8º Fórum Sobre Sistema Plantio Direto - agrisus.org.br · do Vale do Paranapanema estão...
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Relatório: Projeto Agrisus PA 1837/16 Evento:
8º Fórum Sobre Sistema Plantio Direto
Data do evento: 15 de setembro de 2016.
Organização: Associação de Plantio Direto do Vale Paranapanema.
Responsável: Benedito Hélio Orlandi / Rogério Alves Rocha.
Local do evento: Salão de eventos do Assis Tênis Club / Assis /SP.
Valor financiado pela Fundação Agrisus : R$6.900,00 ( seis mil e novecentos reais ) .
Resumo:
A demanda por soluções de problemas agronômicos dos diversos setores produtivos da
região do Vale do Paranapanema foi o foco do 8º Fórum Sobre Sistema Plantio Direto,
realizado no dia 15 de setembro de 2016, no município de Assis. As tecnologias e
inovações apresentadas pelos palestrantes convidados, atenderam prontamente essa
demanda e promoveram integração e transferência de informações ( conhecimento ,
pesquisas e inovações ) entre o meio científico ( pesquisadores , professores e técnicos
), os setores produtivos da região ( agricultores , empresários agrícolas ) e empresas
agropecuárias envolvidas. A Fundação Agrisus foi apresentada a um público de 277
participantes presentes na abertura, pelo diretor presidente da Associação de Plantio
Direto do Vale do Paranapanema (APDVP) e vice presidente pelo estado de São Paulo da
Federação Brasileira de Plantio Direto e Irrigação (FEBRAPDP) Benedito Hélio Orlandi,
que ressaltou a importância do trabalho desenvolvido pela Agrisus no fomento a
pesquisa e extensão. E nos principais intervalos do evento, pela exposição do vídeo
institucional e execução da música Terra Plantada. A Fundação Agrisus foi destaque em
todo material promocional de divulgação do evento: back drop, banners, cartazes,
folders e site de inscrições - www.plantiodireto.net.br.
Introdução:
A volta ao passado é algo inconcebível neste momento atual. Agricultores da região
do Vale do Paranapanema estão utilizando grades aradoras sobre palhadas de milho
como medida de controle de ervas daninhas resistentes e pragas de solo.
O sistema plantio direto está em constante evolução e gerar soluções para os
problemas, desenvolver tecnologias e transformá-las em inovações é tarefa para
pesquisadores, professores universitários, instituições de desenvolvimento e pesquisa,
coordenadorias, entre outros. Muito conhecimento foi gerado ao longo dos anos e a
aplicação destes no campo é trabalho árduo e demorado, que exige a participação de
agricultores na validação . Transferir tecnologia é uma das proposições da APDVP e a
forma que tem proporcionado bons resultados são os fóruns de debates promovidos.
Neste oitavo fórum sobre sistema plantio direto, promover integração entre segmentos
do agronegócio e atender as demandas dos agricultores por tecnologias e inovações,
resultou em temas como: resistência de plantas daninhas, irrigação, sistema muda pré-
brotada ( mpb ), controle biológico, e micro-organismos do solo .
Coube à doutora Dana apresentar soluções de manejo de plantas daninhas resistentes,
com ênfase no sistema plantio direta; ao doutor Mauro, a inovação tecnológica plantio
de mudas pré-brotadas de cana-de-açúcar(MPB), desenvolvida em sua unidade de
pesquisa do Instituto Agronômico de Campinas ( IAC/APTA ) ; ao doutor Rodrigo, as
parcerias e experiências exitosas em irrigação no sistema pivô central; ao Doutor
Bogorni, as inovações e avanços do controle biológico de pragas; e a doutora Iêda,
demonstrar a necessidade da inclusão dos indicadores microbiológicos ( bioindicadores),
nas avaliações de qualidade do solo.
Programa do evento:
Data e horário: 15 de setembro de 2016 das 08:00 as 18:00 horas .
Programação:
08:00 horas - Recepção, inscrições e coffe break
08:30 horas - Abertura oficial
09:00 horas – “Manejo de Capim Amargoso e Buva Resistente ao Glifosato”
Dra. Dana Katia Meschede : Graduada em Engenharia Agronômica pela
Universidade Estadual do Norte Paraná (UENP) , mestre em Fitotecnia pela Universidade
Estadual de Maringá (UEM) , doutorado pela Faculdades de Ciências Agrárias
(FCA/UNESP). Atualmente é professora adjunta na Universidade Estadual de Londrina,
atuando no curso de graduação e pós-graduação com as disciplinas de Manejo de
Plantas Daninhas e Crescimento e Desenvolvimento de Plantas.
