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10 Anos 100 histórias

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AEditorial

A 100ª edição é, claro está, um momento marcante no trajeto de qualquer publicação. A centena de publicações, de mês para mês e sem interrupção, é um óbvio motivo de orgulho e um indicador de longevidade.

Tão importante como o que isso possa significar em relação a nós é o que isso significa em relação à vitalidade e à perseverança do tecido institucional e empresarial português. É um motivo de orgulho estar em contacto com um universo de empreende- dores que todos os meses se re- vela tão rico e su rp reenden- te. Ainda para mais, quando este nosso his-torial de suces- sivas edições atravessou uma fase particular-mente crítica na evolução econó-mica do país.

É, precisa- mente, perante as adversidades que o engenho humano encon- t ra caminhos que de outra for- ma não encon-traria. O acom- p a n h a m e n t o das m i lha res d e h i s t ó r i a s que temos co- nhecido é uma demonstração disso mesmo; da forma como as empresas s e a d a p t a m , criando novas coisas, usando novas técnicas, transmitindo no- vas mensagens e chegando a novos públicos.

Aproveitamos para agradecer a todos os colaboradores e ex-colaboradores (alguns empresários do setor) pela ajuda que nos têm dado ao longo dos anos na consecução e apoio ao nosso projeto. Mas principalmente a quem colaborou nesta edição e que, com esforço e empenho, construiu o que o leitor agora aqui tem.

Nesta centésima edição, resolvemos convocar algumas das empresas que foram protagonistas deste nosso percurso. É um grande motivo de satisfação testemunhar a forma como não só se mantêm vitais e na vanguarda dos seus setores, como também são exemplo de transformações positivas.

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“Pelo Portugal de sempreNós, portugueses, continuamos a minimizar o que valemos.E, no entanto, valemos muito mais do que pensamos ou dizemos.O essencial, é que o nosso génio – o que nos distingue dos demais – é a indomável inquietação criadora que preside à nossa vocação ecuménica. Abraçando o mundo todo.Ela nos fez como somos.Grandes no passado.Grandes no futuro.Por isso, aqui estamos.Por isso, aqui estou.Pelo Portugal de sempre!”

Marcelo Rebelo de Sousa

“Acreditamos num país aberto ao investimento, aberto aos empreendedores e aberto às empre-sas. Achamos que a abertura é a chave para o crescimento e para uma sociedade cosmopolita”

Doutor Manuel de Herédia Caldeira Cabral

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O Externato Camões, situado em Rio Tinto, é hoje uma instituição de ensino reconhecida na região do grande Porto. Há aproximadamente sete anos que o Externato Camões faz parte do Grupo Ribadouro.

orientações da pedagogia moderna, o Externato Camões aderiu ao projeto piloto PAFC (Projeto de Autonomia e Flexibilidade Curricular), desafio lançado às escolas no pre-sente ano letivo pelo Ministério da Educação e que prevê a implementação de metodologias e estratégias promotoras de melhores aprendizagens indutoras do desenvolvimento de competências de nível mais elevado.

No âmbito da qualidade e da melhoria dos processos, o Externato Camões estabeleceu um protocolo com a Universidade Católica num programa de desenvolvimento profissional docente e de avaliação externa. Com esta parceria, pretende-se criar mais-valias pedagógicas em todos os níveis de ensino, capacitar os profissionais para a mudança e para o futuro no que respeita aos diversos

Esta integração dotou o colégio de um conjunto de estratégias e princípios orien-tadores comuns, mantendo, no entanto, uma identidade própria conforme refere o Projeto Educativo da instituição. O Ex-ternato Camões é uma escola preparada para receber todos os graus de ensino,

do Pré-escolar ao 12º ano, encarando a educação como um processo contínuo, do nascimento à idade adulta e, consequentemente, consciente de ter nas suas mãos a responsabilidade de promover a realização dos projetos de vida dos seus alunos e merecer a confiança das suas famílias.

Com uma postura vanguardista no ensino, e atento às

Uma escola que dá importância ao futuro

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quadros de referência internacionais para competências do Séc XXI.

Um olhar sério sobre a educação não permite despre-zar nenhum momento do desenvolvimento humano. Os primeiros anos de vida constituem um período sensível para o desenvolvimento de aprendizagens fundamentais, de atitudes e valores estruturantes para aprendizagens futuras. Esta consciência pedagógica e humanista levou a Direção do Externato Camões a um forte investimento no Pré-escolar, dotando a escola de espaços agradáveis onde os alunos mais pequeninos possam crescer e aprender em cenários de aprendizagem estimulantes, num ambiente acolhedor, seguro e familiar, usufruindo das melhores condições para uma aprendizagem consistente na compa-nhia de professores e técnicos dedicados, competentes e capazes de potenciar em cada aluno as suas capacidades intelectuais e humanas.

Os planos curriculares dos alunos do pré-escolar e do 1º ciclo, para além do inglês, integram atividades como a Expressão Musical, Oficina d’Artes, TIC, Expressão Corporal e Expressão Físico-motora. Estas atividades, lecionadas por professores especializados, pertencentes ao corpo docente do colégio, têm como objetivo principal complementar o quadro de vivências e aprendizagens enriquecedoras e determinantes para desenvolvimento global dos alunos. Todas estas áreas, a par de projetos de caráter solidário, que vão acontecendo pontualmente ao longo do ano letivo, dão um contributo vital para a formação global da criança, promovendo o autoconhecimento, des-pertando a sua sensibilidade e educando para o exercício da cidadania plena.

O colégio desenvolveu parcerias com instituições de reconhecida qualidade em áreas como o Xadrez, com a Escola de Xadrez do Porto, o Judo, com o Núcleo de Judo do Porto, a certificação nas línguas estrangeiras, através

do Knightsbridge Institute, que estabelece a ligação com a Universidade de Cambridge para o inglês, e Delf Scolaire para a certificação no francês. No presente ano letivo, a Academia de Robótica (com a chancela da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto) é mais um parceiro que pretende promover aprendizagens no domínio das tecnologias através da metodologia problem based lear-ning. Também é possível a frequência de aulas de Guitarra Clássica.

Com uma taxa de sucesso de 90%, no que respeita à colocação no ensino superior dos alunos que terminaram o secundário, e enquanto instituição particular que presta um serviço público na área da educação e que prepara cidadãos para o futuro, o Externato Camões ajuda a preparar jovens conscientes das suas responsabilidades, empenhados e implicados na construção do seu percurso e apoia pais e alunos na consecução deste grande objetivo.

O futuro dos filhos é o grande projeto dos pais. O futuro de um país está nas gerações mais novas. A prioridade do Externato Camões é dar importância ao futuro, garantir o sucesso dos seus alunos e continuar a merecer a confiança da sua comunidade educativa.

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É com 23 anos de exper iênc ia que o Bompiso se apresenta como Espec ia l i s ta em Mobilidade Auto, assegurando a sua posição no mercado com transparência, confiança e rigor. O seu líder, Joaquim Santos, esteve à conversa connosco e explicou como a dedicação e amor ao que se faz são capazes de ultrapassar todas as adversidades.

“Conceptualmente, a melhor casa do país”

áreas (Gondomar e Ermesinde) aperceberam-se que ainda assim não conseguiam satisfazer as necessidades dos seus clientes da forma que pretendiam. Passado um ano, o Bompiso tornou-se parceiro da conceituada Michelin, ingressando, consequentemente, na rede Vialíder. As ins-talações continuavam, ainda assim, a não corresponder ao crescimento que estavam a alcançar. A partir daí, quiseram avançar com outra decisão, dando ao seu negócio maior amplitude. Em 2010, iniciaram o processo de reestruturação da empresa, com a aquisição de um novo espaço (uma fábrica desativada em Ermesinde). Deram início às obras de adaptação à sua atividade, e após um ano, no dia 30 de novembro de 2012, inauguraram as novas instalações do BomPiso.

A 11 de outubro de 2016, o inesperado aconteceu: um

Decorria o ano de 1994 quando começou o trajeto do Bompiso, em Vila Nova de Gaia. Em 2001, por razões geográficas e logísticas, deslocaram a atividade para a Zona Industrial de Santa Rita,

em Ermesinde. Começou assim um novo ciclo para a empresa e ainda que os primeiros anos não tenham

sido fáceis, a partir de 2003 o crescimento sustentado tomou o pódio. Passados cinco anos, em 2008, surgiu

a internacionalização do Bompiso. “Com o início das exportações deu-se o boom”, indica Joaquim

Santos. Angola foi o principal destino que fez com que a empresa crescesse “de forma extraordi-

nária”. Em virtude desse crescimento imprevisto e inesperado, recorreram, em 2008, a outra solução: a abertura de uma filial em Baguim do Monte, em Gondomar. Divididos entre as duas

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incêndio afetou-os tremendamente, danificando em grande es-cala o edifício. Durante um ano viram-se obrigados a trabalhar nas antigas instalações mas, após intensas negociações com a seguradora e com muita garra e determinação, conseguiram inverter o infortúnio e, em março do presente ano, iniciaram as obras de reedificação para que estivessem concluídas preci-samente um ano depois.

REAlIDADE ATUAlTal como perspetivado, a 11 de outubro de 2017 reabriram

portas e estão já a projetar o futuro, ainda mais fortes, com instalações totalmente equipadas, mais modernas, inovadoras e vanguardistas. As instalações que agora conhecemos são das melhores e mais bem equipadas que existem no país. Todo o crescimento sentido ao longo destes 23 anos repercute-se na notoriedade que a empresa tem, neste momento, em Portugal e lá fora. É na Rua Dr. Francisco Silva Pinto, em Ermesinde, que têm a possibilidade de oferecer todo o conforto e exce-lência dos serviços que os cerca de 10 mil clientes fidelizados merecem, apoiando-se em bases sólidas e estruturadas. Com os departamentos devidamente delimitados, conseguem dar um maior apoio não só nas exportações, como também ao mercado nacional. Conscientes das tarefas que cada colaborador está a desenvolver, planeiam estratégias com eficiência e, tendo em conta o dinamismo do próprio mercado, prezam pelo bom atendimento e encaminhamento correto às exportações.

EFICIêNCIA NA GESTãOO mundo empresarial, repleto de ambições e metas, vai

pensando e construindo a sua história. Saber aproveitar as oportunidades e enfrentar as ameaças nos momentos certos torna-se decisivo quando se tem de atravessar fases críticas. É por força dessas circunstâncias que, desde o momento que o Bompiso iniciou a sua atividade, tem sentido um crescimento gradual. “Embora o volume de negócios da nossa empresa as-suma uma percentagem muito maior lá fora (80%), é com muita satisfação que vejo o nosso mercado nacional crescer de ano para ano”, revela. Angola, Zâmbia, Moçambique e Gabão são os mercados onde estão presentes, tendo em estudo outros destinos africanos com vista à expansão.

Como o sucesso advém de muito trabalho, existe um conjun-to de fatores e valências que geraram esta evolução favorável. A boa gestão dos recursos humanos e financeiros, a procura de equipamentos de qualidade, as instalações devidamente organizadas e o serviço técnico e humano prestado com rigor e

precisão, são alguns dos fatores que levam a empresa a rumar na velocidade certa, segura das suas motivações. Como empre-sa certificada, coloca todos os procedimentos obrigatórios em prática diariamente e a valorização dos seus 20 colaboradores é de grande relevo. Nesse sentido, são recompensados com regalias salariais e laborais muito acima da média.

BOAS PRáTICASPara dar resposta a todas as especificidades do seu ne-

gócio, a formação revela-se essencial. Recorrendo aos seus fornecedores, adquirem formação nas mais diversas vertentes. “É bom para nós e para os nossos colaboradores”, garante o entrevistado. Hoje conseguem oferecer um conjunto de serviços, dando uma assistência específica e ao mesmo tempo abran-gente. Com uma área total de cinco mil metros quadrados, dois pisos e equipamentos modernos, asseguram serviços como o SOS pneu, mecânica rápida, lavagem e higienização, peças e acessórios. Mesmo depois do acidente de percurso, conse-guiram criar mais uma secção de mecânica e assim projetam o futuro de uma forma ainda mais entusiasmante porque se reergueram das cinzas e como a Fénix voltaram mais fortes.

FUTURONos tempos que se avizinham, esperam continuar a crescer

com o mesmo ritmo que os tem caracterizado, pois preferem tomar medidas bem pensadas para que o mercado global possa progredir de forma coesa e coerente. A alavanca da interna-cionalizãçao será fundamental mas para isso impera solidificar os mercados já existentes. “Apesar das crises continuamos otimistas em relação ao futuro” conclui.

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Especialistas em produtos de aço inoxidável

Hartwig Haertel, nosso entrevistado, é o seu atual líder e quarta geração da Böl-linghaus Steel. A quinta geração, a sua filha Nina, irá garantir a continuidade da empresa no futuro. Como lembra o proprietário, foi em junho de 1996 que a companhia adquiriu a sua fábrica portuguesa, renovando todo o seu equipamento e iniciando a produção em janeiro de 1997. Tendo vindo a crescer desde então, o ramo português da empresa começou com 25 pessoas, enquanto que hoje o número de trabalhadores ascende os 280. Outros 20 elementos estão presentes no escritório alemão.

A Böllinghaus Steel está focada na pro-dução de perfis em aço inoxidável, em várias formas e de acordo com diferentes solicita-ções dos seus clientes. Fornece uma diversi-dade de áreas, nomeadamente a construção ou indústrias como a farmacêutica, química, de tecnologia médica, alimentar, energética ou aeroespacial. Uma percentagem de 99% é comercializada no estrangeiro, com os

Estados Unidos a representar aproximada-mente um terço. Uma outra porção consi-derável é dirigida aos mercados europeus, enquanto que a ásia está a tornar-se cada vez mais relevante, atingindo cerca de 15% das vendas da empresa.

Como entretanto mencionado, é nas instalaões fabris de leiria (mais precisamen-te, Vieira de leiria) que toda a produção é desenvolvida, enquanto que as instalações alemãs tratam de todas as atividades comer-ciais. Quanto o anterior proprietário da fábrica portuguesa se deparou com uma situação de falência, em meados dos anos 90, a Böllinghaus Steel viu boas oportunidades em estabelecer-se na zona. Atualmente, toda a equipa da fábrica é de Portugal e, como nos diz Hartwig Haertel: “Acredito que temos uma boa relação com todos eles e que eles estão a fazer um trabalho muito bom”. De facto, ao longo dos últimos anos, os números cresce-ram exponencialmente. Ao passo que, em 2010, a produção era de oito mil toneladas,

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A Böllinghaus Steel é uma empresa familiar alemã, detentora de uma tradição de quase 130 anos no trabalho com aço. Com uma relação especial com o nosso país, ao longo das últimas duas décadas as suas atividades produtivas têm estado centralizadas nas suas instalações em Leiria.

este ano deverá chegar às 20 mil.Hartwig Haertel olha para leiria como um

bom lugar, que oferece margem para alarga-mento e onde é possível atrair trabalhadores experientes. A Böllinghaus Steel tem, para além disso, cultivado uma relação próxima com algumas das principais instituições de Ensino Superior do país, com o objetivo de recrutar alguns dos mais destacados talentos na engenharia e noutros domínios relacionados.

Questionado acerca daquilo que está por detrás do sucesso da empresa, o empresário explica que, “sendo esta uma empresa mais pequena em comparação com os nossos concorrentes, nós podemos ser muito fle-xíveis. Os nossos tempos de entrega são mais rápidos (por vezes dois ou três meses mais rápidos) que os de outras empresas. Simultaneamente, produzimos e fornecemos com um excelente nível de qualidade e as nossas condições são adequadas. Esse é realmente o nosso foco: oferecer ao cliente material de alta qualidade a um preço viável e competitivo”.

