305 - Laicado Dominicano Maio 2003
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Ordem dos PregadoresFraternidades Leigas de São Domingos
Que o chegar das ando-rinhas
E o perfume das flores,Inebriem as nossasalmasEsquecendo nossasdores.
Afinal é Primavera
Tudo nela é vida e côr,
Vamos louvar a Maria
Com alegria e amor.
Segundo noticias di-rectamente enviadaspelas religiosas domi-nicanas no Iraque,
não obstante a situa-ção difícil e perigosaque ainda enfrentam,encontram-se todasbem de saúde. Ape-sar de muitos danosprovocados nos edifí-cios, tem conseguidolevar por diante ac-ções de cuidados desaúde e acolhimento.
As religiosas estão asalvo, como tambémconfirmou o Núncioapostólico em Bag-dad. Actualmente es-tão no Iraque 200religiosas, 6 frades eperto de 500 leigos.Domlife.com
O Frei Gustavo Gutiér-rez foi galardoadocom o Prémio Prínci-pe das Astúrias deComunicação e Hu-manidades de 2003.Gustavo Gutiérrez,sacerdote há mais de
Maio 2003
M Ê S D E M A R I A M A R I A F E R N A N D A M A R T A
Ano XXXIII, nº305
Director : Gabr ie l Ferre ira da Si lva— ISSN: 1645-443X; Depósito Lega l : nº86929/95 ; As si na tu ra no rm al : 4 €u ro s; Av ul so : 0, 5 eu ro s;Praça D. Afonso V 86, 4150-024 Porto, Portuga l— Impres são: Mar ia José Meire les , Rua Rui Fa le iro, Porto
N E S T E N Ú M E R O :
Diversos 1
Fraternidades 2
Formação 3
Mistérios da Luz 4 e 5
Opinião 6
N O T Í C I A S D O I R A Q U E
Vem aí o mês de Maio
Causa da nossa alegria
Porque nele festejamos
A Virgem Santa Maria
Neste Ano do Rosário,
Duma forma especial
Veneremos a Maria
Que abençoou Portu-gal.
P R É M I O A D O M I N I C A N O
40 anos e há 2 fradedominicano, nasceuem Lima, Perú em1928. Fundador eDirector do InstitutoBartolomeu de LasCasas foi um dos pri-meiros teólogos a re-colher e a sintetizar
as ideias da Teologiada Libertação, aco-lhendo e definindo oconceito numa confe-rência proferida em1969 e posteriormen-te aprofundado numlivro publicado em1971.
PEREGRINAÇÇÃO DO
ROSÁRIO
Recorda-se e apela-sea todos que, desde játenham em conta asdatas de 27 e 28 deSetembro, durante asquais decorrerá a Pere-grinação Nacional doRosário e na qual as
Fraternidades (e toda aFamília Dominicana) éespecialmente chama-da a participar. GFS
INFORMAÇÃO AOS ASSINANTES
Informam-se todos os assinantes cujo último paga-mento de assinatura tenha sido o ano de 2000, que apartir do próximo mês de Julho, será cancelada a as-sinatura, excepto se entretanto for regularizada a situ-ação. GFS
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ra do Rosário forma-ram o primeiro grupode Irmãs terceiras emCristo-Rei seis irmãs:Teresa D’Antas Figuei-redo; Maria José Boni-fácio; Margarida Ferrei-ra Linhares, Maria dos Anjos Ginesta , Maria Adriana Sampaio e LiaMadeira”.Foi esta uma Fraterni-dade muito dinâmica eque prestou grandes
serviços a toda a Or-dem. Em 1989 fundiu-se com a Fraternidadede Nossa Senhora doRosário (fundada em1917), dando origem àactual Fraternidade.
CelebraçõesNo dia 29, um gruposignificativo de mem-
bros desta Fraternida-de participou na euca-ristia, em que junta-mente com os frades eas irmãs Missionáriasdo Rosário se assinalouo dia de Santa Catarinade Sena.
