5 Aspectos Dos Recursos Hidricos Centro Oeste 46 L

Prof. DEMETRIOS CHRISTOFIDIS

GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS

5. ASPECTOS DOS RECURSOS HÍDRICOS NO CENTRO-OESTE

Precipitação PRECIPITAÇÃO110.000 km3

ENEVEGRANIZO

Precipitação 458.000 km3

OCEANOS

500.000 km3

=458.000 km3

+ 42.000 km3

E66.000 km3

ETP44.000 km3

41.800 km3

EscoamentoSuperficial

INFILTRAÇÃO2.200 km3

Evapotranspiração

Captação

MUNDOMUNDO

PRECIPITAÇÃO ANUAL

1.797 mm

OCEANO

1.134 mmETP

663 mm

Q = 179.433 m3/s

Evapotranspiração

Captação

Brasil 12%x110.000 km3 =12% 44.000 + 12% 66.000 km3

BRASILBRASIL

Qmin = 85.495 m3/s¯

4.095 m3/s

EXPLOTÁVELRENOVÁVEL

20.473 m3/s

PRECIPITAÇÃO ANUAL

2.239 mm

OCEANO

1.164 mmETP

1.075 mm

Q = 131.947 m3/s

Evapotranspiração

Captação

Brasil

BRASIL: Região Hidrográfica AmazônicaBRASIL: Região Hidrográfica Amazônica

Qmin = 73.748 m3/s

¯RH Amazônica

FONTE: Falkenmark (2004;

Funções da água no sistema de suporte da vida

Regiões úmidas (Temperadas)

Semi-árido (Tropical)

Tropical úmido

PRECIPITAÇÃO ANUAL1.037 mm

OCEANO

896 mmETP

141 mm

Q = 2.850 m3/s

Evapotranspiração

Captação

Brasil

BRASIL: Região Hidrográfica do São FranciscoBRASIL: Região Hidrográfica do São Francisco

Qmin = 854 m3/s

¯RH São Francisco

PRECIPITAÇÃO ANUAL1.511 mm

OCEANO

1.101 mmETP

410 mm

Q = 11.453 m3/s

Evapotranspiração

Captação

BRASIL: Região Hidrográfica do ParanáBRASIL: Região Hidrográfica do Paraná

Qmin = 4.647 m3/s

¯(41%)

BrasilRH do Paraná

DIVISÃO HIDROGRÁFICA NACIONAL (RESOLUÇÃO Nº 32 DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS)

Considera-se como região hidrográfica o espaço compreendido por Considera-se como região hidrográfica o espaço compreendido por uma bacia, grupo de bacias ou sub-bacias hidrográficas contíguas com uma bacia, grupo de bacias ou sub-bacias hidrográficas contíguas com características naturais, sociais e econômicas homogêneas ou similares, com características naturais, sociais e econômicas homogêneas ou similares, com vistas a orientar o planejamento e gerenciamento dos recursos hídricos.vistas a orientar o planejamento e gerenciamento dos recursos hídricos.

PRECIPITAÇÃO MÉDIA ANUAL NAS REGIÕES HIDROGRÁFICAS

ISOIETAS MENSAIS NO PAÍS, ENTRE 1961 E 1990

VAZÕES MÉDIAS E DE ESTIAGEM NAS REGIÕES HIDROGRÁFICAS E NO PAÍS

CONTRIBUIÇÃO DA VAZÃO MÉDIA NAS REGIÕES, EM PERCENTAGEM

AMAZONAS + TOCANTINS / ARAGUAIA = 81,2%AMAZONAS + TOCANTINS / ARAGUAIA + PARANÁ = 87,6%

ESCALA

ÁGUA SUPERFICIALÁGUA SUPERFICIALBrasil:Brasil:5.660 km5.660 km3 3 (12%)(12%)

Brasil +Brasil +Território EstrangeiroTerritório Estrangeiro8.427 km8.427 km33 (18%) (18%)

