305 - Laicado Dominicano Maio 2003

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8/19/2019 305 - Laicado Dominicano Maio 2003 http://slidepdf.com/reader/full/305-laicado-dominicano-maio-2003 1/6 Ordem dos Pregadores Fraternidades Leigas de São Domingos Que o chegar das ando- rinhas E o perfume das flores, Inebriem as nossas almas Esquecendo nossas dores. Afinal é Primavera Tudo nela é vida e côr, Vamos louvar a Maria Com alegria e amor. Segundo noticias di- rectamente enviadas pelas religiosas domi- nicanas no Iraque, não obstante a situa- ção difícil e perigosa que ainda enfrentam, encontram-se todas bem de saúde. Ape- sar de muitos danos provocados nos edifí- cios, tem conseguido levar por diante ac- ções de cuidados de saúde e acolhimento. As religiosas estão a salvo, como também confirmou o Núncio apostólico em Bag- dad. Actualmente es- tão no Iraque 200 religiosas, 6 frades e perto de 500 leigos. Domlife.com O Frei Gustavo Gutiér- rez foi galardoado com o Prémio Prínci- pe das Astúrias de Comunicação e Hu- manidades de 2003. Gustavo Gutiérrez, sacerdote há mais de Maio 2003 M ÊS  DE  MARIA  M  ARIA  FERNANDA  MARTA   Ano XXXIII, nº305      Director: Gabriel Ferreira da Silva— ISSN: 1645-443X; Depósito Legal : nº86929/95 ;  As si na tu ra no rm al : 4 €u ro s; Av ul so : 0, 5 eu ro s; Praça D. Afonso V 86, 4150-024 Porto, Portugal— Impressão: Maria José Meireles, Rua Rui Faleiro, Porto NESTE NÚMERO:  Diversos 1 Fraternidades 2 Formação 3  Mistérios da Luz 4 e 5 Opinião 6 N OTÍCIAS  DO  IRAQUE  Vem aí o mês de Maio Causa da nossa alegria Porque nele festejamos A Virgem Santa Maria Neste Ano do Rosário, Duma forma especial Veneremos a Maria Que abençoou Portu- gal. P RÉMIO   A  DOMINICANO  40 anos e há 2 frade dominicano, nasceu em Lima, Perú em 1928. Fundador e Director do Instituto Bartolomeu de Las Casas foi um dos pri- meiros teólogos a re- colher e a sintetizar as ideias da Teologia da Libertação, aco- lhendo e definindo o conceito numa confe- rência proferida em 1969 e posteriormen- te aprofundado num livro publicado em 1971. PEREGRINAÇÇÃO DO ROSÁRIO Recorda-se e apela-se a todos que, desde já tenham em conta as datas de 27 e 28 de Setembro, durante as quais decorrerá a Pere- grinação Nacional do Rosário e na qual as Fraternidades (e toda a Família Dominicana) é especialmente chama- da a participar. GFS INFORMAÇÃO AOS ASSINANTES Informam-se todos os assinantes cujo último paga- mento de assinatura tenha sido o ano de 2000, que a partir do próximo mês de Julho, será cancelada a as- sinatura, excepto se entretanto for regularizada a situ- ação. GFS

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Ordem dos PregadoresFraternidades Leigas de São Domingos

Que o chegar das ando-rinhas

E o perfume das flores,Inebriem as nossasalmasEsquecendo nossasdores.

Afinal é Primavera

Tudo nela é vida e côr,

Vamos louvar a Maria

Com alegria e amor.

Segundo noticias di-rectamente enviadaspelas religiosas domi-nicanas no Iraque,

não obstante a situa-ção difícil e perigosaque ainda enfrentam,encontram-se todasbem de saúde. Ape-sar de muitos danosprovocados nos edifí-cios, tem conseguidolevar por diante ac-ções de cuidados desaúde e acolhimento.