Em acréscimo, Hartwig Haertel dá ênfase à importância de conservar “uma relação muito próxima com o cliente. Hoje em dia, toda a gente está a trabalhar com um smartphone ou com um portátil mas os nossos vendedores estão a viajar entre duas a três semanas por mês, em visitas a clientes, em conversas pessoais e penso que isso dá-

-nos uma vantagem comparativamente com outros. Isto é algo que temos feito nas últimas décadas, que permitiu que melhorássemos de forma significativa e penso que temos tido sucesso dessa forma”.

Manter este grau de proximidade com uma rede mundial de clientes é um de-safio. Em todo o caso, um desafio que a Böllinghaus Steel encara com uma atitude positiva. A empresa abriu, recentemente, um escritório nos Estados Unidos, onde espera desenvolver cada vez mais a sua posição. Ao mesmo tempo, tem planos mais abran-gentes no sentido de expandir a sua posição nos mercados internacionais. O continente asiático está a ser olhado com muita atenção, estando a China a ser perspetivada como o seu próximo passo importante.

Hartwig Haertel conta-nos que vê um futuro radiante para o grupo. “Nos últimos 20 anos, fizemos muitos investimentos aqui em Portugal e tencionamos investir ainda mais num futuro próximo”, diz. O plano passa, nomeadamente, por adaptar ainda mais a empresa a um contexto empresarial onde a digitalização e o conceito Indústria 4.0 têm crescente domínio.

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USituada na região centro do território nacional, mais

especificamente em Abrantes, a Abrancongelados comer-cializa uma vasta gama de produtos alimentares congela-dos, sendo que o peixe representa 80% da sua atividade.

Em ano de comemoração do seu 10º aniversário, per-cebemos que a empresa evoluiu, deixando de se restringir ao processo de compra e comercialização para assumir o

Foi em junho de 2014 que demos a conhecer a Abrancongelados, uma empresa que nasceu fruto das adversidades que o final da década transata apresentaram ao tecido empresarial português. O rasgo empreendedor de Jorge Batista e Carlos Pombo revelou um projeto que hoje anda a “velocidade de cruzeiro”.

trabalho de transformação de todo o pescado congelado, adquirido diretamente a barcos fábrica maioritariamente internacionais. Assim, o produto chega às instalações da Abrancongelados, sendo aí realizado todo o processo de transformação, a desmancha, o corte e o embalamento com marca própria. A sua rede de distribuição, realizada em transporte próprio, cobre o centro e sul do país, mar-

m caso de sucesso no exigente setor alimentar

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cando presença em instituições, no canal HORECA e em pequenos comércios; e, na totalidade do território, através de uma grande cadeia de hipermercados.

O mercado internacional não foge ao raio de ação da empresa portuguesa, que exporta para a Europa, a China e o México. “Estamos registados no Brasil”, acrescenta Jorge Batista, sócio-gerente da empresa, alertando que os negócios em terras de Vera Cruz não se desenvolvem “dadas as exigências burocráticas impostas aos produtos importados”.

Apesar do crescimento verificado principalmente após a abertura das novas instalações – iniciaram atividade com três funcionários e com a mudança de instalações,

é preciso alguma coisa estamos todos prontos para aju-dar”, sublinha. Efetivamente, a ampliação das instalações permitiu o ‘upgrade’ nas valências da empresa que, como já referido, inicialmente estava limitada à compra e venda de peixe congelado e, na atualidade, tem capacidade para assumir todo o processo de transformação e embalamento dos produtos que chegam ao mercado com o rótulo Abran-congelados.

Para além do peixe, a marca Abrancongelados oferece uma panóplia de mais de 1000 produtos, entre os quais se destacam os legumes, os pré-cozinhados, os pastéis, as carnes e as sobremesas. A capacidade de armazenamento que Jorge Batista caracteriza como “considerável”, aliada ao rigoroso controlo na gestão de todas as encomendas e rotas, permite que o cumprimento dos compromissos com os seus clientes seja feito de forma rigorosa. “A marca está consolidada, temos agora que fazer uma gestão controlada de modo a não estragar todo o trabalho desenvolvido”, denota o empresário, antes de apresentar à revista Portu-gal Inovador o projeto a aplicar a curto prazo: “Temos em andamento um novo projeto, que passa pela ampliação das instalações para o triplo da capacidade atual”. Se, no primeiro ano de atividade, a Abrancongelados faturou 300 mil euros, “este ano as perspetivas apontam para cerca de sete milhões”. “Uma evolução grande, que exigiu uma aprendizagem e ajustamento constantes ao longo destes 10 anos de atividade”, enaltece Jorge Batista.

Um crescimento que promete não parar por aqui. Pon-derando sobre o futuro, o nosso entrevistado assume que os projetos que possam vir a ser encetados tenderão a ser direcionados para o mercado da exportação. Dentro de portas, “a subida do preço dos combustíveis, o aumento das portagens” e a localização no interior centro do país implicam um volume de custos que torna inviável o alarga-mento da rede de distribuição a nível nacional.

A Abrancongelados é um dos exemplos de sucesso do tecido empresarial português. A prova de que a perseve-rança e o investimento constante em tecnologia, mão de obra e inovação marcam a diferença dentro e fora de portas.

em 2014, em apenas dois anos passaram de 15 para 40 colaboradores –, o empresário considera que a Abran-congelados mantém o cunho de empresa familiar. “Mul-tiplicámos por cinco o volume de vendas, o que exigiu o aumento da equipa, mas continuamos a ser uma empresa familiar. Conhecemo-nos todos, não existe qualquer tipo de hierarquia, todos trabalhamos para o mesmo e quando

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Do trabalho de carpintaria à arquitetura de espaços comerciais ou à decoração de interiores, a Manuel Augusto de Oliveira e Silva, Lda. (MAOS) é um verdadeiro caso de adaptação e liderança, graças a uma visão de negócio que ainda hoje dá frutos.

Flexibilidade e inovação que fazem a diferença

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Há precisamente 55 anos no mercado, a Carpintaria MAOS corresponde a uma das pouquíssimas empresas nacionais que conseguiu a proeza de se adaptar – sempre preservando um inegável compromisso de qualidade, rigor e vanguarda – às neces-sidades, paradigmas e inclinações de um setor em eterna oscilação. Fundada no já longínquo ano de 1962 pelo ainda sócio--gerente Manuel Augusto Silva, ao leme da empresa sente-se já o contributo da se-gunda geração (representada pelos irmãos Isabel, Rui e Fernando Silva) que, seguindo as passadas do pai, tem procurado anteci-par os novos desafios do futuro, à medida que espreita outros potenciais mercados e oportunidades.

Recorde-se que este projeto, sediado em Gondomar, começou por funcionar como uma empresa de carpintaria es-sencialmente voltada para o universo da construção civil – setor particularmente conhecido pelos seus altos e baixos. Não constituirá, como tal, surpresa que através de uma notável visão de negócio e poder de antecipação, a empresa tenha procurado – assim o lembra Rui Silva – “modernizar-se e tornar-se mais polivalente” com o avançar do tempo. A comprová-lo, o nosso interlocu-tor salienta que os trabalhos aqui concreti-zados estão cada vez mais centrados nas infraestruturas comerciais, por oposição aos edifícios de habitação.

A arte da adaptação, todavia, não se ficaria por aí. “Até há alguns anos, as lojas eram feitas à base de madeira, mas começou a sentir-se uma evolução para materiais ferrosos e não ferrosos”, começa por contextualizar o sócio-gerente, antes de sublinhar que a alteração de tal conjun-tura obrigou a própria Carpintaria MAOS a complementar o seu leque de respostas através da introdução de um serviço de serralharia. “Tínhamos de acompanhar os nossos clientes, que procuravam um só fornecedor que fosse capaz de lhes oferecer tudo”, acrescenta Rui Silva.

Tendo estabelecido, desde a primeira hora, a garantia de excelência e integridade que elevaria o nome da empresa ao esta-tuto de referência aquém e além fronteiras, Manuel Augusto e os seus sucessores notabilizaram-se também pela elasticidade com que foram abraçando novas áreas de

negócio. Posto isto, e paralelamente ao trabalho acima referido, importa salientar que a Carpintaria MAOS é hoje um nome igualmente ativo no fabrico de peças de mobiliário, seja para seu posterior uso em edifícios comerciais ou hoteleiros, seja para a execução de projetos de arquitetura de interiores ou de decoração.

PARCERIAS E MERCADOS VENCEDORESTão importante como o poder da re-

invenção é, de resto, a capacidade que a empresa tem vindo a demonstrar, ano após ano, no estabelecimento e cimentar de par-cerias com outras empresas-chave. A título de exemplo, Rui Silva menciona a especial ligação que existe com o Grupo Sonae (e, mais concretamente, com as marcas MO, Zippy e Continente), com o Grupo Retail Concept, ou com prestigiados gabinetes de arquitetura, que permitem à Carpintaria MAOS a capacidade de materializar os seus trabalhos numa crescente amplitude de territórios internacionais – do Médio Oriente à América Latina, sem esquecer, porém, os

Corte Inglês. Mas num contexto em que “o setor começa a mexer novamente em Por-tugal e este mercado tem estado a absorver muita da capacidade produtiva”, o desejo da Carpintaria MAOS passa por expandir a sua abrangência nos territórios externos. Preci-samente na prossecução dessa finalidade, “fizemos uma candidatura ao Portugal 2020, não só para a área da internacionalização, mas também para a criação de uma linha própria de mobiliário”, revela Rui Silva, antecipando alguns dos próximos passos que a empresa gondomarense assumirá.

UM EXEMPlO DE SUCESSOContando atualmente com a dedicação

e experiência de uma equipa de mais de 80 colaboradores, o aspeto que melhor continua a diferenciar a Carpintaria MAOS dos restantes players passa, na opinião do nosso interlocutor, “pela qualidade que impomos naquilo que fazemos”, pois “o nosso cartão de visita sempre foi o nosso trabalho”. Contudo, à perseverança que tan-to permitiu que a empresa superasse crise após crise, acrescente-se o eterno rigor no cumprimento dos prazos assumidos ou a continuada aposta na aquisição de novos equipamentos e eis o segredo de tamanha vitalidade empresarial.

Podendo orgulhar-se, desde 2012, do estatuto de PME líder, a Carpintaria MAOS é também sinónimo de competiti-vidade, inovação e especialista na relação qualidade-preço. A estes atributos importa acrescentar, no entanto, a sensibilidade que o projeto demonstra quer para com a sua equipa de colaboradores – sujeita a pro-gramas de formação contínua –, quer para com a sociedade e o meio envolvente, não sendo por acaso que todas as instalações da empresa se encontrem equipadas com os sistemas necessários para o cuidadoso tratamento dos resíduos e respetiva reci-clagem.

Ainda que não diretamente correlacio-nados com o sucesso financeiro da Carpin-taria MAOS são, de facto, pequenos gestos desta natureza que ajudam a acentuar o seu pioneirismo. O futuro ambiciona-se, por isso, radiante e amplo, à medida que o “aumento das exportações” deverá surgir a par do desenvolvimento de “uma linha própria de design”, cimentando-se ainda mais o ADN de um nome que, num percurso de 55 anos, fez questão de nunca sair da nossa memória.

mercados europeus ou países como Angola e Moçambique.

Já relativamente ao âmbito nacional, convém não esquecer que o percurso de cinco décadas protagonizado por Manuel Augusto Silva reúne hoje a preferência de uma série de cadeias comerciais, onde se incluem Intermarché, Rádio Popular, El

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Mas antes de olharmos para o presente temos de espreitar o seu passado. Quando lisboa se expandiu em meados do século XX, fê-lo para norte, afastando-se do rio. Avenidas Novas surgia então pelas mãos do arquiteto Ressano Garcia, em que se destacam as ruas largas e os quarteirões com logradouros ajardinados. Com cerca de 22.000 habitantes, a freguesia apresenta-se hoje com as mesmas ruas que se entrecruzam de forma perpendicular, criando quarteirões rectangulares.

Hoje, a junção de freguesias distintas permite não só pensar o lugar com múltiplos olhares, mas também enriquecê-lo pelo conjunto de pessoas que aqui acorrem diariamente. “Temos bairros muito distintos, mas é o conjun-to desses bairros que proporciona múltiplas convivências, entre diferentes malhas sociais, culturais e económicas”, revela.

Nesta composição humana, será importante não es-quecer a máquina fotográfica para capturar os museus, palacetes, e outros espaços verdes e culturais que para aqui vêm morar. É o caso, por exemplo, do Museu Calouste Gulbenkian, da Biblioteca Municipal do Palácio Galveias, do Parque Eduardo VII, e do Pavilhão Carlos lopes. Ao longo de 62 anos, a autarca viu o mundo mudar e a fre-guesia crescer, e hoje reconhece que este território é um cruzamento de fregueses, não residentes, comerciantes, visitantes e turistas. “Vivemos um conceito alargado de vizinhança”, adianta.

PRIORIDADESAo longo da sua vida, Ana Gaspar retirou várias lições,

e entre elas, destaca-se a da necessidade de preservação das construções originais, pois é assim que defendemos e salvaguardamos as nossas marcas identitárias. Uma outra matéria que acaba por estar interligada a esta simbologia é a Calçada Portuguesa: “Não podemos deixar que essa marca desapareça, mas também não podemos deixá-la

Futurocom memória

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Todas as freguesias e cidades são erguidas pelas histórias dos seus habitantes, transeuntes, e visitantes. A freguesia de Aveni-das Novas não é exceção. Numa primeira abordagem, verificamos que ela agrega as freguesias de S. Sebastião da Pedreira e Nossa Senhora de Fátima. Ana Gaspar já conhece de cor as suas ruas, be-cos e avenidas e dá-nos um breve retrato sobre as diferenças que a compõem.

neste estado. É uma das nossas prioridades solucionar a falta de mobilidade, e para esse efeito contratámos já vários profissionais. Queremos que todos possam sair à rua, sem medo de cair”, informa.

Na perspetiva de unir diferentes faixas etárias numa só corrente, a freguesia de Avenidas Novas prepara-se também para “ligar as diferentes solidões, que vão desde os mais novos, que não têm avós, até aos mais idosos que raramente são ouvidos”. Nesse âmbito, uma das grandes apostas são os parques intergeracionais. Independentemente da classe social a que se pertença, a presidente defende um triplo olhar, que tem como pilares “a transparência, o rigor e a ternura”.

NOVOS PROJETOS“Sou de um mundo de letras e de sonhos, mas acredito

que um tecido empresarial forte, lúcido e solidário é uma das bases do mundo do trabalho”, sublinha a nossa interlocutora. Claro que este universo de empreendorismo só poderá ser cultivado se o caráter do nosso povo permanecer .

O comércio, por exemplo, teve sempre um papel muito importante na cidade de lisboa. As Avenidas Novas nunca poderiam ficar alheias a este facto e um dos projetos que Ana Gaspar defende é precisamente o das lojas com histó-ria: “As Avenidas Novas são futuro com memória, e memória que é tecida com várias memórias. Eu não acredito numa cidade de ricos e numa cidade de pobres, há pois aqui um cerzir de diferentes malhas que constroem este território”, salienta.

No desenvolvimento deste património, material, histórico e cultural espera, claramente, contar com o apoio da câma-ra, pois a autarca sabe que só assim se pode continuar a reativar a atividade comercial e a respeitar a cidade como paradigma de vitalidade.