Mundo:Mundo:dados entre dados entre

44.000 e44.000 e46.500 km46.500 km33

Contribuição média anual das regiões hidrográficas brasileiras

ÁGUA SUBTERRÂNEA1.348 km3/ano =¼ da disponibilidade de água de superfície

ÁREA DE RECARGA DOS PRINCIPAIS SISTEMAS AQÜÍFEROSÁREA DE RECARGA DOS PRINCIPAIS SISTEMAS AQÜÍFEROS

Solimões

Serra Geral

Bauru-Caiuá

Alter do ChãoItapecuru

Poti-Piauí

Parecis

Boa Vista

Barreiras

CabeçasCorda

Motuca

Furnas

Ponta Grossa

Guarani

Barreiras

Serra Grande

Urucuia-Areado

Bambuí

Marizal

TacaratuInajá

Missão Velha

Beberibe

São Sebastião

Jandaíra

Área total: 2.760.000 kmÁrea total: 2.760.000 km22

67% das bacias sedimentares 67% das bacias sedimentares 32% do território 32% do território nacional nacional

Reservas hídricas: 20 mil Reservas hídricas: 20 mil mm33/s/s

2727 SistemasSistemas AqüíferosAqüíferos

VAZÕES ESPECÍFICAS NAS UNIDADES HIDROGRÁFICAS DE REFERÊNCIA

HIDROGRAMAS NAS REGIÕES HIDROGRÁFICAS AMAZÔNICA, TOCANTINS/ARAGUAIA, SÃO FRANCISCO, PARANÁ, PARAGUAI E URUGUAI

VAZÃO REGULARIZADA PELAS PRINCIPAIS USINAS HIDRELÉTRICAS (*)

(*) Regularizam a oferta pela vazão média do Rio (até o ponto de barramento)

ÁGUAS DE MANANCIAIS DE SUPERFÍCIEBALANÇO HÍDRICO SIMPLIFICADO

De cada 100 mm que precipitam ( ); 63 mm ( 63 m3/s) evapotranspiram ( )

e 37 mm (37 m3/s) escoam superficialmente ( )

ÁGUAS DE MANANCIAIS SUBTERRÂNEOSPRINCIPAIS DOMÍNIOS SEDIMENTARES (EM VERDE) E CRISTALINOS (AMARELO)

Fonte: PETROBRAS

Citado por ANA (2005)

DISPONIBILIDADE DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS NOS PRINCIPAIS SISTEMAS AQÜÍFEROS DO PAÍS (1)

POPULAÇÃO E VAZÃO MÉDIA E ESPECÍFICA

FONTE: ANA (2005)

VAZÕES DE RETIRADA, CONSUMO e RETORNO

FONTE: ANA (2005)

ÁREA IRRIGADA POR REGIÃO HIDROGRÁFICA: 1996 e 2000

FONTES: IBGE (1996) e ANA (2000)

DISTRIBUIÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS NOS ESTADOS BRASILEIROS (PER CAPITA/ANO)

Disponibilidadehídrica

per capita(m³/hab/ano)

Disp. hídricaPer capita por Estado

(m³/hab/ano)

Estado

Disponibilidadehídrica

per capita(m³/hab/ano)

Estado

Riquíssimo> 20.000

RR 1.747.010AM 878.929AP 678.929AC 369.305MT 258.242PA 217.058TO 137.666RO 132.818MS 39.185GO 39.185RS 20.798

MA 17.184SC 13.662PR 13.431MG 12.325

Rico> 5.000

PI 9.608ES 7.235

Muito rico> 10.000

Situaçãoadequada> 2.500

Pobres< 2.500

BA 3.028SP 2.913

CE 2.436RJ 2.315RN 1.781DF 1.752AL 1.751SE 1.743

Situaçãocrítica< 1.500

PB 1.437PE 1.320

Fonte: Águas Doces no Brasil (Barthl/1999)

Disp. hídricaPer capita por Estado

(m³/hab/ano)

VAZÃO MÉDIA ANUAL POR HABITANTE

FONTE: ANA (2005)

RELAÇÃO ENTRE DEMANDA E DISPONIBILIDADE HÍDRICA NOS PRINCIPAIS CURSOS D’ÁGUA

FONTE: ANA (2005)

Cobertura do Serviço de Abastecimento de Água Potável Doméstico ( consumo humano )

90 % Áreas urbanas

18 % Zona Rural

78 % Brasil

Cobertura do Serviço de Rede de Coleta de Cobertura do Serviço de Rede de Coleta de Esgotos DomésticosEsgotos Domésticos