As religiosas estão asalvo, como tambémconfirmou o Núncioapostólico em Bag-dad. Actualmente es-tão no Iraque 200religiosas, 6 frades eperto de 500 leigos.Domlife.com

O Frei Gustavo Gutiér-rez foi galardoadocom o Prémio Prínci-pe das Astúrias deComunicação e Hu-manidades de 2003.Gustavo Gutiérrez,sacerdote há mais de

Maio 2003

M Ê S   D E   M A R I A   M A R I A   F E R N A N D A   M A R T A  

 Ano XXXIII, nº305

     

Director : Gabr ie l Ferre ira da Si lva— ISSN: 1645-443X; Depósito Lega l : nº86929/95 ; As si na tu ra no rm al : 4 €u ro s; Av ul so : 0, 5 eu ro s;Praça D. Afonso V 86, 4150-024 Porto, Portuga l— Impres são: Mar ia José Meire les , Rua Rui Fa le iro, Porto

N E S T E N Ú M E R O :  

Diversos 1

Fraternidades 2

Formação 3

 Mistérios da Luz 4 e 5

Opinião 6

N O T Í C I A S   D O  I R A Q U E  

Vem aí o mês de Maio

Causa da nossa alegria

Porque nele festejamos

A Virgem Santa Maria

Neste Ano do Rosário,

Duma forma especial

Veneremos a Maria

Que abençoou Portu-gal. 

P R É M I O   A   D O M I N I C A N O  

40 anos e há 2 fradedominicano, nasceuem Lima, Perú em1928. Fundador eDirector do InstitutoBartolomeu de LasCasas foi um dos pri-meiros teólogos a re-colher e a sintetizar

as ideias da Teologiada Libertação, aco-lhendo e definindo oconceito numa confe-rência proferida em1969 e posteriormen-te aprofundado numlivro publicado em1971.

PEREGRINAÇÇÃO DO

ROSÁRIO

Recorda-se e apela-sea todos que, desde játenham em conta asdatas de 27 e 28 deSetembro, durante asquais decorrerá a Pere-grinação Nacional doRosário e na qual as

Fraternidades (e toda aFamília Dominicana) éespecialmente chama-da a participar. GFS 

INFORMAÇÃO AOS ASSINANTES

Informam-se todos os assinantes cujo último paga-mento de assinatura tenha sido o ano de 2000, que apartir do próximo mês de Julho, será cancelada a as-sinatura, excepto se entretanto for regularizada a situ-ação. GFS

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ra do Rosário forma-ram o primeiro grupode Irmãs terceiras emCristo-Rei seis irmãs:Teresa D’Antas Figuei-redo; Maria José Boni-fácio; Margarida Ferrei-ra Linhares, Maria dos Anjos Ginesta , Maria Adriana Sampaio e LiaMadeira”.Foi esta uma Fraterni-dade muito dinâmica eque prestou grandes

serviços a toda a Or-dem. Em 1989 fundiu-se com a Fraternidadede Nossa Senhora doRosário (fundada em1917), dando origem àactual Fraternidade.

CelebraçõesNo dia 29, um gruposignificativo de mem-

bros desta Fraternida-de participou na euca-ristia, em que junta-mente com os frades eas irmãs Missionáriasdo Rosário se assinalouo dia de Santa Catarinade Sena.

Também no dia 1 deMaio alguns elementosparticiparam na recita-

ção do terço do Rosário juntamente com diver-sos paroquianos deCristo-Rei, assinalandodesta forma o início domês de Maria e orandopela Paz.

PINHEIRO DA

BEMPOSTA

Deus chamou para jun-to de Si a gozar da suacompanhia, a nossairmã Celeste RodriguesMartins – conhecida eestimada por Celesti-nha. Apesar dos seus85 anos era uma pes-soa muito activa, o quedeixa a nossa Fraterni-dade mais pobre. Pedi-

mos ao Senhor o seueterno descanso e queinterceda para que ve-nham novas vocações.

 A direcção

PORTO

Faleceu no passado dia8 de Março. Maria He-lena Vilas Boas Alvim.

Esta nossa irmã eramembro da Fraternida-de desde 1956 e resi-dia habitualmente emFafe.

No dia 28 de Marçofaleceu a nossa irmãMaria do Carmo Tabor-da de Oliveira, membrodesta Fraternidade des-

de 1950.

50 anosFoi a 24 de Maio de1953, festa de S. Do-mingos que se reuniupela primeira vez a Fra-ternidade de Cristo-Rei,faz agora precisamente50 anos.Referia a D. Lia Madei-

ra neste jornal em Se-t e m b r o / 8 9 q u e“ Admitidas na Fraterni-dade de Nossa Senho-

Maio 2003

B E A T O   A L B E R T O   D E  

B E R G A M O  M E M Ó R I A   A   7 D E  

M A I O  

Leigo. Nascido em Valled’Ogna (perto de Berga-mo) em 1214; morreu emCremona a 7 de Maio de1279; Culto aprovado em1748.

