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    Oba of Okure at CourtCulture, Nigéria

     A CASA EM FESTA - OS SÚDITOS 

    O sol se põe, e começa a escurecer na casa de Obaladô. A casa de Xangô, especialmenteiluminada neste dia, aguardava o início da festa. As árvores do terreiro foram plantadas por Obaladô a mais de 21 anos, quando recebera de angô , seu ori!á, a ordem de abrir uma casa " de " santo.

    #enta e calmamente, interrompe suas divagações, dirigindo$se para frente da casa " de " Airá sentando$se em um pequeno banco. A poucos metros erguia$se ma%estosamente afogueira, armada be cedo e %á contendo os a!&s pr'prios do ori!á do fogo.A um aceno seu , uma fil(a de Oiá tra) o seu Adjarim. Obaladô , com delicade)a, apan(a asineta que, ao ser vibrada, anuncia o início de uma re)a.As esteiras s*o estendidas e sobre elas os iniciados se a%oel(am, busto curvado, pousando acabeça no c(*o, em direç*o a Obaladô. +ua vo) fa)$se ouvir, ent*o, salmodiando cada versocomo um lamento, um canto em solo & ouvido e que se repetirá por trs ve)es. - um lentorespons'rio, em que o oficiante canta primeiro, acompan(ado em um segundo momento , pelos presentes.

    Oba kawòó o /ei, meus cumprimentos.Oba kawòó o /ei, meus cumprimentos.O, o, Kabíyèsílè +ua ma%estade, o /ei mandou construir uma casa.Oba ni kólé 

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    A Fogueira De Xangô – O Orixá Do Fogo

    Fragmentos de extos extra!do do li"ro de #osé Flá"io $essoa de %arros0esta de angô no terreiro de Obaladô no /io de aneiro

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    Oba séré  O /ei do !ere, o /ei prometeu e tra) boa sorte,Oba né! o dono do pil*o. S!"r! al#$ó %on&bos! O ' wo ( bi)iko ambo!& abidi3ô, meus cumprimentos 4 ao5Osé Kawòó O!&, sua ma%estade.O, o, K#bíyèsilé  6eus cumprimentos.

    O som do Adjarim marca o início do pa', palmas compassadas que a anunciam uma novare)a para o ori!á do fogo....... o c7ntico continua8

    * ní+ka, ó í+ka 9le & cruel, ele & cruel4o trov*o 5. wè è a)è). 9u %e%uo para o punidor. %a$é, ba$é +y# Tè/i  ad&, bad&, meu espírito sofre* ní+ka, ó ní+ka #r# +n #l0$! o 9le & cruel, o trov*o & cruel sim. O dono da coroa& cruel.* ní+ka 0w! é a)è)1 9le & cruel, ele & cruel4o trov*o 59u %e%uo para o

     punidor. Aira /a s# r! awo, ariwo, al! o$ó Airá4o trov*o5, verdadeiramente voa e cai

    ruidosamente. Ma sè 0orte como um pil*o, como um tambor 4 barul(o 5. Aira /a s# r! awo, ariwo, al! o$ó  Airá4o trov*o5, verdadeiramente voa e cai

    ruidosamente. Ma sè 0orte como um pil*o, como um tambor4 barul(o 5.2èyé, kèrè-kèrè lo ni oko aya&ba O pássaro vagarosamente senta e c(ora para as grandes

    m*es. Al! o$ó /a sè 0orte como um pil*o, como um tambor 4 barul(o 5.

    A re)a di) que o trov*o & cruel, implorando a %adé--- "ele é a voz estrepitosa e aterrorizantedo Trovão, é a força que deflagra a carga irregular dos raios". Os nagôs di)em ser %adé  &um "odum, isto &, de origem j.je, e que os j.jes do maran(*o, di)em que & um ori!á nagô eque, quando ele se apresenta na Casa –das –/inas, fala por sinais para n*o revelar ossegredos dos nagôs.

    Os pássaros lembram as feiticeiras que ameaçam os seres (umanos, & necessário implorar asgrandes m*es sen(ora dos pássaros, para que n*o flagelem os (omens.Airá tamb&m & mencionado no te!to sagrado, recol(ido entre os que se originam do axé de01 Nasô. 9ste ori!á ocupa um lugar especial nesta comunidade, estando ligado a primeira nonominaç*o...Axé Airá 0ntilé- Novamente o Adjarim anuncia que o 2ei Xangô continuará sendo louvado, e uma nova re)acomeça8

    Oba +r. l"òkò O /ei lançou uma pedra.

    Oba +r. l"òkò O /ei lançou uma pedra. 3y#/ass! kò w0 :;ámasse cavou ao p& de uma grande 3r0 o! árvore e encontrou. A&an1 ko /# n! l!kan Agan%u vai bril(ar, ent*o , mais uma ve)como trov*o.

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     r# l"okò l#0y# #ançou uma pedra com força 4coragem5Tóbi òr+s0, O omer, nascer dele, dentro4de uma gamela5com satisfaç*o, de umas' ve), adorando.