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Foi fundada há mais de 50 anos, e hoje é designada como a taverna sofisticada onde se alia a tradição e a magnificência dos petiscos e pratos tradicionais tipicamente portugueses. A paixão pela cozinha e a simpatia ao servir são os principais aspetos que caracterizam o restaurante Tromba Rija.

por tradição se fazia à terça-feira e que era desfeito no dia seguinte. Na época, as arcas congeladoras eram ainda desconhecidas e a conservação da carne era feita na sal-gadeira, onde eram colocadas em primeiro lugar as carnes mais nobres como os presuntos, a carne magra, a carne entremeada e os toucinhos. Por esse motivo, tinha de ser vendida ou consumida de imediato. Para o acompanhamen-to, Rosária preparava uma feijoada característica – que era feita com a mestria e paixão que colocava em tudo o que estava relacionado com a cozinha, e que rapidamente se

Tudo começou quando o casal António e Rosária tinham aquilo a que se chamava a “venda da aldeia”, onde se vendia um pouco de tudo, inclusive o cloreto em pacotes, a telha, o tijolo e o talho. António era também conhecido pela qualidade do vinho que tinha disponível para venda na sua Taverna, o que se traduziu em ter clientes verda-deiramente fiéis da casa.

Foram estas as duas componentes que estiveram na génese do Tromba Rija: o talho e a taverna. A carne para vender era resultado da matança semanal do porco, que

arte de bem comer

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tornou também popular entre os seus fiéis clientes.Entretanto, foi a filha Elizabete que seguiu o seu tes-

temunho e que mantém ainda hoje o mesmo sabor da dita feijoada, assim como a tradição de amizade da casa, para que desta forma não se perca o carisma e a essência da mesma.

É na freguesia de Marrazes, em leiria, que podemos encontrar o Tromba Rija. É uma casa rústica, confortável, que preza pelo profissionalismo no serviço e na qualidade dos ingredientes.

Quanto à ementa, não faltam tentadoras opções. Dis-ponibilizam de degustação de frios, quentes, fritos, queijos, frutas, doces, frutos secos e, como não poderia deixar de faltar, degustação de bebidas.

Na degustação de frios podemos encontrar camarão, mexilhão ao natural, presunto, ovos recheados, ovos de

codorniz, polvo, cabeça de xara, barriga de marra, ore-lheira, entre muito outros. Nos quentes, destacam-se as castanhas salteadas, rim e fígado na frigideira, enchidos fumados de porco preto e enchidos assados. Já nos fri-tos, podem-se saborear petingas e carapaus (na época), pataniscas, peixinhos da horta, torresmos do redanho e de toucinho e rim panado, por exemplo.

Mas a ementa do Tromba Rija não fica por aqui. O cliente tem a opção de escolher um prato quente à la carte se assim o pretender, como gambas tigre, lombo de vaca especial ou o bacalhau assado na brasa. Como não poderia de deixar de ser, a acompanhar toda esta arte de bem comer, a qualidade dos vinhos está presente e não desilude os visitantes.

Além de Elizabete, que é a principal responsável por

todas as iguarias mencionadas atualmente - onde tudo é preparado com uma grande paixão, de modo a fazer do restaurante um centro de carinho e amizade - junta--se Paulo, que é outra peça chave do estabelecimento. Encontra-se entre os tachos e panelas, e recebeu das mãos de Rosária a difícil tarefa dos sabores. É através das mãos de Paulo que surge o conjunto de entradas que aparecem logo que se entra no Tromba Rija, sala que foi antes o local de armazenagem do vinho. É ele, também, que prepara os pratos especiais, a começar pela caça, para além do bacalhau e das migas. A juntar-se à equipa, as colaboradoras lideram as salas, organizam a logística, preparam as flores e as velas e cuidam para que nada macule a brancura do linho das toalhas. Atendem quem chega e já na mesa encontram-se sempre atentas para que nada falte.

Daqui em diante, o Tromba Rija faz questão de manter o

conceito que tem vindo a ser preservado até aqui, e que faz parte da essência da casa. Continuar a servir com paixão, e confecionar os pratos com os melhores ingredientes são os seus lemas.

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A Tekever começou a sua atividade em 2001, focada no mercado da mobilidade e das aplicações móveis, até se tornar numa referência na indústria aeroespacial. Pedro Sinogas, fundador e CEO, explicou, em entrevista connosco, o percurso crescente que a empresa tem desenvolvido.

longo de anos, tem vindo a trabalhar num mercado no qual, de início, muito poucos acreditavam e que, hoje em dia, é o futuro”, diz-nos o CEO.

Na componente espa-cial, a Tekever começou por trabalhar com outros parceiros – como a Agên-cia Espacial Europeia –,

A empresa está estru-turada em duas grandes divisões: a parte de soft-ware, mais virada para as tecnologias da informação, com grandes clientes como a EDP, Santander e CUF, baseada em produtos pró-prios, em que o software tem propriedade intelec-tual própr ia; na d iv isão de aeronáutica e espaço, dentro da qual têm vindo a obter uma grande projeção em termos internacionais, focada na parte dos dro-nes, em que se destacam os seus aviões de grande porte (até 150 Kg), não tripulados, e que estão a fazer a vigilância das fron-teiras europeias. “Foi um concurso internacional que ganhámos e é um grande orgulho para Portugal. É o reconhecimento do trabalho de toda uma equipa que, ao

O Céu já não é o limite

desenvo lvendo equ ipa-mentos para colocar no espaço, nomeadamente de comunicação (Gamalink) e, mais recentemente, fruto do crescimento na cadeia de valor, conseguiram, em conjunto com uma grande parte da indústria espa-cial portuguesa, criar um pro je to para o pr imei ro

satélite integralmente feito em Portugal. Esse satélite dá pelo nome de “Infante” e o objetivo é que, sendo lançado daqui a cerca de três anos, consiga levar até ao espaço um conjunto de empresas e de institu-tos de investigação a nível nacional, que têm vindo a trabalhar nesta área, mas conseguindo agora integrar e juntar tudo no mesmo grande projeto, para efeti-vamente projetar Portugal neste domínio.

Na área das tecnologias de in formação, a Teke-ver tem trabalhado com um conjunto de clientes, e também parceiros, em que atuam na parte da mobi-lidade urbana, como é o caso da Câmara Municipal de lisboa, onde criaram o sistema de suporte e gestão do sistema de bicicletas

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elétricas (GIRA), que está agora a ser implementado em toda a cidade. Hoje em dia, a Tekever conta com cerca de 260 colaboradores repartidos, em Portugal, por quatro diferentes pólos: lisboa e Porto na vertente mais de engenharia, Óbidos e Ponte de Sor na vertente mais industrial. Possuem escritórios espalhados pelo mundo, nomeadamente em Inglaterra, Holanda, China, Brasi l e EUA. “Estamos principalmente a consoli-dar os mercados onde já estamos presentes e, re-correntemente, estamos a abrir outros mercados numa ótica sobretudo de expor-tação”, explica o fundador.

A Tekever tem s ido, desde o seu início, uma empresa tecnológica cujo objet ivo é produzir tec-nologia com propriedade intelectual, por oposição a uma lógica de prestação de serviços. Dentro dessa produção de tecnologia, seguem uma estratégia de integração vertical do co-nhecimento, onde garantem que as suas equipas sejam

compostas por pessoas que conheçam integralmente os produtos que desenvolvem e comercializam. “Esta es-tratégia é muito desafiante em termos de investigação e de desenvolvimento inter-no, áreas em que a Tekever é das empresas que mais investe. É esta estratégia que nos tem permitido estar presentes em mercados de ponta e vender os nossos produtos pela sua quali-dade e diferenciação de produtos concorrentes”, explica Pedro Sinogas.

As diversas unidades internas têm clientes de tipologias muito diferentes. Se, no lado das tecnologias de informação, a EDP e o Santander são dos maio-res cl ientes, no lado da aeronáutica têm a EMSA e a Frontex, agências eu-ropeias que utilizam este tipo de meios de vigilância não tripulados. “Na área do espaço, temos sobretudo a Agência Espacial Europeia como c l iente-bandeira” , indica.

O que os inspira é a ca-pacidade de fazer algo novo

que nunca ninguém fez, e o grande desafio é perceber como é efetivamente rea-lizável. “Os investimentos e desenvolvimentos que fazemos têm que ter um nível de analise de viabili-dade por via a verificar se têm mercado real. Esse investimento materializa--se também em manter as nossas equipas motivadas e capacitadas para correr riscos. Isto possibilita que estejamos no mercado com produtos e tecnologias dis-ruptivas, o que para nós é o grande desafio”, explica o dirigente. Em relação ao pa-norama português, diz-nos o seguinte: “Portugal ainda aposta pouco na investiga-ção e desenvolvimento a nível empresarial, em com-paração com outros países,

o que é fundamental para a dinamização da economia. Esta situação tem vindo a mudar e, felizmente, mesmo com investimento limitado, temos assistido à criação de novas tecnologias, o que se deve fundamentalmente à excelente qualidade dos nossos profissionais, tanto nas empresas como no sis-tema científico e tecnológico nacional”.

Um dos grandes pro-jetos que a Tekever está agora a abraçar, e na se-quência do “Infante”, é a constituição de uma conste-lação de doze satélites para monitorizar os oceanos. “É um desafio ambicioso, mui-to motivador, e acaba por ser um marco que irá ser muito importante no futuro do grupo.”, adianta o CEO.

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A NewVision assume-se como uma empresa tecnológica, que tem como objetivo disponibilizar uma oferta global, na área dos sistemas de atendimento ao público, com base numa linha de produtos própria. Carlos Gonçalves e António Pedroso, hoje com uma visão mais ampla do que quando começaram, há 17 anos, falam-nos sobre este projeto, onde os avanços tecnológicos se cruzam com a paixão pelas novas ideias.

no tempoInvestir

Foi na viragem do milénio que a empresa começou a trilhar este trajeto. Numa primeira fase, esteve preparada para atuar no mercado de sistemas de gestão de filas de espera e quiosques, mas facilmente percebeu que o seu crescimento não poderia ficar somente por Portugal e aí avançou para uma nova fase do seu progresso, tendo como fundamento principal a internacionalização.

Em 2012, o fundo de investimento americano Riverside adquire a NewVision e integra-se no grupo inglês Tensator. “A entrada neste fundo surge já com a intenção de iniciar a estratégia de internacionalização e estamos conscientes de que sozinhos nunca conseguiríamos levar esse processo com a mesma rapidez. A partir dessa altura, a NewVision teve uma grande expansão”, revelam. Durante quatro anos, a empresa funcionou então como um centro tecnológico desta multinacional até que, em outubro de 2015, voltou a ser uma estrutura autónoma, readquirida pelos antigos acionistas portugueses.

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Em 2016, conheceram a sua autossuficiência plena, e aí iniciaram um novo ciclo de expansão: “Conseguimos que os projetos internacio-nais crescessem cada vez mais, e 80% do nosso negócio chegara a ser dedicado apenas a mercados externos”. Atualmente, a empresa tem mais de três mil soluções instaladas em mais de 400 clientes, localizados na Europa, áfrica, Médio Oriente, Estados Unidos da América e América latina. O mercado português representa apenas 30% do seu negócio, e os nossos interlocutores não escondem os objetivos ambiciosos que têm para esta tecnológica especialista em sistemas de gestão de filas de espera e de autosserviço (self-service).

CONEXãO NO MERCADO GlOBAlA globalização é uma realidade à qual a NewVision nunca ficou

alheia, e por isso um dos pontos fundamentais foi sempre identificar a cultura do país, adaptando, a partir daí, a oferta a cada pedaço geográfico. Atualmente, verificamos que a Newvision projeta e fabrica uma gama de produtos eletrónicos, cujo foco move-se tanto pela qualidade como pela diversidade. Aqui, a sua ação desdobra-se em setores tão diferentes como “o dos correios, as telecomunicações, o retalho e os bancos. Apesar de tudo, sentimos que são essencialmen-te os bancos e o setor do retalho que assistem a momentos de maior transformação”, indicam. Ambos querem, sobretudo, proporcionar uma melhor experiência ao cliente, garantindo que os seus tempos de produtividade continuem a crescer.

O grande desafio que Carlos Gonçalves e António Pedroso colocam neste momento é transferir a gestão das filas de espera das senhas de papel para os telemóveis. “Hoje em dia, o conceito físico da senha está a desaparecer e nós sabemos que através da senha virtual conseguimos assegurar maior disponibilidade”, expõem. Ainda assim, não negam que as senhas em papel são importantes na gestão de filas de espera na América Latina e, por isso, procuram sempre compreender o país e as pessoas antes de desenvolverem qualquer solução.

Tecnologicamente não deixam, no entanto, de estar preparados para os mercados mais sofisticados, como é o caso dos EUA e da Europa, onde as filas de espera passaram a ser geridas através de aplicações de telemóvel: “Nós, humanos, regulamos a nossa vida através de hábitos, e o nosso sistema de inteligência artificial traça rapidamente o perfil de cada pessoa, o que faz com que o gestor de loja ou do balcão possa comunicar com o cliente antes de ele entrar na loja”, explicam. Estas soluções de mobilidade são, claramente, fruto de muitos anos de experimentação de modelos mais tradicionais e, nesse âmbito, os parceiros acabam por representar igualmente um valor elevado para os seus clientes.

HISTÓRIAS REAIS COM VANTAGENS REAISOferecer soluções que permitem a implementação de melhores

processos de atendimento continua a ser um dos maiores desafios da NewVision. E é nessa ótica de aprender em constante partilha e diálogo com os outros que os nossos entrevistados ponderam agora dar prioridade ao mercado americano. “Continuaremos também a fabricar máquinas e a desenhar equipamentos para os bancos. Existem, pois, cada vez mais bancos a desafiarem-nos para o cons-tante desenvolvimento de equipamentos self-service”, acrescentam.

Como empresa independente, os cem colaboradores que aqui laboram continuarão portanto a criar uma nova geração de produtos que apostam na mobilidade e na nuvem.

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É em 1982 que nasce a Fimel, impulsio-nada pela experiência profissional dos seus fundadores, cujos conhecimentos a nível técnico e fabril os fizeram direcionar o foco para o ramo da pintura industrial. Hoje, com mais de três décadas de atividade, a maioria da administração continua a desempenhar funções ativas na empresa.

O seu core business centra-se no fabri-co de máquinas e aparelhos elétricos para a indústria em geral, sendo reconhecida em território nacional, e também internacional-mente, pelo seu know how na instalação de linhas de pintura. Ao ser uma área bastante específica e que requer amplo conhecimen-to técnico, a Fimel possui as competências

A Fimel, sediada em Águeda, é especialista no fabrico de equipamentos para pintura industrial e tratamento de superfícies. Com mais de 35 anos de experiência, é uma referência no setor, apostando no desenvolvimento de soluções inovadoras e ajustadas à realidade do mercado.

necessárias no que diz respeito a soluções de tratamento de superfícies tais como aquecimento e tratamentos específicos, de acordo com as necessidades dos clientes.

As energias renováveis, nomeadamen-te a eólica, têm sido uma aposta forte da em-presa na última década, uma vez que viram nela grande potencial e, por conseguinte, desenvolvem máquinas e programação à medida do cliente. É uma área onde a auto-matização de processos se torna um desafio diário, que para a Fimel se torna ainda mais aliciante. A intenção é ajudar os clientes a tornarem os seus processos mais leves e autónomos. Porém, como auxílio contínuo, estão capacitados para permanecer em

A Satisfação do Cliente em primeiro lugar

casa do cliente a fim de os ajudar a preparar o dia de amanhã. Podemos considerar que se trata de um serviço não só de excelência mas também de assistência profissional, a qualquer hora do dia, sem interrupções.

Assim, e porque apostaram fortemente em criar soluções globais para os seus clientes, dotaram-se internamente da ca-pacidade de automatizar os processos e desenvolver soluções ao nível da indústria 4.0. Estas características fazem com que as soluções específicas que oferecem a quem requisita os seus serviços sejam completamente automatizadas e, para tal, contam com o auxílio precioso de quatro linhas de pintura.