Agricultor, foi desde cedoeducado religiosamente,sendo um cristão devoto,

 jejuando e dando esmo-las aos pobres, com oque converteu igualmen-

te a sua esposa. Enviu-vando cedo, realizou di-versas peregrinações aRoma, a Santiago deCompostela e a Je-rusálem. Era muito co-nhecido pela sua genero-sidade e piedade. Conta-va-se que devido à sua fé,o seu trabalho rendia odobro do normal e nada opodia impedir de dar tudoo que tinha aos mais ne-

cessitados. Tendo entra-do na então Ordem daPenitência, ligada aosfrades dominicanos, tra-balhou nas suas hortas,apoiando ainda a suaacção caritativa. Fundouu m a e s t a l a -gem/enfermaria paraapoiar os peregrinos queadoeciam longe das suascasas e a caminho doslugares santos. A suacaridade, simplicidade everdadeira fé, foram moti-vo de conversão de mui-tos pecadores.

Publicações disponí

veis para venda: enco-mendas directamente

para o endereço deste jornal, acompanhadasde cheque/vale do cor-reio:

1. As origens do ramoleigo na Ordem deSão Domingos, porM-H Vicaire OP - 2euros;

2. Estatutos das Frater-

nidades Leigas deSão Domingos—3euros;

3. Breve História daOrdem dos Pregado-res, por W.A, Hinne-busch OP—7,5 euros;

4. Processo de canoni- zação de São Domin- gos—4 euros;

5. Opúsculo sobre aorigem da Ordemdos Pregadores, peloB. Jordão da Saxó-nia—5 euros;

6. As vidas dos irmãos,por Fr. Gerardo deFrenchet OP—15 eu-ros;

7. A Ordem Terceira emPortugal, por Lia Ma-deira—2 euros;

8. Mártires de Espa-nha, por Fr. LorenzoGalmés OP—3 euros;

9. O anúncio do Evan- gelho na Ordem dosPregadores, por Fr.Carlos Azpiroz OP, 2euros;

10. As fontes de inspi-ração evangélica nademocracia domini-cana, por Fr. Maria-

no Foralosso OP, 2euros;

N O T Í C I A S   D A S   F R A T E R N I D A D E S  

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  Laicado Dominicano 3

Celebrar

 S. Domingos em

Família Dominicana Dia 24 de Maio, no con-vento dos Dominicanosde Fátima.

Programa:

10.00—acolhimento;10.30—oração da ma-nhã: Tema: “O Rosário,um método de Prega-

ção”;11.30—preparação daeucaristia;

12.00—Eucaristia;13.00—almoço parti-lhado;14.45—filme: “S. Do-mingos, o pregador da graça divina”;15.30—trabalho de gru-po + plenário;

17.00—oração final;

Santa Catarina de Se

na

Catarina de Sena foicelebrada e lembradaem Família Dominicana

Um grupo de perto de100 pessoas reuniu-se

no Lar AcadémicoSanta Joana tendoe s c u t a d o d u a sapresentações, aprimeira sobre a vida eobra de Santa Joana ea segunda sobre StªCatarina de Sena. Paraalém do acolhimento epresença das irmãs deSanta Catarina deSena, participaram

igualmente muitosm e m b r o s d a sFraternidades de

tas objectivas aos cris-tãos sob a forma demeditar e recitar o ro-

sário com vista ao cres-cimento na conforma-ção ao mistério de Cris-to.Estudaremos estas pro-postas no próximo estu-do. Neste ocupamo-nosdo elemento predomi-nante do método doRosário e que é a RE-PETIÇÃO.

B—MÉTODO BASEADO

NA REPETIÇÃO

1. a repetição alimenta-se do desejo dumaconformação cadavez mais plena comCristo, que S. Pauloresumiu escrevendo:“ já não sou eu quevivo. É CRISTO QUEVIVE EM MIM.”