     E ni 5# léèrín 0$# b# l0i >ortado muitas ve)es4o quiabo5,sempre com cutelo,dentro da gamela

     3/ó w# /òn0 /òwé ?rocurar con(ecimento, Kó ! n0 /í/ò 0sé  certamente torna inteligente. Kó ! n0 /í/ò 0sé  A comida 4amalá5 fa) adquirir 

     Kó ! n0 /í/ò 0sé  e aumenta o con(ecimento do A!&.

    A re)a indica que, ao se desfrutar da comida sagrada, descobre$se o a!&, isto &, a força, que dácon(ecimento e sabedoria aos que delas usufruem. @os =ltimos acordes da re)a, os ogans de angô pousam os !eres e acendem a fogueira.arias vo)es gritam..

     Kawòó K0bíyèsilè 444 Kawòó K0bíyèsilè 444 7 6eus cumprimentos B suama%estade CCC

    A 2ODA D3 XAN45-----Alguns minutos decorrem entre as imagens fortes do fogo e o início do !ir& do 2ei de Oi', no barrac*o. O ritmo da 6amun7a convida a todos, os da casa e os convidados a iniciarem aroda de Xangô.>omeça o !ir, louvando Ogum, em seguida, Oxossi, Obaluai., Ossaim, at& que,repentinamente, ouve$se o som do batá , ritmo pr'prio de Xangô-

     A ro$a 8 $! 8 9an&: o1 ba)#-$!-9an&: ;o/!

     ?wa $.5é ó oba $o$é  @'s agradecemos a presença do /ei que c(egou. A $.5é ó oba $o$é   @'s agradecemos a presença do /ei que c(egou.

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     A $15é ni /òn oba ! k. alé  A $15é ni /òn oba ! k. alé  @'s agradecemos por con(ecer o /ei, boanoite a vossa ma%estade.* w# , w# nilè 9le veio, está na terra. A $15é ni /òn oba ! k. alé 

    Os primeiros c7nticos dirigem$se ao /ei, a Xangô. +ua presença & louvada e a sua saga mítica

    será contava atrav&s do canto e da dança. @*o será somente o seu aspecto guerreiro que será(omenageado, outros ser*o lembrados.... O Xangô justi(eiro será um deles-

    Fé lè @é lè 9le quer poder...ele quer poder 4 vir 52!/ona wé ok1n :eman%á ban(a 4lava5 com água do mar 2!/ona wé ok1n E$nos licença para vermos atrav&s dos ?&ó @irè /òn seus ol(os e con(ecer$mos... ?&ó @irè /òn E$nos licença... Aak# i&ba r1 , i&ba r1 A%a3á tra) na cabeça, tra) na cabeça 4 água domar 5* w# ! 9nt*o estas de volta.

    O canto dedicado B Ajaká fala da água do mar, como tamb&m de ver atrav&s dos ol(os. Ajaká& cultuado durante as festas de Xangô %unto com sua m*e, 0amass., considerada como uma0emanjá-

     S0n&b# s0n&b# 9le e!ecutou feitos maravil(osos, feitos maravil(osos. Di$è ó ní &bò$o ?airou sobre :gbodo,O$! ni /ó os caçadores

     Sy+í ní, òní ó sabem disto.

    O c7ntico fala de Ajaká, destronado por seu irm*o Xangô, refugiando$se em 0gbodo. 0icounesta cidade por sete anos, período em que reinou sobre Oi' seu irm*o Xangô.

    Bní D0$a , 0&ò l# rí  +en(or Eadá, permita$nos v$lo CCBní D0$a , 0&ò l# rí  +en(or Eadá, permita$nos v$lo CC

     D0$a /# sok1n /ò D0$a /# sok1n /ò Eadá n*o c(ore mais.B @!!r! ó ní @!!r! F franco tolerante,* b&é l"or1n ele vive no orun, %0b# kíní l"onòn $a rí & o pai que ol(a por n's nos camin(os.

    Ajaká al&m deste nome , tamb&m era con(ecido como %aai8ani e tamb&m como Dadá, emra)*o de seus cabelos anelados. O /itmo forte e cadenciado do batá louva Dadá ou Ajaká-

     %#y0nni &+$i&+$i , %#y0nni ol0 %#y0nni &i$i&i$i , %#y0nni ol0 aiani 4 A%a3á 5 & forte como um animal e muito ,

    muito rico. %#y0nni a$é , %#y0nni òwò A coroa de aiani & (onrosa e muito rica. %#y0nni a$é , %#y0nni òwò

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    A coroa de %aiani, descrita no c7ntico, da qual & dita ser (onrosa e pertencer a um Obá,refere$se a Ajaká,  terceiro 2ei de Oi'. A palavra o9', significa , din(eiro, rique)a, e estárelacionada a uma grande quantidade de b=)ios que ornam esta coroa e que antigamenteserviam como moeda. /eferente ao termo8 gidigidi, que é  um superlativo, isto é, muitoH eg:dig:di, animal grande e forte. Irata$se de um trocadil(o comum no iorubá. Os c7nticoscontinuam sucedendo$se. Eiscutem normas morais, e tamb&m falam de particularidadesreferentes ao culto dedicado ao Deus do fogo-

    F1ra )i "n#, F1ra )i "n# ! , F1ra )i "n#, Eesconfie do fogo, desconfie dofogo. ?r # lò si s# ó O raio & a certe)a de que ele queimará.F1ra )i "n#, F1ra )i "n# ! , F1ra )i "n#, Eesconfie do fogo, desconfie dofogo. ?r# lò si s# ó O raio & a certe)a de que ele queimará.