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A Fimel pauta-se por satisfazer todos os pedidos dos seus clientes e, para além da aposta em produtos de qualidade, alia sempre a inovação a todos os seus artigos. Esta preocupação constante é um fator que a distingue da concorrência, uma vez que se apresentam como um parceiro de negócios e não um simples fornecedor de máquinas. Assim, a grande preocupação quotidiana é a total satisfação dos clientes cuja relação que com eles estabelecem é sempre com base na amizade, que privilegiam e que pre-tendem que se estenda através dos tempos.

Dada a multiplicidade de produtos que criam, os mercados para os quais se direcionam são vastos e transversais a muitas áreas de negócio. Possuem em carteira clientes como a Mercedes no Brasil, a Volkswagen e a Simoldes na Polónia, a Riablades/Senvion em Portugal, a Sodecia na China e Índia, a Acciona em Espanha e a Autoeuropa e a MGI Coutier/Avon Automo-tive em Portugal. No passado, colaboraram e equiparam outras inúmeras empresas de referência, onde se destacam a Bosch, a Sanitana, a Teka e a TAP.

Atualmente, contam com uma equipa composta por 145 pessoas, repartidas por três unidades de trabalho. A sua escolha e formação é um critério pelo qual têm es-pecial atenção, tendo em conta o objetivo claro de estarem preparados para todas as fases de execução de um projeto, desde a conceção até a respetiva verificação, insta-lação e formação do cliente, para que este tire o maior partido da tecnologia fornecida. Desta forma, apostam em colaboradores com conhecimentos técnicos capazes de responder ao cliente mais exigente em todas as fases do processo. A satisfação dos seus funcionários é também um ponto-chave pelo que se regem por valores como a ambição, responsabilidade, cooperação, confiança e compromisso.

Como têm por base a boa relação com toda as pessoas e entidades com as quais trabalham, tentam sempre estabelecer

parcerias que se revelem proveitosas para ambas as partes, ao aliar e agregar sinergias. Esse lema sempre esteve bem patente e acreditam que é o segredo para estabelecer ainda mais e melhores negócios no futuro. A mais recente foi feita com a Siemens, o que revela a boa relação não só com clientes, mas também com fornecedores. Um dos fatores agregadores e que transparece no quotidiano da empresa é o constante acompanhamento tecnológico. Com efeito, apostam ininterruptamente em tecnologia de ponta, fundamentalmente necessária para o bom funcionamento e sobrevivência da empresa, tendo como base a máxima inerente: prestar o melhor dos serviços. Desde que começou a fabricar máquinas para os seus clientes, a inovação é uma das palavras de ordem da empresa, da qual não se pretendem distanciar.

Como forma de expressar a visibilidade da Fimel no mercado, ao mesmo tempo que pretendem manter-se atualizados no mesmo, marcam presença regular na feira nacional

EMAF, e pontualmente em feiras de máqui-nas no estrangeiro, visando essa mesma atualização constante. Com a entrada no se-tor eólico, estas presenças revelam-se cada vez mais prementes, sobretudo quando são direcionadas para esse ramo de atividade no setor da energia, sempre com o foco no cliente e no que podem absorver para poder servi-lo cada vez mais e melhor.

Para o futuro, o objetivo é claro: conti-nuar na linha da frente, garantindo inovação e qualidade em tudo o que fazem.

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S e d i a d a e m C a c i a (Aveiro) e a operar há sen-sivelmente 15 anos, a Cap-Sud é uma empresa que se dedica à transformação de veículos em ambulân-cias totalmente equipadas, tendo em vista a sua pos-terior inserção no mercado francês ou consequente exportação para um cres-cente conjunto de geogra-fias mundiais. Fazendo da excelência, da segurança e da adaptabilidade às exi-gências do setor as suas

Assumindo-se como um cidadão 100% português e francês, Mapril Baptista explica-nos de que forma a sua ligação a estes dois países se concretizou num projeto empresarial que assenta na transformação e comercialização de ambulâncias.

linhas-mestras, esta corres-ponde, no entanto, a uma firma que jamais existiria tivesse o percurso pessoal de Mapril Baptista sido ou-tro. Afinal, e pese embora o facto de ter nascido em Portugal, foi aos seis anos que o futuro empresário se mudou com a família para França, país onde acaba-ria por exercer o ofício de motorista de ambulâncias.

“A partir dos 18 anos, comecei a aperceber-me de quais eram as verdadeiras

CapSudsolidariedade, inovação e sucesso

necessidades dos doentes que transportava”, recorda o nosso interlocutor, em a lusão a um dos aspe-tos que mais acabariam por inspirar o seu impulso empreendedor. “Quando comecei a trabalhar nesta arte, não havia sistema de ar condicionado ou de aquecimento e os trans-portes eram muito duros e desconfortáveis para doen-tes que sof ressem, por exemplo, de cancro nos ossos”, aponta Mapril Bap-tista, referindo algumas das “modificações” que a sua empresa contribuiu para introduzir nas ambulâncias francesas, revolucionando o mercado em nome do bem-estar do utente.

Importa referir, todavia, que para além de contribuir para que o transporte de doentes se tornasse numa tarefa “mais prática, moder-

na e confortável”, o gerente da CapSud revelou-se ain-da como uma das vozes mais reivindicativas em prol do reconhecimento e da melhoria das condições de trabalho dos motoristas de ambulância, precisamente com o intuito de garantir uma melhor eficiência no socorro e na prestação de cuidados de saúde, à me-dida que ditou o ritmo com que a inovação foi praticada num setor em que viria a deixar uma incontornável marca.

À CONQUISTA DO MERCADOCom uma quota de mer-

cado de 57%, o grupo de empresas liderado por Ma-pril Baptista (onde se inclui a fabr icante portuguesa CapSud e a distribuidora francesa les Dauphins) é

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nada mais, nada menos do que o maior comercia-lizador de ambulâncias no terr i tór io f rancês. Mais, porém, do que limitar-se a sentir orgulho dos cerca de 18 mil veículos que hoje cir-culam pelas estradas desse país, o nosso entrevistado ambiciona o crescimento de um elenco onde já se incluem mercados como, por exemplo, Argélia, Ca-marões, Costa do Marfim, Marrocos ou Senegal.

Revelando que atual-mente é comercializada uma média de dois mil veículos por ano, o gerente enfatiza que a firma trabalha com 28 modelos diferentes de ambulâncias, numa parceria que envolve prestigiadas marcas alemãs, francesas ou japonesas. Claro está que, por detrás de uma tão consolidada conquista do mercado, existe uma eleva-da cultura de compromisso, qual idade e segurança. Refira-se, neste âmbito, que a CapSud se encontra devidamente cert i f icada não apenas com a norma europeia ISO 9001 (sistema de gestão de qualidade), mas também com a sigla EN 1789 (ut i l izada para atestar a elevada segurança de veículos que versam o transporte de pacientes), de forma a atender às mais exigentes necessidades do setor.

UMA MISSãO SOCIAlEnquanto gestor de um

grupo empresarial que em-prega cerca de 150 cola-boradores em Portugal e

França, Mapril Baptista é um inusitado exemplo de sucesso, coragem e visão, sendo já amplamente re-conhecido o percurso de 30 anos que levou o nosso interlocutor de motorista de ambulâncias a líder na comerc ia l ização destes veículos, no país que o adotou como seu. Conci-liando, efetivamente, a sua dupla nacionalidade com a dupla afeição com que quis desenvolver um projeto que unisse duas realidades interligadas – a portuguesa e a f rancesa – o nosso interlocutor não descarta o impacto de todo e qualquer gesto solidário.

É precisamente obede-cendo a esse imperativo que o empresário faz ques-tão de não comercializar em território nacional as ambulâncias que produz. “Não o faço porque não quero in ter fer i r com os fabricantes que existem no mercado português, que já é pequeno”, argumen-ta Mapril Baptista. Mas a possibilidade de ajudar o

outro pelo simples gosto de o poder fazer corresponde a mais um dos valores por que o empresário pauta a sua ética de trabalho. “Tenho oferecido, todos os anos, carros a bombeiros portugueses, pois penso que é importante ajudar este tipo de associações um pouco por todo o país”, prossegue. Posto isto, e “uma vez que tenho a sor-te de a minha firma estar a func ionar mui to bem, também acho importante contribuir para Portugal”, com quem “sempre tive uma ligação especial”.

PROJETOS FUTUROSAssumindo que não se

sente “nada tímido” em re-lação ao futuro, o nosso en-trevistado revela a intenção de continuar a lutar pelo crescimento do grupo em-presarial, nomeadamente através do desenvolvimento de uma unidade fabril em Casablanca (Marrocos), na tentativa de consolidar no-

vos mercados. Sublinhe-se, paralelamente, que a Cap-Sud e a les Dauphins con-tam com os préstimos de um gabinete de inovação, numa constante demanda pelos desenvolv imentos tecnológicos que continua-rão a marcar a diferença.

Mais do que a sua na-tureza lucrativa, importa destacar o cariz social sub-jacente a projetos como a criação – em parceria com a SAMU (ent idade francesa equivalente ao INEM português) – de uma aplicação que permitirá à população em geral, e aos motoristas de ambulância em particular, um contacto extremamente rápido com profissionais de saúde des-se mesmo organismo, com o objetivo de atender da forma mais eficiente e célere quanto possível a situações de emergência, naquela que corresponde a outra finali-dade do empresário: propor-cionar melhores serviços, equipamentos e veículos em nome de uma qualidade de vida cada vez maior.

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A Logistel S.A. surge em Portugal a 17 de julho de 2002 e atua nas áreas de consultoria, investigação aplicada, formação e assistência técnica, dirigida a empresas e a outras organizações. Manuel Ferreira Caetano, CEO, explicou, em entrevista connosco, o que faz da empresa o expoente máximo deste ramo de atividade.

A logistel é composta por vários acionistas, nomeadamente a TAAG (linhas Aéreas de Angola), o Grupo Barraqueiro, o Instituto Superior de Gestão, a MFC Unipessoal e um grupo de personalidades de prestígio reco-nhecido. Participa, em Angola, maio-ritariamente numa empresa chamada Transfic, ligada aos estudos, projetos e fiscalização de obras, na logistem,

O core-business da logistel são todos os modos de transporte e siste-mas logísticos. Atuam também na área hidráulica, ambiente e saneamento básico, assim como no domínio das novas tecnologias, hotelaria e turismo. Começaram a operar em Angola mas as adversidades financeiras sentidas neste país levaram-nos a enfrentar outros mercados. Foram para Cabo Verde, onde têm alguns projetos em curso, financiados pelo Banco Mundial e pelo Banco Africano para o Desen-volvimento, para a Guiné Equatorial e para Moçambique.

Assim, nas palavras do dirigente, continuam “a trabalhar em Angola – que continua a ser um bom mercado –, em Moçambique, em Cabo Verde e na Guiné Equatorial, e começámos a trabalhar a sério em Portugal. Há dois anos, em Portugal, trabalhávamos com duas empresas e hoje estamos a trabalhar com 86, das quais se des-tacam todas as ferroviárias (menos a CP) e 90% das empresas rodoviárias. Também estamos em Macau, sendo que o primeiro trabalho que realizá-mos aí foi o metro de superfície de Macau”.

“Alie-se a nós, o futuro começa hoje”

na TlPE e na logistur, com sede em lobito, onde têm uma delegação com uma casa para os consultores. Contam também com dois pisos na nova estação ferroviária do lobito, onde funcionam com seis MBA’s internacionais, e têm mais de 100 co-laboradores. Possuem ainda uma re-vista, “Mobilidade”, feita em Portugal e editada em Angola. Na vertente do

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ensino, têm participação no Instituto Superior de Gestão, no ensino básico, em dois colégios de ensino secundá-rio, seis escolas profissionais e, em Angola, no Instituto Universitário de Gestão, logística e Transportes, em que os outros sócios são empresas do Ministério dos Transportes. Em Moçambique, foi o nosso entrevistado que, pessoalmente, criou o Instituto de Transportes e Comunicações.

De entre todos os projetos em que intervêm, Manuel Ferreira Caetano destaca alguns de grande relevo: “Em Moçambique, o Instituto Universitário e o Instituto Médio. Em Angola, a Escola Universitária e, agora, vamos trabalhar em quatro Centros de Edu-cação Técnica, na modernização dos caminhos-de-ferro de Benguela, onde vamos fazer previamente uma visto-ria completa a toda a rede, uma vez que vai começar a ser transportado minério do Congo através de Angola e, assim, é necessário fiscalizar e atualizar toda a rede”.

Também em Angola, vão l igar

entre si as três linhas ferroviárias que partem do litoral para o interior. Outro projeto é o metro de superfície de luanda, de Benguela-lobito. Vão iniciar uma campanha de prevenção e segurança rodoviária bem como um projeto de introdução da bilhética na província de luanda. Depois, nas seis capitanias de Angola, estão a implementar o software Primavera e a organizar a parte administrativa e financeira. Vão, inclusivamente, apresentar o estudo da segurança da navegação marítima e fluvial para o Instituto Superior Marítimo e Por-tuário, e começar o estudo do Plano Hidrográfico Nacional.

Tais projetos só estão ao alcance de uma organização de extrema com-petência e capacidade. Dessa forma, a logistel conta com 24 funcionários permanentes mas trabalha com muitas pessoas em regime de outsourcing, em função dos trabalhos que têm em curso, para além do staff das empre-sas em Angola.

Para o futuro, os planos passam

por apostar fortemente no mercado português, continuar em Angola e en-trar nos mercados da América latina, da Costa do Marfim e do Senegal. Segundo o CEO, uma das suas ideias passa também por “entrar no ramo imobiliário, direcionado especifica-mente para os estudantes. Outra área que vamos explorar é a consultoria às empresas na área da comunicação social e, nomeadamente em Angola, nas campanhas promocionais ligada à publicidade, aos planos de circula-ção e estacionamento e à gestão de parques de estacionamento”, adianta.

A logistel é, de facto, uma refe-rência no setor e diferencia-se por “trabalhar não só pelo fator econó-mico, mas também para deixar a sua marca e um legado com obra feita. No fundo, deixar coisas úteis às pessoas, às empresas e aos países onde operamos. Estamos ao serviço do desenvolvimento dos países e das empresas”, conclui o diretor.

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O Colégio Novo da Maia, fundado em 2001, tem como missão apostar na Qualidade no Sucesso que permita, pela exploração de todas as nossas potencialidades, a construção de um mundo melhor.

-manuais, tablets em sala de aula), a profi-ciência de linguagens simbólicas associadas às línguas estrangeiras (Currículo de Cam-bridge), à música e às artes, num ambiente pedagógico renovado e motivador, flexível sem perder o rigor e que procura recuperar a vocação interdisciplinar e transdisciplinar (Projeto A+) do saber com o fim último de qualificar os jovens numa ambiência demo-crática. Aposta, ainda, no pensamento crítico e argumentativo dos seus alunos, através da oferta da Filosofia desde o Pré-Escolar até ao Ensino Secundário, assim como o saber estar e saber ser, reforçado pela Expressão Dramática até ao 3.º CEB.

NOVOS DESAFIOS DO COlÉGIO NOVO DA MAIA

PROJETO A+ O Colégio Novo da Maia aderiu, este ano

letivo, ao Projeto de Autonomia e Flexibilidade Curricular e daí surgiu o Projeto A+. Trata-se de uma cultura educacional contemporânea

Acompanhar a vertigem do tempo e da mudança é por excelência o grande desafio que se impõe às sociedades pós-modernas e,

obviamente, à escola. Atravessamos um período em que o conhecimento científico e tecnológico se desenvolve a um ritmo de tal forma intenso e complexo que a quanti-dade de informação disponível, que cresce exponencialmente todos os dias, obriga-nos a uma práxis distinta e refletida sobre o que é educar no séc. XXI. O Colégio Novo da Maia enquanto instituição alinhada com o seu tempo, valoriza o perfil do aluno do século XXI e assume uma nova forma de pensar e agir numa escola que reclama outras formas de organização, seja nas metodologias e avaliação do currículo, seja no planeamen-to, seja na forma como organiza os seus espaços. Promove e incentiva a criatividade e a inovação, o espírito empreendedor e a cidadania em todos os níveis de ensino, assente em valores humanistas.

