Post on 26-Jun-2015
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Câncer uterinoUNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINSLion – Liga de Oncologia
Acadêmicos: Bruno Queiroz Luz Hirano, Frederico Vilarinho Bernardes
Incidência
Etiologia
Estrogênios
Diabetes mellitus, hipertensão, síndrome do ovário policístico, obesidade e reposição hormonal
Fator genético
Oncogenes Ha-, K-, N-ras, c-myc e Her-2/neu
Alteração no p53 e PETN
Fator de crescimento do endotélio vascular (FCEV)
Estadiamento cirúrgico
Hiperplasia de endométrio
Hiperplasia simples sem atipia: alterações na arquitetura e tamanho das glândulas, com formações císticas
Hiperplasia complexa sem atipia: aumento no número e tamanho das glândulas, figuras mitóticas
Hiperplasia simples com atipia: células sem polaridades com nucléolos proeminentes
Hiperplasia complexa com atipia: sobreposição considerável com o adenocarcinoma endometrióide diferenciado
Carcinoma de endométrio
Hiperplasia evidente e anaplasia dos elementos glandulares com invasão do estroma, do miométrio ou dos espaços vasculares subjacentes
Dissemina por:
Extensão direta
Metástases linfáticas
Implantes peritoneais
Hematogênica
Adenocarcinoma
Tipo mais comum de câncer de endométrio
Adenocarcinoma com diferenciação escamosa
Formado por glândulas malignas e metaplasia escamosa benigna
Bom prognóstico
Carcinoma adenoescamoso de endométrio
Formado por glândulas malignas e epitélio escamoso maligno
Carcinoma seroso
Idade mais avançada, sem hiperestrogenismo
50% das recidivas dos tumores de estágio I
Disseminam-se precocemente
Carcinoma de células claras Microscopicamente apresenta células claras
Padrões: sólido, papilar, tubular e cístico
Comportamento agressivo
Diagnosticado tardiamente
Mulheres idosas, sem associação com estados de hiperestrogenismo
Carcinomas mucinosos Mucina intracitoplasmática positiva para ácido periódico de Schiff
Carcinoma secretor Raros
Semelhantes aos carcinomas endometriais típicos
Sinais e sintomas
80% tem sangramento anormal.
Hipermenorréia
Manchas de sangue intermenstrual
Sangramento pré e pós menstrual
Hemorragia
10% queixam de cólica abdominal baixa e dor secundária as contrações uterinas.
Exame físico normalmente é inexpressivo.
Achados Laboratoriais
Exames de rotina são normais em sua maioria
Papanicolau
Pesquisa do marcador tumoral Ca-125
Achados Radiológicos
Rx de tórax
Urografia intravenosa
Enema opaco
Ressonância magnética
Exames especiais
Curetagem fracionada
Biopsia de endométrio
Biopsia por aspiração
Curetagem por aspiração
Ultrassonografia pélvica
Ensaios para receptores de estrogênio e progesterona
Diagnóstico diferencial
Complicações da gravidez
Liomiomas, hiperplasia endometrial
Pólipos endometriais e cervicais
Outras neoplasias
Vaginite atrófica, estrogênios exógenos
Complicações
Anemia grave
Hematométrio
Piométrio
Perfuração do útero
Profilaxia e Tratamento
Mulheres Obesas, diabéticas, hipertensas, nulíparas, com D&C repetidas para sangramento anormal, menopausa tardia, radioterapia pélvica pregressa e em reposição de estrogênio devem ser monitoradas
Cirurgia e Radioterapia
Sarcomas: aspectos gerais
Mais comuns após os 40 anos;
Tumores raros: 2 a 6% das neoplasias malignas
uterina;
Nenhum agente etiológico comum foi associado;
Risco relativo após radioterapia pélvica.
Classificação clínica
1. Liomiossarcomas (LMS)
2. Sarcomas do estroma endotelial (SEE)
3. Tumores mesodérmicos mistos malignos (TMMM)
4. Adenossarcomas
Não há sistema de estadiamento próprio.
Liomiossarcomas (LMS)
35-40% de todos os sarcomas uterinos e 1-2% de todos os CA de útero;
Mulheres entre 25-75 anos;
Sintomas: sangramento anormal (60%), dor ou desconforto abdominal (50%), sintomas gastrointestinais e genitourinários (30%), massa abdominal (10%);
Diagnóstico: biópsia, esfregaço de Papanicolau, histerectomia.
Evolução: invasão do miométrio, cérvice e tecidos adjacentes por contiguidade; disseminação linfática; metástases hematogênicas.
Sarcomas de estroma endometrial (SEE)
Predomínio em mulheres na perimenopausa entre 45-50 anos.