    O c7ntico c(ama a atenç*o para que os descuidados, n*o ten(am a devida cautela e respeitocom o fogo.9ste elemento, fundamental na vida do (omem, pode l(e proporcionar conforto, mas quandosem controle, pode significar a morte. O raio & a certe)a de que ele queimará, pois seudirecionamento & incerto.

     3b0 òr+s0 3b0 Onílè Abenç*o dos ori!ás,Onílè /o .b0 o Abenç*o do +en(or da terra, 3b0 òr+s0 , 3b0 Onílè Ao +en(or da terra 4Onil5Onílè /o .b0 o min(as saudações.

    O c7ntico sa=da Onil. o J;en7or da terra

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    Oba séré! la @èin)i  :ncline$se o rei do !ere salvou$seOba séré! la @èin)i  :ncline$se o rei do !ere salvou$seOba ni w# +yé bè l"ór1n +uplique ao rei que e!iste e vive no orum.Oba séré! la @èin)i  :ncline$se o rei do !ere salvou$se

    Ei)em que o rei recebeu um cesto contendo ovos de papagaio. 9ra o sinal determinado pelatradiç*o de que deveria renunciar á coroa e talve) á vida. Xangô  retira$se para o interior 

    seguido de alguns amigos e de sua esposa Oiá, que volta para sua cidade de origem, 0rá. Omito di) que entristecido o /ei enforca$se em um p& de Arabá. +eus compan(eiros v*o a Oi'e relatam o fato, quando retornam ao local, encontram um buraco va)io, por onde ele teriaentrado, ap's uma crise de f=ria, tornando$se assim um Orixá- 9m Oi' os que admitiam a suamorte 4 inimigos 5 falavam

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    Obala$ó rí sò O rei do pil*o ol(a e arremessa 4 os raios 5Obala$ó O rei do pil*o.

    O rei sempre protege seus adeptos, dando$l(es boa sorte. O Obá tamb&m fa) %ustiça e persegue os ladrões, mentirosos, per%uros e %amais esquece os que contra ele blasfemam.

    Olówó Abastado +en(or, aquele que

    definitivamente Kó /0 bò , /0 bò dá proteç*o, dá proteç*o. Kó /0 bò Aquele que definitivamente dá proteç*o.Olówó Abastado +en(or, aquele quedefinitivamente Kó /0 bò , /0 bò dá proteç*o, dá proteç*o. Al#00@ín òr+s0 +en(or do palácio e ori!á.

    angô & considerado muito rico, grande proprietário das rique)as da terra, possuidor detesouros e cidades , palácios, fil(os e mul(eres.

    O/o 0s+kó %èrè Os fil(os , com o tempo, iniciaram o 4 culto do 5 kó inón, kó inón fogo de F3' 4 lagos 5, o culto do fogo de F3'.O/o 0s+kó %èrè Os fil(os , com o tempo, iniciaram o 4 culto do 5 kó inón, óò$! roko fogo de F3', ao redor das plantações.O/o 0s+kó %èrè Os fil(os , com o tempo, iniciaram o 4 culto do 5 kó inón, kó inón fogo de F3' 4 lagos 5, o culto do fogo de F3'.O/o 0s+kó %èrè Os fil(os , com o tempo, iniciaram o 4 culto do 5 kó inón, fogo de F3',

     r néé  com medo e!tremo.

    O canto talve) relembre o início da imigraç*o Norubá, em direç*o ao mar, ligados aos mitosde origem da cidade de #agos e a divis*o das terras entre fil(os do conquistador, queimplantaram na regi*o sua cultura e seus deuses, provavelmente o culto a angô ou a3utá.

     GGGGO CATO E A DAHA DO EIGGG

    6al termina o Alu%á, um novo surge. 9le pede licença para percorrer os camin(os e determinaque os ori!ásest*o c(egando. Iodos em gala, portando em suas m*os as insígnias que identificam sua procedncia.

     ?&ó l"óna ! #icença no camin(o. D+$! /#a $#a&o #evantem$se, eles est*o c(egando na (ora ?&o 0&o l"óna  prevista 4 de costume 5 E $+$! /#a yo #evantem$se com alegria (abitual Kórò w0 nis! o ue o ritual teve trabal(o.

