8º Fórum Sobre Sistema Plantio Direto - agrisus.org.br · do Vale do Paranapanema estão...

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Relatório: Projeto Agrisus PA 1837/16 Evento: 8º Fórum Sobre Sistema Plantio Direto Data do evento: 15 de setembro de 2016. Organização: Associação de Plantio Direto do Vale Paranapanema. Responsável: Benedito Hélio Orlandi / Rogério Alves Rocha. Local do evento: Salão de eventos do Assis Tênis Club / Assis /SP. Valor financiado pela Fundação Agrisus : R$6.900,00 ( seis mil e novecentos reais ) . Resumo: A demanda por soluções de problemas agronômicos dos diversos setores produtivos da região do Vale do Paranapanema foi o foco do 8º Fórum Sobre Sistema Plantio Direto, realizado no dia 15 de setembro de 2016, no município de Assis. As tecnologias e inovações apresentadas pelos palestrantes convidados, atenderam prontamente essa demanda e promoveram integração e transferência de informações ( conhecimento , pesquisas e inovações ) entre o meio científico ( pesquisadores , professores e técnicos ), os setores produtivos da região ( agricultores , empresários agrícolas ) e empresas agropecuárias envolvidas. A Fundação Agrisus foi apresentada a um público de 277 participantes presentes na abertura, pelo diretor presidente da Associação de Plantio Direto do Vale do Paranapanema (APDVP) e vice presidente pelo estado de São Paulo da Federação Brasileira de Plantio Direto e Irrigação (FEBRAPDP) Benedito Hélio Orlandi, que ressaltou a importância do trabalho desenvolvido pela Agrisus no fomento a pesquisa e extensão. E nos principais intervalos do evento, pela exposição do vídeo institucional e execução da música Terra Plantada. A Fundação Agrisus foi destaque em todo material promocional de divulgação do evento: back drop, banners, cartazes, folders e site de inscrições - www.plantiodireto.net.br. Introdução: A volta ao passado é algo inconcebível neste momento atual. Agricultores da região do Vale do Paranapanema estão utilizando grades aradoras sobre palhadas de milho como medida de controle de ervas daninhas resistentes e pragas de solo. O sistema plantio direto está em constante evolução e gerar soluções para os problemas, desenvolver tecnologias e transformá-las em inovações é tarefa para pesquisadores, professores universitários, instituições de desenvolvimento e pesquisa, coordenadorias, entre outros. Muito conhecimento foi gerado ao longo dos anos e a aplicação destes no campo é trabalho árduo e demorado, que exige a participação de agricultores na validação . Transferir tecnologia é uma das proposições da APDVP e a forma que tem proporcionado bons resultados são os fóruns de debates promovidos.

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Relatório: Projeto Agrisus PA 1837/16 Evento:

8º Fórum Sobre Sistema Plantio Direto

Data do evento: 15 de setembro de 2016.

Organização: Associação de Plantio Direto do Vale Paranapanema.

Responsável: Benedito Hélio Orlandi / Rogério Alves Rocha.

Local do evento: Salão de eventos do Assis Tênis Club / Assis /SP.

Valor financiado pela Fundação Agrisus : R$6.900,00 ( seis mil e novecentos reais ) .

Resumo:

A demanda por soluções de problemas agronômicos dos diversos setores produtivos da

região do Vale do Paranapanema foi o foco do 8º Fórum Sobre Sistema Plantio Direto,

realizado no dia 15 de setembro de 2016, no município de Assis. As tecnologias e

inovações apresentadas pelos palestrantes convidados, atenderam prontamente essa

demanda e promoveram integração e transferência de informações ( conhecimento ,

pesquisas e inovações ) entre o meio científico ( pesquisadores , professores e técnicos

), os setores produtivos da região ( agricultores , empresários agrícolas ) e empresas

agropecuárias envolvidas. A Fundação Agrisus foi apresentada a um público de 277

participantes presentes na abertura, pelo diretor presidente da Associação de Plantio

Direto do Vale do Paranapanema (APDVP) e vice presidente pelo estado de São Paulo da

Federação Brasileira de Plantio Direto e Irrigação (FEBRAPDP) Benedito Hélio Orlandi,

que ressaltou a importância do trabalho desenvolvido pela Agrisus no fomento a

pesquisa e extensão. E nos principais intervalos do evento, pela exposição do vídeo

institucional e execução da música Terra Plantada. A Fundação Agrisus foi destaque em

todo material promocional de divulgação do evento: back drop, banners, cartazes,

folders e site de inscrições - www.plantiodireto.net.br.