O Colégio Novo da Maia procura a construção na ação das diferentes literacias, tais como a leitura e a escrita, a numeracia, a utilização das tecnologias da informação e comunicação (robótica, multimédia, e-

Colégio Novo da Maia Um presente com futuro

indo ao encontro dos interesses dos nossos alunos, no ensino básico e ensino secundário (12.º ano), reconfigurando espaços educati-vos inovadores, utilizando metodologias de ensino mais atrativas, sistemas de comunica-ção adaptados aos alunos de hoje, acrescen-tando mais-valias de ensino-aprendizagem de um saber ser e fazer em comunidade em prol de objetivos comuns, não perdendo a individualidade e os interesses pessoais e potencialidades de cada um dos alunos.

O Projeto A+ é um espaço onde se encontram várias áreas do saber, onde se vive a verdadeira interdisciplinaridade, onde é possível trabalhar conteúdos específicos de cada disciplina envolvida, contemplando, também, as competências transversais promotoras de uma cultura colaborativa e bilingue. São momentos onde os alunos desenvolvem centros de interesse de apren-dizagem, sobre o desenho de metodologia de projeto, permitindo-lhes construir a sua própria aprendizagem para recriar e reconfi-gurar conceitos e saberes, transformando-se em ações na comunidade.

Este ano letivo, o mote de partida foi “Maia – a construção de um ADN” porque TODOS consideramos importante saber

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onde estamos e para onde queremos ir, garantindo um dever cívico, participativo e de intervenção na comunidade, para um futuro melhor.

CIDADANIA E DESENVOlVIMENTOA caminhada do exercício da cidada-

nia faz-se, em grande parte, na escola. Este ano, com a inclusão da disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, transversal a todo o Ensino Básico, pretendemos pre-parar os alunos para a vida, para serem cidadãos democráticos, participativos e humanistas, num contexto de diversidade social e cultural crescente, no sentido de promover a tolerância, a solidariedade e o voluntariado.

Como estratégia de ação, a Cidadania e Desenvolvimento está presente no dia--a-dia do Colégio através da participação em projetos como: Smile, PASSEzinho, PASSE, PRESSE, Eu e os Outros, Trilhos, Responsabilidade Social, Eco-Escolas, PE-SES, Deco Jovem, Parlamento dos Jovens, Young Business Talents, A Empresa – Júnior Achievement, Geração EURO, entre outras competências previstas na Estratégia Nacio-nal da Educação para a Cidadania.

Espaço este, ainda, dedicado às Assembleias de Turma, dando voz aos nossos alunos, onde o princípio basilar é “Para cada problema, uma solução!”

Este ano, o Colégio Novo da Maia apostou na reconfiguração de novos es-paços educativos, as salas Prolab CNM onde se desenvolve o Projeto A+ e a Cri@rt(e) Classroom para o 1.º CEB. A Cri@rt(e) Classroom foi organizada por domínios transversais - comunicação e expressão oral, memória, atenção e concentração, raciocínio lógico-dedutivo, conceitos ma-temáticos, orientação espacial, perceção visuoespacial, corporal e cinestésico, socioafetivo, oratória – considerados de-cisivos no contributo para um processo de aprendizagem apropriado e efetivo, tendo em conta quatro áreas: espaço de partilha, audiovisual e multimédia, criação e manipulação e anfiteatro.

Foram, também, reconfigurados outros espaços dedicados aos alunos da Creche e Pré-Escolar, promotores do brincar para a aquisição de aprendizagens significativas e integradoras, favorecendo desenvolvimen-to inato da sensibilidade artística, estética, científica e comunicacional. Assim surgem:

ARTlABEspaço privilegiado para o desenvol-

vimento artístico através da exploração de materiais naturais, jogos de luz, criação de brinquedos, exploração de várias técnicas de pintura, observação e questionamento de pequenas atividades laboratoriais, através de estratégias de jogo individual e coletivo, podendo ainda este espaço ser partilhado mensalmente com os Pais (Escola de Pais).

GREENlABlocal que favorece o desenvolvimento

sensorial, criativo e motor, por intermédio de brincadeiras no exterior, tais como: saltar, trepar, deslizar, construir, criar, manipular, entre outras. Este espaço, onde a natureza impera, é dedicado às nossas crianças para que se sintam mais próximas, com mais gosto e respeito pelos habitats naturais. Terra, água, areia e lama serão promotores da imaginação das nossas crianças!

SOUNDlAB Espaço com um ambiente potencializa-

dor de diversas experiências sonoras onde ritmos e melodias se associam à dança e ao teatro com recurso a instrumentos, técnicas de expressão dramática e corporal.

SENSElABEspaço multissensorial onde as crianças

desenvolvem os seus sentidos, através de atividades de exploração, por forma a viven-ciar as faculdades da audição, da visão, do tato, do paladar e do olfato.

Assim, através de paredes revestidas, com construções em legos, espelhos, lousas, túneis, quadros magnéticos, entre outros, as crianças dinamizam vivências com potencia-lidades infindáveis.

“A criança tem cem mãos, cem pensa-mentos, cem modos de pensar, de jogar e de falar. Cem, sempre cem modos de escutar as maravilhas de amar. Cem alegrias para cantar e compreender. Cem mundos para descobrir. Cem mundos para inventar. Cem mundos para sonhar (…)”.

Malaguzzi, 1996.

Os Fundadores, Marina Torres Pinto e David Pinto

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Há narrativas que se entrecruzam com as memórias de uma região, e a Casa Ermelinda Freitas, com uma história de 97 anos, revela-se como um dos melhores exemplos de sucesso que podemos encontrar no panorama vitivinícola nacional.

ciada naquele longínquo ano, encontra--se agora num grande e intenso processo de crescimento nacional e internacional desde a gestão da nossa entrevistada.

A cultura de uma regiãoUma garrafa de vinho transporta

Sendo um dos principais pla-yers da região da Península de Setúbal, a empresa tem de fazer uma longa viagem ao passado para nos explicar a

sua origem: “Tudo isto é uma herança que já remonta aos tempos da minha bisavó (Deonilde Freitas), que transitou para Germana Freitas, e posteriormente para Ermelinda Freitas”, começa por introduzir. Depois do desaparecimento precoce do pai, a mãe Ermelinda acabou por dar continuidade à empresa, contando para isso com o apoio da filha (atual gestora e nossa interlocutora). E é precisamente nesta liderança no feminino que leonor Freitas nos ajuda agora a desdobrar os cantos e recantos do mundo mágico do vinho.

A Casa Ermelinda Freitas foi assim construída de alma criativa, sem nunca perder a astúcia que um negócio destes envolvia. Hoje, a quarta geração continua a manter os seus alicerces familiares para que, paulatinamente, conheça uma expansão tranquila e cautelosa, como a natureza do próprio vinho pede. Ainda assim, é de destacar que a empresa, ini-

O vinho, as pessoas, e os seus afetos

consigo uma história, e a Casa Ermelinda Freitas que tão bem reconhece a valori-zação desse património diz que “produzir vinho é como ver um filho nascer. É sempre uma alegria imensa vestir uma garrafa e transportar essa experiência a

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outras pessoas e outros lugares”. Deste modo, faça ela parte da dieta alimentar, ou pertença à natureza cultural de uma região, o vinho acaba por levar consigo um imenso legado de saberes, cores, e formas.

Os vinhos da Casa Ermelinda Freitas encontram-se espalhados um pouco por todo o mundo e são já vários os prémios granjeados nesse vasto universo de sinfonias e aromas. Proprietária de 440 hectares, esta casa dispõe hoje de 29 castas, entre as quais saem destacadas o Castelão, o Fernão Pires, a Trincadeira, a Touriga Nacional, o Syrah, o Merlot, para além dos já consagrados Espumante e Moscatel. “Dentro do Moscatel temos o Moscatel para o dia-a-dia, o Moscatel Superior Branco e o Moscatel Superior Roxo”, indica.

Certo dia, um francês disse que o Moscatel de Setúbal era “o sol em gar-rafa”, e leonor Freitas, que já conhece este vinho pelo seu amadurecimento, frescura, e elegância, gostava que um dia o Moscatel de Setúbal fosse trabalhado na sua região como o vinho do Douro é no Porto. Através desta obra que nasce da cumplicidade entre a natureza e o homem, leonor Freitas quer passar

este testemunho não só aos seus dois filhos, mas também aos portugueses, e ao mundo: “Nós queremos que o vinho da Casa Ermelinda Freitas leve a nossa história, a nossa terra, e as nossas vinhas para outros lugares, pois a satisfação do consumidor é a nossa maior gratidão”, sublinha.

Paralelamente, imensos avanços

tecnológicos têm sido feitos para res-ponder às exigências dos novos tempos. Esse esforço é ponderado não só tendo em conta a adaptação, mas também a antecipação, pois neste ramo de ativi-dade, como em muitos outros, uma das prioridades é saber antecipar oportunida-des e manter o espírito aberto a outras possibilidades. Nesse âmbito, leonor Freitas procura estar atenta aos ciclos e contraciclos do seu mercado e observa que “já não se gosta de vinhos como se gostava há 20 anos atrás. O paladar das pessoas alterou-se, e o consumidor de hoje, por estar muito mais informado do que antigamente, está muito mais exigente”.

A presença vincada em mais de 30 países também permite que os 40 funcionários que aqui assumem esta missão perspetivem o futuro com um novo olhar: “Temos de ir ao encontro do mundo e pensar na globalização, pois só assim podemos aproveitar todas as potencialidades que a uva tem. E isto só se consegue com uma boa tecnologia, uma boa região, e, o mais essencial, uma boa equipa”.

Daqui para a frente, novos projetos começarão a ser traçados, não só do ponto de vista pedagógico, em que se pretende transmitir aos mais jovens a essência da vinha, mas também no que diz respeito à transição para uma nova geração, que num breve momento dará continuidade. Mais uma vez, o legado será entregue a uma mulher: Joana Freitas.

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Fundada em 1965, a António Robalo, S.A. é uma das maiores distribuidoras de porcelanas, vidros e cristais. António Robalo (fundador e Presidente do Conselho de Administração) rapidamente percebeu que o mercado se mostrava disponível para crescer mais amplamente, e hoje temos oportunidade de revisitar a história de uma empresa, cuja origem se confunde com as memórias do fundador.

e chapas acrílicas para, meses mais tarde, abrir uma loja em Algés, em sociedade com o irmão.

Inicialmente, adquiriu aí experiência como lojista, mas em 1965 rumou para uma nova etapa da sua vida. “Nessa altura, fundei a António Robalo, lda. Comecei com uma garagem e depois aluguei uma cave. Aí montei uma sala de exposição que continha um mostruário. Após diversas reestruturações foi transformada em S.A., passando as-sim a ser a cabeça do Grupo, que hoje integra também a Pollux e a Robalo S.A.”, explica o nosso entrevistado. Paralelamente, em 1971, criou-se uma rede de lojas de venda ao público, surgindo assim a Dipol, que abastecia com o stock da António Robalo, lda.

Com a crescente expansão, António Robalo sentiu a necessidade de alugar um novo espaço, por este último começar a ser pequeno para a dimensão que o negócio

de história e dedicação

52anos

O nosso interlocutor tinha apenas 13 anos quando de-cide abandonar a Beira Interior e partir em busca de uma nova oportunidade, em lisboa. Começou por trabalhar num armazém de artigos de vidro para uso doméstico, e já naquela época sonhava em criar o seu próprio negócio. Durante um período, percebeu que poderia encorajar o seu espírito comercial, que até ali não tinha sido estimulado. Por isso, não é de admirar que a criança, que outrora guardava rebanhos na serra, rapidamente se tivesse dado a conhecer como um empresário de sucesso.

Aos 18 anos, António Robalo ficou responsável por uma das lojas dos patrões, mas nunca perdeu de vista os domingos, que era o único dia que permanecia disponível para realizar algumas vendas por conta própria. Quando completou o serviço militar, foi trabalhar como comissionis-ta numa empresa industrial de fabrico de flores artificiais

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alcançara. Em janeiro de 1974, depois de ter conseguido o crédito necessário para comprar o terreno, a empresa deslocou-se para uma propriedade de 25.000 m2 em Vila Franca de Xira (lugar onde ainda mantém a sede, e cujo es-paço tem evoluído consoante o crescimento da empresa).

Em 1988, no seguimento da criação da sua rede de lojas, a António Robalo S.A. adquiriu a Pollux. Já nessa altura, era uma referência na Baixa lisboeta, mas foi a partir da integração no Grupo que se expandiu para os vários pontos do país, onde continua a ser o ponto de encontro para quem procura marcas de qualidade e atendimento personalizado: “Entre 1965 e 1985, a António Robalo, S.A. foi a maior distribuidora de porcelana portuguesa. Com a transformação do negócio, o aparecimento dos centros comerciais, e a consequente quebra do comércio tradicio-nal, passámos a dedicar-nos mais à vertente da hotelaria. E essa é, sem dúvida, a nossa fatia mais importante do negócio, e a que mais tem evoluído no mercado”, aborda.

Muito mais do que númerosSob a ambição de otimizar sinergias e reestruturar

setores, em 2005 a empresa construiu um novo edifício com 5000 m2. Atualmente, a António Robalo, S.A., com um stock de mais de 30 mil referências de produtos, é dona de um amplo mercado, não fosse ela afinal conhecida por

distribuir marcas como a Vista Alegre, a Atlantis, a Spal, a Porcel, a Costa Verde, entre outras.

Durante a expansão, podemos então observar que a empresa que antigamente tinha cerca de 3500m2 totaliza hoje 20.000 m2 de armazenagem, e a maior sala de expo-sição do país neste ramo de atividade. Este historial de li-derança vem só demonstrar como a capacidade de trabalho e o espírito de sacrifício acabam sempre por destacar-se, independentemente do investimento que se faça.

“Esta é uma empresa muito especial, que, por ter uma origem familiar, começou do zero. Crescemos nestes úl-timos anos, muito por fruto do nosso trabalho e das boas relações que mantemos com os nossos fornecedores”, sublinha. Com uma equipa de 170 colaboradores, os funcionários mais antigos do Grupo também já respiram o espírito de família que aqui se cultiva, e os mais recentes facilmente se adaptam pela união transmitida.

EvoluçãoDaqui para a frente, António Robalo adivinha um futuro

risonho, pois o legado que tem para transmitir às próximas gerações dá-lhe confiança para os tempos que se seguem. “Eu, claramente, vou continuar por aqui porque isto já faz parte de mim, mas daqui para a frente serão as próximas gerações a percorrer este trilho”, adianta.

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A Coslab – Laboratórios é uma empresa que conta com quase 24 anos de experiência na fabricação de cosméticos, suplementos alimentares e nutricosméticos. Possui uma gama de produtos de marca própria mas é no fabrico para terceiros que se encontra o principal foco da empresa: criar mais-valias para outras marcas e empresas.

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destacar-se pela sua capacidade de resposta a uma grande diversidade de situações, por isso, o cliente quer um produto inovador, a Coslab faz. Ou, nas palavras de Ricardo Santos: “O cliente pode ter só uma ideia e nós conseguimos desenvolvê-la de acordo com as expetativas”.