10:00 horas – “Sistema de Multiplicação MPB e sua Aplicação na Atualização do Plantel
Varietal de Cana-de-Açúcar”.
Dr. Mauro Alexandre Xavier: Graduado em
Agronomia pela Universidade do Estado de Santa Catarina (1995), mestrado em
Agronomia (Produção Vegetal) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita
Filho (2002) e doutorado em Genética e Melhoramento de Plantas pela UNESP
Jaboticabal (2011). Atualmente é pesquisador científico do Instituto Agronômico de
Campinas (IAC). Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Melhoramento
Vegetal, atuando principalmente nos seguintes temas: Melhoramento de cana-de-
açúcar e manejo varietal .
11:00 às 13:00 horas – Almoço.
14:00 horas - "Avanços no Controle Biológico : Integrando Inovações Tecnológicas ao
Sistema Plantio Direto ".
Prof. Dr. Paulo Cesar Bogorni : Graduado em engenharia agronômica
pela Universidade Federal de Santa Maria – UFSM , mestre em Fitossanidade pela
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) , Doutor em Ciências (área de
concentração : Entomologia) pela Universidade de São Paulo / Escola Superior de
Agricultura “Luiz de Queiroz” (USP/ESALQ) , Pós-Doutor em Entomologia pela
Universidade de São Paulo / Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”
(USP/ESALQ) , Atuando hoje como pesquisador colaborador do grupo INCT Controle
Biorracional de Insetos Pragas (http://www.cbip.ufscar.br/pesquisadores1.html) .
15:00 horas – “Sistemas de Irrigação : Conceitos e Inovações em Pivô Central”
Professor Doutor Rodrigo Máximo Sánchez Román: Graduado em
Engenharia em Irrigação e Drenagem pelo Instituto Superior de Ciências Agropecuárias
de La Habana (1984) , mestrado em Engenharia Agrícola pela Texas A&M University
(1990 ) , doutorado em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal de Viçosa (2006)
e pós-doutorado na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP; 2008 &
2010) . Membro da Associação Brasileira de Irrigação e Drenagem (SBEA) , da American
Society of Civil Engineers (ASCE), da American Society of Agricultural and Biological
Engineers (ASABE) e da System Dynamics Society . Tem experiência na área de
Engenharia Agrícola, com ênfase em Irrigação e Drenagem, atuando principalmente nos
seguintes temas: reuso de água residuárias na agricultura, SODIS, modelagem, recursos
hídricos, dinâmica de sistemas , cana-de-açúcar e irrigação . Professor Doutor junto ao
Departamento de Engenharia Rural na Universidade Estadual Paulista 'Júlio de Mesquita
Filho' - UNESP - Campus Botucatu, na graduação e pós-graduação. Membro do Conselho
do Departamento de Engenharia Rural, do Conselho do Curso de Graduação em
Agronomia e Coordenador do Curso de Pós-Graduação em Agronomia - Irrigação e
Drenagem na FCA/UNESP-Botucatu .
16:00 horas - "Sustentabilidade de sistemas agrícolas: A importância dos Infinitamente
Pequenos é Infinitamente Grande"
Dra. Iêda de Carvalho Mendes: graduada em engenharia agronômica
pela Universidade de Brasília (1987) e doutorado em Soil Science pela Oregon State
University (1997). É pesquisadora da Embrapa desde 1989 e trabalha na Embrapa
Cerrados. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Microbiologia do Solo,
atuando principalmente nos seguintes temas: fixação biológica do nitrogênio, ecologia
microbiana e bioindicadores de qualidade do solo. Participou dos trabalhos que
culminaram com o lançamento das estirpes SEMIA 5080 e SEMIA 5079 em 1993 e que
são utilizadas até hoje no inoculante comercial de soja. Também participou de trabalhos
que resultaram na recomendação de estirpes de rizobio para o feijoeiro (CPAC-H12) e
leguminosas forrageiras. Em 2013 publicou uma estratégia para interpretação de
bioindicadores com base no rendimento de grãos das culturas e na matéria orgânica do
solo e também a primeira tabela para interpretação de bioindicadores em latossolos de
cerrado.