Introdução:

A volta ao passado é algo inconcebível neste momento atual. Agricultores da região

do Vale do Paranapanema estão utilizando grades aradoras sobre palhadas de milho

como medida de controle de ervas daninhas resistentes e pragas de solo.

O sistema plantio direto está em constante evolução e gerar soluções para os

problemas, desenvolver tecnologias e transformá-las em inovações é tarefa para

pesquisadores, professores universitários, instituições de desenvolvimento e pesquisa,

coordenadorias, entre outros. Muito conhecimento foi gerado ao longo dos anos e a

aplicação destes no campo é trabalho árduo e demorado, que exige a participação de

agricultores na validação . Transferir tecnologia é uma das proposições da APDVP e a

forma que tem proporcionado bons resultados são os fóruns de debates promovidos.

Neste oitavo fórum sobre sistema plantio direto, promover integração entre segmentos

do agronegócio e atender as demandas dos agricultores por tecnologias e inovações,

resultou em temas como: resistência de plantas daninhas, irrigação, sistema muda pré-

brotada ( mpb ), controle biológico, e micro-organismos do solo .

Coube à doutora Dana apresentar soluções de manejo de plantas daninhas resistentes,

com ênfase no sistema plantio direta; ao doutor Mauro, a inovação tecnológica plantio

de mudas pré-brotadas de cana-de-açúcar(MPB), desenvolvida em sua unidade de

pesquisa do Instituto Agronômico de Campinas ( IAC/APTA ) ; ao doutor Rodrigo, as

parcerias e experiências exitosas em irrigação no sistema pivô central; ao Doutor

Bogorni, as inovações e avanços do controle biológico de pragas; e a doutora Iêda,

demonstrar a necessidade da inclusão dos indicadores microbiológicos ( bioindicadores),

nas avaliações de qualidade do solo.

Programa do evento:

Data e horário: 15 de setembro de 2016 das 08:00 as 18:00 horas .

Programação:

08:00 horas - Recepção, inscrições e coffe break

08:30 horas - Abertura oficial

09:00 horas – “Manejo de Capim Amargoso e Buva Resistente ao Glifosato”

Dra. Dana Katia Meschede : Graduada em Engenharia Agronômica pela

Universidade Estadual do Norte Paraná (UENP) , mestre em Fitotecnia pela Universidade

Estadual de Maringá (UEM) , doutorado pela Faculdades de Ciências Agrárias

(FCA/UNESP). Atualmente é professora adjunta na Universidade Estadual de Londrina,

atuando no curso de graduação e pós-graduação com as disciplinas de Manejo de

Plantas Daninhas e Crescimento e Desenvolvimento de Plantas.

10:00 horas – “Sistema de Multiplicação MPB e sua Aplicação na Atualização do Plantel

Varietal de Cana-de-Açúcar”.

Dr. Mauro Alexandre Xavier: Graduado em

Agronomia pela Universidade do Estado de Santa Catarina (1995), mestrado em

Agronomia (Produção Vegetal) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita

Filho (2002) e doutorado em Genética e Melhoramento de Plantas pela UNESP

Jaboticabal (2011). Atualmente é pesquisador científico do Instituto Agronômico de

Campinas (IAC). Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Melhoramento

Vegetal, atuando principalmente nos seguintes temas: Melhoramento de cana-de-

açúcar e manejo varietal .

11:00 às 13:00 horas – Almoço.

14:00 horas - "Avanços no Controle Biológico : Integrando Inovações Tecnológicas ao

Sistema Plantio Direto ".