Também no dia 1 deMaio alguns elementosparticiparam na recita-
ção do terço do Rosário juntamente com diver-sos paroquianos deCristo-Rei, assinalandodesta forma o início domês de Maria e orandopela Paz.
PINHEIRO DA
BEMPOSTA
Deus chamou para jun-to de Si a gozar da suacompanhia, a nossairmã Celeste RodriguesMartins – conhecida eestimada por Celesti-nha. Apesar dos seus85 anos era uma pes-soa muito activa, o quedeixa a nossa Fraterni-dade mais pobre. Pedi-
mos ao Senhor o seueterno descanso e queinterceda para que ve-nham novas vocações.
A direcção
PORTO
Faleceu no passado dia8 de Março. Maria He-lena Vilas Boas Alvim.
Esta nossa irmã eramembro da Fraternida-de desde 1956 e resi-dia habitualmente emFafe.
No dia 28 de Marçofaleceu a nossa irmãMaria do Carmo Tabor-da de Oliveira, membrodesta Fraternidade des-
de 1950.
50 anosFoi a 24 de Maio de1953, festa de S. Do-mingos que se reuniupela primeira vez a Fra-ternidade de Cristo-Rei,faz agora precisamente50 anos.Referia a D. Lia Madei-
ra neste jornal em Se-t e m b r o / 8 9 q u e“ Admitidas na Fraterni-dade de Nossa Senho-
Maio 2003
B E A T O A L B E R T O D E
B E R G A M O M E M Ó R I A A 7 D E
M A I O
Leigo. Nascido em Valled’Ogna (perto de Berga-mo) em 1214; morreu emCremona a 7 de Maio de1279; Culto aprovado em1748.
Agricultor, foi desde cedoeducado religiosamente,sendo um cristão devoto,
jejuando e dando esmo-las aos pobres, com oque converteu igualmen-
te a sua esposa. Enviu-vando cedo, realizou di-versas peregrinações aRoma, a Santiago deCompostela e a Je-rusálem. Era muito co-nhecido pela sua genero-sidade e piedade. Conta-va-se que devido à sua fé,o seu trabalho rendia odobro do normal e nada opodia impedir de dar tudoo que tinha aos mais ne-
cessitados. Tendo entra-do na então Ordem daPenitência, ligada aosfrades dominicanos, tra-balhou nas suas hortas,apoiando ainda a suaacção caritativa. Fundouu m a e s t a l a -gem/enfermaria paraapoiar os peregrinos queadoeciam longe das suascasas e a caminho doslugares santos. A suacaridade, simplicidade everdadeira fé, foram moti-vo de conversão de mui-tos pecadores.
Publicações disponí
veis para venda: enco-mendas directamente
para o endereço deste jornal, acompanhadasde cheque/vale do cor-reio:
1. As origens do ramoleigo na Ordem deSão Domingos, porM-H Vicaire OP - 2euros;
2. Estatutos das Frater-
nidades Leigas deSão Domingos—3euros;
3. Breve História daOrdem dos Pregado-res, por W.A, Hinne-busch OP—7,5 euros;
4. Processo de canoni- zação de São Domin- gos—4 euros;
5. Opúsculo sobre aorigem da Ordemdos Pregadores, peloB. Jordão da Saxó-nia—5 euros;
6. As vidas dos irmãos,por Fr. Gerardo deFrenchet OP—15 eu-ros;
7. A Ordem Terceira emPortugal, por Lia Ma-deira—2 euros;
8. Mártires de Espa-nha, por Fr. LorenzoGalmés OP—3 euros;
9. O anúncio do Evan- gelho na Ordem dosPregadores, por Fr.Carlos Azpiroz OP, 2euros;
10. As fontes de inspi-ração evangélica nademocracia domini-cana, por Fr. Maria-
no Foralosso OP, 2euros;
N O T Í C I A S D A S F R A T E R N I D A D E S
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Laicado Dominicano 3
Celebrar
S. Domingos em
Família Dominicana Dia 24 de Maio, no con-vento dos Dominicanosde Fátima.