17:00 horas - Mesa Redonda.
18:00 horas - Encerramento e coffe break.
Resumo das palestras:
“Manejo de Capim Amargoso e Buva Resistente ao Glifosato”
A habilidade genética de uma espécie sobreviver e reproduzir após aplicação de uma
dose herbicida, que normalmente era letal para a espécie, define resistência de plantas
daninhas. Problema recorrente na região do Vale do Paranapanema, o capim amargoso
(digitaria insularis) e a buva (conyza spp), resistentes ao glifosato, foram os destaques
da palestra da doutora Dana Meschede, que apresentou pontos importantes a serem
observados no sistema integrado de manejo de resistência de plantas daninhas, ou seja,
conhecer a fenologia das plantas daninhas, características reprodutivas e
disseminativas, efeitos competitivos diretos e indiretos; manejar e controlar as plantas
daninhas na pós colheita da soja e do milho para evitar perenização e transferência de
problemas para culturas subsequentes; adotar medidas de controle em estádios iniciais
de desenvolvimento das plantas daninhas; executar a limpeza periódica de carreadores,
cercas e estradas para reduzir propagação; manejar e conhecer as combinações,
sequências, rotação de princípios e misturas de herbicidas; auxiliar o controle com
manejo químico ou mecânico de manchas remanescentes de ervas daninhas na cultura;
praticar rotação de culturas e manter o solo sempre coberto; conscientizar os
agricultores quanto aos problemas da resistência das plantas daninhas. Citou outras
plantas daninhas resistentes ao glifosato, importantes em outras regiões, como o
azevém (lolium multiflora), o capim cloris (cloris polidactla), o capim pé-de-galinha
(eleusina indica), e alertou os agricultores presentes sobre o amaranthus (amaranthus
palmeri), que será problema em um futuro bem próximo .
Importante mensagem, destacada pela dra. Dana, é que devemos evitar uma volta ao
passado, que é o uso de preparo de solo com grades aradoras, visando o controle das
ervas daninhas, medida que desestrutura o solo e não resolve o problema. Os três
princípios básicos do sistema plantio direto: ausência de preparo ( não revolvimento do
solo ), rotação de culturas e a cobertura permanente do solo ( resíduos vegetais ),
associadas as medidas de controle apresentadas são ferramentas de um bom sistema
de integrado de manejo de resistência de plantas daninhas .
“Sistema de Multiplicação MPB e sua Aplicação na Atualização do Plantel Varietal de
Cana-de-Açúcar”
Segundo estimativas do CTC – Centro de Tecnologia Canavieira, cerca de 1,5
milhões de hectares de cana-de-açúcar são plantadas anualmente, na região centrosul,
devido a necessidade de renovação dos canaviais (17% da área total). Representa
destinar 5% da área de cana para a produção e fornecimento de mudas para o plantio.
O sistema mudas pré-brotadas (MPB), desenvolvido no centro de cana, na unidade
de Ribeirão Preto/SP, do Instituto Agronômico de Campinas ( IAC/APTA), é um processo
que gera muitos benefícios a cadeia produtiva da cana-de açúcar, ou seja , reduz o
consumo de mudas; possibilita a reposição de falhas de plantio e revitalização de
soqueiras; gera a padronização e uniformidade de plantio; qualifica processos
fitossanitários e de autenticidade varietal; tem potencial de associar redução de custos
e aumento de produtividade; favorece a logística operacional e a gestão de processos .
Segundo o Dr. Mauro, a palavra para definir a produção de MPB é simplicidade,
entretanto não devemos confundir simplicidade com fazer de qualquer jeito e sim
desenvolver o processo de produção com metodologia e aplicação de fundamentos
agronômicos. Os resultados dos poucos e ainda iniciais ensaios (1º/2ºcortes), tem
demonstrados ganhos de produtividade sobre o sistema tradicional de plantio da
canade-açúcar.
O sistema MPB, como já havia sido citado no 7º Fórum na palestra do pesquisador
Dr. Denizart, é inovação importante a ser desenvolvida e aprimorada e representará
ferramenta de grande importância na implantação de sistemas de plantio direto em
cana-de-açúcar, principalmente nos processos de renovação de canaviais.