54 % Áreas urbanas

3 % Zona Rural

47 % Brasil

Cobertura do Serviço de Cobertura do Serviço de Tratamento de Esgotos Tratamento de Esgotos Sanitários DomésticosSanitários Domésticos

Menos de 30% do esgoto doméstico coletado é tratado

Barragens Reservatórios

Controle de Cheias

Hidroeletricidade

Transporte Aquaviário: Eclusas

Espécies Aquáticas

Agricultura Agricultura

SequeiroSequeiro

PecuáriaPecuária

Agricultura Agricultura

SequeiroSequeiro

PecuáriaPecuária

TEMAS CHAVETEMAS CHAVE

PLANEJAMENTO DOS RECURSOS HÍDRICOS NA AMAZÔNIAPLANEJAMENTO DOS RECURSOS HÍDRICOS NA AMAZÔNIA

RESPOSTAS / SOLUÇÕESRESPOSTAS / SOLUÇÕES

“Problemas vinculados aos regimes dos grandes rios, afetando as tipologias e disponibilidades hídricas por expansão das ações antrópicas” ( PNRH, 19 ).

Gestão compartilhada dos recursos hídricos, utilizando a bacia como unidade integradora de ações

GERAL: Desmatamento, mineração, pecuária, monocultura de grãos...

Análise da Amazônia a partir do conceito de bacia hidrográfica, com visão transversal e não mais apenas setorial e as vezes excessivamente tecnicista...

LOCAL: Saneamento nas áreas urbanas, questão fundiária, conflitos entre usos preponderantes da água, uso indiscriminado de água subterrânea...

Necessidade de visão sistêmica... Incluindo a água e os atores que atuam com ela num contexto de uma unidade integradora do Bioma Amazônico (PNRH , 20 ).

Movimentos direcionados para integrar as “Amazônias” dos diferentes países que compõem a região em âmbito continental...Organização do Tratado de Cooperação Amazônica

ÁGUA – OS PRINCIPAIS DESAFIOS REGIONAISÁGUA – OS PRINCIPAIS DESAFIOS REGIONAIS

Preocupação com os ecossistemas sensíveis e vulneráveis.

PLANEJAMENTO DOS RECURSOS HÍDRICOS NA AMAZÔNIAPLANEJAMENTO DOS RECURSOS HÍDRICOS NA AMAZÔNIA

Desenvolvimento de forma aleatória dificultando a efetiva implementação de políticas públicas. Frágil sustentabilidade das políticas públicas.

Atores atuando de forma exploratória ...Atores atuando de forma exploratória ...Adotar para a indústria da exploração

madeireira, uma perspectiva sustentável, segundo planos de manejo florestal adequado e utilização de programas de certificação.

Adotar para a indústria da exploração madeireira, uma perspectiva sustentável, segundo planos de manejo florestal adequado e utilização de programas de certificação.A Região carece de uma visão sistêmica, e

de trabalho integrado das instituições públicas e privadas...

A Região carece de uma visão sistêmica, e de trabalho integrado das instituições públicas e privadas...

Estabelecimento de marcos legais, de forma a regular as ações de vários setores econômicas

A Região carece de uma visão sistêmica, e de trabalho integrado das instituições públicas e privadas...

PLANEJAMENTO DOS RECURSOS HÍDRICOS NO CENTRO-OESTEPLANEJAMENTO DOS RECURSOS HÍDRICOS NO CENTRO-OESTE

Indústria do eco-turismo, aquicultura, uso da biodiversidade na produção de fármacos, indústria de transformação de baixo impacto ( eletro-eletrônica )...

Desenvolvimento de modelos de uso da biodiversidade regional, na linha de aproveitamento do material genético da região para desenvolvimento de medicamentos, cosméticos e demais produtos assemelhados

ÁGUA – AS VOCAÇÕES REGIONAISÁGUA – AS VOCAÇÕES REGIONAIS

O uso e a ocupação do solo da REGIÃO são caracterizados pelo extrativismo vegetal (incluindo a extração da madeira) e animal (caça e pesca), pela pecuária e pela agricultura de subsistência, bem como pelo cultivo de espécies vegetais arbustivo-arbóreas ( PNRH, 108 ).

Uso da biodiversidade local pelas populações da região, porém em moldes sustentáveis.

