64º Caderno Cultural de Coaraci

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     O R I

    64º EXEMPLAR - 41.600 exemplares distribuídos gratuitamenteFAZENDA LOCALIZADA NA ESTRADA COARACI - ALMADINA - FOTO DE E.ADONAI ANDRADE

    C DERNO CULTUR L

    DEZEMBRO DE 2010 - ABRIL DE 2016

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    ABRIL VAMOS UNIR O BRASIL. NÃO AO GOLPE! 2016

    DATAS COMEMORATIVAS

    QUE SE FAÇA JUSTIÇA COM SERENIDADEE COM IMPARCIALIDADE...

    Alguns setores da mídia brasileira que tem interesses em mais um golpede estado, a mesma mídia que publica todos os dias noticias distorcidasnos horário nobres, invadindo as casas dos telespectadores com gravaçõesde escutas ilegais editadas, noticias manipuladas e entrevistas com réusda operação Lava Jato, essa mesma mídia vem influenciando milhares debrasileiros , principalmente aqueles inconformados com a derrota naseleições presidenciais passadas e os mais desinformados, a saírem nasruas protestando contra o governo que esta aí, resultado de uma eleiçãodemocrática, exigindo o impeachment da Presidenta.

    Estamos testemunhando as incursões da Policia Federal e suas prisões,somos testemunhas dos vazamento de informações confidenciais da

     justiça, que deveriam permanecer em ’’segredo de justiça’’. Assistimos auma série de atropelos judiciais: Um pedido de Impeachment porpedaladas fiscais, coisa comum nos governos anteriores. O processo deImpeachment deflagrado por um Deputado investigado por corrupção elavagens de dinheiro. Um Congresso Nacional viciado e corrupto.Senadores e Ministros da Republica envolvidos em maracutaias. Um Juizque não faz segredo e diz publicamente ser oposição ao governo que aíesta, e que julga uma ação para impedir a nomeação de um Ministro pelaPresidência da República. Essa mesma justiça que autoriza grampos naresidência de um Ex-Presidente, de seus familiares e de seus advogados, écondescendente com o vazamento das gravações dos grampos,amplamente divulgadas em telejornais e autoriza a Condução Coercitivade um Ex-Presidente da República para depor em um aeroporto. Todo o

    processo acompanhado pelas principais emissoras de televisão do país. Aação desnecessária foi a pedido do Ministério Público Paulista, e diasdepois, alguns de seus integrantes discursaram em praça pública.

    A Justiça tem que ser serena, consciente, não pode se deixar influenciarpela mídia, não pode politizar os processos investigatórios, não tem queestar dando entrevistas às emissoras de televisão, revistas e jornais. AJustiça deve ser superior a tudo isso.

    Os vazamentos das delações premiadas e as entrevistas dos condenadosna rede globo, no Fantástico, parecem-me ações orquestradas paraderrubar o governo, um golpe que pode se repetir, pois já houve outro ecom a participação da mesma emissora.

    Quem esta autorizando estes vazamentos, porque e pra que? Talvez paraacelerar o processo de Impeachment da Presidenta e para incitar o povodesatualizado e suscetível a influencias politicas partidárias a saírem nasruas e se digladiarem.

    Esperamos que os Juízes do Supremo Tribunal Federal, tomem as rédeasdas mãos daqueles que estão politizando os processos envolvendocorrupção e lavagem de dinheiro no Brasil, e deixem que sigam o seu cursonormal. O que queremos é que se faça justiça, com serenidade eimparcialidade e se os investigados forem culpados cadeia neles, e que seconfisquem todos os seus bens, mas enquanto isso não acontecer vamosparar com as ilegalidades cometidas em nome de alguma coisa que não sechama justiça.

    PauloSNSantana

    Diretor: Paulo Sérgio Novaes SantanaRua José Evangelista de Farias, 16, 1º andar

    Tel.(073) 3241 - 2405 - (073) 8121-8056Correção Textual, diagramação e arte-final: PauloSNSantana

    Site: www.informaticocultural.wix.com/coaraciFotografo - Edison Adonai Andrade - Impressão Gráfica Mais

    E-mail: [email protected] Pagina nº.02

    16 DEABRIL

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    ABRIL CULTURA E IDENTIDADE 2016

    ......Vivia-se, assim, com um pé na modernidade sonhada emal compreendida, e outro na tradição campesina; afinal

    não se tinha infraestrutura urbana, nem serviços quepermitissem o desenvolvimento local. Mas tudo isso foisendo superado com o surgimento de mais escolas, deserviços de água e esgoto, iluminação pública epavimentação das ruas. Dessa forma, em 1980 a cidade jáapresentava uma equiparação com grande parte do Brasilinteriorano e cultivava costumes e tradições irradiadas doRio de Janeiro e de São Paulo via Rádio, TV, Cinema, Jornais,discos e Livros. Realizaram-se festivais de música,apresentações de Teatro, sessões de cinema e tudo que ascidades mais desenvolvidas compartilhavam, graças àpujança econômica advinda da cultura cacaueira.

    Talvez por isso, se faz imprescindível lembrar quetínhamos cinema na década de 80; que os mais velhos sereuniam na Praça Getúlio Vargas para assistir TV, conversare jogar damas ou dominó; que havia um grupo de escoteirose uma filarmônica; que as escolas tinham bandas marciais edisputavam a aprovação do público a cada 7 de setembro;que as festas juninas eram feitas pelos vizinhos e que visitaros parentes e amigos era parte fundamental do festejo; queos uniformes escolares eram tradicionalmente calça de brime camisa de linho com sapato preto; que as quermesses efestas da padroeira tinham quase um km de extensão, comtodos os tipos de barracas e até parques de diversão; e quetodas essas coisas refletiam nossa participação e nossolugar no cenário cultural nacional. Se nessa época orestante do mundo e uma parte do Brasi l jáexperimentavam a desfragmentação pós-moderna e viamas tradições serem solapadas pela indústria cultural demassa, para nós, crianças de Coaraci, parecia-nos quevivíamos “como antigamente” e nos sentíamos abrigados e

    protegidos pela aconchegante cultura local.Entretanto, a crise do cacau agravada pela vassoura debruxa e a abertura económica dos anos 90 trouxeraminúmeras mudanças. O cinema deixou de ser atração e foisendo desativado aos poucos para em seu lugar surgirem aslocadoras de vídeo; a Feira do sábado foi perdendo espaçopara os supermercados; a filarmônica foi se deteriorando efindou por falta de investimentos; e os festivais de músicado passado passaram a ser uma saudade e uma lembrançadistante. Mas isso não significou necessariamente umamudança triste, pois os anos 90 ainda viram grupos deteatro popular e iniciativas inovadoras, como a de alunos doPestalozzi que usaram as instalações do antigo cinema paraapresentar peça teatral dirigida e produzida por elesmesmos, sem qualquer apoio ou patrocínio que não os dos

    próprios pais. Os campeonatos de futebol amadorcresceram e encontraram apoio público. As festas de SãoJoão ganharam aspecto de “superproduções” e a juventudepodia se divertir em locais como o “Beira Rio” (um paredãode som que ficava ao lado do bocão lanches) ou em barescomo a “Toca”, que apresentavam artistas com voz e violão,tocando o melhor da MPB.Nessa época algumas tribos urbanas começaram a seformar, a exemplo dos capoeiristas da academia de NegãoLagartixa e da academia de Neto Póvoas; surgirampraticantes de novos esportes no ginásio recém-construído:voleibol, basquete, handebol e futsal; skatistas fazendosuas manobras no calçadão e tocadores de violão no “Altoda Igreja”. Embora abalada pela crise local e pelasadversidades enfrentadas pelo país, a cidade vivia animadapor grupos de jovens das igrejas evangélicas e Católica,osquais usavam de arte e cultura para evangelizar nos bairros;

    Cultura e identidade: conflitos entre olocal e o global

      Convidado pelo professor Paulo Santana aescrever uma coluna para este periódico local, me pus apensar nos últimos dias uma forma de abordar a cultura emCoaraci. De fato, embora seja muito honrosa, esta não éuma tarefa das mais simples. Primeiro porque há muito quese falar do passado como já fizeram historiadores ememorialistas locais; fatos, causos e transformações quemarcaram época e tem significativa importância paraaqueles que aqui viveram. Além disso, uma abordagem

    memorialista traz consigo certo sentimento de perda esaudosismo que não contribui como eu gostaria para umareflexão apropriada do momento presente. Assim, resolvitocar no passado apenas na medida em que o alcanço, ouseja, na proporção que meu entendimento pessoal mepermite avaliar as transformações ocorridas, a fim derefletir sobre os processos de transformação cultural eidentitária em pequenas e grandes cidades.