2. A nossa relação comCristo deve servir-sedo AUXÍLIO DE UMMÉTODO que respei-

Estudo IV

26, 27 e 28

PARA MIM VIVER ÉCRISTO

Um método a con-templar

A: Introdução

A meditação dos misté-rios de Cristo é propos-ta no Rosário com UMMÉTODO CARACTERÍS-TICO para favorecer aassimilação dos mes-

mos. Trata-se de umMÉTODO PARA CON-TEMPLAR fruto dumaexperiência secular eque pode ser melhora-do. Daí a inserção, nociclo dos mistérios, danova série dos misté-rios luminosos, bemcomo as sugestões pro-postas por João Paulo IInesta carta, relativas

ao método e à recita-ção do Rosário. Assim,são oferecidas propos-

O R O S Á R I O   D A   V I R G E M   M A R I A   F O R M A Ç Ã O   P E R M A N E N T E — F R A N C I S C O   P I Ç A R R A   

te e favoreça a nossanatureza humana eritmos vitais e entre na

dinâmica psicológicatípica do amor, na quala solicitação insistentee a respectiva respostasão expressos com ter-mos bem conhecidosda experiência univer-sal do amor humano.3. O Rosário procuraser a expressão daque-le amor que não secansa de voltar à pes-soa amada com afec-tos de “coração de car-ne” para entrar maisno mistério do coraçãode Deus rico de miseri-córdia e perdão.

C—PROPOSTAS PARA

ESTUDO

1. Jesus exortou-nos avigiar e a orar e ele pró-prio rezou! Como foi aoração de Jesus relata-da nos Evangelhos?

Usou Jesus o métododa repetição nosmomentos da suaoração? Quando eporquê?

2. Jesus na sua vida

pública repetiu cominsistência certaspalavras e frases?Indique alguma oualgumas que serecorde. Porque utilizouJesus este método?

3. A repetição das “ave-marias” na recitaçãodo rosário facilita ou

d i f i c u l t a acontemplação dosmistérios? Porquê? Orosário é para si umaoração dif íc i l emonótona ou umaoração fácil e gostosa?( f a l e d a s u aexperiência pessoal)

D — O R A Ç Ã O D E

CONCLUSÃO

“Senhor Jesus, comoP e d r o , t econfidenciamos queè  

F A M Í L I A   D O M I N I C A N A    Avanca, S. Cristovão deOvar, Pinheiro daBemposta e Porto.

GFS

VOLUNTÁRIOS:

PRECISA SE

As Irmãs Missionáriasdo Rosário precisamde alguém que tenhadisponibilidade paraadaptar o livro“Diálogo”, de StªCatarina de Sena,para por tuguêsmoderno.

Contacto: Ir. Deolindatel. 214762660

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  Laicado Dominicano 4Laicado Dominicano 4

Jesus Tomou consigoPedro, Tiago e João elevou-os para um lu-

 gar retirado sobreuma alta montanha.

 Ali, foi transfiguradodiante deles... Apare-ceram-lhes Elias eMoisés, conversandocom Jesus. Pedro,tomando a palavra,

disse a Jesus: Rabi, ébom estarmos aqui.Façamos três tendas,uma para ti, outrapara Moisés e outrapara Elias. Não sabiao que dizia... Umanuvem desceu...e danuvem saiu uma voz:“este é o meu Filhoamado; escutai-O”...

 Ao descerem da mon-tanha, ordenou-lhesque a ninguém con-tassem o que tinhamvisto, até que o Filhodo Homem tivesseressuscitado dosmortos”. (Marcos 9,2-9)

Os Apóstolos anda-vam tristes e preocu-pados com as últimasrevelações de Jesus:depois de Pedro terconfessado que Je-sus era o Cristo, oFilho de Deus(Mc.8,29), “ Jesus co-meçou a ensinar-lhes: o filho do ho-mem deve sofrer mui-to, ser rejeitado pelosanciãos, pelos chefes

dos sacerdotes e dosescribas, ser morto e,depois de três dias,r e s s u s c i t a r  . ”(Mc.8,31)Como bom judeu, Pe-dro esperava de Je-sus um chefe de umreino político. As pala-vras de Jesus eram,para Pedro, o fim daesperança de um pa-ís livre. Não conseguecompreender e acei-tar que o MessiasSalvador seja um fra-cassado: “Pedro, cha-mando-o de lado, co-meçou a recriminá-lo”. (Mc.8,32). Emresposta, Jesus émuito duro para comPedro: “afasta-te demim, Satanás, por-que não pensas ascoisas de Deus, masa s d o s h o -mens.”(Mc.8,33).Então acontece aTRANSFIGURAÇÃO.Afinal, o Jesus fracas-sado mostra a sua

glória. O sofrimento ea morte não serão aúltima palavra: nãocontem a ninguém oque viram, até que Euressuscite dos mor-tos! Estava lançada apromessa da Res-sureição. Os Apósto-los estavam maisconfiantes: a visão

da glória ajudava-asa compreender e aaceitar o sofrimento.