Prof. Dr. Paulo Cesar Bogorni : Graduado em engenharia agronômica

pela Universidade Federal de Santa Maria – UFSM , mestre em Fitossanidade pela

Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) , Doutor em Ciências (área de

concentração : Entomologia) pela Universidade de São Paulo / Escola Superior de

Agricultura “Luiz de Queiroz” (USP/ESALQ) , Pós-Doutor em Entomologia pela

Universidade de São Paulo / Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”

(USP/ESALQ) , Atuando hoje como pesquisador colaborador do grupo INCT Controle

Biorracional de Insetos Pragas (http://www.cbip.ufscar.br/pesquisadores1.html) .

15:00 horas – “Sistemas de Irrigação : Conceitos e Inovações em Pivô Central”

Professor Doutor Rodrigo Máximo Sánchez Román: Graduado em

Engenharia em Irrigação e Drenagem pelo Instituto Superior de Ciências Agropecuárias

de La Habana (1984) , mestrado em Engenharia Agrícola pela Texas A&M University

(1990 ) , doutorado em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal de Viçosa (2006)

e pós-doutorado na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP; 2008 &

2010) . Membro da Associação Brasileira de Irrigação e Drenagem (SBEA) , da American

Society of Civil Engineers (ASCE), da American Society of Agricultural and Biological

Engineers (ASABE) e da System Dynamics Society . Tem experiência na área de

Engenharia Agrícola, com ênfase em Irrigação e Drenagem, atuando principalmente nos

seguintes temas: reuso de água residuárias na agricultura, SODIS, modelagem, recursos

hídricos, dinâmica de sistemas , cana-de-açúcar e irrigação . Professor Doutor junto ao

Departamento de Engenharia Rural na Universidade Estadual Paulista 'Júlio de Mesquita

Filho' - UNESP - Campus Botucatu, na graduação e pós-graduação. Membro do Conselho

do Departamento de Engenharia Rural, do Conselho do Curso de Graduação em

Agronomia e Coordenador do Curso de Pós-Graduação em Agronomia - Irrigação e

Drenagem na FCA/UNESP-Botucatu .

16:00 horas - "Sustentabilidade de sistemas agrícolas: A importância dos Infinitamente

Pequenos é Infinitamente Grande"

Dra. Iêda de Carvalho Mendes: graduada em engenharia agronômica

pela Universidade de Brasília (1987) e doutorado em Soil Science pela Oregon State

University (1997). É pesquisadora da Embrapa desde 1989 e trabalha na Embrapa

Cerrados. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Microbiologia do Solo,

atuando principalmente nos seguintes temas: fixação biológica do nitrogênio, ecologia

microbiana e bioindicadores de qualidade do solo. Participou dos trabalhos que

culminaram com o lançamento das estirpes SEMIA 5080 e SEMIA 5079 em 1993 e que

são utilizadas até hoje no inoculante comercial de soja. Também participou de trabalhos

que resultaram na recomendação de estirpes de rizobio para o feijoeiro (CPAC-H12) e

leguminosas forrageiras. Em 2013 publicou uma estratégia para interpretação de

bioindicadores com base no rendimento de grãos das culturas e na matéria orgânica do

solo e também a primeira tabela para interpretação de bioindicadores em latossolos de

cerrado.

17:00 horas - Mesa Redonda.

18:00 horas - Encerramento e coffe break.

Resumo das palestras:

“Manejo de Capim Amargoso e Buva Resistente ao Glifosato”

A habilidade genética de uma espécie sobreviver e reproduzir após aplicação de uma

dose herbicida, que normalmente era letal para a espécie, define resistência de plantas

daninhas. Problema recorrente na região do Vale do Paranapanema, o capim amargoso