Programa:
10.00—acolhimento;10.30—oração da ma-nhã: Tema: “O Rosário,um método de Prega-
ção”;11.30—preparação daeucaristia;
12.00—Eucaristia;13.00—almoço parti-lhado;14.45—filme: “S. Do-mingos, o pregador da graça divina”;15.30—trabalho de gru-po + plenário;
17.00—oração final;
Santa Catarina de Se
na
Catarina de Sena foicelebrada e lembradaem Família Dominicana
Um grupo de perto de100 pessoas reuniu-se
no Lar AcadémicoSanta Joana tendoe s c u t a d o d u a sapresentações, aprimeira sobre a vida eobra de Santa Joana ea segunda sobre StªCatarina de Sena. Paraalém do acolhimento epresença das irmãs deSanta Catarina deSena, participaram
igualmente muitosm e m b r o s d a sFraternidades de
tas objectivas aos cris-tãos sob a forma demeditar e recitar o ro-
sário com vista ao cres-cimento na conforma-ção ao mistério de Cris-to.Estudaremos estas pro-postas no próximo estu-do. Neste ocupamo-nosdo elemento predomi-nante do método doRosário e que é a RE-PETIÇÃO.
B—MÉTODO BASEADO
NA REPETIÇÃO
1. a repetição alimenta-se do desejo dumaconformação cadavez mais plena comCristo, que S. Pauloresumiu escrevendo:“ já não sou eu quevivo. É CRISTO QUEVIVE EM MIM.”
2. A nossa relação comCristo deve servir-sedo AUXÍLIO DE UMMÉTODO que respei-
Estudo IV
26, 27 e 28
PARA MIM VIVER ÉCRISTO
Um método a con-templar
A: Introdução
A meditação dos misté-rios de Cristo é propos-ta no Rosário com UMMÉTODO CARACTERÍS-TICO para favorecer aassimilação dos mes-
mos. Trata-se de umMÉTODO PARA CON-TEMPLAR fruto dumaexperiência secular eque pode ser melhora-do. Daí a inserção, nociclo dos mistérios, danova série dos misté-rios luminosos, bemcomo as sugestões pro-postas por João Paulo IInesta carta, relativas
ao método e à recita-ção do Rosário. Assim,são oferecidas propos-
O R O S Á R I O D A V I R G E M M A R I A F O R M A Ç Ã O P E R M A N E N T E — F R A N C I S C O P I Ç A R R A
te e favoreça a nossanatureza humana eritmos vitais e entre na
dinâmica psicológicatípica do amor, na quala solicitação insistentee a respectiva respostasão expressos com ter-mos bem conhecidosda experiência univer-sal do amor humano.3. O Rosário procuraser a expressão daque-le amor que não secansa de voltar à pes-soa amada com afec-tos de “coração de car-ne” para entrar maisno mistério do coraçãode Deus rico de miseri-córdia e perdão.
C—PROPOSTAS PARA
ESTUDO
1. Jesus exortou-nos avigiar e a orar e ele pró-prio rezou! Como foi aoração de Jesus relata-da nos Evangelhos?
Usou Jesus o métododa repetição nosmomentos da suaoração? Quando eporquê?
2. Jesus na sua vida
pública repetiu cominsistência certaspalavras e frases?Indique alguma oualgumas que serecorde. Porque utilizouJesus este método?
3. A repetição das “ave-marias” na recitaçãodo rosário facilita ou
d i f i c u l t a acontemplação dosmistérios? Porquê? Orosário é para si umaoração dif íc i l emonótona ou umaoração fácil e gostosa?( f a l e d a s u aexperiência pessoal)
D — O R A Ç Ã O D E
CONCLUSÃO
“Senhor Jesus, comoP e d r o , t econfidenciamos queè
F A M Í L I A D O M I N I C A N A Avanca, S. Cristovão deOvar, Pinheiro daBemposta e Porto.