Final, a rejeição, apaixão e a morteeram caminho para aRessureição.Toda a vida humanaleva a marca do sofri-mento. Sofrimentoinjusto, sofrimentoaceite, sofrimentoprocurado. Sofrimen-to na doação consci-ente e comprometi-da. Sofrimento naentrega da vida aoserviço dos outros,descobrindo neles orosto do próprio Cris-to. Viver assim é te-cer, já e aqui, cami-nhos de Ressureição,na esperança da vida

plena.“Este é o meu Filhoamado; escutai-O”.Também nós ou-vimos a voz do Pai:“Escutai-O”. Assim serepôs a fé dos Após-tolos: escutaram Je-sus. Assim começa anossa fé: ouvindo Je-sus. Porque Ele é a

Verdade, o Caminhoe a Vida. Porque Ele éa Palavra definitivado Pai. Porque Eletem palavras de vidaeterna.Necessitamos de cri-ar silêncio para con-seguir criar uma atitu-de de escuta. Consu-mimos ruído a toda a

hora e por toda a par-te. Ruído político: fa-lam, falam, mas não

M I S T É R I O   DA   L U Z   A  TRANSFIGURAÇÃO   DO  SENHOR   

F R E I   J O Ã O   L E I T E  

NOTÍCIAS OP

(...) Reunimo-nos comos representantes doLaicado Dominicano daDiocese de Xuân Lôc. AFraternidade Laical do-minicana conta nestadiocese com uns25.000 membros

(20.260 são mulheres)pertencentes a 171fraternidades organiza-das nas 5 regiões dadiocese. Entre estesirmãos e irmãs: 8.000tem a promessa tempo-rária e 15.000 realiza-ram o seu compromis-so definitivo. As activi-dades que desenvol-vem são múltiplas

(entre elas: visitas adoentes, pobres, asilos,leprosarias, etc.); tam-bém se dedicam aoestudo e ensino do ca-tecismo e participamdiariamente na celebra-ção da Eucaristia e naLiturgia das Horas.(...)

Frei Carlos Azpiroz,Mestre da Ordem, Rela-tório da visita ao Viet-name, IDI, Março/03

E   TU sabes tudo e sabes que Te amamos. Acolhe com solicitudeesta repetida declara-ção de amor à qual jun-tamos também a repe-

tida confissão de desa-mor dos nosso peca-dos! Animados pelaintercessão de SantaMaria Mãe de Miseri-córdia pedimos-te quealimentes em nós odesejo de conformaçãocrescente Contigo, ple-nitude da vida ressusci-tada. Amén.

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  Laicado Dominicano5

Inocêncio III pôs o seuempenho em renovarnão só as ordens mo-násticas já existentes,mas também favoreceuo aparecimento de no-vas fundações. Não dequalquer modo, pois aformação de gruposque depois resvalaram

na dissidência pulula-vam um pouco por todaa parte (sobretudo emItália e em França). Éneste entrecruzamentode novos movimentoseclesiais e de suspei-ção desses mesmosmovimentos que nas-cem as ordens mendi-cantes, Dominicanos eFranciscanos. Ambas

nascem em locais quesão centros de crisepara a Igreja: o sul deFrança (Dominicanos) e

o centro da Itália(Franciscanos).A Ordem do Pregadorestem como objectivo apregação: ”Por causada salvação das al-mas”, costuma dizer-se. O que hoje podeparecer uma trivialida-de, naquele tempo nãoo foi. Só os Bispos éque estavam habilita-dos para a pregação. Oque S. Domingos pro-põe é a instituição umcorpo de religiososmandatados a tempointeiro para a prega-ção, dependentes di-rectamente do Papa;com jurisdição univer-sal e não apenas localcomo acontecia comoutros grupos. Na gé-nese deste projectoestá pois S. Domingose numa paciente

“Honório, bispo, servodos servos de Deus, a seu querido filho freiDomingos, prior de S.Romão de Toulouse, eaos seus irmãos quefizeram e que hão-defazer profissão de vidaregular, saúde e ben-ção apostólica. Nós,

considerando que osirmãos serão no futuroos atletas da fé e osverdadeiros luzeiros domundo, confirmamos atua Ordem com todosos domínios actuais efuturos, e tomamosesta Ordem, suas pos- sessões e os seus direi-tos, sob o nosso gover-no.”(1)

O séc. XIII vê apareceras Ordens mendicantescomo focos de renova-ção da vida religiosa.

