er r ado não cont a, mas si mpl esment e a di f erença nacapaci dade de di f er ent es t i pos de homens, em di f er ent eset apas de evol ução, par a reagi r ao cont at o e vi br ação. I st osi mpl esment e si gni f i ca que cer t as pessoas est ão num est ági oonde podem ser at i ngi das por um apel o emoci onal e podemos nosocupar del as na l i nha de sua sal vação pessoal , porque ai ndaest ão na et apa at ómi ca ant er i or . Há out r o est ági o que i ncl uiaquel e, mas que capaci t a as pessoas a r esponder t ambém a umapel o mai s i nt el ect ual , o qual l hes dá um cer t o i nt er esse esat i sf ação no t i po de di scussões que t emos desenvol vi do e quesi gni f i ca i nvest i gação dos assunt os que di zem r espei t o ao

grupo, por exempl o. Mas ambos os est ági os são i gual ment ecorretos.

Podemos consi der ar est e assunt o por um out r o ângul o: é bemposs í vel que encont r emos grandes pessoas, homens e mul her esmaravi l hosos, e que não f i quemos i mpr essi onados por el es;poder í amos passar por ei es sem r econhecê- l os e assi m per der oque el es t êm par a nos dar . I st o acont eceu na Pal est i na emr el ação ao Cr i st o, doi s mi l anos at r ás. Por que? Por que nóspr ópr i os ai nda não somos gr andes o bast ant e para r eagi r ael es. Al go ai nda f al t a em nós, que nos i mpede de compr eender

ou sent i r sua especi al vi br ação. Ouvi di zer em, e acho que éver dade, que se Cr i st o vol t asse à t er r a e cami nhasse ent r e oshomens como f ez ant es, poder i a vi ver ent r e nós di a após di a enada not ar í amos de di f er ent e, Nel e, das out r as pessoas boas edespr endi das que conhecemos. Ai nda não cul t i vamos em nós acapaci ade de r esponder ao di vi no em nosso i r mão. Nor mal ment esó vemos o que é mau e grossei r o e t omamos ci ênci a,pr i nci pal ment e, das f al has de nosso i r mão. Ai nda somos

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i nsensí vei s às mel hores pessoas. Out r o desenvol vi ment o ser áque, agora, poder emos f unci onar consci ent ement e em t odos ospl anos da exi st ênci a. Agora f unci onamos consci ent ement e nopl ano f í si co e há al gumas pessoas que são capazes def unci onar com i gual consci ênci a no pl ano mai s sut i l segui nt e,o chamado pl ano ast r al ( pal avra que me desgost a por que nãot r ansmi t e um si gni f i cado real às nossas ment es) , ou pl ano da

natur eza emoci onal , no qual um homem est á at i vo quando f orado corpo f í si co, nas horas de sono ou l ogo após a mor t e.Mui t o poucos seres humanos podem f unci onar no pl ano ment alcom a consci ênci a t otal ment e desper t a e menos ai nda f unci onamno pl ano espr i t ual . O obj et i vo da evol ução é que dever í amosf unci onar consci ent ement e, com pl ena cont i nui dade deper cepção nos pl anos f í si co, emoci onal e ment al . Est a é agr ande real i zação que um di a ser á nossa. Saber emos ent ão oque f azemos cada hor a do di a e não soment e durant e cer ca dequa- t orze horas em cada vi nt e e quat r o. At ual ment e não t emosnoção de onde f i ca a ver dadei r a ent i dade pensant e dur ant e as

hor as de sono. Não sabemos quai s são suas at i vi dades, nem acondi ção de seu mei o ambi ent e. Al gum di a ut i l i zar emos cadami nut o das hor as do di a.

O out r o obj et i vo da evol ução é t r í pl i ce, i st o é, que t enhamosvont ade, amor e ener gi a coordenados, o que por enquant o nãoacont ece. Di spomos agor a, cont i nuament e, de mui t a energi ai nt el i gent e, mas é ver dadei r ament e mui t o r aro encont r ar umapessoa cuj a vi da sej a ani mada por um obj et i vo cent r alconst ant ement e segui do e que sej a ani mada e i nst i gada pel oamor at uando at r avés da at i vi dade i nt el i gent e. Todavi a, est áchegando o t empo em que t er emos expandi do nossa consci ênci a a

t al pont o que ser emos t ão at i vos i nt er i orment e que nost or nar emos r adi oat i vos. Ver emos, ent ão, um obj et i vo def i ni do,que ser á a consequênci a do amor , e al cançar emos nossoobj et i vo pel a i nt el i gênci a. I st o é t udo o que Deus f az, nãoé? Em nossa et apa de desenvol vi ment o at ual , cer t ament e somosi ntel i gentes, mas ai nda há mui t o pouco amor . Podemos amar umpouco as pessoas que encont r amos ou com quem mant emoscont ato, e al i ment ar um amor mai or por nossa f amí l i a e ami gospr óxi mos, mas não sabemos quase nada do amor gr upal . Quando oamor gr upal nos f or pr ocl amado pêl os gr andes i deal i st as dar aça, ser á i ndubi t avel ment e verdade que teremos al cançado a

et apa onde poderemos r eagi r a el e de al gum modo e sent i r emosque el e é al go que gost ar í amos de ver r eal i zado. É boml embr ar que quant o mai s pensar mos em l i nhas def i ni t i vament eal t r uf st i cas, mel hor const r ui r emos al go de val or mui t o gr andee desenvol ver emos vagar osa e l abor i osament e os r udi ment os deuma r eal consci ênci a gr upal , a qual ai nda est á mui t o di st ant eda mai or i a de nós.