Para que tudo isso seja devidamente concretizado, o la-boratório conta com uma grande mais-valia na sua equipa de trabalho. “Temos uma diretora técnica que é uma pessoa muito Ricardo Santos é o diretor geral da Coslab,

empresa que tem vindo a solidificar o seu crescimento. Desde 1994 que procura desenvolver linhas de produtos inovadoras com matérias-primas ricas e maioritaria-mente portuguesas. Os seus produtos seguem as tendências atuais, primam pela elevada qualidade, apostando em ideias

novas que vão ao encontro do que o cliente pretende para a sua marca e para o seu produto.

Nos laboratórios da Coslab são desenvolvidos e fabricados cosméticos, perfumes, produtos de higiene pessoal e suplemen-tos alimentares, para todos os tipos de mercado, desde o mass market a produtos de alta cosmética.

A inovação é uma preocupação constante da Coslab, es-tando a empresa inserida num setor competitivo e desafiante; toda a sua experiência e know-how fazem a diferença na hora de colocar um novo produto no mercado. É essa rapidez de resposta e eficácia que o cliente procura quando escolhe tra-balhar com a Coslab.

Além da produção já referida, oferecem um serviço de con-sultadoria e apoio técnico na legalização dos seus produtos junto dos órgãos competentes, assim como no desenvolvimento de novas e exclusivas fórmulas. Enquanto laboratório, consideram

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eficiente, trabalhadora, com muito conhecimento, que está sempre a atualizar-se e que lidera brilhantemen-te a sua equipa”, especifica.

Importante é também a personalização, havendo aqui o cuidado de não produzir os mesmos produtos para os diferentes clientes. O fornecimento a cada um é efetuado consoante as solicitações específicas de quem os procura e é garantido um cunho de exclusividade. É de salientar, a este respeito, que a confidencialidade das formulações está sempre assegurada.

Paralelamente a isto, outro aspeto que é rigo-rosamente garantido é a qualidade de todos os produtos, passando pela análise do respetivo Con-trole de Qualidade, que avalia devidamente as suas características físico-químicas e microbiológicas. Para a realização de ensaios específicos de eficácia, segurança e dermatológicos, a Coslab recorre à

colaboração de laboratórios parceiros devidamente certificados.

A diversidade de matérias-primas é ainda outro ponto onde a inovação está presente. Dentro dos produtos para perfumaria, cosméticos, higiene e suplementos alimentares, podemos enumerar uma grande variedade de matérias-primas, tais como óleos vegetais, extratos de plantas e frutos, águas termais, argilas, extrato de mel, leite de burra, baba de caracol, iodo orgânico, entre muitos outros.

Para o futuro, a Coslab pretende continuar a reforçar e ampliar a sua posição no mercado. Parti-lhando connosco um pouco da sua visão estratégica, Ricardo Santos diz-nos que “o que somos hoje e queremos ser amanhã está na diversificação de clientes e de mercados”.

Enquanto laboratório, consideram destacar-se pela sua capacidade de resposta a uma grande diversidade de situações, por isso, o cliente quer um produto inovador, a Coslab faz.

“o que somos hoje e queremos ser amanhã está na diversifica-ção de clientes e de mercados”

Máquina Homogeneizadora da fábrica

Equipa Coslab - laboratórios

Fabricação e Criatividade

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0Portugal Inovador

stabelecida em 1995, em Espinho, a

Boutique AMENTIA começou por comercializar

grandes marcas de moda internacional para senhora tais como D&G, Christian Lacroix, Fendi, John Galliano, Philosophy di Lorenzo Serafini, Just Cavalli, Boutique Moschino, Paule Ka, Edward Achour, Blugirl, entre outras...

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e Desde o início que as

proprietárias e empresárias Margarida Santos e Con-ceição Silva propõem uma forma de vestir que destaque a personalidade da mulher, para que ela se sinta mais ele-gante e bonita. Porque toda a mulher quer estar feminina e atraente, esta loja “vende um produto diferenciado, um pro-duto de qualidade superior”. Como dizem as responsáveis, “cada vez mais as pessoas preferem “ter pouco e bom do que muito e fraco”” e é nesse contexto que a AMENTIA

gosta de marcar a diferença. Rigor, profissionalismo e

um atendimento de excelên-cia prevalecem no seu quoti-diano, permitindo dar resposta a todas as exigências das clientes para que sintam con-forto e prazer nesta loja.

Fruto deste trabalho, a AMENTIA tem “importantes clientes assíduos, clientes de longa data, que apostam e confiam em nós, e isso dá-nos um prazer enorme”. As en-trevistadas referem que têm “muita paixão pelo trabalho

e gostamos de desafios, não esquecendo a nossa equipa de trabalho de vários anos, que contribui para o sucesso desta loja”.

A moda é um negócio mui-to competitivo e mediático e, para isso, a AMENTIA aposta em alguns serviços diferen-ciadores e exclusivos, como entregas ao domicílio, arran-jos de costura personalizados, chamadas telefónicas na chegada das coleções, men-sagens nas datas de aniver-sário de clientes, a divulgação

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de novidades via Facebook, publicidade em revistas e em varias áreas, assim como ex-posição em montra do Hotel Solverde S. Félix Marinha - Vila Nova Gaia. Tudo isto faz parte das estratégias da Amentia.

“O consumidor português está cada vez mais sensível e informado sobre as ten-dências de moda, está mais exigente , como tal temos de acompanhar esse ritmo , aprendemos todos os dias e adaptamo-nos aos novos tempos , para continuarmos a crescer...”, consideram.

A respeito deste desafio, Margarida Santos afirma que têm um fascínio pela moda e procuram estar atentas ás inovações e a novas marcas, visitando feiras e apostando na sua intuição, o que nor-malmente faz com que não tenham dificuldades em fazer a seleção.

Posto isto, a AMENTIA pretende “ser uma referência

no mercado para satisfazer o cliente acima de tudo, conti-nuando com um atendimento de excelência e um acom-panhamento personalizado que nos permita continuar a fidelizar os clientes”.

Deixando uma mensagem final, dizem-nos que “são muitos anos de dedicação e orgulho, e podemos afirmar que todo o nosso sucesso se deve á conquista do respeito, amizade e fidelização dos nossos clientes”.

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Coberturas deslizantes, telescópicas, coberturas baixas, apoiadas, de grandes dimensões e coberturas personalizadas, são alguns dos serviços que a Cubritek disponibiliza. Todas elas possibilitam o prolongamento da temporada de utilização, mantendo a temperatura ambiente e da água todo o ano.

Foi fundada por Armindo Moreira, que se encontra na área das piscinas desde 1999, altura em que começam a nascer as primeiras coberturas. Desta forma, podemos identificar a Cubritek como uma pioneira de mercado.

Atualmente, existe ainda o estigma de uma piscina não ser considerada um bom investimento, pois muitas vezes é usada durante cerca de 3 meses durante um ano, e o res-tante tempo fica inutilizável. A Cubritek vem desmistificar

essa ideia, e tem no mercado as melhores soluções para cada cliente, sejam eles particulares ou profissionais, de grandes ou pequenas dimensões, rentabilizando assim a piscina durante qualquer altura do ano.

Relativamente ao fator estético, a tendência de merca-do tem evoluído, e o receio de que as coberturas retirem o embelezamento do meio envolvente encontra-se prati-camente anulado, pois acaba por acontecer precisamente o reverso da moeda. Sendo as coberturas fabricadas de forma personalizada e indo ao encontro do gosto de cada cliente, estas acabam por enriquecer o espaço a nível visual, podendo ser até consideradas uma forma de decoração.

Para além da elevada exigência a nível de qualidade, o

que Proporcionam Rentabilidade

PiscinasCoberturas de

Especialistas na área da cobertura de piscinas, a Cubritek presta um serviço de excelência, onde a qualidade e a segurança são considerados exímios. Oferecem um trabalho personalizado e feito por medida, adaptando-se assim às necessidades de cada cliente.

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acréscimo de segurança é também uma mais-valia que este serviço proporciona, protegendo principalmente crianças e animais de caírem à piscina, e também condicionando o acesso a estranhos. Assim, são desenvolvidas soluções capazes de responder ao mercado de coberturas para hotéis, parques de campismo, parques de diversão, etc.. havendo sempre a possibilidade de adaptação à arquite-tura do espaço.

Ao nível dos materiais, a Cubritek utiliza apenas plata-formas de grande fiabilidade, como o policarbonato, que é inquebrável e que possui proteção contra a radiação ultra-violeta. O efeito de estufa criado no interior da cobertura permite um ambiente muito confortável, aumentando assim a temperatura da água entre 8 a 10 graus. Assim como a

utilização de alumínio de grande qualidade faz com que as coberturas sejam robustas e seguras.

O turismo é um foco da empresa, que procura sempre essencialmente a qualidade, a inovação e a excelência.

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A Casa de Saúde S. José (CSSJ) é um dos Centros Assistenciais, propriedade da Província Portuguesa da Ordem Hospitaleira de S. João de Deus, que presta cuidados nas áreas de Saúde Mental (Psiquiatria e Reabilitação Psicossocial) e Cuidados Continuados Integrados (média duração e reabilitação; longa duração e manutenção).

Casa de Saúde S. José ao serviço da Saúde e do Apoio Social

gem, psicologia, serviço social, fisioterapia, terapia ocupacio-nal e animação sociocultural), destacam-se, ainda, o Serviço de Reabilitação Psicossocial e Equipa de Pastoral da Saúde e Animação, que se revestem de fundamental importância numa abordagem holística do utente.

Seis décadas de existência é tempo suficiente para se atingir a maturidade, nas pessoas e nas “coisas”. A Casa de Saúde S. José já os cumpriu. Da com-plementaridade do carácter e modos de trabalhar dos diferen-

Desde 2013 expandiu a sua presença para o distrito de Viana do Castelo mais propriamente para Âncora, Caminha, edifican-do uma resposta na área dos cuidados continuados – Unidade de Saúde da Gelfa - consolidan-do a sua intervenção nesta área do cuidar e apoio social com a abertura em 2016 da Unidade de Saúde de Melgaço.

Para além dos clássicos serviços hospitalares que devem existir em instituições nas áreas de atuação da Casa de Saúde S. José (médicos, enferma-

longo de 60 anos, aliada às melhores práticas clínicas e à promoção de valores da digni-dade humana e solidariedade, fazem da Casa de Saúde S. José uma referência enquanto modelo de intervenção na área da Saúde Mental e dos Cuida-dos Continuados.

Procura, desde a sua fun-dação, a melhoria contínua dos processos, numa perspetiva integral, que tem sido uma prio-ridade de gestão procurando manter vivo o caráter humanista do fundador São João de Deus.

instalações estão dispersas pe-los distritos de Braga (Unidade de Areias de Vilar – Barcelos) e Viana do Castelo (Unidade de Saúde da Gelfa e Unidade de Saúde de Melgaço).

Em Areias de Vilar, a cerca de um quilómetro da Estrada Nacional Barcelos - Braga, num ambiente rural onde a natu-reza, a tradição e a cultura se encontram, funciona a valência de Saúde Mental (Psiquiatria e Reabilitação Psicossocial), inaugurada em 1957.

A experiência adquirida ao

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tes Diretores, ao longo dos anos, resultou a obra que hoje existe e que quer continuar a crescer e a atualizar-se, numa relação privilegiada e de compromisso contínuo com a sociedade.

As Unidades de Areias de Vilar, Gelfa e Melgaço , prestam serviços na área da Psiquiatria, Saúde Mental e Cuidados Con-tinuados Integrados possuindo como resposta de internamento:

2 Unidades de Longo In-ternamento de Apoio Máximo vocacionadas para a assistência a pessoas com doença e/ou deficiência mental, de acordo com o grau de dependência ao nível satisfação das suas necessidades humanos básicas, nomeadamente higiene, vestuá-rio, alimentação, entre outras;

2 Unidades de Longo In-ternamento de Apoio Mode-rado vocacionadas para a assis-tência a pessoas com doença e/ou deficiência mental, de acordo

2 Unidades de Longa Du-ração e Manutenção inseridas na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados que vi-sam contribuir para o bem-estar e qualidade de vida de pessoas com doenças ou processos cró-nicos, com diferentes níveis de dependência, que necessitam de cuidados clínicos, de manu-tenção e de apoio psicossocial, em regime de internamento de longa duração, proporcionando cuidados conducentes à esta-bilização clinica, à prevenção

Ateliê de atividades ocu-pacionais: Ateliê de Recicla-gem, Sala de Pintura, Sala de Trabalhar o Papel, Bar Terapêu-tico e Ateliê de Imagem.

Atividades ergoterápicas: A integração dos utentes em várias equipas de trabalho, tais como a equipa de jardinagem e produção de ervas aromáticas,

lavandaria, bar, sala de informá-tica é um dos fatores distintivos da reabilitação, que permite enormes ganhos em autonomia.

Atividades desportivas: Natação, ginástica, hipoterapia, dança, bóccia, jogos tradicionais e coletivos.

Certificação Equass As-surance - European Quality in Social Services

Desde 2011, a Direção da CSSJ apostou estrategicamente num progressivo alargamento, assim como do número de servi-ços, no âmbito da certificação no referencial EQUASS Assurance, concretizado em 2017 com a certificação de todos os servi-ços assistenciais da instituição, a saber:- Serviço de Reabilitação Psi-cossocial- Unidade de longo Internamen-to de Apoio Máximo- Unidade de longo Internamen-to de Apoio Moderado- Unidade de longa Duração e Manutenção- Unidade de Média Duração e Manutenção

Desafios EstratégicosA Instituição tem como um

dos seus desafios estratégicos a área da pedopsiquiatria, efe-tivada através do Projeto RIAP (Resposta Integrada para a área da Pedopsiquiatria), incluído na Rede de Cuidados Especializa-dos da Rede Social de Barcelos.

com o grau de dependência ao nível satisfação das suas ne-cessidades humanos básicas, nomeadamente higiene, ves-tuário, alimentação, entre outras;

1 Residência de Treino de Autonomia que visa pro-porcionar a máxima autonomia individual dos utentes, prepa-rando-os para lidarem de forma eficaz com as exigências diárias, tornando-os aptos a se (re)inte-grarem na comunidade.

1 Unidade de Média Du-ração e Reabilitação direcio-nada para prevenir e reabilitar a situação de dependência, favorecendo o estado de saúde, num período de internamento de 30 a 90 dias.

e retardamento da situação de dependência.

Os utentes usufruem de várias atividades de acordo com o seu PII - plano individual de in-tervenção - definido em conjunto com a equipa multidisciplinar, de acordo com os interesses e motivações no respeito intimo pela sua autodeterminação e empowerment.

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Fundada em 1990, a SEW-EURODRIVE Portugal é uma empresa especializada no desenvolvimento, conceção e produção de sistemas de acionamento ajustados às necessidades de cada cliente. Apresentando-se como criadora de soluções, a SEW-EURODRIVE não só desenvolve e produz os moto-redutores, mas também os respetivos equipamentos eletrónicos e de controlo adequados a estas unidades, assegurando o seu comissionamento no local.

Resultante da sua longa experiência e capacidade técnica dos seus colaboradores, concebe soluções de automação e projetos chave-na-mão, em parceria com os seus clientes. Para além disso, a empresa oferece uma gama de serviços completa que começa muito antes do pós-venda dos seus produtos. Actualmente, a SEW-EURODRIVE é uma das mais reconhecidas marcas internacionais no seu ramo e líder em Portugal no mercado de acionamentos.

A SEW-EURODRIVE Portugal é uma PME certificada nas normas ISO9001:2015 e ISO14001:2015, sedeada na Mea-lhada, que nasceu de uma estratégia elaborada pelo grupo empresarial alemão SEW, fundado em 1931, com o objetivo de servir os mercados através da formação de equipas locais. É uma empresa especializada na montagem e assistência técnica completa a toda a gama de equipamentos SEW, desde moto-redutores, variadores eletrónicos de velocidade, servo-acionamentos e redutores industriais. Desenvolve uma intensa actividade na engenharia mecatrónica e sistemas de automação, assegurando um serviço de assistência técnica ininterrupta. A empresa, que completou 25 anos de atividade em 2015, usufrui da investigação e desenvolvimento que o grupo promove mundialmente, aplicando-as às necessidades dos clientes nacionais. Fornece também soluções de sistemas chave-na-mão, combinando novas tecnologias de acionamentos industriais mecânicos e electrónicos. Oferece e suporta a mais

Pensar globalmente, agir localmente

vasta gama de soluções de acionamento compactas e integra-das, a par de um conjunto modular de serviços Complete Drive Service e assistência técnica.