    Como todos sabem, Coaraci formou-se cidade naprimeira metade do século XX e absorveu tanto os ideaisrepublicanos liberais do nacionalismo pátrio, quanto astradições e “modus operandi” do Brasil colonial; afinal suaexistência dependia diretamente da expansão edesenvolvimento da cultura do Cacau, café, mandioca etc.Há que se considerar, portanto, que em suas primeiras

    décadas de existência a palavra cultura ainda não eraatribuída à diversidade de saberes e fazeres dos homensque aqui viviam, mas aos saberes dos poucos letrados edoutos que aqui chegavam. Importantes cidadãos quecontribuíram para que amadurecesse nessa terra osentimento de unidade que possibilitou o desmembramentode Ilhéus e seu reconhecimento como município. Nessesentido, a Igreja católica, as Igrejas protestantes, o Ginásiode Coaraci, o Clube dos bancários, o Clube social e ourasinstituições estimularam o desenvolvimento da cultura emseu sentido estrito, mas ainda não havia a valorização e oestímulo à busca de uma identidade local embasada noviver dos homens e mulheres que trabalhavam nas roças ena cidade.Pode-se dizer que Coaraci em sua passagem devila a município enfrentou as mesmas influências que outrosmunicípios e buscou fundir ícones do nacionalismomodernista e do passado colonial.

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    ABRIL O que diferencia cada cultura? 2016

    as escolas mantinham seus desfiles cívicos e osincrementavam a fim de que abarcassem a necessidade de

    expressar a diversidade cultural brasileira.Destes acontecimentos marcantes da década de90, talvez o mais emblemático tenha sido a chegada de umfilho da terra com uma ideia que poderia ter mudado nossahistória. Em 1995, Wilson Amaral, filho de Coaraci, retornoudo Rio de Janeiro formado em engenharia e Mestre emreciclagem de polímeros. Trouxe um projeto que visavaimplantar em Coaraci uma política de reciclagem ereaproveitamento de resíduos; algo que faria da cidade ummodelo a ser seguido por outras no país. Por conta desseprojeto muitos jovens de Coaraci tiveram acesso a palestrase cursos ministrados pelo professor Wilson e seus colegasda Universidade Estadual de Santa Cruz; ocorreramgincanas entre as escolas municipais e uma enormequantidade de material reciclável foi reunida, provando queseria possível reduzir o desperdício e diminuir a poluiçãoambiental. A cidade experimentou uma nova perspectiva,especialmente porque o aumento da população deestudante de cursos superior dava a todos a esperança deque encontraríamos uma saída para a crise instalada nalavoura cacaueira.Infelizmente o projeto não vingou, o professor Wilson foiembora e toda aquela semente plantada não sedesenvolveu como deveria, restando apenas algumasiniciativas de empresários locais que praticam até hoje acompra de material reciclável recolhido no município evende para indústrias de reciclagem em Itabuna, Feira deSantana ou Salvador.

    Findamos os anos 90 com bem menos atrativosculturais, dentre os quais se destacava os “encontros demúsicos da terra” e os campeonatos de futebol interbairros.

    Embora tivéssemos mais educação pública, escolasprivadas, maior número de universitários e mais acesso abens tecnológicos, a cidade parecia ser engolfada pelacultura de massa global/nacional e já não se falava tantodos festivais e dos artistas locais. Os festejos juninos já nãopriorizavam as festas de rua, mas as apresentações debandas de fora numa praça central (quando não deixavamde ocorrer); o comércio local se desenvolvia, masenfrentava grande concorrência de centros como Itabuna eIlhéus; Bandas locais e seus músicos tinham de sair deCoaraci para ganhar visibilidade e os músicos maistradicionais perdiam espaço para sonorização mecânica ebandas de fora.

    Felizmente, essa não foi uma época só de perdas,pois proliferaram algumas bandas locais e novos músicos

    surgiram. Com a chegada da internet e de novas tecnologiasCoaraci se transformou e se aproximou mais do “mundoglobalizado”,

    o que foi produtivo por permitir aos jovens maior acesso amais filmes, músicas e conteúdos do que na década

    anterior. Hoje já não temos mais tantos jovens praticandoesportes alternativos nem temos incentivos às produçõeslocais.

    Mesmo assim, há ganhos consideráveis como ocrescimento da cultura Gospel e seus eventos artísticos emusicais; a tentativa de retomar festas como a “Lavagemda Rua Santa helena”, os aniversários do “Jazz Bolacha”; osfestejos de Santo Antônio no bairro da Feirinha e osempreendimentos locais em cultura e serviços digitais.Nunca tivemos tanto material disponível para a valorizaçãoda memória, quer seja em Livros publicados por autoreslocais, quer seja em textos e trabalhos produzidos porCoaracienses residentes aqui ou espalhados pelo Brasil.

    Mas, apesar de tudo, um olhar para a cultura localnão escapa ao saudosismo que tentei evitar no início; o quenão significa um saudosismo por conta das perdas, mas umsaudosismo por conta da falta de sentido de identidade.Esse não é um problema exclusivo de Coaraci, pois todas ascidades enfrentam a abertura para o mundo globalizado eveem suas tradições ser substituídas por novos costumes evalores impulsionados pela indústria cultural. Como afirmaDavid Harvey, “É difícil não concluir que todo o mundo darepresentação passou por uma transformação nesse curtoespaço de tempo. Como e por que isso ocorreu é a essênciada questão”. A cultura valorizada nos anos 60 e 70 passa aser vista como elitista e, apesar de em sua origem buscarser popular, é colocada em oposição à cultura dos anos 90. Acrise de identidade que vivemos hoje se deve ao fato detudo que servia de símbolo à identificação acaba sedissolvendo e se fragmentando. A ansiedade para se tornar

     “globalizado” termina por esvaziar o sentido do ser queantes estava ligado à terra e aos seus antepassados.Assim, para finalizar essa ponderação, me volto

    para a questão da educação, da leitura e da preservação dopassado. Com a evasão cada vez mais precoce dos nossos

     jovens para outras cidades a procura de emprego, fica muitodifícil que um projeto tenha continuidade e que sirva deexemplo para a geração vindoura. Tudo parece ter de sersempre reinventado, restaurado e mantido com luta paranão se perder. Por isso precisamos de mais história local,mais relatos sobre nossos terreiros, afoxés, locais deencontro e socialização, acontecimentos políticos e atémesmo sobre as práticas cotidianas como lavar roupa no RioAlmada, retirar areia em canoa, pegar “carreto” com os

     jovens na feira, reunir-se na praça para tocar violão.

    Carecemos de mais leitura de quem somos; conhecimentode onde viemos e para onde queremos seguir. É evidenteque não mais se concebe identidade como algo fixo eimutável, mas antes como uma dinâmica de identificaçãotransitória que preserva o que pode e projeta o que deseja.Precisamos desejar ser coaracienses e fundar a cada ato eprodução cultural nossa marca nesse mundo; assiminstalamos um equilíbrio entre as forças massificantes dacultura pós-moderna e a autoafirmação identitária local.Creio que é hora de usarmos a educação para difundirmos aideia de que cultura engloba todos os saberes e fazeres denossa gente; por no centro do palco aquilo que somos e quedesejamos ser.

    Lu i z An tôn io Cae tano da S i l va Jún io rMestre em Letras: Linguagens e Representações;

    Professor de Língua e Literatura Portuguesa e Espanhola(Secretária de Educação do Estado da Bahia)

    E-mail: [email protected] Pagina nº.04

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    ABRIL POESIA 2016

    Água que brota da terraÁgua que sai do chão

    Água que molha o trigoTrigo que faz o pão.

    Água que sangra das pedrasÁgua que vem da naturezaÁgua que nos dá alegria

    Água que revigora a beleza.

    Água que rola da serraÁgua que jorra do chão

    Água que enche riosÁgua que transborda ribeirões.

    Água que enche lagosÁgua que enche lagoas

    Água que corre para o mar

    Água que corre á toa.Água que move moinhos

    Água que faz girarÁgua que não descansaÁgua que faz navegar.

    Água nossa de cada dia

    Água que nos dá energiaÁgua que nos dá calorÁgua que nos procria.