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Há vár i os out r os desenvol vi ment os com os quai s nos poder í amosocupar dur ant e nosso pr ocesso evol ut i vo mas que se acham t ãoà nossa f r ent e que são pr at i cament e i nconcebí vei s, a não serque t i véssemos um t i po especi al de ment e capaz de al gum modode pensar abst r at o. Há a et apa na qual poderemos t r anscenderao tempo e ao espaço, quando a consci ênci a do gr upo em t odasas par t es do pl anet a, por exempl o, f or nossa consci ênci a, e

quando nos f or t ão f áci l ent r ar em cont at o com a consci ênci ade um ami go na í ndi a, Áf r i ca ou qual quer out r o l ugar , como seel e est i vesse aqui ; a separ ação e a di st ânci a não serãobar r ei r as par a o r el aci onament o. Pode- se ver si nt omas di st ona habi l i dade com que al gumas pessoas se comuni camt el epat i cament e ou pr at i cam a psi comet r i a. é i nt er essant egast ar al gum t empo vi sual i zando est e obj et i vo di st ant e ei magi nando a r eal i zação do Logos bi l hões de anos à f r ent e,por ém o que é de vi t al i nt er esse é obt er al guma i dei a dapr óxi ma et apa; e compr eender o que podemos esperar queacont eça, r el aci onado ao pr ocesso evol ut i vo dur ant e os

próxi mos mi l hares de anos. Consi deremos est a i dei a. Há, comosabemos, t r ês l i nhas ger ai s de pensament o no mundo: aci ent í f i ca, a rel i gi osa e a f i l osóf i ca. O que t emos nel as? Nal i nha de pensament o ci ent í f i co, engl obamos t udo o que di zr espei t o à mat ér i a, ao aspect o subst ânci a da mani f est ação;el a l i da com a obj et i vi dade e com o que é mat er i al , t angí vele vi st o; l i t er al ment e, com o que pode ser pr ovado. Nopensament o r el i gi oso, t emos o que di z r espei t o à vi da dent r oda f or ma, ao que l i da com a vol t a do espí r i t o à sua or i gem,mai s t udo o que se t em adqui r i do pel o uso da f orma; el e ser ef er e ao l ado sub- j et i vo da nat ur eza. No pensament of i l osóf i co t emos o que eu poder i a chamar a ut i l i zação dai nt el i gênci a pel a vi da que habi t a, a f i m de que a f or ma possaser adaptada adequadament e à sua necessi dade. Est udemos,nest a l i gação, cer t os desenvol vi ment os que poder emos procur arno f ut ur o pr óxi mo, l embr ando que t udo que eu di sser t em ai nt enção de ser sugest i vo e que eu f al o sem qual quer espí r i t odogmát i co.

É óbvi o, para a mai or i a dos pensadores, que a ci ênci a, t endocomeçado o est udo da radi oat i vi dade, est á no l i mi t e dadescober t a de qual é a natur eza da f orça que exi st e dent r o dopr ópr i o át omo; é bast ant e pr ovável que, mui t o em br eve,

venhamos a apr ovei t ar a ener gi a da mat ér i a at ómi ca par aqual quer pr opósi t o i magi nável , para aqueci ment o, i l umi nação epar a t udo o que se f az no mundo. Aquel a f or ça, como al guns denós j á sabem, quase f oi descober t a nos Est ados Uni dosci nquenta anos at r ás, por um homem chamado Keel y, mas não l hef oi per mi t i do par t i ci par i sso ao mundo por causa do per i goque a descober t a envol vi a. Os homens ai nda são egoí st asdemai s par a que l hes sej a conf i ada a di st r i bui ção da ener gi a

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at ómi ca. Aquel a descober t a pr ovavel ment e será paral el a aodesenvol vi ment o da consci ênci a gr upal . Só quando o homem set or nar r adi oat i vo e puder t r abal har e pensar em t er mos degr upo, ser á sensat o e segur o par a el e ut i l i zar a f or çal at ent e no át omo. Tudo na nat ureza é mui t o bem coordenado enada pode ser descober t o ou ut i l i zado ant es da hora oer t a. Sóquando o homem t ornar - se desprendi do é que est a f orça

t r emenda poder á passar às suas mãos. Todavi a, admi t o que aci ênci a f ará t r emendo pr ogr esso na compr eensão da energi aat ómi ca. Ent ão, paral el ament e à evol ução do ser humano,podemos ant eci par que o homem domi nará o ar . Há uma grandeesf er a ou pl ano vi br atór i o no si st ema sol ar , chamado de pl anoi nt ui t i vo em al guns l i vr os de ocul t i smo; na l i t er at ur aor i ent al é chamado de pl ano Búdi co, e seu sí mbol o é o ar . Domesmo modo que o homem est á começando a encont r ar seu cami nhoat r avés do desenvol vi ment o da i nt ui ção para aquel e pl ano,agora a ci ênci a est á começando a descobr i r como domi nar o ar ,e à medi da que sua i nt ui ção se desenvol ver e cr escer , o seu

cont r ol e do ar se desenvol ver á e cr escer á. Out r a coi sa quepodemos esperar ( e est á sendo r econheci da de al gum modo) é odesenvol vi ment o da habi l i dade de ver na mat ér i a mai s sut i l .Em t odos os l ugares há cr i anças nascendo que vêem mai s do quecada um de nós. Ref i r o- me a al go que se basei a excl usi vament eem bases mat er i ai s e di z r espei t o ao ol ho f í si co. Ref i r o- me àvi são et ér i ca que vê na mat ér i a mai s f i na do pl ano f í si co ouno que é chamado ét er . Est udant es e ci ent i st as na Cal i f ór ni at êm f ei t o um t r abal ho mui t o i nt er essant e nest e assunt o. O Dr .Fr eder i ck Fi nch St r ong t em t r abal hado nest a l i nha de manei r aval i osa, ensi nando que o ol ho f í si co é capaz de vereter i cament e e que a vi são et ér i ca é a f unção normal do ol ho.O que si gni f i cará o desenvol vi ment o dest a f acul dade?Si gni f i car á que a ci ênci a t er á que r eaj ust ar def i ni t i vament eseu pont o de vi st a rel at i vament e aos pl anos mai s sut i s. Secer t os aspect os e f or mas de vi da que at é agora têm si doconsi derados como i magi nár i os chegarem ao al cance da vi são dohomem ou da mul her nor mai s nos próxi mos cem anos, t eremosi nt er r ompi do de uma vez por t odas aquel e mat er i al i smo r ançosoque nos t êm car act er i zado há t ant o t empo e se o que agora éi nvi sí vel f or r econheci do ao l ongo de qual quer unha especi al ,quem di r á at é onde ser emos capazes de i r à medi da que o t empopassa? Toda a tendênci a da evol ução é par a a sí nt ese. À

medi da que penet r amos na mat ér i a, que t endemos àmat er i al i zação, t emos a heterogenei dade; à medi da quet r abal har mos de vol t a par a o espí r i t o, t ender emos à uni dade,de modo que podemos esper ar o apar eci ment o da uni dade nomundo r el i gi oso. Mesmo agor a, há um espí r i t o de t ol er ânci amui t o mai or , no ext er i or , do que ci nquent a anos at r ás; mas aépoca da gr ande uni dade f undament al que subj az a t odas asr el i gi ões est á se apr oxi mando rapi dament e e o f at o que cada

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f é é uma par t e essenci al de um gr ande t odo será r econheci dopêl os homens em t oda par t e e por est e r econheci ment o teremosa si mpl i f i cação da r el i gi ão. Os gr andes f at os cent r ai s ser ãoenf at i zados e usados e as pequenas e mesqui nhas di f erenças deorgani zação e de expl i cação não ser ão l evadas a sér i o.