(digitaria insularis) e a buva (conyza spp), resistentes ao glifosato, foram os destaques

da palestra da doutora Dana Meschede, que apresentou pontos importantes a serem

observados no sistema integrado de manejo de resistência de plantas daninhas, ou seja,

conhecer a fenologia das plantas daninhas, características reprodutivas e

disseminativas, efeitos competitivos diretos e indiretos; manejar e controlar as plantas

daninhas na pós colheita da soja e do milho para evitar perenização e transferência de

problemas para culturas subsequentes; adotar medidas de controle em estádios iniciais

de desenvolvimento das plantas daninhas; executar a limpeza periódica de carreadores,

cercas e estradas para reduzir propagação; manejar e conhecer as combinações,

sequências, rotação de princípios e misturas de herbicidas; auxiliar o controle com

manejo químico ou mecânico de manchas remanescentes de ervas daninhas na cultura;

praticar rotação de culturas e manter o solo sempre coberto; conscientizar os

agricultores quanto aos problemas da resistência das plantas daninhas. Citou outras

plantas daninhas resistentes ao glifosato, importantes em outras regiões, como o

azevém (lolium multiflora), o capim cloris (cloris polidactla), o capim pé-de-galinha

(eleusina indica), e alertou os agricultores presentes sobre o amaranthus (amaranthus

palmeri), que será problema em um futuro bem próximo .

Importante mensagem, destacada pela dra. Dana, é que devemos evitar uma volta ao

passado, que é o uso de preparo de solo com grades aradoras, visando o controle das

ervas daninhas, medida que desestrutura o solo e não resolve o problema. Os três

princípios básicos do sistema plantio direto: ausência de preparo ( não revolvimento do

solo ), rotação de culturas e a cobertura permanente do solo ( resíduos vegetais ),

associadas as medidas de controle apresentadas são ferramentas de um bom sistema

de integrado de manejo de resistência de plantas daninhas .

“Sistema de Multiplicação MPB e sua Aplicação na Atualização do Plantel Varietal de

Cana-de-Açúcar”

Segundo estimativas do CTC – Centro de Tecnologia Canavieira, cerca de 1,5

milhões de hectares de cana-de-açúcar são plantadas anualmente, na região centrosul,

devido a necessidade de renovação dos canaviais (17% da área total). Representa

destinar 5% da área de cana para a produção e fornecimento de mudas para o plantio.

O sistema mudas pré-brotadas (MPB), desenvolvido no centro de cana, na unidade

de Ribeirão Preto/SP, do Instituto Agronômico de Campinas ( IAC/APTA), é um processo

que gera muitos benefícios a cadeia produtiva da cana-de açúcar, ou seja , reduz o

consumo de mudas; possibilita a reposição de falhas de plantio e revitalização de

soqueiras; gera a padronização e uniformidade de plantio; qualifica processos

fitossanitários e de autenticidade varietal; tem potencial de associar redução de custos

e aumento de produtividade; favorece a logística operacional e a gestão de processos .

Segundo o Dr. Mauro, a palavra para definir a produção de MPB é simplicidade,

entretanto não devemos confundir simplicidade com fazer de qualquer jeito e sim

desenvolver o processo de produção com metodologia e aplicação de fundamentos

agronômicos. Os resultados dos poucos e ainda iniciais ensaios (1º/2ºcortes), tem

demonstrados ganhos de produtividade sobre o sistema tradicional de plantio da

canade-açúcar.

O sistema MPB, como já havia sido citado no 7º Fórum na palestra do pesquisador

Dr. Denizart, é inovação importante a ser desenvolvida e aprimorada e representará

ferramenta de grande importância na implantação de sistemas de plantio direto em

cana-de-açúcar, principalmente nos processos de renovação de canaviais.

"Avanços no Controle Biológico: Integrando Inovações Tecnológicas ao Sistema Plantio

Direto”.

Onde está a agricultura tropical? De quem poderíamos copiar? Qual o melhor sistema

de agricultura tropical do mundo?