    P frente do corte%o estava Ogum, a quem cabe a prima)ia, logo ap's 3x@, de ser o primeirolouvado. #ogo ap's. Xangô – Airá, todo de branco, e!ibia dois oxés prateados e uma coroatamb&m de prata que relu)ia, dando ma%estade ao patrono da casa. #ogo a seguir deste mais

    Q

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     Aira ó, or! &é$é 5a, Airá nos presenteie afastando os que podem nosmatar Or! &é$é nos presenteie afastando os que podem nos matar  Aira ó, A$aosi 5aGGG A$aosi  Airá Ad%aosi 4tipo de Airá5 pode matar, 4nos presenteie5 Aira ó, !bora 5aGGG Ebora Airá, 9bora pode matar, 4nos presenteie 5

    O primeiro c7ntico fa) referencia a Airá muito vel(o e seu enredo com O!aluf*, relaç*o estaligada ao mito e cerimonial denominado U Vguas de O!aláL em que se comemora a criaç*odo mundo e col(eita dos in(ames. A seguir o c7ntico fala de Airá Ad%aosi como ebora parteintegrante dos Eo)e angôs cultuados na a(ia, %untamente com Airá :ntile e Airá :gbonan. A partir deste canto, começa a se instaurar o domínio do Alujá. Os ori!ás dançam com gestosmais largos e vigorosos. O canto enumera as incursões guerreiras dos diferentes Alafins deOi' aumentando seu poder atrav&s das guerras. %aiani 4 %a0yònní 5 um dos títulos de Ajaká %unto com 0amass., s*o cultuados na festa.

    b#0 y+í lL0s! oníl# lòkè, ba0yònn+ 9le possui um a!& enormeb#0 y+í lL0s! sen(or da rique)a.b#0 y+í lL0s! oníl# lòkè, ba0yònn+ ue governa acima das coroas.b#0 y+í lL0s!

     S0n&ó ! 5a bi 0r# a#yé a#yé  angô mata com o raio sobre a terra. S0n&ó ! 5a bi 0r# a#yé a#yé  angô mata arremessando raios sobre aterra.

    Fírí ínón @írí ínón 9le lança rapidamente o fogo, lança

    rapidamente o fogoFírí ínón b0iy+nó rapidamente o fogo o fogo Bs ve)esfraco4poucas lu)5 M#0 ínón, /#0 ínón  @*o nos mande fogo, n*o nos mande fogoFírí ínón b0iy+nó 9le lança o fogo Bs ve)es fraco.

    uando um raio atingia alguma casa, podia ser um sinal de que a %ustiça de angô estavasendo aplicada cabia ao dono da casa provar sua inocncia. O fogo sempre presente nos mitosadquire significado especial quando relacionado a angô, o fogo originado dos fenômenosnaturais, como raios, meteoritos e vulcões.

     %ar. $! sobo a$a ar= fa) emboscada em +obô de fac*o.

    s! ké èré, s! ké èré  0a) gritar e & vitorioso.$! sobo a$a

    Xangô %ar@  era muito destemido, o c7ntico alude Bs guerras empreendidas ás diferentescidades$estado e esta refere$se a ;obo uma cidade locali)ada no reino do %enin-

    Os mitos apontam Ajaká  como terceiro rei ou oba da cidade de Oi'. 0oi destronado por Xangô, seu meio irm*o, por parte de pai, Oranian- Ajaká  & tamb&m con(ecido como%aa8ani  ou Dadá, segundo $-erger-

    W

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     ?0k# /#a bè k# wòóo A%a3á n*o implora nem mesmo ao poderosoangô. ?0k# /#a bè k# wòóo A%a3á n*o implora nem mesmo ao poderosoangô. A ! b0b# 00k# /#a bè k# wòóo  @osso pai A%a3á ?0k# /#a bè k# wòóo n*o implora nem mesmo ao poderosoangô.

     ?0k# /#a bè k# wòóo

     ?0k# òké Br+s# O ori!á do monte V%B3á. ?0k# òké Br+s# O ori!á do monte V%B3á.

    B b! ri ó, ní D0$a sók1n, 9le e!iste, eu vi, e & Eada quem c(ora ?wa ri ó ó ní Da$a sók1nG 9le e!iste, eu vi, e & Eada quem c(ora

    Ajaká mesmo destronado n*o implora clemncia, mas ap's Q anos ele retorna a ser o Oba dacidade de Oi' em virtude de angô ter sido forçado B abdicar. O >anto a seguir fa) referenciaa fundaç*o da cidade de Oi' por Oranian no topo de um monte c(amado jEká e assim omeio irm*o de angô tomou este nome para si. jEká  tamb&m con(ecido por Dadá, duranteseu primeiro reinado impun(a pesados impostos a seus s=ditos a fim de financiar as guerrasempreendidas, e quando os recursos demoravam a c(egar pun(a$se a c(orar, e dançava alegrequando estes c(egavam em boa (ora.

     Aé aé ó &bè lJ /ònsó o. o/on A a ele recon(ece pelo ol(ar seus fil(os. Aé aé ó &bè lJ /ònsó o. o/on A a ele recon(ece pelo ol(ar seus fil(os.Oba olórí lé&é ó ni yé oba olórí  >(efe dos /eis, fino e agradável

     Il. ?@on# $é ó, aé aé bé, ri ó >(efe da terra, ele & Pfon%á que c(ega aaaé aé bé, ri ó aé aé bé, ri ó 9le e!iste, eu o vi, a a ele e!iste, eu o vi,B bé, ri ó ' ik. kó#0$é-ó kó)0 èr.( eu o vi, 4ele levou a morte para fora $ ele vende osmedrosos5

    Vfon%á foi um general, isto &, Kakan@:, do Ala@in AoléG 9mpreendeu in=meras batal(as, sendoconsiderado um grande comandante militar. O c7ntico fala do Uc(efe da terraL, comandanteque recon(ece os seus pelo ol(ar. A&on. *r+s# awo B&bóni  Agan%= ori!á do culto Xgb'ni A&on. *r+s# awo B&bóni  Agan%= ori!á do culto Xgb'ni ?w.r!, S0n&ò 0w.r!  @os d boa sorte, angô, nos d oa sorte.B&bóni, B&bóni, B&bóni  Xgb'ni, Xgb'ni, Xgb'ni ?w.r!, S0n&ò 0w.r!  @os d boa sorte, angô, nos d oa sorte.