GFS
VOLUNTÁRIOS:
PRECISA SE
As Irmãs Missionáriasdo Rosário precisamde alguém que tenhadisponibilidade paraadaptar o livro“Diálogo”, de StªCatarina de Sena,para por tuguêsmoderno.
Contacto: Ir. Deolindatel. 214762660
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Laicado Dominicano 4Laicado Dominicano 4
Jesus Tomou consigoPedro, Tiago e João elevou-os para um lu-
gar retirado sobreuma alta montanha.
Ali, foi transfiguradodiante deles... Apare-ceram-lhes Elias eMoisés, conversandocom Jesus. Pedro,tomando a palavra,
disse a Jesus: Rabi, ébom estarmos aqui.Façamos três tendas,uma para ti, outrapara Moisés e outrapara Elias. Não sabiao que dizia... Umanuvem desceu...e danuvem saiu uma voz:“este é o meu Filhoamado; escutai-O”...
Ao descerem da mon-tanha, ordenou-lhesque a ninguém con-tassem o que tinhamvisto, até que o Filhodo Homem tivesseressuscitado dosmortos”. (Marcos 9,2-9)
Os Apóstolos anda-vam tristes e preocu-pados com as últimasrevelações de Jesus:depois de Pedro terconfessado que Je-sus era o Cristo, oFilho de Deus(Mc.8,29), “ Jesus co-meçou a ensinar-lhes: o filho do ho-mem deve sofrer mui-to, ser rejeitado pelosanciãos, pelos chefes
dos sacerdotes e dosescribas, ser morto e,depois de três dias,r e s s u s c i t a r . ”(Mc.8,31)Como bom judeu, Pe-dro esperava de Je-sus um chefe de umreino político. As pala-vras de Jesus eram,para Pedro, o fim daesperança de um pa-ís livre. Não conseguecompreender e acei-tar que o MessiasSalvador seja um fra-cassado: “Pedro, cha-mando-o de lado, co-meçou a recriminá-lo”. (Mc.8,32). Emresposta, Jesus émuito duro para comPedro: “afasta-te demim, Satanás, por-que não pensas ascoisas de Deus, masa s d o s h o -mens.”(Mc.8,33).Então acontece aTRANSFIGURAÇÃO.Afinal, o Jesus fracas-sado mostra a sua
glória. O sofrimento ea morte não serão aúltima palavra: nãocontem a ninguém oque viram, até que Euressuscite dos mor-tos! Estava lançada apromessa da Res-sureição. Os Apósto-los estavam maisconfiantes: a visão
da glória ajudava-asa compreender e aaceitar o sofrimento.
Final, a rejeição, apaixão e a morteeram caminho para aRessureição.Toda a vida humanaleva a marca do sofri-mento. Sofrimentoinjusto, sofrimentoaceite, sofrimentoprocurado. Sofrimen-to na doação consci-ente e comprometi-da. Sofrimento naentrega da vida aoserviço dos outros,descobrindo neles orosto do próprio Cris-to. Viver assim é te-cer, já e aqui, cami-nhos de Ressureição,na esperança da vida
plena.“Este é o meu Filhoamado; escutai-O”.Também nós ou-vimos a voz do Pai:“Escutai-O”. Assim serepôs a fé dos Após-tolos: escutaram Je-sus. Assim começa anossa fé: ouvindo Je-sus. Porque Ele é a
Verdade, o Caminhoe a Vida. Porque Ele éa Palavra definitivado Pai. Porque Eletem palavras de vidaeterna.Necessitamos de cri-ar silêncio para con-seguir criar uma atitu-de de escuta. Consu-mimos ruído a toda a
hora e por toda a par-te. Ruído político: fa-lam, falam, mas não
M I S T É R I O DA L U Z A TRANSFIGURAÇÃO DO SENHOR
F R E I J O Ã O L E I T E
NOTÍCIAS OP
(...) Reunimo-nos comos representantes doLaicado Dominicano daDiocese de Xuân Lôc. AFraternidade Laical do-minicana conta nestadiocese com uns25.000 membros
(20.260 são mulheres)pertencentes a 171fraternidades organiza-das nas 5 regiões dadiocese. Entre estesirmãos e irmãs: 8.000tem a promessa tempo-rária e 15.000 realiza-ram o seu compromis-so definitivo. As activi-dades que desenvol-vem são múltiplas
(entre elas: visitas adoentes, pobres, asilos,leprosarias, etc.); tam-bém se dedicam aoestudo e ensino do ca-tecismo e participamdiariamente na celebra-ção da Eucaristia e naLiturgia das Horas.(...)