Podemos t ambém esper ar um acont eci ment o mui t o i nt er essant e,

em r el ação à f amí l i a humana porque, quando a consci ênci agr upal t or nar - se, em escal a mai or , a consci ênci a obj et i va dohomem, o que ocor r er á? Teremos o homem pi sando aqui l o que nomundo r el i gi oso é chamada de "O Cami nho". Nós o ver emosr esponsabi l i zar - se por si mesmo, empenhando- se para vi ver avi da do espí r i t o, r ecusando vi ver uma vi da at ómi ca egoí st a;nós o ver emos pr ocur ar seu l ugar dent r o do t odo mai or ,encont r ando- o pel o empenho def i ni do e espont aneament e uni ndo-se àquel e grupo.

Est e é o si gni f i cado r eal do ensi nament o dado sobr e o Cami nhonas i gr ej as cat ól i ca, pr ot est ant e e budi st a. Todas el as

ensi nam como t r i l har est e Cami nho, chamando- o por nomesdi f erent es t ai s como o Cami nho, o nobr e Cami nho "Oct upl o", oCami nho da I l umi nação ou o Cami nho da Sant i dade. Cont udo é oúni co Cami nho, aquel e que br i l ha cada vez mai s, at é o di aper f ei t o.

Podemos t ambém esper ar pel o desenvol vi ment o do poder depensar em t er mos abst r at os, e pel o desper t ar da i nt ui ção. Àmedi da que as gr andes r aças se suceder am no pl anet a, houve umdesenvol vi ment o ordenado, di r i gi do, dos poderes da al ma e umasequênci a def i ni t i vament e pl anej ada. Na t er cei r a Raça Rai z, a

Lemur i ana, o aspect o f í si co do homem al cançou um al t o est ági ode per f ei ção. Mai s t arde, na gr ande r aça que pr ecedeu anossa, a at l ant e, e que per eceu no di l úvi o, desenvol veu- se anat ureza emoci onal do homem. A segui r , na r aça à qualper t encemos, a ar i ana, ou qui nt a r aça, o obj et i vo é odesenvol vi ment o da ment e concr et a ou i nf er i or e i st o est amosdesenvol vendo a cada década. Al guns est ão t ambém começando adesenvol ver o poder de pensar em t ermos abst r at os.

Quando f or est e o caso, ver emos mai s daquel a i nt eressant e,especi al capaci dade que al gumas pessoas demonst r am eevi denci am, a que chamamos de capaci dade de ser i nspi r ado.

Não est ou f al ando aqui de medi uni dade nem quer o di zercapaci dade medi úni ca. Não há nada mai s per i goso do que ousual mente compr eendi do pel o t er mo "médi um". O médi um comum éum homem de nat ur eza negat i va ou recept i va e normal ment e écoor denado t ão i mpr eci sament e em sua nat ur eza t r í pl i ce queuma f orça ou ent i dade ext er i or pode usar seu cérebr o, mão oucor po. É um f enómeno bast ant e comum. A escr i t a aut omát i ca, aspr anchet as de qui j a e as sessões espí r i t as de bai xa cat egor i a

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são mui t o comuns hoj e em di a e est ão l evando mi l hares àl oucur a ou a di st úr bi os ner vosos. Mas há al go do qual amedi uni dade é si mpl esment e uma di st orção, e i st o é ai nspi r ação. Poder ser i nspi r ado si gni f i ca que uma ment ehumana al cançou uma et apa, em sua evol ução, na qual el a est áconsci ent e e posi t i vament e sob o cont r ol e do seu eu super i or ,o Deus i nt er no. Est e r egent e i nt er no, o eu r eal , pode, pel o

cont at o def i ni do, cont r ol ar seu cér ebr o f í si co e t or nar ohomem capaz de t omar deci sões e de compreender a ver dade,compl etament e separada da f acul dade de raci oci nar ; est e Deusi nt er no pode habi l i t ar o homem a f al ar , escr ever e chegar aver dade sem usar a ment e i nf er i or . A ver dade est á dent r o denós. Quando pudermos ent r ar em cont at o com nosso Deus i nt ernot oda a ver dade nos ser á revel ada. Seremos Conhecedores. I st opor ém, é uma coi sa posi t i va e não negat i va, e si gni f i ca acol ocação de al guém em al i nhament o di r et o, consci ent e, com opr ópr i o Ego ou eu super i or e não abr i r a per sonal i dade par aqual quer ent i dade ou f ant asma.

Pode- se ver est a ocor r ênci a agora, ocasi onal ment e, mas não écom f r equênci a que o homem comum ent r a em cont ato com seu eusuper i or . Só em nossos moment os de mai or empenho, só nasgrandes cr i ses de nossas vi das e só como r esul t ado de l ongadi sci pl i na e medi t ação ár dua, i st o pode ocor r er .

Al gum di a, porém governaremos t oda nossa vi da não do pont o devi st a pessoal , egoí st a, mas do pont o de vi st a do Deusi nt er no, Que é uma revel ação di r et a do Espí r i t o no pl anosuper i or . O pont o f i nal que desej o expor est a noi t e é que oobj et i vo para cada um de nós é o desenvol vi ment o dos poderes

da al ma ou da psi que. I st o si gni f i ca que você e eu vamos serpsí qui cos. Mas não est ou usando est a pal avr a "psí qui co" comoé nor mal ment e compr eendi da em sua conot ação di ár i a. A psi queé, l i t er al ment e, a al ma i nt er i or , ou o eu super i or , queemerge do ser i nf er i or t r í pl i ce, do mesmo modo que abor bol et a sai da cr i sál i da; é aquel a bel a real i dade que vamospr oduzi r como r esul t ado de nossa vi da ou vi das aqui em bai xo.Os ver dadei r os poderes psí qui cos são aquel es que nos põem emcont ato com o gr upo. Os poderes do corpo f í si co, que usamoscada di a, nos põem em coní at o com os i ndi ví duos, mas quandot i ver mos desenvol vi do os poderes da al ma e desenvol vi do suas

pot enci al i dades, seremos ver dadei r os psí qui cos. Quai s sãoest es poderes? Tudo que posso f azer est a noi t e é enumeraral guns ent r e mui t os.