"Avanços no Controle Biológico: Integrando Inovações Tecnológicas ao Sistema Plantio
Direto”.
Onde está a agricultura tropical? De quem poderíamos copiar? Qual o melhor sistema
de agricultura tropical do mundo?
Estamos na “única” região tropical agrícola e a agricultura teve que ser
reinventada para esta região. Hoje sabemos que para essas condições de temperatura,
onde não temos neve, não temos pausa de pragas e doenças, onde os nutrientes não
ficam nos solos esperando as próximas culturas, onde se chover muito, vão ocorrer
lixiviações do potássio, do nitrogênio e até do fósforo (senão não haveria contaminação
de lençóis freáticos por fósforo). É realidade diferente da Europa, de quem herdamos as
práticas agrícolas, que são boas para a agricultura temperada. As práticas
conservacionistas não são adequadas para a nossa agricultura, revolver o solo em
regiões tropicais, onde ocorrem altas precipitações não é recomendável. No início do
plantio direto, que surgiu como uma solução para a erosão, apareceram uma série de
dificuldades e desafios, que mostraram que o caminho era retroceder, mas sempre
apareceram pessoas corajosas, Herbert Bartz, Manoel Henrique Pereira e muitos outros,
que decidiram que o caminho não é retroceder é ir adiante.
Há três formas de controle biológico: introdução, conservação e multiplicação.
Introdução é a prática de controle, onde você importa e introduz no sistema
agropecuário, um inimigo natural, predador, parasitoide ou patógeno (microrganismos
entomopatogênicos), que esteja controlando determinada praga em algum outro lugar
do mundo. Conservação é adotar medidas que favoreçam determinado inimigo natural,
predador, parasitoide ou patógeno, presenteem um sistema agrícola. Multiplicação é a
produção massal, em laboratório, de um determinado inimigo natural, predador,
parasitoide ou microrganismo entomopatogênico, para fazer liberações inundativas em
culturas alvo. Controle biológico é uma tecnologia que exige conhecimento para que
tenha sucesso.
O controle biológico mais aceito pelos agricultores, por se assemelhar ao
controle químico, são as liberações inundativas. Para o controle das lagartas
desflolhadoras, além do parasitóide cotesia flavipes utilizado no controle da traça da
cana-de-açúcar, temos o trichogramma spp, microvespa de 0,25 mm, parasitoide de
ovos de lepidópteras. Existem diversas linhagens e para cada praga, situação e momento
a linhagem adequada. As vantagens são controle de ovos ao longo da safra (evita danos
e não é pontual), ciclo curto entre gerações (7 dias) , possibilita o manejo de populações
resistentes (não há caso de resistência). Hoje é uma ferramenta de manejo e controle
de resistências, as liberações inundativas de Trichogramma spp, em áreas de milho Bt
e soja Bt. O parasitismo das posturas dos insetos resistentes ajuda a quebrar os ciclos de
propagação destes insetos. O telenomus remus, microvespa que a característica
principal é o aparelho ovopositor telescópico, que possibilita parasitar até três camadas
de ovos, como acontece na ovoposição da lagarta do cartucho do milho (spodoptera
frugiperda) vem sendo pesquisado e testado com bons resultados.
O controle biológico de percevejo marrom da soja (euschistus heros), é feito pelo
parasitóide telenomus podisi, também uma microvespa, que parasita ovos por até 15
dias, podendo atingir 90 % de ovos parasitados no campo. Muitos destes parasitoides
existem naturalmente nas lavouras, como, encarsia formosa, trichopoda nitens,
trissolcus basalis, e mesmo o telonomus podisi, entre outros. Temos umidade, calor,
comida, inseticidas seletivos e abrigo. Porque não usar inimigos naturais que estão no
campo a nosso favor. Hoje liberam parasitoides no campo com moto , avião, drone e
vant (aguardando liberação da ANAC). Estamos falando de tecnologia menos impactante
para o meio ambiente, a um custo competitivo, com ferramentas de utilização de menor
impacto ambiental.
A Bug agentes Biológicos é uma empresa jovem, que ganhou diversos prêmios
pelo seu trabalho inovador na pesquisa e produção de organismos de controle biológico.