Frei Carlos Azpiroz,Mestre da Ordem, Rela-tório da visita ao Viet-name, IDI, Março/03
E TU sabes tudo e sabes que Te amamos. Acolhe com solicitudeesta repetida declara-ção de amor à qual jun-tamos também a repe-
tida confissão de desa-mor dos nosso peca-dos! Animados pelaintercessão de SantaMaria Mãe de Miseri-córdia pedimos-te quealimentes em nós odesejo de conformaçãocrescente Contigo, ple-nitude da vida ressusci-tada. Amén.
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Laicado Dominicano5
Inocêncio III pôs o seuempenho em renovarnão só as ordens mo-násticas já existentes,mas também favoreceuo aparecimento de no-vas fundações. Não dequalquer modo, pois aformação de gruposque depois resvalaram
na dissidência pulula-vam um pouco por todaa parte (sobretudo emItália e em França). Éneste entrecruzamentode novos movimentoseclesiais e de suspei-ção desses mesmosmovimentos que nas-cem as ordens mendi-cantes, Dominicanos eFranciscanos. Ambas
nascem em locais quesão centros de crisepara a Igreja: o sul deFrança (Dominicanos) e
o centro da Itália(Franciscanos).A Ordem do Pregadorestem como objectivo apregação: ”Por causada salvação das al-mas”, costuma dizer-se. O que hoje podeparecer uma trivialida-de, naquele tempo nãoo foi. Só os Bispos éque estavam habilita-dos para a pregação. Oque S. Domingos pro-põe é a instituição umcorpo de religiososmandatados a tempointeiro para a prega-ção, dependentes di-rectamente do Papa;com jurisdição univer-sal e não apenas localcomo acontecia comoutros grupos. Na gé-nese deste projectoestá pois S. Domingose numa paciente
“Honório, bispo, servodos servos de Deus, a seu querido filho freiDomingos, prior de S.Romão de Toulouse, eaos seus irmãos quefizeram e que hão-defazer profissão de vidaregular, saúde e ben-ção apostólica. Nós,
considerando que osirmãos serão no futuroos atletas da fé e osverdadeiros luzeiros domundo, confirmamos atua Ordem com todosos domínios actuais efuturos, e tomamosesta Ordem, suas pos- sessões e os seus direi-tos, sob o nosso gover-no.”(1)
O séc. XIII vê apareceras Ordens mendicantescomo focos de renova-ção da vida religiosa.
A F U N D A Ç Ã O D A O R D E M D O S P R E G A D O R E S
P E D R O A N T A S M A R T I N S
planícies e que pornós esperam. São oshomens e mulheres ocampo da nossa en-trega total., partilhan-do esperanças, triste-zas e alegrias. É estaa vida do cristãoconsciente e assumi-do: do vale à monta
nha e da montanha
ao vale.
E cumprem. Ruídonoticioso: longo, lon-go, cansativo, quemais afasta do quecativa. Ruído musical,
lesando ouvidos ecérebro. Ruído dasnossas correrias. Ruí-do interior, que nosimpede ouvir-nos anós mesmos.Levados e afectadospor este ambiente,nem o silêncio supor-tamos. Irrita-nos osilêncio. Irrita-nos pa-
rar um pouco e ouvir.Começamos por nãoescutar os outros.Preferimos falar, nemque os outros tam-bém não nos escu-tem...