    Água de cada diaÁgua da nascente

    Água que cria a genteÁgua que nos faz respirar

    Água que sai da terraÁgua que sai do ventre das matas

    Que cai das cascatas.Água fonte de vida

    Água que brota dos córregos

    Água que jamais voltaráÁgua nossa de cada dia.

    Maria da Conceição do Amparo

    Água Fonte de VidaPoema de Maria da

    Conceição do Amparo

    Água fonte de vidaÁgua esperança

    Água que mata a sedeÁgua que molha a planta.

     NELDES, UM ARTILHEIRO DOS NOVOSTEMPOS DE COARACI

    Fonte: NeldesNo dia 9 de Março de 2016, aconteceu a final de mais um

    campeonato da categoria máster no campo de futebol daAABB, em Coaraci. E o destaque mais uma vez foi o artilheiroconhecido por Neldes, proprietário de uma lanchonete no

    Calçadão da Rua Ruy Barbosa. Além de ser um comerciantebem sucedido, Neldes é adepto da prática do futebol decampo, desde criança. Ele começou jogando por seus colégiosem quadras e campos de futebol, onde obteve junto aos seuscompanheiros grandes conquistas. Conquistou ao longo desua carreira futebolística varias medalhas e troféus,principalmente na categoria artilheiro. Nesta categoria foipremiado em Itajuípe, Lagoa de Sambaiba, Inema, UniãoQueimada, Duas Barras, São Roque, Itamotinga, Campo daCONSIC, no Joia do Almada, no Campo de Simão nos Macacos,no CSU, em Ibicaraí e quando jogou representando a equipeda AABB de Coaraci nos Jogos da FENAB em Alagoinhas. Foicampeão e artilheiro do campeonato da cidade no EstádioBarbosão, foi vice-campeão com um gol de bicicleta, jogandopelo Palmeiras de Manuel, no campo da CONSIC onde hoje

    está localizado o Colégio Almakazir Gally Galvão e neste anofoi artilheiro do Campeonato de Master no Estádio Barbosão.Neldes se orgulha e gosta de relembra de uma jogada sua

    que consiste em ir à linha de fundo e cruzar a bola dando um “Paulista”, ou de “Passe de Letra”.

    O maior título para quem pratica esportes, principalmente noFutebol, são as boas amizades que se faz e para Neldes estesim é o maior título, pois fez uma infinidade de amigos aolongo de sua trajetória futebolística.

    Neste ano o seu maior prêmio foi a homenagem que a suafilha Clarissa lhe prestou ao final do jogo, e que sensibilizou atodos os presentes, quando passou às suas mãos um troféu,pelo seu desempenho como desportista, amigo e pai e por terse tornado por cinco vezes artilheiro de uma competição emCoaraci.

    Neldes afirma que se tornou o maior artilheiro da AABB detodos os tempos.

    Na vida me preparei, suei a camisa e entre umdrible e outro acabei fazendo o gol da vitória, mas

    quando Deus escreve a história de alguém nãotem como dar errado. (Neldes)

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    ESPORTE

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    ABRIL QUEM MATOU JANICE? 2016

    Tatá. Junto com a meninada vinha também a garota maislinda do grupo. Chamava-se Janice. Tudo o que foi escrito

    até aqui, foi para descrever o ambiente em que viveu apequena e linda Janice.Granada era uma linda e bem cuidada fazenda de cento e

    setenta hectares, com uma sede que dava gosto! AlípioGranada cuidava de tudo com a dedicação de quem ama oque faz. Tinha nove filhos, sendo Janice a caçula e xodó dopapai. Alípio criava muitos animais, principalmente gado,cavalos, aves, alguns cabritos e porcos. Na FazendaGranada não era permitido matar nenhum animal silvestre,nem mesmo cobras ou pássaros. Lá também havia umótimo gramado, onde eram disputados jogos memoráveis.Seu Alípio gostava de festejar datas especiais como a do seucasamento com Dona Lili (Lídia) ou o aniversário dos filhoscuja data era única para todos: 23 de abril, dia de São Jorge.Havia, portanto, duas grandes festas anuais na FazendaGranada com comida e bebida com fartura e uma pequenaorquestra vinda da cidade especialmente para os festejos.Sem faltar o Campeonato Regional de Futebol.

    Certo dia D. Lili, acompanhada de sua filha Janice, foivisitar sua amiga D. Jacintha na Fazenda Jacarandá. Depoisdo almoço e de botar as conversas em dia, D. Lili disse àamiga que estava com muita pena de um bezerrinho da raçaTabapuã que a mãe rejeitara. Era um filhote de pura raçaque, quando adulto pode chegar a mais de mil quilos depeso! – “Comadre Jacintha o que é que eu faço para salvá-lo?” D. Jacintha respondeu com tranquilidade: –

     “Encarregue a minha afilhada Janice para cuidar dobichinho“. E assim foi feito. Janice passou a cuidar dobezerrinho com o carinho de um bichinho de estimação. Aqualquer lugar que ela fosse o bezerrinho a seguia como umcachorrinho. Várias vezes por dia ela lhe dava um litro de

    leite numa mamadeira improvisada. Após a mamada,Janice o levava para um banho divertido na cascata. 

    O ano era 1951. Eu tinha dez anos, mas me lembroperfeitamente de toda a história. A Fazenda São José erabastante animada, pela liderança que exercia nacomunidade de maneira bastante expressiva. A localizaçãoera perfeita, pois ficava num local privilegiado e rodeadadas demais fazendas. Tudo era propício para atrair vizinhose vizinhas. Aos domingos a fazenda fervilhava de crianças,moças e rapazes. O melhor campo de futebol, o melhorpesqueiro e o melhor trecho do rio para o banho estavam lá.O ruído da pequena cascata atraía a todos. Meu avô tinha omaior ciúme do “seu” rio. Bem em frente, a cerca de trêsquilômetros, passava a estrada de rodagem em cujasmargens ficavam três grandes fazendas, cujos habitantes

    nunca perdiam as “domingadas” da Fazenda São José.Bastava andar os três quilômetros pela mata que margeavao Rio Braço do Norte, onde, às vezes, podíamos encontrarum ou outro filhote de jacaré dormitando ao sol. Haviatambém garças e capivaras. As pessoas que vinham para a

     “domingada”- como ficou conhecido aquele evento – apósatravessarem o rio em uma pequena canoa, lavavam os pésà sombra da velha ingazeira, cujos frutos em forma defacas, pendiam até tocarem a superfície das águascristalinas.

    A fazenda do meio chamava-se Jacarandá, nome daárvore centenária que havia ao lado da grande casa brancaque servia de sede. O dono era um homem alto e forte, deuns sessenta anos, chamado Olegário de Amoedo. O bigodebranco e os cabelos fartos e grisalhos chamavam a atençãono rosto largo e tostado pelo sol da vida no campo. Aesposa, dona Jacintha (com “h” mesmo), gabava-se denunca ter perdido uma barriga. Tinha quatorze filhoscriados, sendo cinco mulheres e nove homens, todos deaparadeira (parteira). Oito já estavam casados. Os maisnovos eram uma moça de dezenove, e um rapaz de vinte eum anos, que estudavam em Ilhéus. Dos nove homens, seiseram exímios jogadores de futebol e eram disputados naformação do time que tinha o nome de Jacarandá. Nos diasfinais de campeonato as bandeiras do Brasil e do Jacarandáeram sempre hasteadas lado a lado.A cerca de quatroquilômetros da Fazenda São José ficava a Fazenda Granada.Todos os dias um grupo de crianças da Granada, cujasidades variavam de seis a quinze anos, juntamente comoutros grupos da mesma idade, vindos de outras fazendasconvergiam para a nossa, onde meu avô criou uma “escola”,

    tendo como professor o seu neto mais letrado: Meu irmão

    ABRIL MÊS DO ANIVERSÁRIO DO JAZZ BOLACHA

    A cada ano Janice ia crescendo e ficando cada vez maislinda na sua adolescência. Aos treze anos ela chamava Rubi,nome que deu ao bezerrinho, e o animal, agora um

    belíssimo exemplar de touro com três anos de idade,vinhadireto até ela para receber uma fruta ou um afago das mãos

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    ABRIL O TOURO RUBI... 2016

    daquela que o criou. Ela assobiava e o touro vinha cheirar-lheos cabelos. Ajoelha! Deita! Montar! Ele prontamente obedecia.