Um é o cont r ol e consci ent e da mat ér i a. A mai or i a de nóscont r ol a nossos cor pos f í si cos consci ent ement e, f azendo- osl evar avant e nossos comandos no pl ano f í si co. Al gunscont r ol am as emoções consci ent ement e, mas poucos ent r e nóspodem cont r ol ar a ment e. A mai or i a é cont r ol ada por nossos

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desej os e por nossos pensament os. Mas est á chegando a épocaem que cont r ol ar emos consci ent ement e nossa nat ur eza t r í pl i cei nf er i or . Ent ão, o t empo não exi st i r á de modo al gum par a nós. Ter emos aquel a cont i nui dade de consci ênci a nos t r ês pl anos deexi st ênci a, f í si co, emoci onal e ment al — os quai s noshabi l i t ar ão a vi ver , como o Logos, naquel a abst r açãomet af í si ca, o Et er no Agor a.

Out r o poder da al ma é a psi comet r i a. Que é psi comet r i a?Poder i a ser def i ni da como a habi l i dade de tomar de uma coi sat angí vel , t al vez per t encent e a um i ndi ví duo e, por i nt er médi odaqui l o, pôr - se en r appor t com aquel e i ndi ví duo ou com umgr upo de i ndi ví duos. A psi comet r i a é a l ei de associ ação dei dei as apl i cada à qual i dade vi br at ór i a e f or ça com opr opósi t o de obt er i nf or mação.

Al ém di sso, a r aça se t or nar á cl ar i audi ent e e cl ar i vi dent e, oque si gni f i ca a capaci dade de ouvi r e ver t ão cl arament e eagudament e nos pl anos mai s sut i s, como o f azemos no f í si co.

I st o envol ver á a capaci dade de ouvi r e ver t udo que di gar espei t o ao gr upo — i st o é, ouvi r e ver nas quar t a e qui nt adi mensões. Não sou mat emát i ca o bast ant e para t ent ar expl i carest as di mensões e sou capaz de f i car conf usa ao consi der á-l as, mas uma i l ust r ação que me f oi dada pode t ornar a coi sat oda um pouco mai s cl ara:

Um j ovem pensador sueco expl i cou- me assi m: "A quar t a di mensãoé a habi l i dade de ver at r avés e em t orno de uma coi sa. Aqui nt a di mensão é a capaci dade, por exempl o, de t omar um ol hoe, por mei o desse ol ho, col ocar - se en r appor t com t odos os

out r os ol hos no si st ema sol ar . Ver na sext a di mensão pode serdef i ni do como o poder de t omar de um gr ão de ar ei a da pr ai ae, por mei o del e, pôr - se em si nt oni a com t odo o pl anet a.Ent ão, na qui nt a di mensão, onde t omar am o ol ho, vocêsest ar i am l i mi t ados a uma l i nha par t i cul ar de mani f est ação,mas no caso da sext a di mensão, onde usar am o gr ão de ar ei a,vocês ent r ar i am em cont at o com t odo o pl anet a". I st o é al goque est á mui t o à nossa f r ent e mas é i nt er essant e f al ar sobr ei st o, e cont ém uma pr omessa para t odos.

Não há t empo para l i dar com os out r os poder es, nem eu possoenumerar quai s serão el es. Cur ar pel a aposi ção da mão est ará

ent r e el es. A mani pul ação dos f l ui dos magnét i cos e a cr i açãoconsci ent e por mei o da cor e do som são out r os. Tudo o quenos di z r espei t o r eal ment e é que agora dever í amos t omar ar esponsabi l i dade consci ent ement e, e pr ocur ar mai s e mai sf i car sob o cont r ol e do regent e i nt er no, empenhar - nos par anos t or nar r adi oat i vos e desenvol ver a consci ênci a gr upal .

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EVOLUÇÃO CÓSMI CA

Poder i a par ecer r i dí cul o al guém compr omet er - se a f al ar sobr ea Evol ução Cósmi ca, porque, natur al ment e, est e é um assunt oque nem eu, nem qual quer mor t al , conhece e, conseqüen-t ement e, somos t ot al ment e i ncapazes de nos expressar mos sobr eel e. Todavi a, exi st em cer t as deduções que podemos f azer sob al ei de anal ogi a, que podem l evar - nos a mui t os i nt er essant esdomí ni os do pensamento.

Nas úl t i mas semanas est i vemos consi der ando a evol ução doát omo de et apa em etapa at é que i ncl uí mos t odo o si st emasol ar sob o t ermo "át omo". Pr i mei r o, est udamos o át omo dasubst ânci a em l i nhas ger ai s, a segui r , est udamos o át omohumano e, mai s t ar de, apl i camos o que sabí amos a r espei t o deambos à esf er a ai nda mai or , ou átomo, um pl anet a ao qualchamamos de át omo pl anet ár i o; a segui r , est endemos ai nda mai s

a i dei a ao át omo do si st ema sol ar , consi derando- o comopossui dor de uma posi ção dent r o de um t odo ai nda mai or .

Est udamos t r ês mét odos de evol ução, ou desenvol vi ment o, emr el ação a est e assunt o. Consi deramos os aspect os queevol uí r am por i nt er médi o dest es át omos, suas qual i dades, ounatur eza psí qui ca, e vi mos como a úni ca qual i dade psí qui caque se podi a post ul ar no át omo da subst ânci a er a a qual i dadede i nt el i gênci a. A segui r , passamos às f or mas atómi cas,f or mas sub- humanas, e vi mos como as f or mas nos doi s r ei nos danatur eza, o veget al e o ani mal , demonst r avam out r a qual i dadeda Di vi ndade, a da sensação, do sent i ment o ou amorembr i onár i o, e emoção; t ambém descobr i mos que no r ei no ani malcomeçou a se most r ar uma t ercei r a qual i dade, a da ment er udi ment ar , e que quando chegamos ao át omo humano t i vemost r ês aspect os se evi denci ando — i nt el i gênci a, amor e umavont ade cent r al . Est endemos est e concei t o ao pl anet a e aosi st ema sol ar e descobr i mos que, at uando at r avés da f orma dosi st ema sol ar t í nhamos uma gr ande I nt el i gênci a, ou Ment e; queo obj eto de Sua ut i l i zação da f orma er a a demonst r ação deout r a qual i dade: amor ou sabedor i a, o t odo sendo ener gi sadopor uma gr ande VONTADE cent r al . Deduzi mos daí que est aVONTADE cent r al poder i a ser a mani f est ação de uma Ent i dade

Que i nf or ma a todo o si st ema, desde o át omo i nf er i or dasubst ânci a at é aquel a gr ande Vi da que ener gi sa o esquemapl anet ár i o.