Figura entre as 50 empresas mais inovadoras do mundo, segundo ranking formulado
pela revista americana Fast Company. Terceira mais inovadora em biotecnologia em
2012 (2012 World Technology Awards) e primeira mais inovadora do Brasil em 2012
(BestBio 2012). Atualmente a maior produtora do parasitóide trichogramma spp. Do
mundo, com crescimento expressivo de liberações, se considerarmos que foram 45.000
hectares tratados com liberações no ano de 2010 e
1.500.000 hectares em 2016.
“Sistemas de Irrigação: Conceitos e Inovações em Pivô Central”
“O uso consciente dos recursos naturais é o ponto de partida de todo e qualquer sistema
de produção de alimentos”.
Com esta citação o Dr. Rodrigo iniciou sua palestra sobre sistemas de irrigação:
conceitos e inovações em pivô central. Há uma necessidade de melhorias na
sustentabilidade e na produtividade da água, de maneira a proporcionar uma maior
disponibilidade de alimentos com menor consumo de água .
A experiência em irrigação com pivô central demonstra a necessidade de
conhecimento sobre a disponibilidade de água para irrigação, sobre as culturas
beneficiadas, sobre a disponibilidade de mão de obra, sobre a velocidade de infiltração
e capacidade de suporte do solo, sobre a topografia da área e algumas questões devem
ser levantadas sobre o manejo da irrigação, ou, como decidir quando e quanto irrigar,
como avaliar se aplicou a quantidade suficiente de água e qual a eficiência operacional
do sistema de irrigação .
Apresentou as experiências da Nicarágua no uso de sistema de irrigação por pivô
central e qual a realidade após 27 anos da implantação destes projetos e bastante
relevante para os agricultores da região do Vale do Paranapanema, as conquistas obtidas
em experiências junto a Associação do Sudoeste Paulista de irrigantes e Plantio Direto
na Palha (ASPIPP), no projeto ciência sem fronteiras, numa colaboração entre a ASPIPP
e a Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (FCA/UNESP), para o desenvolvimento
de trabalhos de pesquisa na área de irrigação. Os resultados desta parceria são duas
teses de doutorado concluídas e três em andamento, três dissertações de mestrado
concluídas, dois softwares desenvolvidos, duas solicitações de patente, artigos
publicados nacionais (1) e internacionais(3), trabalhos apresentados em eventos
nacionais (1) e internacionais (4) e seis boletins informativos em editoração: balanço
hídrico simples; determinação da umidade do solo pelo método do tato e da aparência
do solo; avaliação do desempenho hidráulico de pivôs centrais (software); métodos
para medir vazão em sistemas de pivô central; operação e manutenção de pivôs .
Concluiu informando:
O Programa de Pós-Graduação em Irrigação e Drenagem da FCA/UNESP está
aberto a novas parcerias com os produtores envolvidos na agricultura irrigada no estado
de São Paulo.
As experiências junto a ASPIPP foram muito proveitosas e nossos pósgraduandos
aproveitaram muito a interação com os produtores, acreditamos que os produtores
tiveram um feedback interessante, produto de nossas pesquisas.
A irrigação é peça fundamental no desenvolvimento de uma agricultura
altamente tecnificada, mas deve ser considerada com maior atenção pelo produtor. Não
simplesmente como uma “máquina jogando água nas culturas”, mas como uma fonte
certa de riqueza.
"Sustentabilidade de Sistemas Agrícolas: A Importância dos Infinitamente Pequenos é
Infinitamente Grande"
“Embora a afirmação de que os micro-organismos controlam o mundo pareça um
pouco exagerada, não é. Todos os processos responsáveis pela vida no planeta Terra
dependem da atividade microbiana. Trata-se de um verdadeiro universo paralelo e
pouco conhecido, uma vez que a maior parte das espécies microbianas não cresce em
meios de cultura nos laboratórios. Por exemplo, um único grama de solo possui cerca de
1 bilhão de bactérias, 1 milhão de actinomicetos e 100 mil fungos. Em termos de número
de espécies por grama de solo os números variam de 2000 a 8,3 milhões (Gans et al.,
2005; Schloss and Handelsman, 2006). Independente do grau de conservadorismo da
estimativa utilizada, esses valores dão uma ideia da imensa diversidade metabólica das
comunidades microbianas do solo e, consequentemente da diversidade de processos
em que elas atuam.