     A&an. um dos Alafin Oi', fil(o de Aak#, e seu nome consta das genealogias levantadas pelo:nstituto 0rancs da Vfrica @egra e por diversos (istoriadores dedicados B (istoria Norubá.B&bóni  & um das sociedades secretas e!tremamente poderosa em territ'rio Norubá, e uma dasmais antiga. F uma sociedade que presta (omenagens a OIN, o

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     K#wòóo Ka biyè si ! +ua /eal 6a%estade CC S0n&ò D0ò/+ ?oderoso angôC ?rote%a$nos das guerras doEB(Zmi.

    As guerras pontuaram a tra%et'ria de 9an&: o canto refere$se Bs disputas travadas entre os deOió e os Dao/!anos, na disputa pelo imenso territ'rio pertencente ao reino de Oió.

    Oba séré! òwa @é y+í s+n F para o rei que tocamos o !ere, e & a este rei quequeremos cultuar Oba séré! òwa @é y+í s+n F para o rei que tocamos o !ere, e & a este rei quequeremos cultuar Oba 0wa òòó oro ní oba  @osso rei da tempestade, ele & o reiOba séré! oba @é y+í s+n F para o rei que tocamos o !ere, e & a este rei quequeremos cultuar 

    Os eres, instrumentos musicais que, segundo as comunidades$terreiros e alguns autoresreprodu)em o barul(o das c(uvas quando tocados %untos, soariam como o das tempestades.:nstrumento sagrado utili)ado para invocar angô o sen(or dos trovões e das tempestades.

     Kíní ba, kíní ba, 0r# won 5è ?oderoso +en(or que rac(a o pil*o e oculta$se Kíní ba, o séré! ala$o 0w.r!G ue impõe os raios e os c(ama de volta,abençoe$nos.

    Obaladô & um dos títulos de angô significando Uo rei que rac(a o pil*oL

     ?w.r! lJ, ?w.r! lé kólé  Abençoe$nos e traga boa sorte B nossa casa, que ela n*o

    se%a roubada. ?w.r! lJ, ?w.r! lé kólé  Abençoe$nos e traga boa sorte B nossa casa, que ela n*ose%a roubada. ?wa bo nyin /a# ri 0wa alè  @'s que o cultuamos, %amais veremos nossa casaroubada. ?w.r! lJ, ?w.r! lé kólé  Abençoe$nos e traga boa sorte B nossa casa, e que n*oven(am ladrões.

    Irata$se de uma louvaç*o ao ori!á %usticeiro que protege a comunidade contra os mal feitores.erger41WWW5, ao descrever os rituais na Vfrica, destaca as bolsas de couro que adornam oseleguns de angô. Eelas & dito que contm as edun ara, as pedras de raio, símbolo desteori!á. erger41WWW8DYQ5 fala de in=meros templos dedicados a angô distribuídos entre asdiversas cidades iorubasedificados em sua (omenagem. F disto que fala os pr'!imos dois c7nticos.

    * @+ l0b0, l0b0GGGG B @+ l0b0 9le usa bolsa de couro...* @+ l0b0, l0b0GGGG B @+ l0b0 9le usa bolsa de couro.

    * +&òn 0wa lé n5é ó +&òn nl# 9le & imenso, o maior de nossa casa, ele &

    gigantesco 6+&òn 0wa lé n5é ó +&òn nl# 9m nossa casa o c(amamos de o maior entre osgigantes.

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    O c7ntico que se segue fa) alus*o a Tapa, territ'rio dos Nupes, situado a noroeste da cidadesde Oió.

     E kí 2!/on# a&o, Ta5a Ta5a  >umprimentemos :eman%á pedindo licençaa naç*o Iapa. E kí 2!/on# a&o, Ta5a Ta5a  >umprimentemos :eman%á pedindo licençaa naç*o Iapa.

     angô & considerado sempre como muito rico e poderoso, sendo destacado em seus mitos avaidade como um dos elementos que compõe a sua principal característica. A tradiç*o oral dosterreiros sempre destaca a rique)a do Obá e os tesouros por ele acumulados.9 assim falam as pr'!imas cantigas.