“Escutai-O”. Não
aprendendo a escu-tar os outros, tam-bém não saberemosescutar o OUTRO.
“ Jesus tomou consigoPedro, Tiago e João elevou-os... para umaalta montanha”. Pa-ra escutarmos Jesus,vamos também comEle subir à montanha.Biblicamente, ir àmontanha é ir ao en-contro de Deus. Por-tugal está cheio desantuários, maiores
ou menores, nos al-tos dos montes... In-felizmente, em mui-tos casos o turismovenceu a fé.... Tam-bém Jesus várias ve-zes subiu à monta-nha, para falar com oPai ou para
nos falar do Pai. Foiassim com as bem-aventuranças, no Ta-bor, Calvário ou nomonte da Ascenção.E subir com ele é ca-minhar na confiança.Viver na fé é ter a co-ragem de deixarmosas nossas seguran-ças e subir com ele
porque “n’Ele emconfio e não tenhomedo”.“Façamos três ten-das...Não sabia o que
dizia”. A montanhanão é local para seficar. É espaço de es-cuta. É espaço paraencher pulmões ecoração. É espaçopara olhar homens emulheres que se es-tendem pelos vales e
maturação gizou a Or-dem: recolheu o que demelhor havia na vida
monástica e canónica:a disciplina dos pre-monstratenses, a vidados cónegos regularese até o exemplo de po-breza que encontrounos movimentos dissi-dentes. A subtileza e ogénio estão na harmo-nia que consegue entreesses elementos e nomodo como todos eles
estão orientados emvista do fim principalda Ordem.Os pilares da vida do-minicana são a oração,o estudo (necessidadede um sólido saber teo-lógico para combater aheresia), a vida co-mum, as observânciasregulares e, claro está,a pregação.
É num tempo de here-sias, de carência dapregação da palavra deDeus ao povo fiel e noflorescimento de umnovo mundo cultural,social e político que aO.P. aparece como res-posta às necessidadesda Igreja e de um novomundo em germinação.
(1) HONÓRIO III, Religiosamvitam [1216], in F. MARTI-NEZ, Domingo de Guzmán,Evangelio viviente, Salaman-ca 1991.
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Jornal mensal(11Xano); publicação
periódica nº119112; ISSN: 1645-443X;propriedade : Fraternidades Leigas de sãoDomingos; P C . nº502 294 833; Depósito
legal: nº86929/95; Director: GabrielFerreira da Silva; Colaboradores
permanentes: Francisco Piçarra; Frei JoãoLeite; Pedro Antas Martins; Nesta edição:Fraternidade de Pinheiro da Bemposta;;Impressão: Maria José Meireles, rua RuiFaleiro, Porto, Expedição: HenriqueFonseca; Tiragem: 650 exemplares;Endereço : Praça D. Afonso V, 86, 4150-024 Porto; Assinatura: cheque/vale docorreio em nome de “Fraternidades Leigasde São Domingos”
Os artigos publicados expressam apenas a
opinião dos seus autores. A reprodução dos artigos publicados nesta
edição é permitida, desde queexpressamente identificado o respectivoautor e publicação.
Ficha Técnica
CAMPANHA DE
ASSINATURAS
Colabore na difusãodo Laicado Dominica-no, oferecendo umaassinatura aos seusamigos e conhecidos,aos seus vizinhos ouaos seus familiares:
Assinatura:
Normal: 4 euros/ano;
Amigo: 10 euros/ano;
Benfeitor: 20 ou maiseuros;
Enviar cheque/valedo correio para“Laicado Dominica-no”,Praça D. Afonso V,86, 4150-024 Porto
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O C O N S E L H O L O C A L G A B R I E L F E R R E I R A D A S I L V A