 A F U N D A Ç Ã O   D A   O R D E M   D O S   P R E G A D O R E S  

P E D R O   A N T A S   M A R T I N S  

planícies e que pornós esperam. São oshomens e mulheres ocampo da nossa en-trega total., partilhan-do esperanças, triste-zas e alegrias. É estaa vida do cristãoconsciente e assumi-do: do vale à monta

nha e da montanha

ao vale. 

E  cumprem. Ruídonoticioso: longo, lon-go, cansativo, quemais afasta do quecativa. Ruído musical,

lesando ouvidos ecérebro. Ruído dasnossas correrias. Ruí-do interior, que nosimpede ouvir-nos anós mesmos.Levados e afectadospor este ambiente,nem o silêncio supor-tamos. Irrita-nos osilêncio. Irrita-nos pa-

rar um pouco e ouvir.Começamos por nãoescutar os outros.Preferimos falar, nemque os outros tam-bém não nos escu-tem...

“Escutai-O”. Não

aprendendo a escu-tar os outros, tam-bém não saberemosescutar o OUTRO.

“ Jesus tomou consigoPedro, Tiago e João elevou-os... para umaalta montanha”. Pa-ra escutarmos Jesus,vamos também comEle subir à montanha.Biblicamente, ir àmontanha é ir ao en-contro de Deus. Por-tugal está cheio desantuários, maiores

ou menores, nos al-tos dos montes... In-felizmente, em mui-tos casos o turismovenceu a fé.... Tam-bém Jesus várias ve-zes subiu à monta-nha, para falar com oPai ou para 

nos falar do Pai. Foiassim com as bem-aventuranças, no Ta-bor, Calvário ou nomonte da Ascenção.E subir com ele é ca-minhar na confiança.Viver na fé é ter a co-ragem de deixarmosas nossas seguran-ças e subir com ele

porque “n’Ele emconfio e não tenhomedo”.“Façamos três ten-das...Não sabia o que

dizia”. A montanhanão é local para seficar. É espaço de es-cuta. É espaço paraencher pulmões ecoração. É espaçopara olhar homens emulheres que se es-tendem pelos vales e 

maturação gizou a Or-dem: recolheu o que demelhor havia na vida

monástica e canónica:a disciplina dos pre-monstratenses, a vidados cónegos regularese até o exemplo de po-breza que encontrounos movimentos dissi-dentes. A subtileza e ogénio estão na harmo-nia que consegue entreesses elementos e nomodo como todos eles

estão orientados emvista do fim principalda Ordem.Os pilares da vida do-minicana são a oração,o estudo (necessidadede um sólido saber teo-lógico para combater aheresia), a vida co-mum, as observânciasregulares e, claro está,a pregação.

É num tempo de here-sias, de carência dapregação da palavra deDeus ao povo fiel e noflorescimento de umnovo mundo cultural,social e político que aO.P. aparece como res-posta às necessidadesda Igreja e de um novomundo em germinação.

(1) HONÓRIO III,  Religiosamvitam  [1216], in F. MARTI-NEZ,  Domingo de Guzmán,Evangelio viviente, Salaman-ca 1991. 

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Jornal mensal(11Xano); publicação

periódica nº119112; ISSN: 1645-443X;propriedade : Fraternidades Leigas de sãoDomingos; P C . nº502 294 833; Depósito

legal:  nº86929/95; Director: GabrielFerreira da Silva; Colaboradores

permanentes: Francisco Piçarra; Frei JoãoLeite; Pedro Antas Martins; Nesta edição:Fraternidade de Pinheiro da Bemposta;;Impressão: Maria José Meireles, rua RuiFaleiro, Porto, Expedição: HenriqueFonseca; Tiragem: 650 exemplares;Endereço : Praça D. Afonso V, 86, 4150-024 Porto; Assinatura: cheque/vale docorreio em nome de “Fraternidades Leigasde São Domingos”

Os artigos publicados expressam apenas a

opinião dos seus autores. A reprodução dos artigos publicados nesta

edição é permitida, desde queexpressamente identificado o respectivoautor e publicação.

Ficha Técnica

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Colabore na difusãodo Laicado Dominica-no, oferecendo umaassinatura aos seusamigos e conhecidos,aos seus vizinhos ouaos seus familiares:

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Benfeitor: 20 ou maiseuros;

Enviar cheque/valedo correio para“Laicado Dominica-no”,Praça D. Afonso V,86, 4150-024 Porto

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O C O N S E L H O   L O C A L  G A B R I E L   F E R R E I R A   D A   S I L V A