    Oba s0 r!w0 !l! /i éé éé  /ei que ama o belo, sen(or que me condu)serenamente K ) k ) awo $é rè sé  antes do culto c(ega com o seu o!Oba s0 r!w0 O rei que ama o belo

     Sòn&ó )ó rí ol# - imensa, & imensa a rique)a que eu viTó ! )ó rí ol# )ó angô, & imensa a rique)a que eu vi Sòn&ó )ó rí ol#Tó ! )ó rí ol# )o

     GGGGA COTE EA CEE%A

    Os comentários sobre angô, suas roupas e danças cessam quando se ouvem os sons dos

    atabaques. O canto sa=da Ogun, tamb&m ligado ao fogo. Ea assistncia eclodem saudações aoU+en(or dos camin(osL Ogun l, & o momentos de louvar o grande ferreiro, aquele que produ) as ferramentas dos ori!ás. Ogum de m*os ás costas, camin(a para iniciar seu bailadorápido e guerreiro, e!ibindo sua espada, e vs por outra empreendendo uma luta contrainimigos invisíveis, por&m con(ecidos de todos.

     Ké k+k+ al#kòró

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     poder afastar os espíritos dos mortos e das influncias negativas do mundo profano, e & distoque fala o c7ntico .

    B&.n ni al#0&bè$! Ogum & o sen(or da for%a4ferreiro5 ecaçador  Mòr+wò o$! que se veste de fol(as novas de palmeiras.O$! /òr+wò

    Rm novo canto sa=da agora :eman%á, e & Ogum, seu fil(o mítico que, dirigindo$se at& o localonde sua m*e estava placidamente sentada, a sa=da. 9le levanta$a com carin(o e se despedede todos, retirando$se.

     E k0 /#0 ro ni n&b0 B3S rè ue nos %amais se%amos magoados por vocOri!á do rio o$ò ! E k0 /#0 ro ni r1 n&b0 òr+s# rè que voc carregue4 a magoa 5 em seu rioOri!á. o$ò !

     @a qualidade de progenitora dos seres (umanos, possui o título de I# Orí, is)o é, U m*e detodas as cabeçasL e &, com este título, que & saudada nas principais cerimônias do >andombl&.

    3 :8á kékeré a k! ri dG ' k!   Mãezina !enora do rio da e#ist$ncia% éa mãezina

    OlH9a odG , e :8á kékeré aquela que é a senora do rio.9a je omon E9a je omon  Nós somos seus filos, ela é a mãezina.

    Iemonjá sEgbE9!, sEgbE9! rereIemonjá sEgbE9!, sEgbE9! rere  &eman'( intercedeu a nosso favor J ;EgbE9! rere Iemonjá intercedeu para nosso )em &eman'(sEgbE9! rere intercedeu para nosso )em.

    Os c7nticos a :eman%á ressaltam sempre a sua relaç*o maternal, a imagem da grande m*e protetora & o que se no seu culto. @a Vfrica o local preferido para colocar suas oferendas & norio :eman%á. +ua louvaç*o & sempre entoada com entusiasmo, O$: ia, al&m do seu ladomaternal, tamb&m tem seu lado guerreiro, portando por ve)es uma espada, para defender aqueles que necessitam de sua proteç*o. Ierminado o bailado de :eman%á, começa o ritmoforte, rápido e vibrante de Oi#RIans, a esposa guerreira de angô. O;á a sen(ora dos raios,das tempestades, m*e de todos os ancestrais$egunguns. O frenesi toma conta do barrac*o aoritmo rápido e alucinante dos atabaques. Eeslumbrante ela c(ega, belamente vestida, na suam*o esquerda tra) o !r.-k!rJ  ou !r1!=í/ feito de crina de cavalo, na m*o direita uma pequena espada lembrando uma cimitarra.

    O8á kooro nilé ' geere=geere Oiá ressoou na casa incandescente e bril(ante.O8á kooro nlá ' gK Erá gK Erá Oiá ressoou com grande barul(o, ela corta com o

    raio.Ob:rim sa&a kooro n!lé geere=geere 9la corta com o raio, & divindade arrasadora queressoou na casa.O8á B!: mG rK l' +audamos a Oiá para con(ece$la mel(or. 

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    OdG 7G 8E=8E=8E /edemoin(o dos rios. 

    Dá ni a &adá l'odG uem pode cessa$lo para podermos voltar pelo rioO;áO8á ' odG 7G 8E=8E=8E  O redemoin(o do rio, quem pode cessar & Oiá.

     @o primeiro c7ntico nos mitos relativos ao fogo ela sempre está presente, ora como emissária

    e portadora deste poder, dividindo com seu real esposo angô, o medo e a admiraç*o por eleinfundido. @o pr'!imo, Oiá está relacionada como as outras :abás Bs águas. O rio Oiá, na @ig&ria & a eladedicado, suas águas turbulentas forma em alguns trec(os redemoin(os. Aplacar a ira de Oiá &garantir uma boa travessia.Ap's vários c7nticos e danças cessam os atabaques, Oiá está dirigindo$se B orquestra ritual,abraça todos os m=sicos e se despede dos presentes.9coa no barrac*o o ritmo forte e cadenciado do i!=a , se fa) presente agora a, s!nora $ab!l!a ! $as riU1!as O!um. Iodos se levantam para admirá$la, e , em passos mi=dos egraciosos, começa a evoluir em uma dança que empolga a todos os presentes. >omeça assim aevoluir uma dança graciosa ao som dos :l=s......