 Tendo expost o est es f undamentos, passamos a consi derar aevol ução da vi da consci ent e dent r o da f orma at ómi ca,descobr i ndo que um t i po super i or de consci ênci a sur geconsi st ent e- ment e de cada át omo; que a consci ênci a humana se

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di st i ngue de t odas as out r as f ormas i nf er i or es por que é aut o-consci ent e; que o homem é uma vont ade i nt el i gent e,desempenhando cada ação consci ent ement e, t or nando- seconsci ent e de seu mei o- ambi ent e e el abor ando uma l i nhadef i ni da de at i vi dade com um obj et i vo especí f i co em vi st a. Aaut o- consci ênci a do homem l eva a al go mai s ampl o ai nda, àconsci ênci a do gr ande Espí r i t o pl anet ár i o, que tal vez pudesse

ser expr esso mel hor no t ermo "consci ênci a gr upal " . À medi daque a evol ução pr ogr edi r , o homem passar á da et apa da aut o-consci ênci a na qual você e eu est amos, à consci ent i zação doque si gni f i ca consci ênci a gr upal , al go ai nda pr at i cament edesconheci do, a não ser como um bel o i deal e um sonho que sepoder á mat er i al i zar num f ut ur o di st ant e. A consci ênci agr upal , por sua vez, l ogi cament e evol ui r á at é o que nós, porf al t a de um mel hor t ermo, poder í amos chamar de consci ênci a deDeus, embor a eu desapr ove o uso da pal avr a Deus, devi do aosmui t os choques que el e pr ovoca, no mundo, ent r e os di f erent espensadores da f amí l i a humana. Est as di f er enças se basei am

grandement e nas di f erenças de f r aseol ogi a, nos t ermos usadospara expr essar i dei as f undament ai s, e em mét odos var i ados deorgani zação.

Quando o ci ent i st a, por exempl o, f al a de f or ça ou ener gi a eos cr i st ãos f al am de Deus e o hi ndu usa t er mos anál ogos a "Eusou o que eu sou" , ou o Ego, est ão t odos f al ando da úni ca emesma gr ande vi da, mas per der am mui t o t empo pr ocur ando pr ovaros er r os, uns dos out r os, e a demonst r ar a pr eci são de suapr ópr i a i nt er pr et ação.

A segui r vi mos que, f al ando de modo geral , a evol ução

atômi capodi a ser di vi di da em duas par t es ou et apas; uma,chamada a et apa at ômi ca e a out r a, denomi nada, por não haverum t er mo mel hor , de et apa r adi oat i va. A et apa at ômi ca éaquel a na qual o át omo busca sua vi da egocênt r i ca, só sepr eocupa com sua pr ópr i a evol ução e com o ef ei t o dos cont at osque f az. A medi da que a evol ução pr ossegue, t orna- se cl aroque no seu devi do t empo o át omo começa a reagi r em r el ação auma vi da mai or f or a de si mesmo e ent ão, t emos o per í odoanál ogo ao da const r ução da f or ma, no qual os át omos desubst ânci a são at r aí dos por uma car ga mai or de ener gi a, ouf or ça el ét r i ca posi t i va ( se qui ser em chamá- l a assi m) que os

conduz, ou at r ai par a si , e const r ói uma f or ma à cust a del es;est es át omos de subst ânci a, por sua vez, t ornam- se ent ãoel ét r ons. Descobr i mos, assi m, que o mesmo pr ocesso é usado,t ant o no nosso caso quant o no caso de cada uni dade aut o-consci ent e, e que t emos uma vi da cent r al mant endo dent r o desua esf er a de i nf l uênci a os át omos que const i t uem osdi f er ent es cor pos, ment al , emoci onal e f í si co; que nosmani f est amos, que nos movemos e vi vemos nossa vi da e

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el aboramos nossos obj et i vos, at r ai ndo para nós os át omos dassubst ânci as adequados às nossas necessi dades, pêl os quai sf azemos os cont atos necessár i os. Est es át omos são, para nós,a vi da cent r al , o que os el éi r ons são par a a car ga posi t i vacent r al no át omo da subst ânci a. A segui r vi mos que se i ssof or ver dade, i st o é, que exi st e uma et apa egocênt r i ca, ouper í odo pur ament e at ômi co, par a o át omo, e par a o át omo

humano, poder í amos l ogi cament e pr edi zer um est ági o semel hant epara o át omo do pl anet a, habi t ado por sua vi da cent r alespi r i t ual . Assi m ent r amos no campo da especul ação.Consi der amos, ent ão, se t udo que t r anspi r a sobr e nossopl anet a não poder i a ser devi do à condi ção egocênt r i ca daEnt i dade Que est á el aborando seu obj et i vo por mei o del e.Fi nal ment e, l evamos adi ant e a mesma i dei a r el aci onada com opr ópr i o si st ema sol ar .

Passamos ent ão a consi der ar a segunda et apa, que o ci ent i st at em est udado em r el ação ao át omo do f í si co e do quí mi co nosúl t i mos vi nt e anos, a et apa radi oat i va; vi mos como houve umacondi ção anál oga a est a, na evol ução do átomo humano e queexi st e um per í odo que o pr ecede, par al el o à et apa atómi ca,onde o homem é pur ament e egoí st a, t ot al ment e egocênt r i co, enão pr est a at enção ao bem est ar do gr upo a que per t ence. Est apr i mei r a et apa é bast ant e comum no mundo de hoj e. Uma grandeper cent agem da f amí l i a humana est á na et apa at ômi ca masdevemos l embrar - nos que é uma et apa pr ot et or a e necessár i a;el a é at r avessada por t oda uni dade da f amí l i a humana na buscade seu l ugar no gr upo e habi l i t a- a a desenvol ver al go deval or par a dar ao grupo quando ent r ar na segunda et apa.