    Abaixava-se o máximo que podia para que ela o montasseagarrada ao grande e cinzento cupim. Se ele sumisse, bastavaassobiar que ele vinha correndo e submisso, baixava a cabeçapara ficar à altura de sua “dona”. Terça Feira, véspera doaniversário da filha, D. Lili a procurou no quarto e não aencontrando, olhou pela janela e viu Rubi deitado na beira dorio, mas não viu Janice. Estranho! Os dois andam sempre

     juntos, onde Janice se meteu? Chamou várias vezes em altosbrados. Resolveu ir até à beira do rio verificar. Em desesperocomeçou a perguntar a Rubi, como se o touro pudesseresponder. Rubi continuou deitado remoendo tranquilamente,porém, durante o resto do dia e no decorrer da noite, o touronão saiu do lugar indiferente à movimentação ao seu redor.Dezenas de pessoas com lanternas e tochas procuravam nasduas margens do rio. Chamavam alto pelo nome de Janice.Amanheceu o dia e Janice não foi encontrada. Na manhã deQuinta Feira, um adolescente, colega de escola, chamou D. Lilie disse que havia encontrado uma peça de roupa na estradinhada mata, no outro lado do rio. Os pais e alguns empregados dafazenda acompanharam o garoto até o local e lá estava a peça.Uma camisa de malha azul toda rasgada… de Janice. A mãe e opai se abraçaram em desespero. Sabiam que tinham perdido afilhinha querida. Veio gente de todas as fazendas paraempreender as buscas. Umas onze horas o corpo foiencontrado. O rosto desfigurado e os dois seios dilacerados,como se tivessem sido mastigados por cães raivosos.

    A morte de Janice permanece um mistério até hoje! Quem amatou? O assassino estuprador nunca foi descoberto.

    Quatro anos se passaram. Rubi, agora com quase oitocentosquilos e com sete anos de idade (fornecia sêmen parareprodução), continuava pastando na beira do rio, como se

    esperasse a volta ou o chamado de sua dona, “mãe” e amiga.Os jogos de futebol voltaram, mas agora eram realizados naFazenda Jacarandá. É Domingo. A Fazenda Jacarandá está emfesta. O filho caçula dos Amoedo está de volta para festejar aformatura de Medicina Veterinária. Com o uniforme novo doseu time, ele ri e acena para a multidão feminina que delira,aplaude e joga beijos. Começa o jogo. A multidão grita e torcepelo Granada. A disputa esta acirrada no gramado. Gritos!Gritos! O que estará acontecendo?Rubi, o boi de Janice,gigantesco e misteriosamente bravo, acabava de invadirintempestivamente o gramado! Os jogadores corriam egritavam apavorados, enquanto Rubi, sem atacar ninguém,corria pelo campo, com a cara para cima e babando, balançavaa cabeça. Parava de repente e escavando o chão jogavaenormes tufos de grama para cima, enquanto encarava os

     jogadores. Parecia que procurava alguém, especificamente! Derepente partiu em direção ao jogador mais jovem – oveterinário – e, para espanto e pavor da multidão que a tudoassistia, atingiu em cheio o pobre rapaz, rasgando-lhe asentranhas com seus chifres e atirando o corpo a mais de trêsmetros de altura, como se fosse uma simples peteca. Com oschifres ensanguentados, retirou-se lentamente do campo ecomo se nada tivesse acontecido de cabeça baixa, calmamentedesapareceu em direção ao rio.Rubi terminou seus dias comoboi de arrasto e nunca permitiu que alguém o tocasse.

    Um dia apareceu na fazenda uma menina de uns treze anos.Tinha cabelos louros e olhos azuis. Lentamente Rubi, quepastava por perto, aproximou-se da cerca onde estava amenina e suavemente cheirou-lhe os cabelos.

    Obs.: O caso acima se baseia em fatos reais. Os nomes sãofictícios para não comprometer pessoas que ainda vivem. Otouro existiu e o nome é verdadeiro.

    CAÇA AO MOSQUITO AEDES AEGYPTI

    DENGUE, ZIKA VÍRUS E CHICUGUNYANo mês de março de 2016 muitos moradores dos

    bairros da periferia foram acometidos pela Dengue, Zikavírus e Chicugunya, o municipio vivia uma epidemiarelacionada às estas doenças, transmitidas pelomosquito aedes aegypti. Se constatou que existiammuitos casos de Zika vírus e que havia muitas grávidasdoentes que poderiam dar a luz a bebês com micro-cefalia. Detectou-se varias pessoas com a Chicugunya emuitas outras com febre foram procurar tratamentoadequado no hospital da cidade. Algumas pessoas ainda

    não tinham nenhum sintoma das doenças causadas pelovírus, mas havia familiares com sintomas como, febre,inchaço e etc. Os enfermos que foram ao hospital, recla-maram da qualidade do atendimento e das consultas, naopinião deles não havia médicos suficientes para ademanda dos doentes, faltavam medicamentos, soro einjeções, e estes problemas causaram apreensão emedo aos enfermos e às suas famílias.

    No mês de março algumas ações foram realizadas nosentido de informar a comunidade sobre as doençastransmitidas pelo mosquito aedes aegypti em Coaraci. ASecretaria de Saúde Municipal, Prefeitura e outrosorgãos realizaram uma caminhada, sugerindo que acomunidade fizesse um faxinaço em cada bairro, casa, erua para caçar e eliminar os mosquitos.

      PauloSNSantana

    E-mail: [email protected] Pagina nº.08

    CASA DA CAR NE

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    05 de abril de 54 62 ANOS EDUCANDO COARACI 05 de abril de 2016

    Educação e Cultura, O Sr. LafayetteBelfort Garcia concedeu a autorização

    para o funcionamento condicional doColégio Comercial Sebastião NunesViana, com o curso ginasial, deComercio e Técnico de Contabilidade,que funcionaram no turno noturno. ODiretor era o Dr. Paulo Gomes quediplomou a primeira turma deprofessores primários. Em 1966assumiu a direção o Dr. VanderlinoClodoaldo de Almeida permanecendoaté 1969 passando a Direção àprofessora Maria da ConceiçãoOliveira Faria. O Colégio SebastiãoNunes Viana foi dirigido de 1967 a1974 pelo professor José Alves deMatos.

    Em 1970 retorna ao colégio o DiretorDr. Adauto Ribeiro Sacramento, per-manecendo até 1975, nesse período oginásio manteve o convênio “profes-sor aluno”, com o Estado que deusustentação ao aspecto legal do cursode primeiro grau e magistério, os pro-fessores foram contratados pelaSecretaria de Educação do Estado daBahia.

    Em 1975 assume a direção do “Ginásio de Coaraci” precisamente nodia 10 de março a professora Irene deOliveira Fita e Silva que permaneceaté 1979. A direção do Colégio

    Sebastião Nunes Viana passa a ser daprofessora Eponina Borges da Costa.

    Em 1977 a Cooperativa realiza umaAssembléia Ordinária com todos osmembros, inclusive as novas dire-toras, para definir a junção dos doisestabelecimentos, que extraofi-cialmente passa a se chamar Colégiode Coaraci. Em 1980 o Dr. José AlmiroGomes retorna ao Ginásio para maisuma contribuição como diretor. Em 08de dezembro de 1980 a CooperativaCultural de Coaraci ResponsabilidadeLtda., reuniu-se em Assembléia Geralpara propor a municipalização do

    ginásio, já que os movimentos empre-endidos para sua estadualizaçãoderam em nada.

    A municipalização foi a saídaescolhida pela Cooperativa, quepassou todo o seu acervo para omunicípio através de um inventárioque possibilitou a doação, sendo odocumento preparado pelo entãoDiretor, Dr. José Almiro Gomes, comas clausulas devidas.

    Em 1981 sob a direção da professoraCarmem da Silva Pereira, o “Colégiode Coaraci” passou a ser chamado deColégio Municipal Antônio Lima deOliveira, em homenagem ao prefeitoque o municipalizou.