“O nosso core business é fornecer aos nossos clientes solu-ções completas de acionamento, ou seja, sistemas autónomos de controlo do movimento. Para isso, desenvolvemos dentro de portas uma intensa investigação na área da engenharia, explorando, conjuntamente com os nossos clientes (constru-tores de equipamentos), a combinação das novas tecnologias de acionamentos industriais mecânicos e electrónicos para melhor os adaptar às necessidades requeridas para cada setor de atividade. Através da nossa equipa técnica especializada enfrentamos os desafios desenvolvendo projetos à medida, que satisfazem os nossos parceiros e que são garantia de pre-ferência por parte dos nossos clientes”, destaca Nuno Saraiva, Gerente da Empresa em Portugal.

O conceito SEW-EURODRIVE Portugal tem participado em inúmeros projetos de inovação e desenvolvimento nos mais variados setores industriais, que contribuíram para a melhoria da competitividade e do desempenho económico dos seus parceiros de negócio. Atualmente, a par das instalações da Mealhada, a empresa conta ainda com o Centro de Assistência Técnica de lisboa e o Escritório Técnico do Porto, reforçando a sua proximidade às principais zonas industriais e pólos tec-nológicos nacionais.

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GARANTIA DE QUAlIDADE NO MUNDO DOS ACIONAMENTOSO conceito modular da SEW-EURODRIVE oferece inúmeras

combinações que permitem adequar o acionamento à necessi-dade do cliente e da tarefa a executar. “Somos considerados um parceiro que oferece a máxima flexibilidade aos seus clientes, ao colocarmos à disposição o nosso departamento de engenharia, para a investigação e desenvolvimento de soluções individuali-zadas ou de processos completos para criação de movimento. O nosso compromisso é servir a indústria portuguesa, trans-portando todo o know-how adquirido ao longo destes 27 anos. Por isso, a nossa relação com o cliente não começa nem acaba com o produto”, refere o Gerente, acrescentando que “o facto de termos a unidade de produção em Portugal permite-nos uma maior e rápida capacidade de resposta”.

A filosofia do grupo SEW é estar presente em cada país com uma estrutura própria, com pessoas desse país. A questão cultural, a afetividade e a proximidade são valores essenciais para a postura do grupo, permitindo assim que o know-how e os serviços de produção, fornecimento e acompanhamento, sejam executados pelos conhecimentos específicos de um parceiro local. Com uma equipa composta por 48 profissionais, a SEW-EURODRIVE Portugal obteve um volume de negócios no ano transato de cerca de 15,6 milhões de euros, relativos unicamente ao mercado interno.

ClIENTES lOCAIS MAS A NÍVEl INTERNACIONAlA política do grupo SEW-EURODRIVE assenta no pres-

suposto de que cada EURODRIVE fornece apenas os seus produtos e soluções às empresas localizadas no país onde está instalada. Assim, no mercado nacional trabalha preferen-cialmente com empresas construtoras de bens de equipamento e com empresas utilizadoras finais dos equipamentos, como a PORTUCEl, a AUTO-EUROPA, o grupo SONAE ou a CIMPOR. No entanto, e apesar do âmbito de atuação local, através dos seus parceiros que incorporam os equipamentos e as soluções da empresa nas suas máquinas e depois as vendem no mercado global, os equipamentos SEW produzidos em Portugal acabam por chegar a todo o mundo.

Presente em 48 países, o Grupo SEW tem um conjunto de 14 fábricas e 79 centros de montagem, as Eurodrives, e é responsável por empregar mais de 16 mil colaboradores. O lema “Pensar globalmente, agir localmente” adoptado pelo grupo SEW, permite a adaptação à realidade de cada país, mas assegura que o selo de garantia dos produtos SEW é igual para todo o mundo. Mantêm-se por isso a qualidade e o profissio-nalismo dos técnicos, mudando apenas alguns procedimentos.

APOSTAS DE MÉDIO PRAZODe acordo com os responsáveis da empresa, tem-se

registado o aumento da procura por soluções energéticas al-tamente eficientes e sistemas descentralizados cada vez mais inteligentes e flexíveis. O conceito de indústria 4.0 é um projeto no âmbito da estratégia de alta tecnologia do governo alemão, que promove a informatização dos processos de fabrico. O objetivo é chegar à fábrica inteligente que se caracteriza pela capacidade de adaptação, elevada eficiência dos recursos e ergonomia e pela integração de clientes e parceiros de negócios em processos de negócios e de valor. Assim, os projetistas procuram agora sistemas de accionamento que sejam com-pactos, flexíveis e possuam um nível de inteligência a bordo que possibilitem uma integração e adaptabilidade fáceis em qualquer linha de produção.

PlANOS DE FUTURO“A nossa estratégia passa por começar a trabalhar com os

nossos clientes da indústria tecnológica, de modo a prepará-los para, a médio-longo prazo, melhor acompanharem as novas ten-dências. Paralelamente, oferecemos soluções energeticamente eficientes, através de uma nova linha de produtos destinados à poupança de energia. Para além disso, também lançámos o CDM (Complete Drive Management), que disponibiliza ao cliente um conjunto de serviços de monitorização da condição e teste, garantindo a assistência, reparação e manutenção dos equipamentos. Esta nova ferramenta está já implementada em alguns clientes, mas continuaremos a apostar nela e será aposta no futuro assim como a organização dos seminários para os vários setores industriais”, revela Nuno Saraiva.

“A nível interno estamos em permanente investimento, em novos equipamentos, recursos humanos e novos processos. Estamos atualmente a implementar um plano de acções que visa tornar a SEW, em 2020, uma empresa ainda mais flexível, de ainda mais rápida resposta, fazendo do desenvolvimento sustentável a base da nossa atividade e melhorando a cons-ciência social. Quanto a perspetivas de crescimento, o objetivo passa por crescer uma média de 3% ao ano, nos próximos três anos”, termina o Gerente.

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Oconjunto de valências da Queen Elizabeth’s School inclui berçá-rio, creche, educação pré-escolar e o 1º ciclo do ensino básico português. Aqui, é dado um papel de primordial importância à aprendizagem precoce do inglês. Tanto o ensino desta segunda língua como a cultura britânica são introduzidos aos alunos de uma forma intuitiva e natural em contexto bilingue.

O seu projeto pedagógico prevê o foco numa formação humanista, individualizada consoante cada aluno e destinada ao seu desenvolvimento integral, em termos não só intelectuais como também cívicos, morais, espirituais, físicos e criativos. A sensibilização para o exercício de uma cidadania ativa, de acordo com os diferentes desafios e realidades da sociedade contemporânea, é um elemento de particular importância na ação educativa da Queen Elizabeth’s School. Sendo uma escola de inspiração católica, não deixa também de promover o diálogo com outras fés e o respeito pelas mesmas.

Todo este projeto é resultante da iniciativa de Miss Margaret Denise Eileen lester, O.B.E. (Order of the British Empre). Foi em Portugal que esta cidadã inglesa encontrou o lugar onde viria a concretizar o seu sonho de fundar uma escola. No dia 3 de novembro de 1935, nasce a Queen Elizabeth’s School, como escola inglesa para crianças portuguesas, seguindo o currículo oficial português, ao mesmo tempo que responde a pais ou encarregados de educação que desejem uma educação inglesa coextensiva com a portuguesa.

A escola começou por funcionar numa sala e jardim da casa de Sofia e Fortunato Abecassis, na Rua Saraiva de Carvalho, com apenas três alunos. De três passou a atingir os 300, ain-

Fundada em 1935, esta é uma das instituições de maior prestígio em Portugal dentro deste modelo de ensino. Ao mesmo tempo que é detentora de uma rica tradição e história, é também uma escola que aposta permanentemente na procura de novas formas de inovar e de garantir aos seus alunos as melhores ferramentas para singrarem no mundo atual.

da em vida de Miss lester, estando atualmente com cerca de 400 crianças. No seu histórico, salientam-se momentos como o reconhecimento oficial pelo Ministério da Educação (em 1936), assim como as mudanças de instalações primeiro para a Travessa do Moinho de Vento (1938) e, posteriormente, para a Rua da Quintinha (1940).

O estabelecimento no atual edifício de Alvalade, construído de raiz para o efeito, deu-se em outubro de 1952, por intermédio de um generoso donativo por parte do Governo inglês, conce-dido por intercessão da Rainha Isabel II, em reconhecimento do trabalho feito por Denise lester.

A fundadora da escola foi, inclusivamente, alvo de diversas

Queen Elizabeth’s School: excelência no ensino bilingue

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condecorações, tais como: em 1944, pela Cruz Vermelha, em 1947, pelo Rei Jorge VI, como Membro do Império Britânico (M.B.E.), em 1970, pelo Presidente da Republica, Américo Tomás, com o grau de Oficial da Ordem da Instrução Pública, em 1972, pela Rainha Isabel II com o grau de Oficial do Império Britânico e, em 75, foi nomeada Membro Honorário da legião Real Inglesa.

Viria a falecer no ano de 1982, com 73 anos de idade, vítima de uma doença do foro circulatório que a perseguiu ao longo da vida. Contudo, antes, em 1965, tinha institituido a Fundação Denise lester, com o propósito de garantir a continuidade da sua obra de acordo com os ideais que lhe deram origem. A escola deve, designadamente, procurar acompanhar os programas de ensino vigentes nas escolas britânicas, cultivar a amizade entre o Reino Unido e Portugal e honrar as suas bandeiras, que deverão ser hasteadas a par em todos os dias e atos solenes da história dos dois países, e garantir que dentro do seu qua-dro de professores estão docentes de nacionalidade inglesa e administradores britânicos entre os membros do Conselho de Administração.

A Fundação Denise lester é atualmente presidida por Conceição Oliveira Martins, também ela uma ex-aluna e filha de antigo aluno da Queen Elizabeth’s School. A equipa dirigente da instituição tem procurado que a escola se continue a posicio-nar como uma referência no panorama do ensino bilingue em Portugal. Com efeito, são diversos os exemplos das mais-valias que oferece aos seus estudantes, no sentido de que possam encarar com confiança a sua integração no mundo globalizado.

Ao nível do 1º ciclo, a Queen Elizabeth’s School segue, desde o ano letivo 2014/2015, um modelo integrado de ensino bilingue, que inclui, além da disciplina de Inglês, como segunda língua, as disciplinas de Matemática (Primary Maths) e Estudo do Meio (Primary Science) lecionadas tanto em Português como em Inglês, respeitando respetivamente o programa do currículo nacional Português do 1º Ciclo do Ensino Básico e o Programa Primário Internacional da Universidade de Cambridge, dado que, em outubro de 2013, foi reconhecida como “Cambridge Primary School” e “Cambridge International School”.

Outros reconhecimentos que a escola obteve ao longo dos anos foram a atribuição do estatuto de Centro de Preparação de Exames da Cambridge English (2015), Centro de Exames do Trinity College london (2010) e membro do Instituto Britânico do Programa de Parceria de Exames denominado “Addvanta-ge” (2011).

O ensino do Inglês é validado internacionalmente pelos “Young learners English Tests” da Universidade de Cambridge ( desde 1998), pelo exame de Artes Performativas “Trinity Stars: Young Performers in English Award” (Stage II e Stage III, desde 2014), pelo “Integrated Skills in English” (ISE 0, ISE I e ISE II, desde 2010) e Graded Examinations in Spoken English (GESE VII) do Trinity College London, pelo First Certificate in English da Universidade de Cambridge (FCE, desde 2015), Certificate

in Advanced English (CAE, desde 2016) e Certificate of Pro-ficiency in English (CPE, a partir de 2017), correspondentes respetivamente aos níveis A1, A2, B1, B2, C1 e C2 do Quadro Europeu Comum de Referência para línguas do Conselho da Europa (QECR). Os níveis a partir do A2 destinam-se aos antigos alunos que frequentam os Clubes de Inglês da Queen Elizabeth’s School.

Para além da língua inglesa, e fazendo jus ao seu objetivo de contribuir para a formação integral do aluno, um foco muito importante tem sido o domínio das expressões. Concretamente no caso da Educação e Expressão Musical, em que a Queen Elizabeth’s School é parceira da empresa Foco Musical, en-tidade que integra a Associated Board of the Royal Schools of Music (ABRSM), líder mundial na área de avaliações e de exames de Música. Os alunos da escola que frequentam as aulas de iniciação à aprendizagem de um instrumento musical, piano e guitarra clássica, têm sido submetidos com êxito a um exame de música reconhecido internacionalmente desde o ano letivo de 2014/2015.

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Foi no passado mês de Abril que se assinalaram duas décadas de existência da PORTOdoVIDRO®, empresa com berço em Rio Tinto. A criatividade, evolução e a personalização à medida do cliente são a base da excelência que pautam estes 20 anos.

anos de excelênciaembalados pela evolução

constanteCom foco no segmento médio/médio alto, a PORTOdo-

VIDRO® assume-se como a referência na comercialização e desenvolvimento de produtos de qualidade superior na área da embalagem. Neste setor, estão vocacionados em segmentos bastante específicos fruto das exigências do mercado que procura soluções cada vez mais inovadoras e out of the box. De acordo com o administrador, Américo Cruz, a empresa foi criada “pela atividade que vinha sendo exercida e que estava ligada ao chocolate, que ainda hoje se desenvolve. Em paralelo, sentimos a forte necessidade de ter embalagens diferentes. Na altura, o mercado dava uma resposta difícil e desadequada às solicitações. Não era aquilo que se pretendia. Devagar, e com um processo virado para as necessidades internas da empresa, fomos entrando no mercado das embalagens como resposta própria”.

O CONCEITO«Chave-na-mão» é hoje o principal modelo de negócio da

empresa, em que o cliente recebe tudo pronto, desde a emba-lagem personalizada, tampas, selo retrátil e até a caixa onde o produto seguirá para distribuição. Este amplo leque de soluções reflete a satisfação das várias finalidades e conceitos. Assim, os produtos da PORTOdoVIDRO® dão resposta às mais diversas áreas, desde a farmacêutica, cosmética e perfumaria mas com especial incidência na área alimentar, cujos principais destinos passam pelos licores, azeites, compotas, patés, especiarias, aromáticas, bebidas espirituosas e o mel. Na área da perfumaria e cosmética, os perfumes e cremes são os destinos mais comuns e na área farmacêutica as essências, xaropes e a homeopatia são os que mais procuram os seus produtos. “É difícil não termos resposta para o cliente, já que dispomos de variadíssimas em-balagens em diferentes materiais, tais como o PET, o Alumínio, o PVC, o cartão e em especial o vidro”, refere o empresário.

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FATOR DE DIFERENCIAçãOA personalização de embalagens à imagem

do cliente é um dos serviços que mais destaca a PORTOdoVIDRO® uma vez que, através de processos e materiais vários, personalizam-nas completamente e de forma definitiva. Acerca deste processo, o nosso entrevistado revela--nos o seguinte: “Com este método é possível transformar uma embalagem standard numa embalagem própria e única daquele cliente. Para além de o libertar de todo o processo e maquinaria necessária à rotulagem, o facto de ser permanente garante ao nosso cliente que a sua marca e a sua embalagem ficará sempre com o mesmo aspeto até que seja encaminhada para a reciclagem”. A sua gama de produtos comtempla artigos dos mais económicos aos mais luxuosos, sendo que alguns deles são de criação própria. Para Américo Cruz, a presença em feiras é fundamental uma vez que divulga a empresa e propicia a troca de conhecimento com colegas e empresas de outros setores, fatores que contribuem para o crescimento da empresa. “Ficamos orgulhosos quando há clientes que nos visitam nesses certames e que nos dizem: viemos porque sabíamos que vocês estavam cá”, salienta.