No mundo de hoj e há t ambém uni dades da f amí l i a humana queest ão passando para a segunda et apa, t ornando- se r adi oat i vase magnét i cas, i nf l uenci ando out r as f ormas e se tornandoconsci ent es do gr upo; est ão sai ndo do "Eu sou" para a et apada consci ent i zação do "Eu sou o que"; a vi da e obj et i vo dagrande Ent i dade de Cuj o cor po f azem par t e, est á começando aser r econheci da por el as; est ão- se t or nando consci ent es dopr opósi t o que exi st e por t r ás da vi da do Espí r i t o pl anet ár i oQue é o i mpul so subj et i vo que exi st e por t r ás da mani f est açãoobj et i va na t er r a. Est ão começando a col aborar com Seuspl anos, a t r abal har pel o mel horament o de seu gr upo; e a

di f erença ent r e el es e os out r os át omos da f amí l i a humana éque el es são consci ent es do gr upo, possuem um hor i zont e mai sampl o, um r econheci ment o gr upal e um obj et i vo mai or . Ao mesmot empo, el es não per dem a consci ênci a de si mesmos, nem suai dent i dade i ndi vi dual , sua pr ópr i a vi da esf er oi dal per manece,mas el es col ocam t oda a f or ça e ener gi a que f l ui del es, nãoao servi ço de seus pr ópr i os pl anos, mas numa cooperaçãoi nt el i gent e como Vi da mai or da qual f azem par t e. Tai s homens

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são poucos e di st ant es ent r e si , mas quando f or em mai snumer osos, então podemos esper ar uma mudança nas condi çõesmundi ai s, e pel a chegada do t empo que São Paul o menci onaquando di z: "Não dever i a haver di vi são no cor po, mas osmembr os dever i am cui dar - se mut uament e. Se um membr o sof r er ,t odos sof r er ão com el e, ou se um f or homenageado, t odos seal egr arão com el e. . . é o mesmo Deus que age t udo em t odos. Há

di ver si dade de dons mas o mesmo espí r i t o; há di f erenças demi ni st ér i os ( ou ser vi ço) mas o mesmo Senhor " ! Quando t odost i ver mos consci ênci a gr upal , quando est i ver mos t odosconsci ent es do obj et i vo que exi st e por t r ás da mani f est açãono pl aneta, quando f ormos consci ent ement e at i vos eempregar mos t oda nossa energi a na el abor ação dos pl anosgr upai s, aí ent ão t er emos o que o cr i st ão chama de "mi l êni o".

Se na evol ução do át omo da subst ânci a e do átomo humano t emosest as duas et apas, se el as são a base de t odo desenvol vi ment of uturo, ent ão dent r o do át omo pl anet ár i o teremos as mesmasduas et apas, aquel a na qual a Vi da pl anet ár i a est á el aborandoSeus própr i os pl anos, e uma post er i or , na qual El e ader e aospl anos mai ores da Vi da que ani ma o si st ema sol ar . Não est andoai nda em posi ção de t er uma ent r evi st a com o Espí r i t opl anet ár i o, não sou capaz de di zer - l hes se El e j á est ácol aborando com os obj et i vos do Logos Sol ar ; mas poder í amosobt er al guma i dei a dos obj et i vos ger ai s, pel o est udo daevol ução da raça e do desenvol vi ment o dos grandes pl anosi nt er naci onai s no pl anet a. Também devemos t er em ment e que,embor a nós, ser es humanos, nos consi der emos a mai or e mai sel evada mani f est ação do pl aneta, pode haver out r as evol uçõesat r avés das quai s a Vi da cent r al pode est ar t r abal hando e das

quai s ai nda sabemos pouquí ss i mo. Não dever í amos est udar só ohomem, mas si m consi der ar t ambém a evol ução angél i ca, ou aevol ução dévi ca, como o hi ndu a denomi na. I st o nos abr e umcampo i menso de especul ação e est udos.

Cont i nuando, esperaremos encont r ar etapas anál ogas no si st emasol ar . Pr ovavel ment e descobr i r emos que a gr ande Vi da queani ma todo o si st ema sol ar , a gr ande Ent i dade que o est áusando par a a el abor ação de um obj et i vo def i ni do, l he f or neceener gi a por mei o dos gr andes cent r os de f or ça a que chamamosde át omos pl anet ár i os; que est es cent r os, por sua vez,

t r abal ham por i nt er médi o de cent r os ou gr upos menor es,comuni cando sua ener gi a, at r avés de gr upos de át omos humanos,aos vár i os r ei nos da natur eza e, assi m, ao mi núscul o át omo desubst ânci a, o qual por sua vez, r ef l et e t odo o si st ema sol ar .Se pensar mos a r espei t o da quest ão da vi da at ómi ca, ver emosque el a é mui t o i nt er essant e, e nos l eva a mui t as l i nhas deconj ect ur as. Um dos pr i nci pai s pont os de i nt er esse que el aabr e é a í nt i ma cor r el ação e i nt er ação ent r e t odas as

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espéci es de át omo e a uni dade que t udo penet r a que dever áser , f i nal ment e, r econheci da. Se t i ver mos descober t o que vi r áuma et apa na evol ução de t odos os át omos, de t odas asespéci es, na qual el es sent em e buscam seu l ugar dent r o dogr upo, e de posi t i vos t r ansf or mam- se em negat i vos em r el açãoa uma vi da mai or , se f or ver dade que em t odas est asmani f est ações de consci ênci a há uma et apa aut o- consci ent e e

uma et apa de consci ênci a gr upal , não ser á l ógi co e possí velque, t al vez, af i nal de cont as, o nosso si st ema sol ar nadamai s sej a do que um át omo dent r o de um t odo mai or ? Não poderáhaver , par a o nosso si st ema sol ar , e par a nosso Logos Sol ar ,uma vi da cent r al mai or , par a a qual o Espí r i t o dent r o daesf er a sol ar sej a gr adual ment e at r aí do e a Cuj a consci ênci anossa Di vi ndade aspi r e? Não haver á i ndi cações de t al f orça ouobj et i vo em t oda par t e? Haver á esf er as mai or es de vi da sol arf or a do nosso si st ema, que exer çam ef ei t o def i ni do sobr e el e?I st o pode não passar de especul ação mas t em seus pont os dei nt er esse. Se est udarmos l i vros de ast r onomi a e pr ocur armos