    O diretor do Colégio Sebastião NunesViana na mesma época passa a ser o

    professor Fernando Amorim deOliveira, funcionário do Banco doBrasil. Em 1983 a direção do ColégioMunicipal Antônio Lima de Oliveirapassa para professora Rosete MarliSelman Santos. Em 1985 o ColégioMunicipal Antônio Lima de Oliveira éreconhecido como estabelecimentode ensino de primeiro e segundograus, com habilitação para formaçãode magistério de primeiro grau, daprimeira a quarta séries e de técnicoem contabilidade. Em 1989 assume adireção do Colégio a professora Gilkade Oliveira Andrade, permanecendoaté 1992.Em 1993 assume a Professora Eliza-

    bete Batista Menezes, permanecendoaté 1996. Em 1997 assume aprofessora Clélia Coelho dos Santos,adaptando o Colégio MunicipalAntônio Lima de Oliveira à nova LDB.Em 1998 formam-se as ultimas tur-mas dos cursos de Magistério e Técni-cos em Contabilidade. A partir daí arede Estadual absorve todo o ensinomédio. Em 1999 assume a direção oProfessor José Waldir Carvalho,seguindo novas políticas educacionaise o colégio passa a oferecer o ensinofundamental de 5ª a 8ª séries, mesmo

    ainda possuindo autorização para oensino médio.Nesta época foram promovidos

    avanços, com uma gestão demo-crática, em parceria com váriasinstituições, que proporcionaramefetivamente ações no processoadministrativo pedagógico.O Colégio Municipal de Coaraci na

    época, possuía um quadro dedocentes qualificados, alguns gra-duados e pós-graduados e outroscom mestrado.Dentre os diretores da nova geração,

    além do Professor José Waldir

    Carvalho, dirigiu a escola a professoraIêda Gomes e nos últimos anos aprofessora Fabiana Rocha, que vemrealizando uma gestão democrática,comprometida e inovadora.Hoje o Colégio Municipal de Coaraci

    têm metas progressistas, com umavisão futurista do processo ensino-aprendizagem.O interesse dos alunos pelos projetos

    da escola vem crescendo e a sua cre-dibilidade fortaleceu-se. O amor àscores do ginásio permanece latenteem cada aluno e profissional da edu-cação que ali trabalha... Por tudo issoparabenizamos a Instituição por maisum aniversário. Ft: Manual da SMED

    O Ginásio de Coaraci surgiu de umsonho idealizado, por um grupoconhecido como “Sociedade dosAmigos de Coaraci”, representadapelos senhores Diógenes Mas-

    carenhas de Almeida, Otaviano JoséOliveira, Josías José de Souza. Esseshomens deliberaram à criação efundação neste município a Coope-rativa Cultural de Coaraci, Res-ponsabilidade Ltda., com o objetivo defundar e manter um colégio paraatender às necessidades dos filhos dacidade e de cidades vizinhas, que nãotinham condições financeiras parafazer o curso ginasial e secundário emoutras cidades.

    No dia 05 de abril de 1953, iniciou-se a construção do prédio do Ginásiode Coaraci. Em 1954, a Cooperativa

    assume definitivamente o patrimôniodo edifício do Ginásio de Coaraci,ainda em construção, para manter oscursos de diversas modalidades,melhorar a qualitativa do ensino ebaratear o seu custo. Em 1955, no dia09 de maio assume a direção doginásio o professor João Leite, eleconvocou uma reunião com o PrefeitoAristides de Oliveira para propor umaparceria com a prefeitura municipal,mas o prefeito não acolheu aproposta, justificando a falta decondições do município para assumirtal compromisso.

    Em 1956 foi criado o curso de Ad-missão. Em 15 de fevereiro de 1957assumiu o cargo de Diretor o Dr.Adauto Ribeiro Sacramento, pro-visoriamente até o dia 16 de março domesmo ano. Em 17 de março de 1957assume a direção o então Vice-Dire-tor, Dr. Carlos Santos Duarte, queapós seis meses pede demissão,assumindo o Dr. José Almiro Gomes, eo Frei Carlos de Castro, como Vice-Diretor. Em 1961 a Cooperativa cria aEscola Primária Wilson Luís em home-nagem ao patrono do ensino primário.Em 1962 foi criado o curso deMagistério. Em 1964, o Diretor doEnsino Comercial do Ministério da...

    Site: www.informativocultural.wix.com/coaraci Pagina nº.09

    Escola foi inaugurada em05 de Abril de 1953

    COLÉGIO MUNICIPAL DE COARACI

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    ABRIL FATOS HISTÓRICOS 2016

    Tia AnadirUMA GRANDE MULHER 

     Jailda Galvão, 08 de marlo de 2016Extraido do Facebook da autora.

    ...Cursei em 1970, quatro anos de Filosofia que maisafloraram do que deram respostas aos infindáveis porquês.Não foram os livros, não foram os filósofos, não foram ossofistas nem tão pouco os metafísicos que me trouxeram amais bela e real resposta.Volto, agora, ao ano de 1960. Na minha frente encontra-se

    minha Tia Anadir, com seus cabelos negros sobre osombros, medindo um metro e sessenta de altura e pesandoapenas quarenta e dois quilos. Pergunto-me: Como podetanta força caber dentro de um corpo tão minúsculo e frágil?Incontáveis vezes, madrugada adentro, ela levantava dacama, e deslizava suavemente, em direção à rua paraatender a um chamado urgente. Sabia que meu pai e minha

    mãe jamais a deixariam sair às tantas para fazer umainjeção ou aplicar um soro em alguém em virtude da suasaúde debilitada. Ainda criança adquiriu a doenças dechagas. Fora, nos finais dos anos cinquenta, a Salvador,operar o coração. Os médicos abriram e descobriram que ofrágil órgão estava tão grande que não tinha mais nada afazer. Voltou ao sul do estado, convicta que tinha sidooperada. Viveu por mais dez anos.Na década de sessenta, papai alugou uma casa em

    Coaraci, cidade vizinha ao lugarejo de Itamotinga aondemorávamos, para que pudéssemos frequentar o cursoginasial. Tia Anadir seguiu conosco para cuidar dos cincosobrinhos. Impossível?! Não. Ela tinha ordem para noscastigar até fisicamente embora não o fizesse, mas todasemana mamãe recebia, em mãos e ouvidos próprios a

    relação dos nossos pequenos delitos. Fizera o curso deenfermagem em Salvador, e, voltando a morar conoscocontinuou a fazer aquilo que mais gostava na vida – atenderdoentes e ajudar a curar feridas físicas e da alma. A notíciase espalhou: “Doente que cai na mão da irmã Anadir nãomorre”. Enfermeira e amiga do grande e inesquecível Dr.Themistocles Carvalho de Azevedo, não mais parava. Erarequisitada dia e noite, noite e dia, à revelia dos nossoscuidados.Como eu, em particular, poderia compreender o milagre

    que a mantinha viva se não tivesse decifrado o tal enigma:Anadir era a personificação do AMOR. Talvez por isso, nuncase casara. Quem vive um grande amor carnal de almasgêmeas, não o divide com outrem. Somente um grandeamor incondicional pode ser dividido em partículas

    incontáveis.Grata, minha querida tia, por tudo o que nos deste, portudo o que fostes, e pelo amor que espalhaste.Á você dedico este dia.

    Saudades.Rio, 08 de março de 2016

    Jailda Galvão Aires.

    Nascido em 21 de Janeiro do ano de 1926, na cidade dePirangi na Bahia, hoje Itajuípe, filho de Salomão AntônioMarfuz e de Júlia Brito Marfuz, Sr. Marfuz chegou aqui emCoaraci mais ou menos nos idos de 1948 e começou atrabalhar como sócio do seu cunhado, senhor ZackNaccache. Nas horas de folga gostava de jogar futebol,sendo até apelidado de "frangueiro", embora fosseconsiderado um dos melhores goleiros da cidade.

    Com a chegada do seu irmão Roberto Salomão Marfuz, opopular "Lula", passou a trabalhar com o mesmo em umamodesta casa comercial, que tinha o nome de "ÁguiaCentral"; com crescimento da cidade a dupla "Marfuz - Lula"resolveu abrir o primeiro supermercado da cidade, oconhecidíssimo “Mercadinho Pinga-Fogo".

    Só deixou a vida comércial para exercer a função deDepositário e Partidor, cargos que foram criados com ainstalação dessa Comarca, no ano de 1966; após ser

    aprovado em concurso público, passou a ser AvaliadorJudicial, cargo que também exerceu com hombridade até oseu falecimento.

    Dedicou-se à política como se fosse a sua própria vida,pois se candidatava de corpo e alma, a fim de defender,proteger e ajudar os menos favorecidos da sorte, chegandoaté a instalar por conta própria, juntamente com seusobrinho Naltar Ganem, um posto médico, que teve o nomede "Fundação Marfuz Memeco”, onde era distribuído leite emedicação para todos que precisassem. Exerceu quatromandatos de vereador de 1958 a 1976, quando secandidatou a vice-prefeito, renunciando a este cargo em1980, para se candidatar a prefeito deste município.