Sintomas: hemorragia uterina; dor e pressão abdominal; assintomáticas.
Diagnóstico: biópsia; na cirurgia: útero aumentado preenchido por tumores necróticos e hemorrágicos de consistência mole, branco-acinzentados a amarelos.
Dois tipos: - SEE de baixo grau ou miose dos estroma endolinfático;
- SEE de alto grau ou sarcoma endometrial indiferenciado.
Sarcomas de estroma endometrial (SEE)
SEE de baixo grau
Menos agressivo do que o SEE de alto grau;
Evolução: disseminação extrauterina em 40% dos casos no momento do diagnóstico.
Sobrevida prolongada e até mesmo a cura não são raras;
Tratamento: inicial – histerectomia abdominal total e salpingo-ooforectomia bilateral.
- Radioterapia: excisão inadequada ou recorrência total
- Progesterona: resultados objetivos (48%)
Sarcomas de estroma endometrial (SEE)
SEE de alto grau
Neoplasia altamente maligna;
Evolução: metástases linfáticas, anexos e todo o abdome;
-fase final: pulmão e fígado
Tratamento: histerectominia abdominal total e salpingo-ooforectomia bilateral; radioterapia e quimioterapia associadas.
- Não responde ao tratamento com progesterona.
Tumor mesodérmicomisto maligno (TMMM)
50% de todos os sarcomas uterinos;
Predomínio em mulheres pós-menopausa; costumam estar associados à obesidade, diabetes mellitus, hipertensão e pré-exposição à irradiação pélvica;
Sintomas: hemorragia pós-menopausa; corrimento vaginal, dor abdominal, aumento do útero, emagrecimento;
Diagnóstico: biópsia de uma massa endocervical ou curetagem endometrial. Histopatologicamente: mistura de sarcoma e carcinoma;
Tumor mesodérmicomisto maligno (TMMM)
Natureza maligna e, na ocasião do diagnóstico, a doença já se estendeu para fora do útero em 40% a 60% dos casos;
Prognóstico: depende da extensão do tumor: estágio I (53%), estágios II ou III (8,5%) e estágio IV ( - ).
Adenossarcoma
Forma rara do TMMM; Mistura de glândulas neoplásicas de aparência
benigna e estroma sarcomatoso; Sintomas: sangramento pós-menopausa; Diagnóstico: curetagem endometrial; Tratamento: histerectomia e salpingo-ooforectomia
bilateral, com ou sem radioterapia adjuvante.
Diagnóstico
Diagnóstico diferencial Erros diagnósticos: gravidez, liomioma, adenomiose e
neoplasias ovarianas ou doença inflamatória pélvica aderente;
Estudos citológicos, biópsia ou a dilatação e curetagem; laparotomia exploradora.
Diagnóstico patológico é extremamente difícil e pode exigir parecer de um patologista ginecológico familiarizado com esses tumores.
Diagnóstico
Achados laboratoriais: Hemograma e exame simples de urina, provas de
função hepática (fosfatase-alcalina, tempo de protrombina e desidrogenase láctica sérica);
Receptores de estrogênio e progesterona: tendência a responder à terapia hormonal.
Tratamento
Há recorrência de mais da metade dos casos de sarcoma uterino;
Locais mais comuns de recorrência: abdome e pulmões;
• Estágios I e II• Histerectomia abdominal total e salpingo-ooforectomia bilateral;
irradiação ou cirurgia dos linfonodos pélvicos.
• Estágio III• Cirurgia agressiva, radioterapia e quimioterapia.
• Estágio IV• Quimioterapia combinada.
Tratamento
Cirurgia 1ª etapa - lapatoromia exploradora: extensão da
disseminação da doença; linfonodos pélvicos e para-aórticos;
Histerectomia abdominal total é o procedimento padrão e salpingo-ooforectomia bilateral em todas as pacientes.
Tratamento
Radioterapia Pré ou pós-operatória adjuvante é útil para aumentar
a sobrevivência e reduzir recorrências locais, quando combinada com cirurgias.;
Indicados para pacientes com SEE e TMMM; Uso paliativo para aliviar sintomas pélvicos.
Tratamento
Quimioterapia Liomiossarcoma – doxorrubicina (25%); gencitabina
+ docetaxel (53%) SEE: doxorrubicina, tamoxifeno ou progesterona (SEE
baixo grau); TMMM: cisplatina (18-42%) e ifosfamida (32%);
paclixatel + carboplatina (80%).
Referências
BEREK, Jonathan S.. Tratado de Ginecologia. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.
DECHERNEY, Alan H.; NATHAN, Lauren. Obstetrícia e ginecologia: diagnóstico e tratamento. 9. ed. Rio de Janeiro: Mcgraw-hill Interamericana do Brasil, 2004. (Current).