     A ri i$! &bé o 444 Aquela que consegue fa)er soar as pulseiras como umacanç*o.O/i ro a44 w0r#-w0r# o/i ro +oam como o barul(o das águas rápidas.O @iL$! s!L/o lLByó 9la balança as pulseiras em O;'.O/i ro a44 w0r#-w0r# o/i ro +oam como o barul(o das águas rápidas.O @iL$! s!L/o lLowo 9la balança as pulseiras com respeito.O/i ro a44 w0r#-w0r# o/i ro +oam como o barul(o das águas rápidas.

    O @iL$! s!L/o lLòr1n 9la balança as pulseiras no Orun.

    O!um, ori!á vaidosa e feminina, suas pulseiras lembram o murm=rio das águas dos rios,quando ela vai ban(ar$se faceira, e!ibindo sua rique)a e encanto. A palavra V0r#-w0r#,al&m de significar rapidamente, tem o sentido de uma onomatop&ia, que lembra o ruído daságuas, como das pulseiras de O!um no c7ntico.

    Bs1n ! lóol# i/olè lóo/i  O!um, sen(ora que & tratada com todas as (onras.Bs1n ! lòol# +en(ora dos espíritos das águas Ayaba i/olè lòo/i  O!um, sen(ora que & tratada com todas as (onras.

    2èyé yé olóo/i ó, yèyé yé, 6*e compreensiva, dona das águasOlóo/i óGGG

     Ayaba balè Bs1n A grande m*e O!um toca 4reverencia5 o c(*o 4 a terra 5. Ayaba balè Bs1n

     3y# $ò s+n /#a &bè +y# wa oro A m*e do rio a quem cultuamos nos protegerá. 3y# $ò s+n /#a &bè +y# wa oro 6*e que nos guiará nas tradições e costumes.

    Os c7nticos reverenciam a +en(ora dos espíritos das águas e dos rios. 0oi na beira de umriac(o que o  !i ar:, o primeiro  A)ao#, título dos Obás da regi*o de :%e!á, na @ig&ria, fe)um pacto com este Ori!á. +ob a forma de pei!e, ela dirige$se ao rei, que fa) construir, nestelocal mítico, o templo de O!um, em Osogbo, onde ainda se cultua o ori!á O!um. Os i;i;,

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    aves míticas ligadas aos ancestrais femininos, s*o lembrados tamb&m nos c7nticos e de formaespecial nas louvações dedicadas a O!um " ora :;i; ô " saudando uma das mais prestigiosas e muitas ve)es temida, m*e ancestral. Eela tamb&m se di) ser a grande feiticeira.

     E MAIS PM CWTICO ECOAGGGGG

     I&b# +yawó i&b# si Bs1n ó réw0  :bá ia['4cabaça contendo tecidos, roupas. alimentos e

     pertences I&b# +yawó i&b# si Bs1n ó réw0 da noiva5& para O!um no dia do seu casamento. ?w# sin ! ki i&b# réw0 réw0  @'s cultuamos a formosa noiva que recebeu linda cabaça de I&b# +yawó i&b# si Bs1n ó réw0  presente de casamento. O!um estava linda no dia do seucasamento.

    O :bá :aô, a cabaça da noiva, pode tamb&m aludir a um outro tipo de aliança ou decompromisso. >omo as noivas de (o%e e de antigamente, os :aôs, quando de sua iniciaç*o preparam seu en!oval , recebendo tamb&m presentes dos mais pr'!imos de sua futura famíliamítica, para que este possa bril(ar no dia da cerimônia do enlace ou da sua iniciaç*o.#entamente a sen(ora dos rios, despede$se dos convidados, e outros acordes s*o e!ecutados para saudar Obá, As 93e%is certificam$se de que O!um n*o este%a mais presente na sala. Osconvivas de Obala$: est*o radiantes, seguindo a cadencia dos il=s, uma batida mais forte dorun, vem ela Oba a Nabá guerreira, a grande caçadora das florestas. Ao compasso do somsuavemente retira a adaga presa o ao busto, colocando em seu lugar o ofá. 9legantemente coma adaga em pun(o avança graciosamente e começa seu bailado cadenciado ao c7ntico de.....

    Ob# !Lléékò 00 òs+ Obá da sociedade 9le3', guardi* da esquerda. ?0&b0 !Lléékó 00 òs+ Anci*, guardi* da esquerda na sociedade 9le3'.

    Orò awo /ò &bo Oba O ritual do mist&rio & entendido e ouvido por Obá.  ?0&b0 !Llééko 00 òs+ Anci*, guardi* da esquerda na sociedade 9le3'.

    O >7ntico fala da sociedade 9le3', informando que Obá & sua suprema guardi*. ?ouco se sabedesta sociedade secreta de mul(eres no rasil, Use bem que seu título principal de \;B$9gb& &o que ostenta a c(efe da comunidade nos ]terreiros^  ésé E&.n. ?or outro lado, Obarepresentaç*o coletivas dos ancestres femininos, venerados nesta sociedade, & cultuada nos]terreiros^ !s! Br+s0. Ierminado este primeiro c7ntico, relembrando o papel de guardi* dossegredos da sociedade 9le3', Obá retoma o seu Ofá guardado no atac* e, com um gestoincisivo, solicita o escudo, que ela confiara a um dos presentes. Rm novo ritmo laudat'rio seapro!ima saudando a guerreira das florestas, atrav&s de passos rápidos, numa caçada, ondenuma das m*os, e!ibe o arco e flec(a, mostrando destre)a daquela que se rivali)a, no ofício,com o maior dos caçadores, O!ossi.