    Em 2 de Maio de 1953, o então Juiz de Paz, Dr. WaldeckGonçalves do Vale, realizou o seu casamento com a

    Senhorita Julieta Pereira Alves, que passou a chamar-seJulieta Alves Marfuz e tiveram como fruto deste casamentocinco filhos homens: Luiz César, José Roberto, Salomão,Marcelo e Luciano Marfuz.

    Sem processar nenhum culto religioso Sr. Marfuz soubeamar a todos como manda a lei de Deus; protegeu ascrianças, amparou os adultos, os velhos e os doentes; amouprofundamente os jovens; não julgou, nem condenouninguém; acreditava que todos um dia encontrariam o seucaminho. Apesar de ser um Itajuipense, os coaraciensessempre foram considerados por ele, o seu povo, a suafamília e em retribuição também o amaram, como se fossefilho desta terra. Embora simples, mais verdadeiros, osslogans que ele adotou para as suas campanhas à prefeito:"Marfuz de coração aberto" e "Marfuz é coisa nossa",fizeram jus à sua personalidade, pois a sua vida foi umexemplo de ternura, respeito e dignidade humana.

    Colaboradores deste exemplar

    Dra. Suzy Santana Cavalcante, o Comerciário Neldes, oVereador Antônio Carlos Maia, o Dr. Marcelo Santana, aFuncionária Pública Jandira Silva de Jesus, o PastorReginaldo, o Gerente Aposentado do Banco do Brasil José

    Leal.

    E-mail: [email protected] Pagina nº.10

    Sr. Marfuz e Srª Julietacom filhos e amigos

    HISTÓRICO SOBRE A VIDA DE ALFREDOSALOMÃO MARFUZ - Fonte:  Jandira Silva

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    JAZZ BOLACHA 62 ANOS DE HISTÓRIAS MÚSICO-ÉTILICAS

    ABRIL DE 1954 O NOVO JAZZ BOLACHA ABRIL DE 2016

    o som tinha que ser mantido.O tempo foi passando, e aos poucos fomos acolhidos pelos

    veteranos, e ai começou a surgir o novo Bolacha. Eraformado por Paulo Cesar (violão), Renatão (reco-reco demadeira ou chocalho), Sergio (tamborim ou chocalho), Limaatabaque e Zé Leal (tambor). O mesmo tambor que eratocado por Dourival Mascarenhas. Era de couro e tinha oformato de uma barrica. Tinha que ser aquecido com fogoate ficar no ponto. De quando em vez juntava-se ao grupo,Taércio, bom violão de marcação. Kaká do Banco do Brasilveio depois se juntando ao grupo.

    Jazzistas do Bar Bolacha

    Hoje vou homenagear o Jazz Bolacha, cujo aniversario defundação completará 62 anos de existência no próximomês de abril.Lembro-me que (nos anos 50/60) após atravessar a ponte

    em direção a Itapitanga, existia uma barraca no meio dapista onde se vendia de tudo um pouco, e era explorada porGentil Figueiredo, meu tio, (ele era meu tio de consideração,pois era casado com Tia Preta) de saudosa memória(ambos).A barraca era conhecida pelo nome de Gillete.Quando eu passava por lá, atraído pelo som de sambasmaravilhosos, ficava ali escutando aqueles senhores

    cantando e bebendo o tempo todo. La estava: Nono Leal(violão), Jugurta com um funil, soprando tentando produziro som de 1 pistom, Antoninho com 1 violino, Dourival comum tambor, e Gentil com sua famosa cabaça de contas, Vavácom outro violão, Eldebrando era o vocalista. Apos oencerramento e demolição deste estabelecimento, era nomeio da pista, eles se transferiram para outra barraca ( defogos) que ficava ali bem junto do prédio da Maçonaria. Ainasceu o jazz Bolacha. E eu confesso que não sei o porquêdo nome. Suponho que possa ter sido porque seuproprietário Joaquim (Bigodeiro) tinha um bigode adubadolembrando o Bienvenido Granda, não servia nenhum tiragosto, mas, somente infusões de todo tipo de raízes,destacando-se milome (seu filho Jose Moreno é conhecidotambém por Zé Milome), pau d'arco, pra tudo e outrasraízes. A fome apertava, e eles deviam se socorrer combolachas, naturalmente produzidas pela padaria de Fala PraEle. Bom, lá estava o Jazz Bolacha, instalado, e muitoconhecido na cidade e região. Afinal seus componenteseram de homens importantes na sociedade.E eu, atrás deles, sempre gostei de música. Juntaram-se a

    mim outros apreciadores, a saber; Renatão, Sergio (meusirmãos), Lima (B.do Brasil) e Paulo Cesar (Paulinho deNonô). Este último herdou do pai o talento de tocar violão, oque faz até hoje.De vez em quando, enquanto os titulares fundadores não

    chegavam, nós arriscávamos tocar alguma coisa, dobalcão, já que entrar no recinto principal, nem pensar. Eracomo um templo Maçônico.O Bolacha emitia uma sonoridade única. Se alguém

    entrasse no grupo, a originalidade tinha que ser mantida.

    (Semelhante ao Trio Irakitan). Entrava e saia músico, mas o

    OS IRMÃOS SÉRGIO, RENATÃO E JOSÉ LEAL

    Todo o sábado o couro comia, a feira era ali, na Praça JairoGóes, e o barraco foi transferido para onde se encontra hoje.Tocávamos em aniversários, e onde quer que fossemosfazíamos a festa. O nosso Jazz era itinerante, embora a sedefosse na barraca de Joaquim.

    Tomamos conhecimento que no Mercado Modelo emSalvador iria acontecer um concurso de grupos regionaisnum dia de sábado. Pegamos meu fusca, instrumentos nopequeno porta malas, e fomos nós participar do talconcurso, que acabou não acontecendo. Mesmo assim,ocupamos uma mesa no andar superior e tocamos algumasmusicas que foram muito apreciadas pelos presentes.Decidimos então, almoçar numa churrascaria O Tche queficava na Amaralina, para depois retornar para Coaraci.Casa cheia, pedimos algumas cervejas, e veio a vontade de

    tocar algumas musicas. O gerente relutou em permitir, mas,disse que se os frequentadores se sentissem incomodados,teríamos que parar. Pedi um jornal e taquei fogo paraaquecer o tambor. Foi uma correria, fogo, incêndio. Falsoalarme. Tambor aquecido, músicos a postos, começamos atocar. Quem estava por lá, gostou muito, e as pessoascomeçaram a sambar ao ritmo do Jazz Bolacha. O gerentese aproximou, e eu pensei vai pedir pra parar. Qual nada,ele disse podem continuar vocês estão agradando nossoclientes. Um deles colocou na nossa mesa 1 litro de uísquePassport. É por minha conta. Por volta das 4 da tarde,pedimos desculpas, tínhamos que encarar viagem de volta epartimos contentes com a aventura. O Jazz Bolacha seapresentou em Salvador.Assim foi o novo Bolacha, quehonrou por um bom tempo, a tradição dos seusfundadores.Parabéns a todos Bolacheiros pelo aniversárioque se aproxima. Autor José Leal  

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    ABRIL FATOS QUE MARCARAM OS COARACIENSES 2016

    ACIDENTES QUE CEIFARAM VIDASCOARACIENSES

    Fonte: Livro Coaraci Ultimo Soprode Enock Dias Cerqueira

     Nesse acidente perdeu a vida a senhora Américe Vieirados Santos, mãe da professora Valdelice. O acidente foi

    causado por um antigo motorista promovido a fiscal daempresa; sob alegação de que a viagem estava com atraso,ele ocupou volante do ônibus em movimento, em altavelocidade, acima das condições que o trecho exigia e numacurva, perdeu o controle do veículo e mergulhou o ônibusnuma lagoa ao lado da pista, em plena Serra do Marçal, nãomuito distante de Vitória da Conquista. A lagoa mesmopequena absorveu inteiramente o ônibus. Elza Dias deCerqueira estava no veiculo e conseguiu salvar-se atingindoa outra margem da lagoa, nadando e agarrando-se asbaronesas espalhadas em sua superfície.

    Em 1988 aconteceria aquela que seria uma das maioresconsternações na história de Coaraci: Um acidenteautomobilístico tiraria a vida das professoras Efandil Soarese de sua irmã Evalda, pessoas de grande representatividadee de elevado conceito na cidade. Foram vítimas certamentedas irregularidades existentes na pista próximo a fazendade Fernando Cordier, na BR-101. Eram filhas de Epifânio ede Aidil Soares.