Estamos na “única” região tropical agrícola e a agricultura teve que ser

reinventada para esta região. Hoje sabemos que para essas condições de temperatura,

onde não temos neve, não temos pausa de pragas e doenças, onde os nutrientes não

ficam nos solos esperando as próximas culturas, onde se chover muito, vão ocorrer

lixiviações do potássio, do nitrogênio e até do fósforo (senão não haveria contaminação

de lençóis freáticos por fósforo). É realidade diferente da Europa, de quem herdamos as

práticas agrícolas, que são boas para a agricultura temperada. As práticas

conservacionistas não são adequadas para a nossa agricultura, revolver o solo em

regiões tropicais, onde ocorrem altas precipitações não é recomendável. No início do

plantio direto, que surgiu como uma solução para a erosão, apareceram uma série de

dificuldades e desafios, que mostraram que o caminho era retroceder, mas sempre

apareceram pessoas corajosas, Herbert Bartz, Manoel Henrique Pereira e muitos outros,

que decidiram que o caminho não é retroceder é ir adiante.

Há três formas de controle biológico: introdução, conservação e multiplicação.

Introdução é a prática de controle, onde você importa e introduz no sistema

agropecuário, um inimigo natural, predador, parasitoide ou patógeno (microrganismos

entomopatogênicos), que esteja controlando determinada praga em algum outro lugar

do mundo. Conservação é adotar medidas que favoreçam determinado inimigo natural,

predador, parasitoide ou patógeno, presenteem um sistema agrícola. Multiplicação é a

produção massal, em laboratório, de um determinado inimigo natural, predador,

parasitoide ou microrganismo entomopatogênico, para fazer liberações inundativas em

culturas alvo. Controle biológico é uma tecnologia que exige conhecimento para que

tenha sucesso.

O controle biológico mais aceito pelos agricultores, por se assemelhar ao

controle químico, são as liberações inundativas. Para o controle das lagartas

desflolhadoras, além do parasitóide cotesia flavipes utilizado no controle da traça da

cana-de-açúcar, temos o trichogramma spp, microvespa de 0,25 mm, parasitoide de

ovos de lepidópteras. Existem diversas linhagens e para cada praga, situação e momento

a linhagem adequada. As vantagens são controle de ovos ao longo da safra (evita danos

e não é pontual), ciclo curto entre gerações (7 dias) , possibilita o manejo de populações

resistentes (não há caso de resistência). Hoje é uma ferramenta de manejo e controle

de resistências, as liberações inundativas de Trichogramma spp, em áreas de milho Bt

e soja Bt. O parasitismo das posturas dos insetos resistentes ajuda a quebrar os ciclos de

propagação destes insetos. O telenomus remus, microvespa que a característica

principal é o aparelho ovopositor telescópico, que possibilita parasitar até três camadas

de ovos, como acontece na ovoposição da lagarta do cartucho do milho (spodoptera

frugiperda) vem sendo pesquisado e testado com bons resultados.

O controle biológico de percevejo marrom da soja (euschistus heros), é feito pelo

parasitóide telenomus podisi, também uma microvespa, que parasita ovos por até 15

dias, podendo atingir 90 % de ovos parasitados no campo. Muitos destes parasitoides

existem naturalmente nas lavouras, como, encarsia formosa, trichopoda nitens,

trissolcus basalis, e mesmo o telonomus podisi, entre outros. Temos umidade, calor,

comida, inseticidas seletivos e abrigo. Porque não usar inimigos naturais que estão no

campo a nosso favor. Hoje liberam parasitoides no campo com moto , avião, drone e

vant (aguardando liberação da ANAC). Estamos falando de tecnologia menos impactante

para o meio ambiente, a um custo competitivo, com ferramentas de utilização de menor

impacto ambiental.

A Bug agentes Biológicos é uma empresa jovem, que ganhou diversos prêmios

pelo seu trabalho inovador na pesquisa e produção de organismos de controle biológico.

Figura entre as 50 empresas mais inovadoras do mundo, segundo ranking formulado

pela revista americana Fast Company. Terceira mais inovadora em biotecnologia em

2012 (2012 World Technology Awards) e primeira mais inovadora do Brasil em 2012

(BestBio 2012). Atualmente a maior produtora do parasitóide trichogramma spp. Do

mundo, com crescimento expressivo de liberações, se considerarmos que foram 45.000

hectares tratados com liberações no ano de 2010 e

1.500.000 hectares em 2016.

“Sistemas de Irrigação: Conceitos e Inovações em Pivô Central”

“O uso consciente dos recursos naturais é o ponto de partida de todo e qualquer sistema

de produção de alimentos”.