Persistem os conflitos envolvendo a pesca nas várzeas, onde as ações dos OEMAs e de diversas outras entidades ( PNRH, 109 ).

Implementação de inovações nos processos produtivos atuais, de forma a garantir a sustentabilidade e o melhor aproveitamento dos recursos naturais da região. Nisso está a difusão de tecnologias apropriadas (informática, biotecnologias, novos materiais, química fina, etc.).

A mineração e o garimpo (atividades pontuais) e a infra-estrutura regional (atividades pontuais e lineares) também são responsáveis pela alteração dos ecossistemas naturais, com geração de impactos difusos ainda pouco avaliados em escala regional.

Aliar crescimento econômico à melhoria das condições de vida das populações locais, com baixo impacto ambiental. Ainda, aliado a um fortalecimento institucional...

Desenvolvimento da agricultura familiar, principalmente no mercado de frutas regionais, produtos tradicionais e na criação semi-intensiva de peixes regionais, visando a melhoria de renda das famílias.

Nos arredores de núcleos urbanos e áreas de ocupação mais antigas, uma boa parte das terras, outrora desmatadas, encontra-se recoberta ora por capoeiras, ora por florestas nativas nos seus vários estágios de crescimento e regeneração, com relativo comprometimento de nascentes. O impacto futuro das conseqüências destas intervenções nos recursos hídricos é portanto potencialmente grande.

Rio de Janeiro

Brasília

Buenos Aires

Paraná-Paraguay

Araguaia-Tocantins

Tietê-Paraná

São Paulo

GRAINSSão Francisco

Waterway Cargo FlowsWaterway Cargo Flows

MadeiraAmazonas

Geração de energia hidroelétrica, aproveitando o grande potencial regional, porém numa ótica diferenciada dos projetos desenvolvidos nas décadas de 70 e 80, além do uso de fontes alternativas (bio-diesel, etc.), além da exploração de óleo e gás da região para geração de energia.

Para o setor elétrico nos últimos 15 a 20 anos o que tem ocorrido, não é uma ação conflituosa quanto ao uso da água, mas sim dificuldades enfrentadas pelo setor em relação ao surgimento de restrições de caráter ambiental para utilização dos recursos hídricos para geração de energia elétrica,

O setor de navegação, também se manifesta em relação ao setor elétrico, queixando-se do fato de que muitos dos projetos de eclusas previstos para serem executados junto aos barramentos de algumas usinas hidrelétricas não terem sido realizados.

“a riqueza da biodiversidade da REGIÃO e o seu sensível equilíbrio ecológico, aliados ao grande valor econômico de seus recursos naturais, exigem da sociedade o estabelecimento de novos paradigmas que sigam em direção ao desenvolvimento sustentável”.

Transporte de cargas e passageiros através de hidrovias, aproveitando os corredores naturais como vias de escoamento num sistema multimodal (hidrovia, rodovia, etc.).

SulPotencial: 42.030 MWUtilizado: 47,8%

Sudeste/Centro-oestePotencial: 78.716 MWUtilizado: 41,0%

NortePotencial: 111.396 MWUtilizado: 8,9%

NordestePotencial : 26.268 MW

Utilizado: 40,4%

BrasilPotencial Hidroelétrico

260 GWUtilizado: 28.2%

Custo Hidro25 to 45 US$/MWh

Legenda

Centros de carga

Cuencas

HIDROELETRICIDADE POTENCIAL e UTILIZADA

PLANEJAMENTO DOS RECURSOS HÍDRICOS NO CENTRO-OESTE

Indústria do eco-turismo, aquicultura, uso da biodiversidade na produção de fármacos, indústria de transformação de baixo impacto ( eletro-eletrônica )...

Desenvolvimento da pesca e da piscicultura, com uma avaliação da pressão nas áreas (lagos principalmente) atualmente sob proteção ambiental.

Agricultura de grande porte, com a forte entrada de grãos na região, com grande consumo de água para irrigação e a possibilidade de um forte avanço no Agro-negócio em escala regional com o desenvolvimento de mercados acessórios fortes

Desenvolvimento de atividades voltadas para o Eco-turismo aproveitando aspectos únicos da paisagem da Região, em especial as paisagens aquáticas.

5 Aspectos Dos Recursos Hidricos Centro Oeste 46 L

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