O fato de que os microrganismos são os responsáveis diretos pelo funcionamento
do solo atuando nos processos de gênese, decomposição de resíduos orgânicos,
ciclagem de nutrientes, formação da matéria orgânica e biorremediação de áreas
contaminadas por poluentes e agrotóxicos, justificam não só a importância, mas, a
necessidade da inclusão dos indicadores microbiológicos (aqui denominados
bioindicadores), nas avaliações de qualidade do solo.
No Brasil, a maioria dos trabalhos com bioindicadores de qualidade de solo, foi
desenvolvida em cultivos anuais sob sistemas de plantio direto (SPD) e convencional
(SPC). O trabalho de Silva & Vidor (1984) foi o primeiro a comparar a microbiologia de
solos sob SPD e SPC. Desde então, existe um interesse crescente nesse tema de pesquisa.
Em contraposição a 4 trabalhos publicados entre 1990-1999, no período 2000-2014,
foram contabilizados no Brasil 59 manuscritos abordando aspectos relacionados ao uso
de bioindicadores em solos sob SPD (Mendes, 2015). Esses trabalhos permitiram um
avanço significativo no conhecimento do funcionamento biológico dos solos sob SPD em
condições tropicais e subtropicais, constituindo um valioso conjunto de informações,
que engloba as regiões agrícolas mais representativas do país.
O crescimento agrícola com sustentabilidade é uma grande oportunidade para o
Brasil, mas, para isso são necessárias métricas, que possam separar os sistemas com
diferentes “condições” de sustentabilidade. O uso dos bioindicadores pode se tornar em
um futuro próximo numa grande inovação ao permitir que sejam agregados ás análises
de rotina de solos, parâmetros relacionados ao funcionamento de sua maquinaria
biológica. “Nesta palestra foram abordados aspectos relacionados ao uso de
bioindicadores nas avaliações de qualidade do solo, o estado da arte dessa pesquisa e
as suas perspectivas de uso pelos agricultores.”
Bioindicadores de qualidade de solo: dos laboratórios de pesquisa para o campo
Iêda Carvalho Mendes
Planilha de custos e receitas do 8º Fórum Sobre Sistema Plantio Direto:
FORNECEDOR QUANTIDADE VALOR
UNITÁRIO VALOR TOTAL
RECEPÇÃO COM INSCRIÇÕES 06 R$ 100,00 R$ 600,00 PG
CERTIFICADOS 200 R$ 1,80 R$ 360,00PG
FOLDER PROMOCIONAL 200 R$ 1,17 R$ 235,00 PG
CARTAZES F 100 R$ 2,00 R$ 200,00PG
CANETAS F 200 R$ 2,07 R$ 414,00PG
PASTA F 200 R$ 4,16 R$ 832,00PG
BLOCO F 200 R$ 3,25 R$ 650,00PG
CRACHÁ F 200 R$ 1,00 R$ 200,00 PG
BANNER (backdrop) 01 4X2M R$ 380,00 R$ 380,00PG
ALMOÇO convidados 37 R$25,00 R$ 925,00PG
FOTOS R$ 300,00PG
FILMAGEM com edição/you tube R$ 1.900,00
COFFE BREAK 300 pessoas R$ 9,89 x 600 R$ 5.936,80 PG
Aluguel cadeiras F 415 R$ 1,00 300,00 R$ 415,00 PG
ÁGUA taças copos F 315,00 R$ 134,00 PG
WEBSITE DO EVENTO 01 R$ 797,72 PG
LOCAÇÃO EQUIPAMENTOS F TELÃO PROJETOR R$ 2.000,00 PG
DIFERENÇA TELÃO 01 R$ 1.500,00 PG
OUTDOOR 03 R$ 1.750,00 PG
PASSAGEM AEREA 02 R$ 586,00 PG
TAXI IEDA 150 PG + 190 R$ 340,00 PG
HOSPEDAGEM SITE 1 ano R$ 178,80 PG
ALUGUEL LOCAL F R$ 2.000,00 PG
Demonstração financeira dos recursos da fundação Agrisus:
Data Nota Fiscal Empresa / Produtos / Serviços Valor
R$
12/09/2016
004175/01 Portes Pinheiro & Cia Ltda - EPP