Com esta citação o Dr. Rodrigo iniciou sua palestra sobre sistemas de irrigação:

conceitos e inovações em pivô central. Há uma necessidade de melhorias na

sustentabilidade e na produtividade da água, de maneira a proporcionar uma maior

disponibilidade de alimentos com menor consumo de água .

A experiência em irrigação com pivô central demonstra a necessidade de

conhecimento sobre a disponibilidade de água para irrigação, sobre as culturas

beneficiadas, sobre a disponibilidade de mão de obra, sobre a velocidade de infiltração

e capacidade de suporte do solo, sobre a topografia da área e algumas questões devem

ser levantadas sobre o manejo da irrigação, ou, como decidir quando e quanto irrigar,

como avaliar se aplicou a quantidade suficiente de água e qual a eficiência operacional

do sistema de irrigação .

Apresentou as experiências da Nicarágua no uso de sistema de irrigação por pivô

central e qual a realidade após 27 anos da implantação destes projetos e bastante

relevante para os agricultores da região do Vale do Paranapanema, as conquistas obtidas

em experiências junto a Associação do Sudoeste Paulista de irrigantes e Plantio Direto

na Palha (ASPIPP), no projeto ciência sem fronteiras, numa colaboração entre a ASPIPP

e a Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (FCA/UNESP), para o desenvolvimento

de trabalhos de pesquisa na área de irrigação. Os resultados desta parceria são duas

teses de doutorado concluídas e três em andamento, três dissertações de mestrado

concluídas, dois softwares desenvolvidos, duas solicitações de patente, artigos

publicados nacionais (1) e internacionais(3), trabalhos apresentados em eventos

nacionais (1) e internacionais (4) e seis boletins informativos em editoração: balanço

hídrico simples; determinação da umidade do solo pelo método do tato e da aparência

do solo; avaliação do desempenho hidráulico de pivôs centrais (software); métodos

para medir vazão em sistemas de pivô central; operação e manutenção de pivôs .

Concluiu informando:

O Programa de Pós-Graduação em Irrigação e Drenagem da FCA/UNESP está

aberto a novas parcerias com os produtores envolvidos na agricultura irrigada no estado

de São Paulo.

As experiências junto a ASPIPP foram muito proveitosas e nossos pósgraduandos

aproveitaram muito a interação com os produtores, acreditamos que os produtores

tiveram um feedback interessante, produto de nossas pesquisas.

A irrigação é peça fundamental no desenvolvimento de uma agricultura

altamente tecnificada, mas deve ser considerada com maior atenção pelo produtor. Não

simplesmente como uma “máquina jogando água nas culturas”, mas como uma fonte

certa de riqueza.

"Sustentabilidade de Sistemas Agrícolas: A Importância dos Infinitamente Pequenos é

Infinitamente Grande"

“Embora a afirmação de que os micro-organismos controlam o mundo pareça um

pouco exagerada, não é. Todos os processos responsáveis pela vida no planeta Terra

dependem da atividade microbiana. Trata-se de um verdadeiro universo paralelo e

pouco conhecido, uma vez que a maior parte das espécies microbianas não cresce em

meios de cultura nos laboratórios. Por exemplo, um único grama de solo possui cerca de

1 bilhão de bactérias, 1 milhão de actinomicetos e 100 mil fungos. Em termos de número

de espécies por grama de solo os números variam de 2000 a 8,3 milhões (Gans et al.,

2005; Schloss and Handelsman, 2006). Independente do grau de conservadorismo da

estimativa utilizada, esses valores dão uma ideia da imensa diversidade metabólica das

comunidades microbianas do solo e, consequentemente da diversidade de processos

em que elas atuam.

O fato de que os microrganismos são os responsáveis diretos pelo funcionamento

do solo atuando nos processos de gênese, decomposição de resíduos orgânicos,

ciclagem de nutrientes, formação da matéria orgânica e biorremediação de áreas

contaminadas por poluentes e agrotóxicos, justificam não só a importância, mas, a

necessidade da inclusão dos indicadores microbiológicos (aqui denominados

bioindicadores), nas avaliações de qualidade do solo.