nos cer t i f i car se os ast r ónomos conf i r mam est a hi pót ese,depar ar - nos- emos com gr ande quant i dade de opi ni õescont r adi t ór i as; descobr i r emos que al guns ast r ónomos di zem quedent r o das Pl êi ades há um pont o cent r al em vol t a do qualnosso si st ema sol ar gi r a, out r os di zem que o pont o magnét i code at r a- ção para o nosso si st ema sol ar est á na const el ação deHér cul es. Por out r o l ado acharemos i st o cl arament econt r adi t ór i o. Descobr i r emos que al guns ast r ônomos f al amsobr e o "i mpul so de est r el a" e di zem que o i mpul so, out endênci a, de cer t as est r el as, t em uma di r eção especí f i ca;out r os di zem que as di st ânci as são t ão gr andes que éi mpossí vel determi nar se cer t os si st emas seguem ou não umaór bi t a def i ni da.

 Todavi a, se f or mos a al guns dos l i vr os ant i gos, os quechamamos de mi t ol ógi cos ( e um mi t o pode ser def i ni do comoal go que cont ém em si uma gr ande ver dade ocul t a até queest ej amos pr eparados par a compr eendê- l a) , e se est udarmos osl i vros ant i gos do Or i ent e, descobr i r emos que em t odos el es háduas ou t r ês const el ações consi deradas como t endo r el açõespar t i cul ar ment e í nt i mas com nosso si st ema sol ar . Osast r ónomos modernos ai nda most r am uma at i t ude agnóst i ca emr el ação a est e pont o de vi st a e da vi são da ci ênci a

mat er i al i st a, é ver dade. O que est ou pr ocur ando enf at i zaraqui é que um t ópi co que di vi de as opi ni ões dos ast r ônomos eci ent i st as mas que, t odavi a, é um assunt o de di sput a, e sobr eo qual os Li vr os Or i ent ai s pr ocl amam uma opi ni ão def i ni da,deve- se basear em um f at o e que pr ovavel ment e exi st e umaspect o de ver dade na asser t i va. Pessoal ment e, eu suger i r i aque aquel e aspect o da ver dade ser á encont r ado, não segundoângul os f í si cos de i nt er pr et ação, mas segundo ângul os da

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consci ênci a; que é a evol ução psí qui ca que se pr ocessa dent r ode t odos os át omos ( usando psí qui ca no sent i do de consci ênci asubj et i va) que é suger i da nest es l i vros e a ênf ase é post anuma r el ação ocul t a que t er í amos com os out r os s i st emassol ar es. Aqui t al vez possamos descobr i r a ver dade. A vi dasubj et i va pode ser uma; a ener gi a que f l ue ent r e el es podeser uma; mas a di ver si dade est á na f orma f í si ca. Tal vez na

evol ução da i nt el i gênci a, na mani f est ação do amor ou daconsci ênci a gr upal e no desenvol vi ment o da vont ade oupr opósi t o, est ej a a uni dade, a uni dade da vi da subj et i va e nor econheci ment o f i nal de que, na f orma, e soment e na f orma,est ão a separação e a di f er enci ação.

Os ant i gos l i vr os do Or i ent e i ndi cam, ao consi der ar est eassunt o, que as set e est r el as da Ur sa Mai or , as set e est r el asdas Pl êi ades, e o Sol Si r i o, t êm uma rel ação mui t o í nt i ma comnosso si st ema sol ar e que el es mant êm uma í nt i ma r el açãomagnét i ca com nosso Logos sol ar .

Vi mos que o obj et i vo do át omo da subst ânci a é a auto-consci ênci a, e que para a Ent i dade Que est á evol ui ndo pormei o de um pl anet a, o obj et i vo pode ser a consci ênci a deDeus. Agora, quando consi der amos o Logos sol ar , as pal avr asf al t am, cont udo deve haver um obj et i vo par a El e. Podemoschamá- l a de Consci ênci a Absol ut a, se qui ser em.Exempl i f i quemos novament e. Foi - nos di t o que nosso cor po éf ormado de uma mul t i pl i ci dade de pequenas vi das, ou cél ul as,ou át omos, t endo cada um sua pr ópr i a consci ênci a i ndi vi dual .A consci ênci a do cor po f í si co, vi st a como um t odo, poder i a,do pont o de vi st a do át omo, ser consi der ada como sua

consci ênci a gr upal . Temos, a segui r , a consci ênci a do homem,o pensador . É el e quem dá ener gi a ao corpo, e o di r i ge à suavont ade — i st o é, para o átomo em seu corpo, anál oga ao quepoder í amos chamar de Consci ênci a de Deus. A consci ent i zaçãode nossa consci ênci a est á tão di st ant e da do át omo quant o aconsci ênci a do Logos sol ar est á di st ant e da nossa. Agor a,par a o át omo de nosso cor po, não poder i a aquel a consci ênci ado Logos Sol ar ser chamada de Consci ênci a Absol ut a? Est epensamento poder i a est ender - se ao átomo humano, ao át omopl anetár i o e post er i orment e poderemos decl arar que o Logossol ar al cança uma consci ênci a al ém da Sua pr ópr i a, anál oga

àquel a que se est ende ent r e o át omo de seu cor po e El epr ópr i o. Temos ent ão uma vi são maravi l hosa se abr i ndo. I st oé, t odavi a, encoraj ador em si mesmo; porque se est udarmosmi nuci osament e a cél ul a em um cor po f í si co, e consi der ar mos al onga est r ada que f oi per cor r i da ent r e a sua consci ênci a e aque o homem agor a sabe ser sua, t emos a promessa e aesper ança de conqui st a f ut ur a, e o i ncent i vo par a per si st i rem nosso esf or ço.