Crachás / Blocos e Pastas
1.682,00
13/09/2016
1629
Clelia Mafra Brindes - ME
Canetas
414,00
26/09/2016
201600000000005
Associação de Plantio Direto do Vale do
Paranapanema
Serviços prestados ao 8º Fórum Sobre
Sistema Plantio Direto (Reembolso)
4.604,00
Total 6.700,00
Informações sobre as entidades e empresas patrocinadoras:
Fundação Agrisus – Agricultura Sustentável
Agrisus :
Rua da Consolação nº 3367 - conjunto 71 - Cep : 01.416-904 - São Paulo/SP
telefone : (11)30648776 - e.mail : [email protected] - site : www.agrisus.org.br
Fealq :
Avenida Centenário nº 1080 - Cep: 13.416.000 - Piracicaba/SP - telefone :
(19)34176600 - e.mail : [email protected] - site : www.fealq.org.br Prefeitura
Municipal de Assis
Avenida Rui Barbosa nº926 – Cep : 19.814-900 – Assis/SP
Telefone : (18) 33023300 – site : www.assis.sp.gov.br
Coordenadoria de Assistência Técnica Integral
Rua Santa Cecília nº 319 – Cep : 19.806-050 – Assis/SP - telefone : (18)
33225951 – email : [email protected] - site : www.cati.sp.gov.br
Renovagro – Agricultura Renovável Ltda
Avenida Edilson Lamartine Mendes nº536 - Parque das Américas - Uberaba/MG
- Cep: 38.045-000 - telefone : (34)33347595 - site : www.penergetic.com.br .
Cooperativa Agropecuária de Pedrinhas Paulista
Estrada Municipal 020 , Km 1,68 , Pedrinhas Paulista/SP - Cep : 19.865-000
telefone : (18)33759000 - site : www.coopedrinhas.coop.br .
Coopermota – Cooperativa Agroindustrial
Avenida da Saudade nº 85 – Cândido Mota/SP – telefone : (18) 33419400 – site
: www.coopermota.net .
Cocamar – Cooperativa Agroindustrial
Estrada Osvaldo de Moraes Corrêa nº 100 – Parque Industrial – Maringá/Pr –
Telefone : (44) 32213007 – Cep : 87.065-590 – site : www.cocamar.com.br .
Grupo Novamerica – Nova América Tarumã /SP - Novamerica Caarapó/MS
Site: www.novamerica.com.br .
Assocana – Associação Rural dos Fornecedores e Plantadores de Cana da Média
Sorocabana .
Avenida Félix de Castro nº 1180 – Jardim Aeroporto - Assis/SP – telefone : (18)
34213200 – Cep : 19.813-700 – e.mail : [email protected] – site:
www.assocana.com.br
Dow Agrociences Industrial Ltda
Avenida das Nações nº 14.171 – 2º andar - Diamond Tower – Santo Amaro -
São Paulo/SP – telefone: (18) 9962127997 – site: www.dowagro.com/pt-br/brasil
Coopercitrus Cooperativa de Produtores Rurais
Praça Barão do Rio Branco nº 9 – Centro – Bebedouro/SP – telefone: (17)
33443000 / (18) 996382269 – site: www.coopercitrus.com.br
Xavier Ferramentas
Rua Capitão Assis nº 757 – centro – Assis/SP – telefone: (18) 33021839 – site:
www.lojaxavierferramentas.com.br
Coplacana
Avenida Com. Luciano Guidotti nº 1937 – Jd. Caxambú – Piracicaba/SP –
telefone: (19) 34012200 – site: www.cana.com.br
Bug Agentes Biológicos
Rodovia SP-308 Piracicaba/Charqueada km 176 + 100 m – Santa Teresinha –
Piracicaba/SP – telefone (19) 34357435 – site: www.bugagentesbiologicos.com.br
Unimaq - Máquinas agrícolas
Rodovia Raposo Tavares km 443 – Assis/SP – telefone: (18) 33021010 – site:
www.unimaqmaquinas.com.br
Fertilizantes Heringer
Avenida Feodor Gurtovenco nº 1847 – Distrito Industrial Oriente Mori –
Ourinhos/SP – telefone: (14) 33022550 – site: www.heringer.com.br
Fotos do evento :