No Brasil, a maioria dos trabalhos com bioindicadores de qualidade de solo, foi

desenvolvida em cultivos anuais sob sistemas de plantio direto (SPD) e convencional

(SPC). O trabalho de Silva & Vidor (1984) foi o primeiro a comparar a microbiologia de

solos sob SPD e SPC. Desde então, existe um interesse crescente nesse tema de pesquisa.

Em contraposição a 4 trabalhos publicados entre 1990-1999, no período 2000-2014,

foram contabilizados no Brasil 59 manuscritos abordando aspectos relacionados ao uso

de bioindicadores em solos sob SPD (Mendes, 2015). Esses trabalhos permitiram um

avanço significativo no conhecimento do funcionamento biológico dos solos sob SPD em

condições tropicais e subtropicais, constituindo um valioso conjunto de informações,

que engloba as regiões agrícolas mais representativas do país.

O crescimento agrícola com sustentabilidade é uma grande oportunidade para o

Brasil, mas, para isso são necessárias métricas, que possam separar os sistemas com

diferentes “condições” de sustentabilidade. O uso dos bioindicadores pode se tornar em

um futuro próximo numa grande inovação ao permitir que sejam agregados ás análises

de rotina de solos, parâmetros relacionados ao funcionamento de sua maquinaria

biológica. “Nesta palestra foram abordados aspectos relacionados ao uso de

bioindicadores nas avaliações de qualidade do solo, o estado da arte dessa pesquisa e

as suas perspectivas de uso pelos agricultores.”

Bioindicadores de qualidade de solo: dos laboratórios de pesquisa para o campo

Iêda Carvalho Mendes

Planilha de custos e receitas do 8º Fórum Sobre Sistema Plantio Direto:

FORNECEDOR QUANTIDADE VALOR

UNITÁRIO VALOR TOTAL

RECEPÇÃO COM INSCRIÇÕES 06 R$ 100,00 R$ 600,00 PG

CERTIFICADOS 200 R$ 1,80 R$ 360,00PG

FOLDER PROMOCIONAL 200 R$ 1,17 R$ 235,00 PG

CARTAZES F 100 R$ 2,00 R$ 200,00PG

CANETAS F 200 R$ 2,07 R$ 414,00PG

PASTA F 200 R$ 4,16 R$ 832,00PG

BLOCO F 200 R$ 3,25 R$ 650,00PG

CRACHÁ F 200 R$ 1,00 R$ 200,00 PG

BANNER (backdrop) 01 4X2M R$ 380,00 R$ 380,00PG

ALMOÇO convidados 37 R$25,00 R$ 925,00PG

FOTOS R$ 300,00PG

FILMAGEM com edição/you tube R$ 1.900,00

COFFE BREAK 300 pessoas R$ 9,89 x 600 R$ 5.936,80 PG

Aluguel cadeiras F 415 R$ 1,00 300,00 R$ 415,00 PG

ÁGUA taças copos F 315,00 R$ 134,00 PG

WEBSITE DO EVENTO 01 R$ 797,72 PG

LOCAÇÃO EQUIPAMENTOS F TELÃO PROJETOR R$ 2.000,00 PG

DIFERENÇA TELÃO 01 R$ 1.500,00 PG

OUTDOOR 03 R$ 1.750,00 PG

PASSAGEM AEREA 02 R$ 586,00 PG

TAXI IEDA 150 PG + 190 R$ 340,00 PG

HOSPEDAGEM SITE 1 ano R$ 178,80 PG

ALUGUEL LOCAL F R$ 2.000,00 PG

Demonstração financeira dos recursos da fundação Agrisus:

Data Nota Fiscal Empresa / Produtos / Serviços Valor

R$

12/09/2016

004175/01 Portes Pinheiro & Cia Ltda - EPP

Crachás / Blocos e Pastas

1.682,00

13/09/2016

1629

Clelia Mafra Brindes - ME

Canetas

414,00

26/09/2016

201600000000005

Associação de Plantio Direto do Vale do

Paranapanema

Serviços prestados ao 8º Fórum Sobre

Sistema Plantio Direto (Reembolso)