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Os ant i gos l i vr os do Or i ent e mant i ver am em segr edo, pormui t as er as, a ver dade sobr e mui t o que só agor a começa apenet r ar a consci ênci a do Oci dent al . El es ensi nar am ar adi oat i vi dade da mat ér i a há mi l har es de anos e t al vez haj a,af i nal de cont as, uma par cel a i gual de ver dade em seuensi nament o sobr e as const el ações. Tal vez, nas est r el as quepodemos ver nos céus di st ant es e na vi da que nel as evol ui ,

t enhamos o obj et i vo de nosso Logos sol ar , e as i nf l uênci asque f l uem em sua di r eção, at r ai ndo- o par a el as, t or nando- o,em seu devi do t empo, r adi oat i vo. Os l i vr os Or i ent ai s di zemque no sol Si r i o est á a or i gem da sabedor i a e que ai nf l uênci a ou ener gi a do amor emana de l á. A segui r , di zemque exi st e uma const el ação que est á mai s i nt i mament e l i gadaao nosso Logos Sol ar , sendo a r azão que El e ai nda não est ásuf i ci ent ement e evol uí do para poder r esponder compl etament e aSi r i us, mas El e pode r eagi r à i nf l uênci a das set e i r mãs dasPl êi ades. Est e gr upo é bast ant e i nt er essant e. Se nodi ci onár i o pr ocur ar mos a pal avra "el et r i ci dade" encont r ar emos

a sugest ão que pode ter or i gem na est r el a "El ect r a" , uma dasset e i r mãs, que al guns supõem sej a a pequena Pl êi ade per di da.Os mest r es Or i ent ai s, di zem que no mi st ér i o da el et r i ci dadeest á ocul t o t odo o conheci ment o, e que quando t i ver mospenet r ado nel e saberemos t udo que exi st e par a ser conheci do.Qual passa ser a rel ação das Pl êi ades com nosso si st ema sol arnão nos é possí vel di zer , mas at é a nossa Bí bl i a Cr i st ã ar econhece e J ó f al a das ' doces i nf l uênci as das Pl êi ades' ,enquant o al gumas das Escr i t ur as Or i ent ai s af i r mam que ar el ação est á no som ou vi br ação. Tal vez as Pl êi ades sej am aor i gem da vi da at ômi ca do nosso Logos, o aspect o i nt el i gent eat i vo, aquel e que f oi pr i mei r o desenvol vi do e que poder í amoschamar de matér i a el ét r i ca.

A segui r há a Ur sa Mai or . Há mui t a coi sa i nt er essant e di t anos escr i t os Or i ent ai s sobr e a rel ação ent r e a Ur sa Mai or eas Pl êi ades. Di z- se que as set e i r mãs são as set e esposas dasset e est r el as da Ur sa Mai or . Qual ser á, af i nal , a ver dade port r ás da l enda? Se as Pl êi ades são a or i gem da mani f est açãoel ét r i ca, o aspect o i nt el i gent e at i vo do si st ema sol ar , e suaener gi a a que ani ma t oda a matér i a, t al vez el as r epr esent em oaspect o negat i vo cuj o pól o opost o, ou aspect o posi t i vo, sãoseus set e mar i dos, as set e est r el as da Ur sa Mai or . Tal vez a

uni ão dest as duas sej a o que pr oduz nosso si st ema sol ar . Tal vez est es doi s t i pos de ener gi a, um das Pl êi ades e o out r oda Ur sa Mai or , se encont r em e sua conj unção pr oduza aquel ai ncandescênci a nos céus que chamamos de nosso si st ema sol ar .

A r el ação dest as duas const el ações, ou t al vez sua r el açãosubj et i va, deve r eal ment e t er al guma base, de f ato, ou não at er í amos vi sl umbr ado nas di f er ent es mi t ol ogi as. Deve haver

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al go que as una, dent r e as mi r í ades de const el ações, com onosso si st ema sol ar . Mas quando t ent amos dar - l he umai nt er pr et ação pur ament e f í si ca, nos per demos. Se at r abal harmos segundo l i nhas da vi da subj et i va e a l i garmoscomo ener gi a, qual i dade, ou f orça, poder emos t r opeçar sobr e aver dade e descobr i r um pouco da real i dade que pode subj azerao que à pr i mei r a vi st a par ece ser uma f ábul a sem sent i do.

Qual quer coi sa que ampl i e nosso hor i zont e, que nos habi l i t e auma ver são mai or e mai s cl ar a do que acontece no pr ocessoevol ut i vo, nos é val i oso, não porque a acumul ação de f atosver i f i cados sej a val i osa, mas devi do ao que el a nos capaci t aa f azer dent r o de nós mesmos; nossa habi l i dade de pensar emt ermos mai s ampl os e mai or es aument a; habi l i t amo- nos a veral ém do nosso pont o de vi st a egocênt r i co, e a i ncl ui r emnossa consci ênci a aspect os di f er ent es do nosso. Ao f azeri st o, est ar emos desenvol vendo a consci ênci a gr upal , ef i nal ment e compreender emos que os f at os aparent ement emaravi l hosos enf at i zados como sendo a ver dade total , e pêl os

quai s mor r emos e l utamos at r avés dos t empos, não passar am,af i nal de cont as, de f r agment os de um pl ano e por çõesi nf i ni t esi mai s de uma soma tot al gi gant esca. Tal vez, ent ão,quando vol t armos à t er r a e pudermos ol har as coi sas que nosi nt er essam agor a e que consi der amos t ão i mpor t ant es,descobr i r emos como os f at os est avam err ados, como ent ão oscompr eendí amos. Os f at os, em úl t i ma anál i se, não sãoi mpor t ant es; os f atos do sécul o passado não são mai s f atosagor a, e no pr óxi mo sécul o os ci ent i st as t al vez r i am dasnossas af i r mações dogmát i cas e se admi r em de como pudemosconsi derar a mat ér i a da manei r a que o f i zemos. é odesenvol vi ment o da vi da e a r el ação da vi da com t udo que ar odei a, o que r eal ment e i mpor t a; e, aci ma de tudo, ai nf l uênci a que exer cemos sobr e as pessoas com quem mant emoscont ato e o t r abal ho que f azemos, que af et a, para o bem oupara o mal , o gr upo onde nos encont r amos.

Ao t er mi nar est á sér i e de pal est r as, o mel hor ser i a r epet i rSão Paul o, onde el e di z:

"Consi dero que os sof r i ment os da época at ual não são di gnosde ser em compar ados à gl ór i a que nos ser á r evel ada. . . por quesomos sal vos pel a esperança. . . porque est ou convenci do que

nem a mor t e nem a vi da, nem os anj os nem os pr i nci pados, nemos poder es nem as coi sas at uai s ou as que vi r ão nem a