ClIENTE EM PRIMEIRO lUGARA estreita relação de proximidade com os clientes é uma peça

fundamental na estrutura de negócio, como explica Carmen Sécio, responsável pelo segmento de retalho: “A Internet tem sido fundamen-tal e imprescindível, quer pela facilidade com que os clientes podem visualizar algumas das embalagens disponíveis neste segmento, quer pela simplicidade com que podem fazer encomendas e contactar com a empresa”, acrescentando que para além disso, na sede, em Rio Tinto, o cliente poderá visualizar e «sentir» toda uma enorme gama de embalagens, dos mais variados estilos e feitios”. Outro dos colaboradores, Vítor Fernando, ligado às expedições, assegura que “a entrega das encomendas é muito rápida e refere que muitas vezes o cliente encomenda ao fim do dia e recebe a encomenda em qualquer ponto do país, logo no dia seguinte”. Desta feita, Portugal continental e insular é o mercado que mais abrangem mas também

chegam a alguns PAlOP, nomeadamente Cabo Verde, Angola e São Tomé e Príncipe.

MIRA NO FUTUROPara os próximos anos, os objetivos da PORTOdoVIDRO®

passam pelo aumento da área de armazenagem, com a criação de novos espaços, assim como a aposta contínua no desenvolvimento e inovação no que concerne às embalagens, características que, de resto, lhe são inatas. “Acreditamos nos projetos dos nossos clientes e sentimos que eles acreditam seguramente em nós, pois confiam-nos os seus produtos”, conclui Américo Cruz.

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A La Maison é uma agência de mediação imobiliária e financeira sediada em Loures, que desde 2010 (altura da sua fundação) tem vindo a ocupar uma posição de destaque no mercado da região. Estivemos à conversa com o seu fundador e proprietário, o Dr. Nuno Santos.

nosso entrevistado contava já com uma ampla experiência nos setores imobiliário e financeiro quando decidiu avançar com o seu próprio projeto. Daí para cá, e mesmo no contexto da crise que afetou o país e o ramo, a agência conseguiu crescer de forma sólida e sustentada.

Apresentando-nos a la Maison, o Dr. Nuno Santos diz-nos que esta “é uma empresa de mediação imobiliária e de mediação financeira, que trata quer da transação co-mercial de imóveis, quer de tudo o que tenha a ver com o crédito à habitação e não só, trabalhando também outros produtos como o leasing imobiliário”.

Continuando, explica que a la Maison mantém “par-cerias e acordos com todos os bancos que trabalham for-temente com o crédito à habitação e também com fundos de investimento imobiliário, os quais representam cerca de 30% da nossa faturação anual”. Acerca desta componente, sublinha que a sua agência “tem acesso a imóveis e até a algum tipo de produto financeiro que não está ao acesso do consumidor comum”.

Este vasto conjunto de protocolos são algo que “marca muito a diferença” entre a la Maison e outros, advindo “da

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Proximidade e personalização

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minha área de formação, que é Gestão Financeira, assim como da experiência que tive na Banca, onde entrei em 1994. Daí para cá desenvolvi uma série de contactos tanto nos bancos como nos fundos de investimentos e já esta-mos, inclusive, a trabalhar com dois fundos internacionais”.

Simultaneamente, este know-how relativo à finança assegura que, aqui, “desde que o cliente entra até que assina a escritura, é tudo tratado por nós. Temos uma equipa preparada para isso, sendo que a parte financeira é tratada por mim em todos os processos”.

O âmbito geográfico em que a la Maison atua consis-te, essencialmente, nos concelhos de loures, Odivelas e Mafra. Para além disso, nos últimos dois anos, tem havido alguma expansão para as zonas da Grande lisboa e da linha de Sintra. Já os clientes vêm das mais diversas proveniencias, tanto a nível nacional como, inclusive, estrangeiros e Portugueses emigrantes.

Questionado acerca do ano de 2017, o Dr. Nuno Santos diz-nos que, “mais uma vez, foi um ano em crescendo”. Sobre 2018, já está previsto aquele que será o grande des-taque para os próximos tempos na la Maison. Conforme apresenta: “Que eu conheça, vamos começar a fazer algo que é inédito na nossa área. Estamos a elaborar proto-colos com grandes empresas (exemplificando, a GAlP, a

TAP ou o Grupo Santogal) no sentido de que, para todos os funcionários das mesmas – quer pretendam vender, comprar ou tratar de algo que tenha a ver com os nossos serviços – tenham não só descontos, como outras vanta-gens inerentes à utilização desse protocolo. Por exemplo, a oferta da escritura para quem vai comprar ou, no caso da venda, uma percentagem de 1% de desconto no nosso comissionamento”.

A partir de meados do próximo ano, o projeto vai ter o seu arranque formal, com o Dr. Nuno Santos a reiterar que “é inédito e que vem trazer vantagens tanto aos empresários – que proporcionam um serviço aos seus funcionários –, como aos colaboradores, que passam a ter um parceiro com o qual poderão tranquilamente fazer os seus negócios”.

Abordando outros aspetos do futuro da la Maison, o nosso entrevistado diz-nos que, em termos gerais, o plano da empresa “é continuar num crescimento sustentado”. Reforçando: “Falar verdade às pessoas, manter a postura correta que temos tido até aqui e dar a cara por todos os nossos clientes. Cada pessoa que aqui chega tem um nome, tem um sobrenome, tem um rosto e tem uma im-portância. Na la Maison, o cliente nunca será mais um e, aliás, nós somos filhos da terra, conhecemos muita gente daqui e a relação de proximidade e de personalização com todos os clientes tem sido a chave do nosso sucesso”.

Sobre a eventualidade de alargar o espaço de manobra da empresa, diz-nos que “a la Maison não quer chegar a todo o lado nem quer fazer todos os negócios. Queremos, sim, que os negócios que façamos sejam corretos, com lisura e que sejam vantajosos para todas as partes”. O Dr. Nuno Santos partilha que já foram “vários os convites para um franchising mas é, precisamente, por defendermos a personalização no nosso trabalho que não temos isso nos nossos horizontes. O que nos tem distinguido das redes que existem no setor é o facto de conhecermos cada pes-soa que atendemos aqui”.

“desde que o cliente entra até que assina a escritura, é tudo tratado por nós. Temos uma equipa preparada para isso, sendo que a parte financeira é tratada por mim em todos os processos”

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A EQP – Aluguer de Equipamentos Unipessoal, Lda. com sede em Palmela, distrito de Setúbal, iniciou a sua atividade em 1997, pelo Sr. Rogério Pesca e Conceição Lima, atualmente sócia-gerente da empresa, aquando do boom da Expo 98 e consequente requali f icação da parte dos contentores onde é agora o Parque das Nações, assim como com as obras da ponte Vasco da Gama. Carlos Pereira é o diretor comercial e, em entrevista connosco, explicou o porquê do sucesso da empresa ao longo destas duas décadas.

“O melhor serviço de aluguer de equipamentos”

A atividade da EQP baseia--se no a lu-guer, comer-cialização e ass is tênc ia de equ ipa -mento ligado ao setor da construção e

indústria. Começou com as chamadas mini-carregadoras e rapidamente con-seguiu um espaço no mercado, cada vez mais exigente. Assim, tornou-se pioneira nesse segmento, evoluindo ao mesmo tempo que aumentava o parque de máquinas consoante a necessidade dos clientes.

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Hoje em dia, possui cerca de 2500 equipamentos, destinados aos vários setores de atividade, desde o simples rebarbadora até aos multifunções, passando também pelos geradores. Globalmente, a panóplia da sua gama estende-se por mais de 150 campos de utilização e por mais de 100 tipos de máquinas.

Com efei to, está int imamente ligada à parte da construção, bem como à indústria. O cliente particular ocupa também o seu lugar na carteira de fidelização, uma vez que, segundo o nosso entrevistado, “o português é muito habilidoso para fazer a sua bricolage”. Acrescentando: “Temos uma variedade de equipamento que dá quase para fazer uma obra do início ao fim, o chamado chave-na-mão”. A EQP preza muito a fiabilidade dada pelas suas marcas de confiança, pre-ferindo sempre, como ponto de ordem, a qualidade.

Sobre os moldes em que este fornecimento se processa, Carlos Pereira explica o seguinte: “Temos, na nossa empresa, um vasto leque de hipóteses de aluguer que vão de alugueres diários aos de longa du-ração, sendo sempre a manutenção dos equipamentos por conta da EQP. Nesse sentido, é entregue aos nos-sos eletromecânicos um quadro de manutenção preventiva (o chamado memorando), onde de 15 em 15 dias o colaborador faz visita à obra para proceder à respetiva manutenção preventiva”.

Desde sempre, conta com colabo-radores em oficina, e permanentemen-te no exterior, para aferir do estado dos equipamentos onde efetuam, in-clusivamente, relatórios de qualidade

e funcionamento. Na globalidade das delegações, a EQP conta com uma equipa de 17 funcionários. No ano passado, colocou duas novas pessoas e prepara-se para repetir a adição este ano, o que demonstra a evolução da sua estrutura.

Em termos geográficos, a ativi-dade da EQP começou em lisboa, como acima referido, tendo alargado os seus serviços para o Porto no ano de 1998. A partir daí, estendeu-se para Pombal, para o Algarve, para o Barreiro e também Beja, onde tem sempre um técnico que presta as-sistência. Para o efeito, dotou-se de instalações colocadas na proximidade das principais redes rodoviárias.

A EQP tem vindo a acumular tra-quejo em todo o território nacional, nos vários segmentos de negócio e já obteve, inclusive, pedidos de aluguer de equipamento para locais como o Portugal Insular ou a Ilha do Sal, dando, neste caso, assistência à distância, primando sempre pelo bom funcionamento e manutenção das máquinas.

Acerca daquilo que distingue esta empresa, um fator importante é a consciencialização junto dos seus técnicos para a prontidão de resposta na assistência. “Quando há algum problema, nós não arranjamos outro problema para o cliente, mas sim a so-lução”, indica. A verificação periódica é também um ponto-chave da quali-dade do seu serviço de assistência, salientando-se que, curiosamente, já ocorreu haver um pedido de manuten-ção num caso em que o técnico já se encontrava previamente no local, mas sim pelo memorando de manutenção fomentado pela empresa.

Para o futuro, o principal objetivo da EQP é consolidar ainda mais a sua posição no mercado nacional, pelo que está a remodelar o parque de máquinas, a fim de se manter cons-tantemente atualizada, de acordo com as exigências do cliente e do mercado.

“Temos uma variedade de equipamento que dá quase para fazer uma obra do início ao fim, o cha-mado chave--na-mão”

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Estivemos em diálogo com Vasco d’Avillez, Presidente da Direção da Comissão Vitivinícola da Região de Lisboa (CVR Lisboa), numa conversa em que ficámos a conhecer melhor o trabalho desenvolvido por esta entidade, assim como os aspetos que melhor definem a identidade deste território e dos seus vinhos.

do Programa Centro 2020, que conjuga os esforços de cinco re-giões vitivinícolas para promover o que melhor se faz em Portugal.

Em suma, são três papéis que obrigam a um intenso trabalho por parte da sua equipa, sobretudo num contexto em que “os vinhos de lisboa têm crescido de uma forma fantástica”. Nos últimos sete anos, conforme aponta o nosso entrevistado, têm registado “um crescimento anual na ordem dos dois dígitos, levando já, este ano, um crescimento de 12% face ao ano anterior”. Se, em 2010, a CVR Lisboa tinha “16 milhões de garrafas certificadas, sete anos depois já vai em 40 milhões, o que é ótimo porque significa que temos estado a crescer ao arrepio do nosso país e da Europa”.

A imposição da Região de lisboa traduz-se também nos prémios conquistados, sendo “a região nacional que conta mais medalhas de Ouro e Prata nos concursos internacionais”. No que respeita à sua expressão internacional, importa referir que exporta mais de 70% dos seus vinhos certificados e é “a região portuguesa número 1 nos mercados da Noruega e da Suécia, estando também muito perto da mesma posição no mercado dos Estados Unidos da América”.

Sobre os fatores por detrás desta dinâmica, Vasco d’Avillez fala--nos “do esforço e evolução cuidada por parte de todos os produtores,

Vasco d’Avillez começa por assinalar o caráter tridimensional do papel da CVR lisboa. Sobre as suas “três funções essenciais”, fala-nos, em primeiro lugar, da sua natureza enquanto entidade gestora do território vitivinícola. Nessa matéria, cabe-lhe funções que se prendem, essencialmente, com a administração da área que vai desde a cidade de lisboa até ao Município de Pombal, bem como o apoio e orientação a todos os produtores.

A segunda dimensão de que nos fala relaciona-se com a sua função certificadora, sendo esta a entidade responsável por verificar e controlar todo o processo de certificação dos produtos vitivinícolas com direito a Denominação de Origem (DO) e a In-dicação Geográfica (IG), desde a plantação da vinha à entrada de cada garrafa no mercado.

A CVR lisboa assume ainda um papel promocional dos vinhos certificados desta região. A este respeito Vasco d’Avillez destaca “a renovação da Rota dos Vinhos de lisboa com o objetivo de difundir a região com base no território e nos seus produtos endógenos”. Prossegue salientando a importância do território, referindo-se à iniciativa sem precedentes do Programa Estratégico de Apoio à Fileira do Vinho na Região Centro, através

O bom momento dos Vinhos de Lisboa

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que são os verdadeiros responsáveis por esta evolução”. Neste momento, a região “apresenta uma capacidade única para gerir o binómio preço-qualidade em todos os segmentos de mercado, de maneira a que o nosso vinho chegue a todos os potenciais consumidores. É isso que tem ajudado o crescimento do nosso vinho certificado”.

Nada disto surtiria efeito sem que este fosse, por si, um território de excelência no que à arte do vinho diz respeito. Assim, o Presidente apresenta-nos a Região de lisboa como tendo “uma panóplia enorme de vinhos, que responde a todas as necessidades do cliente”. Entre brancos e tintos, os primeiros beneficiam das características de uma região que está virada para o mar, “sendo frescos, frutados e com uma acidez que os torna ideais para acompanhar a gastronomia, como o peixe e o marisco”. Os segundos, com grande tradição produtiva no hinterland da Serra do Montejunto, resultam da concentração de calor que aqui se verifica e são “encorpados e com um grau elevado”, próprios para o acom-panhamento de carnes, enchidos ou queijos.

Acresce a utilização conhecedora das castas nacionais, mas também das france-sas, cuja introdução nesta terra surgiu, em grande medida, na sequência “das Invasões Francesas e do estabelecimento de muitos cidadãos franceses nesta região”.

Vasco d’Avillez realça, ainda, a diversi-dade que este território encerra, chamando a atenção para exemplos de zonas com personalidades vincadas e diferenciadas, como a lourinhã (que, junto com Cognac e Armagnac, é uma das três demarcações para Aguardente); Colares (histórica por ter sido a única área do território nacional que, por ter as suas vinhas em areia, evitou a praga da filoxera); Carcavelos (com o seu famoso vinho licoroso) ou Encostas d’Aire (onde ainda hoje se preservam técnicas milenares de fermentação).

Sobre o futuro que perspetiva para a região, diz-nos que esta dinâmica de cresci-mento é algo que “nunca pára” e que ainda “existe uma quantidade enorme de vinho que é bom e que é para ser certificado”.

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