    Jorge Ribeiro e Abdias Amorim foram outras pessoas deilimitadas amizades na cidade que acabaram também seusdias na BR-101. Jorge morreria no dia 22 de fevereiro de1980. No dia 5 de Janeiro de 1987, Abdias resolverá repen-tinamente acompanhar seu filho numa viagem à Itabuna efoi vítima de um capotamento provocado por irregularida-des na pista.

    Nilton Nascimento, filho de Lourenço Nascimento, um dosmais reconhecidos pioneiros de Coaraci, foi vítima de maisum acidente automobilístico, em outubro de 1999, nasproximidades do município de Inhambupe, nordeste daBahia. Ele esteve por varias vezes presente nos encontros

    de Coaraci, em Salvador, e era pessoa que gozava de grandeestima entre seus conterrâneos.

    Outro triste acidente desta vez de moto, em Itajuípe, tiroua vida do jovem Carlos Matos, o Carlinhos, no dia 25 deSetembro de 1983. Carlinhos era muito querido na cidade,era filho de Wilson e de Severina Matos, a dona Chocota.

    Estes foram alguns do incontáveis acidentes automotoresque chocaram a todos ao longo do tempo, ceifando a vida deuma infinidade de coaracienses...

    Acidentes de trânsito provocaram muita tristeza econsternação à população de Coaraci ao longo de suahistória. Antônio Sérvulo Sacramento foi o primeiro deles,ao ser colhido por um caminhão a poucos metros de suaresidência, na confluência da Rua José Suellen Lima comFernando Mário de Araújo Góes, pouco depois de haverconcorrido ao cargo de vereador municipal, nas eleiçõesrealizadas em 1954.Augberto França era professor de matemática e

    proprietário de uma farmácia na Rua Rui Barbosa. Estavasempre rodeado de alunos interessados em adquirir

    macetes que facilitassem a resolução dos problemas dadisciplina, especialmente a armação de equações elemen-tares do segundo grau. De início Alberto procurava acom-panhar o raciocínio de cada aluno, para depois indicar-lhe ocaminho correto. Por capricho do destino morreria em umacidente de carro no dia 11 de junho de 1970, na BR-116,quando se dirigia a Salvador. Era casado com a senhora,Maria José, filha de Jayme Ribeiro Campos.Antônio Airton de Carvalho Santos, conhecido por todos,

    foi outra vítima do pequeno trânsito em Coaraci. Depois deeleger-se vereador na primeira eleição realizada no muni-cípio, não teve o mesmo sucesso em suas pretensões aocargo de prefeito municipal. No dia 26 de novembro de1972, ao volante de seu Fusca, fazendo algumas viagensconduzindo pessoas que participaram de um evento próxi-

    mo à fazenda de Josafá Lopes, na estrada de Almadina,quando se preparava para mais uma viagem foi atingido emcheio por uma caçamba próximo à Praça Getúlio Vargas. Erairmão do Professor José Walter e filho da vereadora ilheenseAlmerinda e do farmacêutico Amarílio de Carvalho Santos.Era mais uma profunda consternação para Coaraci.Em outra oportunidade, o município estava sobre

    administração de Jairo de Araújo Góes, que tivera de sedeslocar urgentemente para Salvador para convencer ofilho Fernando Mário a não participar de uma corrida deautomóveis em promoção na capital do Estado em 1962.Depois de combinar tudo com seu filho, Jairo voltava feliz assuas atividades em Coaraci convicto de que sua viagemhavia sido coroada de êxito, mas Fernando esquecendo-seda promessa feita ao seu pai aproveitou-se de sua ausência

    e decidiu participar da corrida. Na competição perdeu ocontrole do carro em uma curva e chocou-se contra umposte, morrendo instantaneamente. Cursava o últimosemestre na escola de arquitetura da UFBA, este fatotransformou a vida de Jairo Góes, que se tornou um homemtriste e abatido, o que resultou em grandes prejuízos para asua saúde.Samuel, filho de Tomé Clementino Rocha, conhecido em

    toda a redondeza como Tomé Grande, proprietário de umafazenda de cacau na região e que adquiriu esse nome emvirtude de seu tamanho, era famoso por usar vários evistosos anéis em todos os dedos de suas mãos. Samuelestava completando seu curso de medicina e faleceu emdecorrência de um acidente de trânsito.Em 29 de Janeiro de 1969, Coaraci foi tomada de surpresa

    por um acidente de trânsito envolvendo a empresa SãoGeraldo em viagem para São Paulo.

    E-mail: [email protected] Pagina nº.12

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    ABRIL FATOS HISTÓRICOS 2016

    HISTÓRIAS DO FUTEBOLBate papo com Toinho e Expedito

    Um jogo disputado em Pedra Redonda

    O JORNAL NOVA ERAROMANCISTAS E HISTORIADORES

    JORNAL ERA NOVACoaraci ao longo de seus preciosos anos poderia ter pro-

    duzido um bom número de romancistas historiadores, tal opoder criativo de que dispunham. Sua primeira mani-festação fora através do pequeno jornal “Era Nova”, surgidopor volta de 1954-1955. Augusto Mário jornalista e pro-fessor de desenho no ginásio, recém-chegado de São Paulo,teve importante participação na produção deste jornal. Deinício por questões de semântica, Mário fez uma inversãoem seu título alterando para Nova Era. Italício Ramos e JoséSobrinho estavam entre os pioneiros dessa importantemanifestação cultural. Italício já era conhecido pela sua

    competência e pelos seus improvisos de onde não faltavampalavras toscas e buriladas; enquanto Sobrinho tinhaimensa facilidade com as regras gramaticais o que lhe ga-rantiria posteriormente uma função entre os servidores daCEPLAC, como revisor técnico. Quando o assunto era gra-mática ou violão não tinha hora pra acabar. Sobrinho apesarde uma vida equilibrada e discreta adquiriu uma misteriosatuberculose que lhe roubou a vida prematuramente. Sentia-se envergonhado em procurar regularmente a FundaçãoSESP, para meditação. Por causa do retorno de AugustoMário a São Paulo e o falecimento de Sobrinho, Italiciodesmotivado para dar continuidade ao jornalzinho,encerraria sua circulação.

    Ft. Lvro.de Enock D Cerqueira.

    Este jogo foi realizado na zona rural, num lugarzinhoconhecido como “Pedra Redonda” em Barro Preto. O jogo foiarranjado por Hélio Cutia e a equipe seguiu no Jipão de Som.Hélio Cutia acertou o jogo como se fosse um time da roça,mas na verdade eram jogadores do Coaraci, um excelentetime de futebol. Massa Bruta não foi neste jogo e quem osubstituiu foi Luís de Deus, que era bom jogador de linha eexecelente goleiro. Jogaram também Hamilton QuebraBanco, Boginho, Bode Roco e Toinho, atacante. Hamilton

    Quebra Banco era um espécie de xerife da equipe.Parece até mentira, mais a equipe de Coaraci fazia um gole o juiz marcava um pênalti a favor do adversário. Um a zeropra Coaraci, logo depois pênalti e o escore estavaempatado. O campo era pequeno. Se os jogadores doCoaraci não tivessem sangue no olho, não continuariam

     jogando. Chegou uma hora que com todos os pênaltis queeles haviam marcado, Luís de Deus havia defendido unsdois, e a equipe do Coaraci ainda estava ganhando. Teveuma bola no meio de campo que sobrou pra Toinho, quandoo zagueiro veio, levou um lençol e quando Toinho estava decara pra fazer o gol, o juiz marcou impedimento. HamiltonQuebra Banco então começou a reclamar e xingar todomundo, pois os caras se beneficiavam dos pênaltismarcados pelo Juiz corrupto. E lavai. 7 a 3, 7 a 4, ai HamiltonQuebra Banco não aguentando a pressão e chamou um dos

     jogador adversários de “Corno” e fechou o tempo.Os “jogadores” revoltados com a ofensa pegaram os seus

    facões escondidos no mato e partiram para o confronto.Hamilton Quebra Banco então gritou que era Tenente e quese alguém se aproximasse deles levaria bala, tudo paraamedrontar os caras. Mas os cabras armados com facões epeixeiras, avançaram contra eles; Hélio Cutia, puxou umtrabuco, Hamilton também puxou o seu, mas mesmo assimos caras foram pra cima, então Hélio ordenou que todossubissem no Jipão, já em movimento e desceram a serraembalados, alguns ainda pendurados no estribo do veículo.Ainda havia a possibilidade de haver um confronto na ponte,da divisa da fazenda com a estrada rural, mas felizmenteisso não aconteceu e os coaracienses só vieram respiraraliviados quando chegram à Coaraci...