4.604,00

Total 6.700,00

Informações sobre as entidades e empresas patrocinadoras:

Fundação Agrisus – Agricultura Sustentável

Agrisus :

Rua da Consolação nº 3367 - conjunto 71 - Cep : 01.416-904 - São Paulo/SP

telefone : (11)30648776 - e.mail : [email protected] - site : www.agrisus.org.br

Fealq :

Avenida Centenário nº 1080 - Cep: 13.416.000 - Piracicaba/SP - telefone :

(19)34176600 - e.mail : [email protected] - site : www.fealq.org.br Prefeitura

Municipal de Assis

Avenida Rui Barbosa nº926 – Cep : 19.814-900 – Assis/SP

Telefone : (18) 33023300 – site : www.assis.sp.gov.br

Coordenadoria de Assistência Técnica Integral

Rua Santa Cecília nº 319 – Cep : 19.806-050 – Assis/SP - telefone : (18)

33225951 – email : [email protected] - site : www.cati.sp.gov.br

Renovagro – Agricultura Renovável Ltda

Avenida Edilson Lamartine Mendes nº536 - Parque das Américas - Uberaba/MG

- Cep: 38.045-000 - telefone : (34)33347595 - site : www.penergetic.com.br .

Cooperativa Agropecuária de Pedrinhas Paulista

Estrada Municipal 020 , Km 1,68 , Pedrinhas Paulista/SP - Cep : 19.865-000

telefone : (18)33759000 - site : www.coopedrinhas.coop.br .

Coopermota – Cooperativa Agroindustrial

Avenida da Saudade nº 85 – Cândido Mota/SP – telefone : (18) 33419400 – site

: www.coopermota.net .

Cocamar – Cooperativa Agroindustrial

Estrada Osvaldo de Moraes Corrêa nº 100 – Parque Industrial – Maringá/Pr –

Telefone : (44) 32213007 – Cep : 87.065-590 – site : www.cocamar.com.br .

Grupo Novamerica – Nova América Tarumã /SP - Novamerica Caarapó/MS

Site: www.novamerica.com.br .

Assocana – Associação Rural dos Fornecedores e Plantadores de Cana da Média

Sorocabana .

Avenida Félix de Castro nº 1180 – Jardim Aeroporto - Assis/SP – telefone : (18)

34213200 – Cep : 19.813-700 – e.mail : [email protected] – site:

www.assocana.com.br

Dow Agrociences Industrial Ltda

Avenida das Nações nº 14.171 – 2º andar - Diamond Tower – Santo Amaro -

São Paulo/SP – telefone: (18) 9962127997 – site: www.dowagro.com/pt-br/brasil

Coopercitrus Cooperativa de Produtores Rurais

Praça Barão do Rio Branco nº 9 – Centro – Bebedouro/SP – telefone: (17)

33443000 / (18) 996382269 – site: www.coopercitrus.com.br

Xavier Ferramentas

Rua Capitão Assis nº 757 – centro – Assis/SP – telefone: (18) 33021839 – site:

www.lojaxavierferramentas.com.br

Coplacana

Avenida Com. Luciano Guidotti nº 1937 – Jd. Caxambú – Piracicaba/SP –

telefone: (19) 34012200 – site: www.cana.com.br

Bug Agentes Biológicos

Rodovia SP-308 Piracicaba/Charqueada km 176 + 100 m – Santa Teresinha –

Piracicaba/SP – telefone (19) 34357435 – site: www.bugagentesbiologicos.com.br

Unimaq - Máquinas agrícolas

Rodovia Raposo Tavares km 443 – Assis/SP – telefone: (18) 33021010 – site:

www.unimaqmaquinas.com.br

Fertilizantes Heringer

Avenida Feodor Gurtovenco nº 1847 – Distrito Industrial Oriente Mori –

Ourinhos/SP – telefone: (14) 33022550 – site: www.heringer.com.br

Fotos do evento :