     3)í wéré  Eo trono de madeira rapidamente ela constr'iO@0 ! rè wé  seu arco e flec(as que saem serpenteando.

     XóY 5ò 5ò +oando como um tambor abafado, o OfáF0 $! w#, ni  c(egou at& n's.

     Xò 5ò 5ò +oando como um tambor abafado, El! n. o 44 A proprietária o perdeu.

     3ya !l! n. o 4uando5 A m*e está enfraquecida.Ob0 !Lléékò $élé  Obá da sociedade 9le3ô, volta para casa,

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    Ob0 S#b0 o fa) adivin(aç*o, prepara uma armadil(a eOb0 ó $+bò ké ré  volta a sair.

     E b#rin è 5ò 9 vai em direç*o 4 B casa 5* $+bò ké ré  0a) adivin(aç*o, prepara armadil(a e volta a sair.

    Obá & rápida como a sua flec(a. Eela & dito ser uma caçadora ta eficiente, e talve) mel(or, que

    a maioria dos caçadores. 0oi por isso que teve o respeito de O=ossi, o grande caçador. Ei)emque foi ele quem ensinou a ela esta arte, e ela aprendeu com maestria. Oba & obsessiva, e seuinstinto guerreiro sempre a fa) pele%ar. ?or&m, quando sente que as forças acabam, volta paracasa 4 floresta 5, recupera$se e retorna rapidamente. A casa & o lugar da magia, da consulta a I@#, deus da adivin(aç*o. 9 & disto que falam os c7nticos acima. Ierminada a (omenagem agrande guerreira, a mesma despede$se de todos com ar imponente. Rma pausa se fa) no  IlJ$! Obala$:......O toque dos atabaques anuncia que todos devem retornar ao barrac*o. O ritmo do  I&binanuncia aos presentes que O=al# se fa) presente nas celebrações de 9an&:, e que o final dafesta está para c(egar. O canto e!plode com um entusiasmo muito especial. A melodia de rara bele)a ecoa por todo o terreiro e & cantada com muita emoç*o por todos. Os versos dirigidosao ?ai$da$criaç*o c(ega a ser quase uma s=plica.

    Oní sé a 0w.r! a nl# é  +en(or que fa) com que ten(amos boa sorteOní sé a 0w.r! ó bèr+ o/on e com que se%amos grandes.Oní sé a 0w.r! +en(or que nos dá o encantamento da boa sorte A nl# é %0b# cumprimenta os fil(os.Oní sé a 0w.r! ó bèr+ o/on ?ai, +en(or que nos dá boa sorte e nos tornagrande.

    O Ori!á do branco e da calma está presente, lembrando a todos a import7ncia de serem t*ograndes quanto ele nos atos, t*o calmos, por&m dignos e conscientes de seus direitos eobrigações. Agora quem dança ma%estoso, tranq_ilo e de porte altivo & O=a&1i, o mais novoe guerreiro dos Ori!ás 0unfun, empun(ando uma espada evolui em passos firmes ecadenciados. +egundo antigas lendas, ele fa) parte da trilogia dos Ori!ás guerreiros %untamente com O&1n# e I!/an#-O&1n)éG

     Aa&nnòn 'n(&b# wa o 444 Aa&nnòn A%agunan 4 guerreiro 5 nos acuda nossocorra, A%agunan Elé/òsó, %0b# Bssóò&inyón +en(or dos lindos ornamentos, ?ai O!agui* Aa&nnòn 'n(&b# wa o 444 A%agunan 4 guerreiro 5 nos acuda nossocorra. Elé/òsó ,%0b# olóroò&n ?ai das guerras 4 guerreiro 5, +en(or de9lemes', Aa&nnòn 'n(&b# wa o 444 nos acuda nos socorra.

    O povo ioruba o relaciona como um dos fil(os de O$1$1a que, a partir de I@é , povoam omundo, e assim funda a cidade de El!i&bo, sendo este considerado seu primeiro Ob# ou !iG

    F (ora da partida, as e!clamações de  E=!1J bab# s*o pronunciadas com entusiasmo ao rei da benevolncia. Iodos solicitam a sua boa vontade. +eu afeto e imprescindível, e mais do queisso, sua estima, para que possa nos envolver com a ternura do seu abraço e a proteç*o de suaespada que ampara e luta ao nosso lado.

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    O dia aman(ece, os primeiros raios de sol acordam a nature)a. Ouvem$se os primeiros cantosdos pássaros que tamb&m anunciam a presença de um novo dia.

    P calma e tranq_ilidade no IlJ $! Obala$:GGGGG

      ...... o fogo lentamente se e!tingue na @o&1!ira $! 9an&:GGGGGG