    História contada por Toinho e adaptada por PauloSNS.

    Site: www.informativocultural.wix.com/coaraci Pagina nº.13

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    ABRIL ENERGIA E AMBIENTE 2016

    No mestrado e doutorado em Engenharia Industrial (PEI) a áreade concentração e as linhas de pesquisa oferecem ao curso uma

    pluralidade de alternativas e possibilidade de desenvolvimentostendo como contornos gerais uma atuação multidisciplinar.O PEI trabalha especificamente com as seguintes ênfases:

    Produção Limpa; Automação e Controle; Petróleo, Gás ePetroquímica; Qualidade e Metrologia; Engenharia de Produção;Engenharia Agroindustrial; entre outras;

    O PEI  tem conceito 5  da CAPES/MEC.  Desta forma, érecomendado como “Muito Bom” e coloca-se dentre os 30% nopaís com conceito 5 ou superior. O Programa possui duascaracterísticas marcantes: a natureza integradora dentro dasengenharias e o direcionamento de trabalhos voltados à áreaindustrial.

    Maiores detalhes sobre o processo seletivo, corpo docente,infraestrutura e disciplinas pode acessar os sites dos referidoscursos:

    Doutorado em Energia e Ambiente - .www.cienam.ua.brMestrado e Doutorado em Engenharia Industrial -www.pei.ua.br .

    Veja também o Currículo do professor Marcelo Santanaatravés do link:

    http://lattes.cnpq.br/4414535367915782 

    MARCELO SANTANA (Marcelo Buena)É PROFESSOR DE CURSOS DEMESTRADO E DOUTORADO NA

    UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA(UFBA).

    O conterrâneo, Marcelo Santana Silva, agora éprofessor dos cursos de Doutorado em Energia eAmbiente e do Mestrado e Doutorado em EngenhariaIndustrial, ambos pertencentes à UniversidadeFederal da Bahia (UFBA).

    Marcelo Santana é filho de Edvaldo Santana (in

    memoriam) e Dona Vanda, irmão de Adriana Santana(diretora do Almakazir). Em Coaraci cursou até o 1ºano do segundo grau no Colégio EducandárioPestalozzi e terminou o segundo grau na EMARC deUruçuca (hoje IFBaiano). Foi professor de matemáticaconcursado da rede municipal de Coaraci (1999-2004), sócio-diretor da M&G Informática (1995-2004), professor de Faculdades privadas em Jequié eSalvador (2003 a 2007) e desde 2007 é professorefetivo do Instituto Federal da Bahia (IFBA), campusde Santo Amaro da Purificação. Em 2005 foi morar emSalvador e lá concluiu mestrado e doutorado emEnergia.

    Após a conclusão do Doutorado, ingressou comoprofessor dos cursos de mestrado e doutorado da

    UFBA, vinculado à Escola Politécnica e sua linha depesquisa está voltada para Economia da Energia,Energias Renováveis, Regulação da Indústria do SetorEnergético, Cadeias Produtivas, Políticas Públicas eDesenvolvimento sustentável.

    O Doutorado em Energia e Ambiente (PGENAM) daUniversidade Federal da Bahia objetiva a formação derecursos humanos qualificados, através da atuaçãoem pesquisa interdisciplinar em temas envolvendoEnergia e Ambiente. Está vinculado com o CentroInterdisciplinar de Energia e Ambiente (CIEnAm) daUFBA, voltado para atuar nas seguintes áreas:Geração e uso coeficiente de energia; Combustíveisfósseis e provenientes de biomassa; Impactosambientais na atmosfera, litosfera, hidrosfera e na

    vida; Produção Limpa; Nanotecnologia e novosmateriais; Regulação e gestão.

    O BRASIL DOSANOS 70 E DOS ANOS 2000

    Livro Coaraci Ultimo Sopro (Enock D.Cerqueira)

    A década de 70 já mostrava que o Brasil com 90 milhões dehabitantes era bem diferente do que se conhecia até então, uma

    confirmação de que profundas transformações acontecem nahumanidade a cada 10 anos:

    O desemprego, a inflação, a corrupção e a violência, nãodemorariam a se manifestar. Grades de ferro já faziam parte deportas e janelas de cada casa, como parte da contingência paraproteger as pessoas da sanha dos marginais, que não tinhamnenhuma restrição em roubar e matar. Termos como nepotismo,tráfico de influência e improbidade administrativa, peculato,falsidade ideológica, formação de quadrilha, possessividade,maracutaia, antes quase desconhecidas, tornaram-se rotina naimprensa de todos os dias. Os níveis de corrupção foram tãoelevados, que já se conhecia o número de vereadores, prefeitos,deputados estaduais, que perderam seus mandatos além dedeputados federais, senadores e até presidente da república,caçado 2 anos depois de eleito, devido a uma série de

    irregularidades em sua campanha. Dos 170 milhões de brasileirosdo censo de 2000, 60% teriam profundas dificuldades em teremprego, moradia, plano de saúde e educação.

    A lavoura do cacau de Coaraci também sofria as consequênciasda vassoura-de-bruxa, surgida em 1989 mesmo ano que setomava conhecimento da AIDS, em maio de 2002, que matavauma pessoa a cada 10 segundos em todo o mundo, mesmo tempoem que incontáveis brasileiros abandonavam as suas casas e assuas famílias, numa comprovação de que o lar havia deixado deser aquele ambiente agradável e acolhedor do passado.

    Deus ao completar seu trabalho na terra não se esqueceu dedeixar ao homem significativas poções de ciência e profundasdoses de arte, mas deixou para a sua própria responsabilidadeuma combinação certa para prosseguir até seu destino final.“Seum dia, passado e presente pudessem estar juntos para fazer um

    balanço do universo, a arte seria referência para contar a históriada humanidade".

    E-mail: [email protected] Pagina nº.14

  • 8/18/2019 64º Caderno Cultural de Coaraci

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    Caderno Cultural de Coaraci, 5 anos com você - 41.600 exemplares distribuídos gratuitamente

    ABRIL 2016

     

    A água que abastece Coaraci provém da baciahidrográfica do Leste. Os Rios Almada e Carniça cujas

    nascentes situam-se na Serra do Xuxu (Rio Almada),no município de Almadina e na Serra da Palha (RioCarniça), no Município de Coaraci. Ambos sofreramperdas significativas de proteção das matas ciliares,nos últimos anos. Os dois rios possuem, em suas ba-cias, culturas agrícolas de cacau, mandioca, banana,além de pastagens. Suas águas não estão isentas decontaminação por defensivos agrícolas.

    Nos primeiros meses do ano, as águas dos dois ma-nanciais não eram de boa qualidade e se enquadra-vam como inapropriadas para distribuição e ao con-sumo. Havia evidências de que existia contaminaçãopor elementos e/ou substâncias indesejáveis.

    O órgão responsável pelo monitoramento e pro-teção dos mananciais, na Bahia é o Instituto de Ges-tão das Águas e Clima – INGÁ. A Embasa através doseu Laboratório Central, em Salvador, acompanha aqualidade da água destes mananciais.

    ft.embasa.ba.gov.br 

    É necessário que a comunidade colabore para asolução dessa crise, economizando a água o máximoque puder. Os coaracienses esperam que a Embasafaça investimentos em reservatórios, na captação edistribuição de uma água que seja adequada ao con-sumo humano.

    A Praça Getúlio Vargas está em péssimo estado de conservação!!!Localizada no coração da cidade, esta praça está visivelmente depauperada. Neste espaço cultural, já se realizaram grandes

    eventos e foram recebidas autoridades importantes da Bahia e do Brasil. Era um cartão de visitas, mas hoje é motivo de

    criticas, causando uma péssima impressão aos visitantes que quando retornam às suas origens, carregam em suas bagagensas imagens de abandono das praças e avenidas coaracienses...

    Site: www.informativocultural.wix.com/coaraci Pagina nº.15

    CIDADE EM ALERTA

    FALTA DE ÁGUA ATINGE COARACI

  • 8/18/2019 64º Caderno Cultural de Coaraci

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    Fotografo:AdonaiEstrada Coaraci-Almadina - Fotografia Edison Adonai

    64º CADERNO CULTURAL DE COARACI